31 de jul. de 2018

Juiz Sérgio Moro intima Vaccarezza


Cândido Vaccarezza
Cândido Vaccarezza (Avante-SP) disse, pelo WhatsApp, que é pré-candidato a deputado federal ( Foto: Agência Câmara )
Curitiba/São Paulo. O juiz federal Sérgio Moro mandou, ontem, intimar Cândido Vaccarezza (Avante-SP), após o ex-deputado criar uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha. Preso na Lava-Jato em 2017, ele deixou a prisão, mas não quitou a fiança de R$ 1 5 milhão imposta por Moro.
"Já começou o período eleitoral, nós estamos agora na fase da pré-campanha. Você me conhece, eu fui deputado federal por dois mandatos, deputado estadual por dois mandatos e tenho a honra de ter contribuído com minha ação parlamentar para melhorar a qualidade de vida da população, para melhorar a qualidade do legislativo no Brasil. Agora sou pré-candidato a deputado federal. Você me conhece, estou pedindo a sua contribuição, participe da vaquinha virtual", pede Vaccarezza, em vídeo enviado pelo WhatsApp.
No site indicado pelo ex-deputado, é possível contribuir com os valores de R$ 30, R$ 50, R$ 100, R$ 300, R$ 500, R$ 700, R$ 950 e R$ 1,064 mil. No fim de semana, Vaccarezza mudou o nome do grupo. Saiu o "Lista Vaquinha 1" e entrou o "Um Projeto para o Brasil".
Vaccarezza foi preso em agosto de 2017 na Operação Abate, 44.ª fase da Lava-Jato. Ele é investigado por supostas propinas de US$ 500 mil oriundas de contratos para o fornecimento de asfalto à Petrobras. Após cinco dias custodiado, Vaccarezza foi solto por Moro, que considerou problemas de saúde alegados e impôs medidas cautelares.

30 de jul. de 2018

Oficial do Exército alerta sobre a vulnerabilidade de servidores

O militar, Eder Luis, ressaltou a importância de atualização de sistemas no Cyber Security Summit Brasil, em São Paulo
hackers
De acordo com o oficial, a primeira preocupação do hacker ao invadir um sistema é sondar as possibilidades de exploração dentro dele ( Diário do Nordeste )
“Servidores desatualizados são alvos fáceis para hackers, pois permitem que eles escalem privilégios facilmente dentro do sistema”, afirmou o Oficial do Exército Brasileiro, Eder Luis, em palestra no Cyber Security Summit Brasil 2018. O evento reuniu a cúpula mundial da segurança cibernética, neste sábado (28), em São Paulo.
 
O oficial iniciou o debate abordando como hackers invadem e comprometem servidores com proteção de Shell enjaulado, ressaltando ainda a importância da atualização de sistemas. 
 
Para demonstrar as invasões, o militar, que também é especialista em análise forense computacional, realizou duas simulações utilizando como exemplo um servidor enjaulado, ou seja, um sistema mais protegido, e outro servidor mais vulnerável. 
 
Na simulação, Eder demonstrou como os invasores estão cada vez mais sofisticados e capazes de ultrapassar facilmente até mesmo os sistemas mais seguros.
 
De acordo com o oficial, a primeira preocupação do hacker ao invadir um sistema é sondar as possibilidades de exploração dentro dele. “O hacker vai tentar rodar vários comandos a fim de escalar o máximo de privilégios possíveis”, disse o oficial.
 
O militar ressaltou que os criminosos buscam e desenvolvem diariamente ferramentas de ataque, inclusive, que podem ser encontradas na internet, e ainda fez um alerta para que usuários também busquem conhecimento. Para ele, o Script keed é fundamental para que os usuários identifiquem suas vulnerabilidades e se protejam com antecedência.
 
“Infelizmente, demoramos muito para renderizar nossos computadores e um hacker, em questão de minutos, consegue desfazer todo esse trabalho. É preciso estudar segurança ofensiva e defesa ativa. Muitos acham que estão fazendo cibersegurança padrão, quando, na verdade, não estão”, disse Eder Luis.
 
União contra o cibercrime
 
Também presente no evento, o Chefe de Operações e Attaché do FBI no Brasil, David Brassanini, falou sobre a importância da união de especialistas e corporações na luta contra o cibercrime em sua apresentação. “Tudo indica que, em algum momento, nós tenhamos de juntar forças. E por que não juntar agora? ”
 
David também fez um alerta para o número de denúncias recebidas pelo FBI, com base nos dados de um levantamento do Internet Crime Complaint Center (IC3): “De 2000 até 2017, nós tivemos mais de 4 milhões de reclamações de vítimas. Esse centro analisa cada reclamação, pois elas são um ‘sintoma’, um sinal de que temos que levar esse assunto a sério”.
 
