Ações criminais foram abertas depois de investigações dos atentados em novembro de 2012 e na nova onda de ataques do último mês
Luciano Bottini Filho
aaarmas aprendidas pelo DEIC junto com os suspeitos neste sábado (16), em Santa Catarina - Petra Mafalda/Mafalda Press/Folhapress
As ofensivas mais graves dos criminosos foram os ônibus incendiados na Grande Florianópolis, que causaram transtornos à população com a redução, até a semana passada, dos horários de circulação dos coletivos. O transporte público continua sob escolta durante a noite e nos morros do centro da cidade. Mais de quarenta incêndios a ônibus foram registrados no estado nessa segunda série de ataques, atribuída ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que completa 10 anos de atividade neste mês.
Após o Carnaval, a Força Nacional de Segurança (FNS) colaborou em uma operação de transferência de quarenta líderes da facção para presídios federais como estratégia de impedir as ordens de ataques do PGC. Ao mesmo tempo, a Justiça expediu 100 mandados de prisão e 103 pessoas foram presas durante o período, segundo a Polícia Civil. A FNS continua em Santa Catarina, mas suas atividades são sigilosas.
“As investigações ainda persistem. A primeira fase investigativa já produziu resultados. Só dessa primeira arrancada nós temos 18 processos, com 88 pessoas entre maiores de idade e adolescentes”, disse o promotor Onofre Agostini. Entre os acusados, estão executores e mandantes de dentro dos presídios. Segundo ele, mais pessoas podem ser denunciadas em breve.
O último caso relacionado com a onda de criminalidade que provocou a entrada da Força Nacional em Santa Catarina ocorreu na segunda-feira. Na madrugada deste dia, dois homens em uma moto deram doze tiros contra uma residência de um soldado da PM, em Criciúma, na região Sul do estado. Ninguém ficou ferido, e não houve presos.
Esta é a segunda onda de atentados no estado em menos de três meses. Em novembro do ano passado, foram registradas 68 ocorrências em dezesseis municípios no período de sete dias. Na ocasião, criminosos incendiaram 27 ônibus e doze automóveis. Ao todo, 47 pessoas foram presas e três suspeitos morreram em confronto com a polícia.
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