Relação entre os dois é marcada pela turbulência. Último encontro foi em 2010
Papa Francisco na Praça São Pedro, no Vaticano - Dylan Martinez/Reuters
Francisco receberá Cristina Kirchner às 12h50 (8h50 em Brasília) e almoçará com ela na Casa Santa Marta, onde se alojam os cardeais durante o conclave e onde ainda está hospedado o papa nestes dias, pois ainda não tomou posse de seus aposentos no Palácio Apostólico.
Nos últimos anos, tem sido turbulenta a relação entre os Kirchner e o então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio. Desde 2003, quando Néstor Kirchner assumiu a Presidência da Argentina, o estado e a Igreja passaram a trocar acusações tensas, sobretudo após a aprovação da união entre homossexuais em 2010. No mesmo ano, o então presidente Nestor Kirchner, morto em outubro de 2010, rompeu a tradição que vinha desde 1810 e decidiu não assistir à missa Te Deum, que no dia 25 de maio é celebrada na Catedral Metropolitana de Buenos Aires em homenagem à Revolução de Maio.
O agora papa também foi um dos principais críticos à maneira como os Kirchner conduzem a política econômica argentina. A chegada de Cristina ao poder, porpem, abriu uma nova oportunidade de aproximação. Ela e Bergoglio se reuniram em 2007, acontecimento tratado como um marco na reaproximação entre a Igreja e o estado. Mas a trégua não durou muito. O rompimento com a presidente ocorreu devido à participação ativa de Cristina na campanha pela aprovação do casamento homossexual. A última reunião particular entre os dois aconteceu em 2010.
Missa – Após encontrar o papa Francisco nesta segunda, Cristina Kirchner continua em Roma para assistir à missa de início do seu pontificado, nesta terça-feira. São esperadas 150 delegações de vários países para a celebração. O papa deve receber os representantes de cada país no final da missa, no Altar da Confissão, no interior da Basílica de São Pedro. O Brasil estará presente. A presidente Dilma Roussef chegou a Roma neste domingo.
(Com agência EFE)
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