O adido do FBI no Brasil ressaltou ainda que, nos últimos anos, as denúncias permaneceram em um índice alarmante, o que ressalta ainda mais a importância de mobilizações contra a ação de hackers criminosos. “Somente no ano de 2017, foram registradas 300 mil reclamações de vítimas e mais de US$1,4 bilhão de danos. Eu acredito que nós fechemos este ano com um número ainda maior. Por isso, eu faço um apelo, vamos juntar as forças e ficar atento aos sinais”.
 
David citou ainda o caso de Houston, nos EUA, em 2015, no qual perpetradores entraram em contato com vítimas se passando por autoridades bancárias e consultores financeiros com ofertas fraudulentas de investimentos. Somando todas as vítimas, o prejuízo foi de mais de US$ 7 milhões.

24 de jul. de 2018

Parte do Muro das Lamentações é fechada por queda de pedra de 100 kg

Rabino encarregado do complexo chamou o evento de 'o mais incomum em décadas'

Por AFP
Jovem americano olha para o local onde um enorme bloco de pedra desalojou do Muro das Lamentações
Jovem americano olha para o local onde um enorme bloco de pedra desalojou do Muro das Lamentações -
Jerusalém - A prefeitura de Jerusalém anunciou o fechamento de um trecho do Muro das Lamentações nesta segunda-feira devido ao desprendimento de uma pedra de 100 kg, que caiu na Esplanada das Mesquitas. Ninguém ficou ferido.
"Uma pedra de 100 kg caiu perto de uma fiel sem atingi-la", afirmou o prefeito Nir Barkat em um comunicado explicando o motivo do fechamento de uma parte da Esplanada das Mesquitas.
Enorme bloco de pedra caiu do Muro das Lamentações, lugar de adoração mais sagrado do judaísmo - AFP photo/ Gali Tibbon
O rabino encarregado do complexo, Shmuel Rabinovich, chamou o evento de "o mais incomum em décadas". Ele disse que a umidade ou o crescimento das plantas podem ter movido a antiga pedra.
Remanescente do complexo onde ficavam os templos bíblicos judaicos, O Muro das Lamentações é o lugar mais sagrado para o judaísmo.
O Muro das Lamentações é o único vestígio de um muro do segundo Templo judeu, destruído pelos romanos no ano 70 de nossa era.
"A Autoridade das Antiguidades se encarregará de comprovar que não há perigo antes de ser autorizada a reabertura", acrescenta a nota.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da AFP

23 de jul. de 2018

Diversões perigosas

O que causou a morte de um radialista no toboágua recém-inaugurado do Beach Park, maior parque aquático do País

Crédito: Divulgação
AVENTURA TRÁGICA O gigante Vainkará, projetado e testado por empresa canadense. Abaixo, Ricardo Hill: hemorragia fatal ao bater a cabeça em barreira (Crédito:Divulgação)
A mais nova atração do Beach Park, o complexo aquático perto de Fortaleza que já recebeu 15 milhões de visitantes em 32 anos, atende pelo desafiador nome de “Vainkará”. O toboágua de 150 metros foi inaugurado no sábado 14, com a presença da atriz Mariana Ximenez e do humorista Wellington Muniz, conhecido como Ceará. Dois dias depois da festa, o radialista Ricardo José Hilário Silva, 43 anos, morreu no brinquedo. Ele se desprendeu da boia que usava antes de mergulhar na piscina, de onde foi retirado pela segurança desacordado e sangrando. Um laudo divulgado na terça 17 atestou que ele sofreu uma hemorragia intracraniana fatal. Conhecido como Ricardo Hill, ele apresentava um jornal na rádio Nova Brasil FM, em São Paulo, e passava férias com a esposa Silvia e a filha de oito anos. Na hora de descer, Ricardo compartilhou uma boia com os turistas Mateus Sena, Tarcísio Pontes e Michele Laverde, que estavam na fila. Mateus e Tarcísio saíram ilesos, Michele sofreu escoriações no braço e no peito. À BandNews, Tarcísio Pontes afirmou que viu Ricardo bater a cabeça na barreira antes de se soltar. “A boia só virou na saída do brinquedo”, afirmou. Uma das hipóteses é que os monitores não prestaram atenção ao limite de 320 quilos de peso por boia.
Divulgação
Gravidade zero
O escorregador foi interditado e passará por perícias que vão determinar as causas do acidente. O Vainkará demorou dois anos e meio para ser desenvolvido e testado pela empresa canadense de atrações aquáticas ProSlide. Com 25 metros de altura e descidas em ângulos de até 90 graus, criadas para dar sensação de gravidade zero, o brinquedo deveria oferecer lazer radical com segurança — o que não ocorreu. O Beach Park lamentou a fatalidade, afirmando que possui equipes treinadas e alvarás em dia, além de prestar assistência aos familiares da vítima. Apesar da tragédia, o local foi reaberto na quarta 18, dia do sepultamento de Ricardo Hill em Sorocaba (SP).

20 de jul. de 2018

Traficante de armas brasileiro condenado a doze anos de prisão nos EUA

Traficante de armas brasileiro condenado a doze anos de prisão nos EUA
(Arquivo) A cidade de Miami, na Flórida, em 23 de abril de 2016 - AFP/Arquivos
O brasileiro Frederik Barbieri, detido em fevereiro no sul da Flórida, foi condenado nesta quinta-feira a doze anos e oito meses de prisão pelo contrabando de 960 armas de fogo para o Brasil, informaram as autoridades americanas.
Barbieri, 47 anos, foi declarado culpado em maio de exportar ilegalmente armas, acessórios e munição do sul da Flórida para o Rio de Janeiro.
O juiz federal Federico Moreno ordenou ainda o confisco de 9,6 milhões de dólares de Barbieri.
Segundo a promotoria, Barbieri enviou ao Brasil “122 carregamentos de aquecedores de água com o total de 915 armas de fogo, e 15 carregamentos de unidades de ar-condicionado com 45 armas de fogo”.
O ganho por cada arma foi calculado em cerca de 10 mil dólares, acrescentou a promotoria da Flórida.
Em fevereiro, agentes federais americanos vasculharam um depósito alugado por Barbieri na Flórida, no qual encontram 52 fuzis de assalto, dezenas de carregadores e cerca de 2 mil balas.
Barbieri foi detido no dia seguinte, em 23 de fevereiro, em sua residência em Port Saint Lucie, ao norte de Miami.
Previamente, a polícia já havia interceptado, no Rio de Janeiro, um carregamento enviado por Barbieri da Flórida com “aproximadamente 30 fuzis AR-15 e AK-47, além de carregadores, tudo escondido em quatro aquecedores de água”.
Documentação de uma empresa de transportes revelou que entre 2013 e 2017 Barbieri enviou ao Rio outros 120 aquecedores de água, assim como motores elétricos e unidades de ar-condicionado, provavelmente utilizados para ocultar armas.
A venda de armas é legal nos Estados Unidos, e o preço de um fuzil AK ou AR ao público oscila entre 700 e 1.000 dólares.

19 de jul. de 2018

Militar da Marinha é morto a tiro dentro de carro em Caxias

Gilson Araújo Barros, de 36 anos, morreu em uma suposta tentativa de assalto na manhã desta quarta-feira no bairro Nova Campina. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o caso

GIlson foi morto com um tiro dentro de carro em Caxias
Rio - Um sargento da Marinha foi morto, na manhã desta quarta-feira, com um tiro dentro de um carro no bairro Nova Campina, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A Delegacia de Homicídios (DHBF) da região vai investigar o crime, que seria uma suposta tentativa de assalto. O agente foi atingido no rosto, na esquina das Ruas J e 11, no bairro Nova Campina.
Informações que circulam nas redes sociais dão conta que Gilson Araújo Barros, de 36 anos, fazia lotada no trajeto da região em que morava para o Rio, onde trabalhava. "Só escutei o tiro e o pessoal saindo do carro correndo. Foi horrível, desespero", disse uma pessoa que estava no local, através das redes sociais. "Mataram um rapaz que fazia lotada para Central, pertinho da fila da van", contou outro. 
A DHBF instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Foi feita perícia no local e diligências estão sendo realizadas para esclarecer o caso. A PM foi chamada para o local e isolou a cena do crime. 
Ainda segundo informações de pessoas que dizem conhecer a vítima, ele seria casado e tinha três filhos, um menino e duas meninas pequenas. "Ele era querido por todos a sua volta. Que Deus neste momento console a todos da família e Amigos! (sic)", contou uma amiga.
Em nota, a Marinha do Brasil, por meio do Comando em Chefe da Esquadra, lamentou o falecimento do sargento,que foi atingido por um tiro após ter deixado a residência com destino ao Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, onde servia. O órgão informou que está prestando apoio à família do militar, que estava na instituição desde 2000. Ainda não há informações sobre a data e local de sepultamento de Gilson.

18 de jul. de 2018

Exército abre seleção para níveis médio e superior para atuação no Ceará e Piauí

O processo seletivo contempla 19 áreas de conhecimento e não possui prova. A seleção é composta por avaliação curricular, entrevista, inspeção de saúde, exame físico, entre outros
Exército Brasileiro
As inscrições começam a partir do dia 23 de julho e vão até 10 de agosto deste ano ( Foto: Nah Jereissati )
O Comando da 10ª Região Militar do Exército Brasileiro abriu seleção para a formação de cadastro de reserva em 19 áreas de conhecimento, distribuídas entre níveis médio e superior. As inscrições começam a partir do dia 23 de julho e vão até 10 de agosto deste ano e deverão ser feitas presencialmente em um dos Batalhões da 10ª Região Militar.
Os interessados podem realizar a inscrição no 23º Batalhão de Caçadores (Av. dos Expedicionários, 1589, Fátima - Fortaleza, CE), 2ª Batalhão de Engenharia de Construção (Av. Frei Serafim, 2833, Centro - Teresina, PI) e no 3ª Batalhão de Engenharia de Construção (Km 06 da BR 316, Unha de Gato - Picos, PI).  Os candidatos devem ter entre 18 anos e 38 anos.
O número de vagas será divulgado até 5 de outubro deste ano, podendo após esta data haver adição ou supressão de vagas de acordo com a necessidade do serviço. Os profissionais de nível médio serão incorporados como 3º Sargento Técnico Temporário (3º STT) e os de nível superior como Aspirante-a Oficial/Oficial Técnico. Mais iformações no site do Exército.
As áreas contempladas pelo cadastro de reserva são:
- Nível superior: Arquitetura, Engenharia Civil, Magistério Inglês, Magistério Matemática e Enfermagem.
- Nível médio/técnico: Técnico em Carpintaria, Técnico em Laboratório de Ciências da Natureza, Técnico em Contabilidade, Técnico em Eletromecânica, Técnico em Eletrônica, Técnico em Enfermagem, Técnico em Magistério, Técnico em Manutenção Automotiva, Técnico em Metalurgia, Técnico em Radiologia , Técnico em Recursos Humanos, Técnico em Estradas, Técnico em Geodésia e Cartografia (Topografia) e Técnico em Operação de Equipamentos de Engenharia (pesado ou leve).
Fases da seleção
A seleção será composta por seis fases: avaliação curricular, de caráter classificatório e eliminatório; entrevista, também classificatória e eliminatória; inspeção de saúde, com caráter eliminatório; exame físico, também eliminatório; reunião de designação; revisão médica e atividades administrativas.
A convacação (incorporação) dos aprovados no cadastro de reserva será feita no dia 1º de março de 2019, tanto para os cargos de nível médio como superior.

17 de jul. de 2018

Juiz determina bloqueio de contas de Crivella

Decisão atendeu a um pedido do MP, que apontou irregularidades em contrato da época do Ministério da Pesca
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O prefeito carioca é citado na ação por supostas fraudes na época em que exercia o cargo de ministro da Pesca e Aquicultura, entre 2012 e 2014 ( FOTO: AFP )
Brasília. O juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, determinou nesta segunda-feira o bloqueio de R$ 3 milhões das contas bancárias do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, de outras oito pessoas e de uma empresa.
A decisão atende a um pedido do Ministério Público Federal, e está relacionada a uma suposta irregularidade em um contrato do Ministério da Pesca, no período em que Crivella comandou a pasta, entre 2012 e 2014.
O valor máximo a ser bloqueado será R$ 3.156.277,60. De acordo com o magistrado, há "fortes indícios de irregularidades" em um contrato firmado entre o ministério e a empresa Rota Nacional Comércio Serviços e Engenharia em 2013, para a instalação e substituição de vidros na sede da pasta - que acabou sendo extinta em 2015.
Sindicância
O pedido MPF foi baseado em uma sindicância realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou "contratação de serviços sem necessidade demonstrada e com superestimativa de quantidades". "São claros, portanto, os indícios da prática de atos de improbidade administrativa pelos demandados", escreveu Renato Borelli.
Segundo o juiz Renato Borelli, caso o bloqueio não seja realizado, "poderá ocorrer alienação dos referidos bens, gerando grave prejuízo aos cofres públicos pela impossibilidade de ressarcimento ao erário caso haja determinação". O magistrado ressaltou que decretação da indisponibilidade de bens é uma "medida excepcional", mas destacou que nessa caso há um "risco de dano irreparável ou de difícil reparação". A decisão também atinge seis ex-funcionários do ministério - Dilney Nunes, Henrique Antônio dos Santos Nunes, Lázara Alves Pinto, Shirley de Faria Soares de Carvalho, Átila Maria da Rocha, Clayton Ferreira de Aragão - e um executivo da Rota Naiconal, Gilson Nunes da Silva.
Dois anos
O Ministério da Pesca e Aquicultura existiu entre 2003 e 2015 e assessorava direta a Presidência da República na formulação de políticas para o desenvolvimento da produção pesqueira.
Crivella comandou o ministério por dois anos, deixando o posto em março de 2014.
A pasta foi extinta e incorporada ao Ministério da Agricultura em reforma ministerial de outubro de 2015 da ex-presidente Dilma Rousseff (PT)
Pressão
A decisão judicial adiciona pressão ao prefeito do Rio. Na quinta-feira passada, a Câmara Municipal do Rio rejeitou dois pedidos de abertura de processo de impeachment contra Crivella. Apesar da vitória, ele ainda enfrenta denúncias por privilegiar evangélicos e questionamentos do Tribunal de Contas do Município sobre o rombo de R$ 1,6 bilhão nas contas de 2017.
Proibições feitas
1. Utilizar máquina pública em defesa de interesse pessoal ou de grupo religioso
2. Determinar que servidores públicos privilegiem categorias no acesso ao serviço público
3. Atuar em favor da Igreja Universal do Reino de Deus
4. Manter relação com entidades que se utilizam do poder da Prefeitura
5. Realizar censo religioso
6. Estimular entidades religiosas com patrocínio ou financiamento
7. Utilizar espaços públicos para doutrinação religiosa

16 de jul. de 2018

Governadores encrencados

Pendências com a Justiça fazem com que mais da metade dos chefes dos Executivos estaduais encontre dificuldades nas urnas. Índice de reeleição será o menor desde 1998

Nos 26 estados brasileiros e no DF, há 22 governadores em condições de disputar a reeleição em outubro. Desse total, 18 já lançaram suas candidaturas, três ainda não decidiram seu futuro político e apenas um, Eduardo Pinho Moreira (MDB), de Santa Catarina, não se submeterá às urnas pela segunda vez consecutiva. A verdade, porém, é que dez desses governadores, mais da metade, enfrentará dificuldades assim que a campanha começar. Decorrem de pendências com a Justiça: são investigados, denunciados ou réus por crimes de corrupção ou atos de improbidade administrativa. Em tempos de Lava Jato, o passado dos governadores certamente será um calcanhar-de-aquiles. O caso mais grave é o do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), alvo da operação Acrônimo, que apura irregularidades cometidas pelo petista enquanto ministro do Desenvolvimento. Em dezembro, Pimentel se tornou réu no STJ. O petista é acusado de ter recebido R$ 15 milhões para favorecer a Odebrecht na obtenção de financiamentos junto ao BNDES.
A Lava Jato também atinge o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). Ele passou a ser investigado no Supremo, depois de citado nas delações da Odebrecht. Os executivos relataram repasses de pelo menos R$ 800 mil, via caixa dois, para a campanha do governador em 2014. Há também governadores que são alvos de ações civis por atos de improbidade administrativa. É o caso de Waldez Goés (PDT), do Amapá, que responde em três ações movidas pelo Ministério Público. Em um dos casos, é acusado de não ter prestado conta de pelo menos R$ 1,3 milhão repassados pela União para aplicação no “programa nacional de HIV/AIDS e outras DSTs”. Wellington Dias (PT), governador do Piauí,vai na mesma toada. Ele foi acusado de ter transferido, para a conta única do Tesouro parte de um empréstimo feito junto à Caixa para obras de mobilidade urbana. Na conta única, o dinheiro se misturou com outros recursos do estado e foi usado para pagar despesas que não constavam no contrato. Não por acaso é possível que, nas eleições deste ano, o índice de reeleição de governadores seja o menor desde 1998. “Dos 23 governadores que podem disputar um novo mandato, apenas seis são considerados favoritos”, contabiliza a Arko Advice. Seriam reconduzidos aos cargos apenas 26% dos atuais chefes do Executivo estaduais. Nunca uma derrota se anunciou tão acachapante.

14 de jul. de 2018

Os sete mortos vivos do Araguaia

Quem são os guerrilheiros que, segundo o livro Borboletas e Lobisomens, de Hugo Studart, teriam celebrado um acordo de colaboração com o governo militar e passaram a viver com novas identidades

Os sete mortos vivos do Araguaia
Em 1973, o Brasil vivia o período mais duro da ditadura militar, os chamados Anos de Chumbo, onde a repressão violenta e a tortura se tornaram regras. Em meio à floresta amazônica, às margens do rio Araguaia, numa região entre os atuais estados do Pará e do Tocantins, um grupo de militantes ligados ao PCdoB introduziu um foco de guerrilha, com o objetivo de criar um território independente a partir do qual pretendia combater e derrubar o regime. Naquele ano, o presidente Emílio Garrastazu Médici deu uma dura ordem a seu ministro do Exército, general Orlando Geisel: a guerrilha do Araguaia deveria ser derrotada, com a eliminação total dos guerrilheiros. Médici não queria testemunhas.
A ordem de Médici deu início ao que o Exército chama de “Operação Marajoara” e o PCdoB batizou de “Terceira Campanha”. Um sangrento período no qual a ética tradicional da guerra e as regras previstas na Convenção de Genebra foram totalmente abandonadas. Os detalhes da Terceira Campanha são o tema do segundo livro sobre o Araguaia de autoria de Hugo Studart, “Borboletas e Lobisomens”, editado pela Francisco Alves, que será lançado em Brasília no próximo dia 17. ISTOÉ teve acesso com exclusividade aos principais capítulos da obra.
52 mortes
O título do livro remete a uma lenda colhida na região do Araguaia, referente aos dois guerrilheiros mais conhecidos. Sobre Dinalva Conceição Teixeira, codinome Dina, os camponeses da região diziam que se transformava em borboleta para escapar dos soldados. Já Oswaldo Orlando Costa, um negro de quase dois metros de altura conhecido por Oswaldão, viraria lobisomem. Para Studart, são arquétipos do imaginário dos guerrilheiros: borboletas, pelos sonhos de justiça social; lobisomens, pela opção pela violência nas suas ações.
Com detalhes sobre a prisão e execução dos guerrilheiros, o livro de Studart faz um inventário do saldo final da guerrilha do Araguaia. De acordo com ele, 10 militares morreram nas ações, além de 15 camponeses. Mas as maiores vítimas foram os guerrilheiros: 29 morreram em confronto, 22 executados pelos soldados e um “justiçado” pelos próprios guerrilheiros. Um dos dados da conta feita por Studart, no entanto, deverá gerar polêmica: segundo ele, sete guerrilheiros teriam feito acordo de colaboração com o governo militar, integraram o Programa de Proteção a Testemunhas e passaram a viver com novas identidades. São os chamados “Mortos-Vivos” do Araguaia.
Não há documentos que atestem a existência do que consta no livro “Operação Mortos-Vivos”, capitaneada à época pelo tenente-coronel Cyro Etchegoyen, tio do atual ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sergio Etchegoyen. O trabalho de apuração de Hugo para chegar aos sete nomes é principalmente baseado no cruzamento de depoimentos de militares e camponeses, alguns desses depoimentos fornecidos de forma anônima. Entre os historiadores, há mais consenso com relação ao nome daquele que puxa o capítulo em que Hugo detalha a existência dos “Mortos-Vivos”: Hélio Luiz Navarro de Magalhães. Aos 21 anos, Hélio adotou na guerrilha o codinome Edinho. Hélio era filho de um oficial da Marinha, o capitão de mar e guerra Hélio Gérson de Magalhães, e sobrinho do almirante Gualter Meneses de Magalhães, comandante-em-chefe da Esquadra Brasileira – o segundo nome na hierarquia da Marinha.
O AUTOR Hugo Studart: “Tenho convicção de que esses são os sete mortos-vivos” (Crédito:Divulgação)
Os soldados desceram do helicóptero atirando e atingiram Hélio no ombro. Renê estava desarmado. Os dois se renderam
Segundo o livro, seu tio dava seguidamente instruções no sentido de que os militares capturassem seu sobrinho vivo e resguardassem sua vida. Foi preso no Araguaia em fins de fevereiro de 1974. Estava em companhia de outro guerrilheiro, Renê Silveira, codinome Duda. Os soldados desembarcaram de um helicóptero atirando e atingiram Hélio no ombro. Renê estava desarmado. Os dois se renderam. Horas depois, um terceiro guerrilheiro também foi preso: Antônio Pádua, codinome Piauí. Logo repercutiu a notícia da prisão daquele que já era conhecido como “filho do almirante”. Discutia-se o que fazer com ele. A simples libertação de Hélio não seria uma solução. Os militares avaliaram que, nesse caso, ele acabaria eliminado pelo próprio PCdoB. Daí, a operação para criar uma “história de cobertura” (uma falsa eliminação) e lhe dar nova identidade. Segundo a obra, Hélio interferiu pela vida dos outros dois companheiros. Mais tarde, outros quatro guerrilheiros seriam poupados da ordem de Médici de eliminação total. A irmã de Renê, Elizabeth Silveira, do Grupo Tortura Nunca Mais, contesta de forma veemente a versão de que seu irmão viveria com nova identidade. O livro informa que, em 2001, Hélio chegou a reaparecer no mundo dos vivos. Teria se tornado executivo de uma rede de supermercados. Apresentou-se no dia 8 de agosto daquele ano em um posto da Receita, com sua verdadeira identidade, para regularizar seu CPF e liberar para sua mãe o inventário de seu pai, morto em 1999. Forneceu à Justiça um documento em que abria mão da herança e novamente desapareceu.

13 de jul. de 2018

Forças Armadas fazem operação em São Gonçalo e moradores relatam tiroteio

Militares estiveram nas comunidades do Complexo do Salgueiro e Jardim Catarina

Por O Dia
Militares foram para duas comunidades da cidade
Militares foram para duas comunidades da cidade -
Rio - As Forças Armadas fizeram, na noite desta quinta-feira e madrugada de sexta, uma operação nas comunidades do Complexo do Salgueiro e Jardim Catarina, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do estado. Segundo o Comando Conjunto da intervenção na segurança pública do Rio, os militares estão na região para a garantia da lei e da ordem, além de verificar denúncias de crimes.
Durante a presença dos agentes, moradores relataram, nas redes sociais, um intenso tiroteio. "Muito tiro. Tinha acabado de orar com minhas duas filhas e estava colocando minha bebê no berço para dormir. Dei um pulo com o grito da minha filha mais velha. Só fiz chamar ela para pertinho de mim porque meu esposo estava jantando", contou uma moradora. "O helicóptero não para. Só ouço motos em alta velocidade aqui na rua", afirmou outra. "Muito tiro mesmo e o helicóptero está sobrevoando aqui em Itaoca", disse uma terceira, que está em um bairro vizinho.
Os relatos de tiros começaram por volta de 0h desta sexta e foram até meados de 2h. Ainda não há informações de apreensões, prisões ou possíveis feridos durante a operação.

12 de jul. de 2018

Megaoperação das forças de segurança em cinco comunidades termina com nove presos

De acordo com o Comando Conjunto da Intervenção, as ações para busca de criminosos se encerraram por volta das 18h desta quarta-feira

Por O Dia
Megaoperação das forças de segurança em cinco comunidades termina com 9 presos
Megaoperação das forças de segurança em cinco comunidades termina com 9 presos -
Rio - A megaoperação das forças de segurança em cinco comunidades da cidade — Complexo do Lins, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Babilônia e Chapéu Mangueira — terminou com nove presos. De acordo com o Comando Conjunto da Intervenção, as ações para busca de criminosos se encerraram por volta das 18h desta quarta-feira e, após esse horário, foi iniciada uma segunda fase, composta pela intensificação do patrulhamento.  
Na ação desta quarta, uma pistola e munições de fuzis também foram apreendidas; dois veículos foram recuperados; e três barricadas foram removidas. Por causa da operação, a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá ficou interditada nos dois sentidos por quase três horas, sendo liberada por volta das 8h50. 
Durante a operação, a Polícia Militar verificou denúncias de ostensividade criminosa e de outras condutas ilícitas, realizando vasculhamentos e bloqueio de vias de acesso na região. Já a Polícia Civil cumpriu mandados judiciais. Os militares tiveram o apoio de blindados, aeronaves e equipamentos de engenharia.
Para o Comando Conjunto, no Complexo do Lins, além da área diretamente abrangida pela operação, também foram impactados os moradores de Engenho de Dentro, Encantado, Méier, Sampaio, Vila Isabel, Andaraí e Água Santa. Na Zona Sul, além do Leme e Copacabana, foram afetados os bairros de Ipanema, Lagoa, Jardim Botânico, Leblon, Humaitá, Botafogo e Urca. Considerando ambas as operações, o total de moradores impactados é estimado em 29 mil pessoas diretamente e 645 mil indiretamente. 
Segundo o coronel Cinelli, chefe de comunicação do Comando Militar do Leste, também houve ações de patrulhamento regular nas comunidades Bateau Mouche e São José Operário, na Praça Seca, na Zona Oeste.

10 de jul. de 2018

Lava-Jato Relator do TRF-4 revoga decisões de plantonista

Desembargador João Pedro Gebran Neto ratificou que Rogério Favreto não poderia mandar soltar Lula
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Responsável pelos processos da Lava-Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Pedro Gebran Neto impediu a soltura de ex-presidente ( FOTO: TRF-4 )
Brasília/Curitiba. O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), relator da Operação Lava-Jato na Corte, ratificou, ontem, a revogação das decisões deferidas em plantão pelo desembargador federal Rogerio Favreto no domingo (8).
Durante o último final de semana, Favreto havia concedido habeas corpus e determinado a suspensão da execução provisória da pena do ex-presidente Lula - condenado a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).
Segundo o relator, o plantão judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior, nem à sua reconsideração ou reexame.
"Não há amplo e ilimitado terreno de deliberação para o juiz ou para o desembargador plantonista", assinalou Gebran, citando as Resoluções nºs 71, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e 127, do TRF4, que estabelecem tais diretrizes.
Quanto à alegação dos deputados do PT que subscreveram o pedido de habeas de Lula - segundo os quais, antes de que existiria fato novo consistente no direito de Lula de exercer sua pré-candidatura, podendo ser livremente entrevistado -, o desembargador ressaltou que não há tal fato, já tendo sido a questão debatida pela 8ª Turma. "Foi especificamente tratado pelo colegiado o tema sobre o eventual direito de ir e vir do reeducando, de modo que sequer caberia a este relator, juiz natural do caso, decidir monocraticamente a respeito da suspensão do julgado ao alvedrio do que já foi assentado pela 8ª Turma deste tribunal", afirmou Gebran.
Calendário eleitoral
O desembargador reforçou que o calendário eleitoral sequer foi iniciado e a condição de pré-candidato somente autoriza a abertura de conta para arrecadação de recursos ou prática de atos intrapartidários, sem que isso qualifique qualquer cidadão para a realização de campanha ou lhe atribua outro signo jurídico diferenciado.
"A qualidade que se autoatribui o ex-presidente não tem nenhuma propriedade intrínseca que lhe garanta qualquer tratamento jurídico diferenciado, ou que lhe assegure liberdade de locomoção incondicional".
"O deferimento de liminar em sede de habeas corpus representa afronta não somente à decisão colegiada da 8ª Turma, mas igualmente às deliberações de outros dois colegiados superiores", acrescentou Gebran, lembrando que tanto o Superior Tribunal de Justiça quanto o Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestaram a respeito do caso denegando a ordem.
"Não há argumento razoável que exclua da apreciação ordinária do relator o exame da questão, quando inexiste qualquer urgência ou fato novo a justificar a intervenção excepcional", concluiu o relator.
CNJ
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai apreciar oito representações contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), devido a sua decisão de liberar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São dois pedidos de providências e seis reclamações disciplinares apresentadas desde domingo (8), visando a apuração de eventual infração disciplinar cometida pelo desembargador ao acatar pedido de habeas corpus a favor de Lula, protocolado quando Favreto era o plantonista do TRF-4.
O CNJ também recebeu duas reclamações disciplinares contra o juiz Sérgio Moro, relator da Lava-Jato na primeira instância, que está de férias, mas interferiu no embate jurídico em torno da soltura de Lula. Assim que Favreto concedeu o habeas corpus, Moro pediu a manifestação do desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato em segunda instância.
As duas representações foram propostas pelos advogados Lucas Carvalho de Freitas e Benedito Silva Júnior. Parte das representações contra Favreto foi protocolada por parlamentares e partidos políticos: o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), o senador José Medeiros (Podemos-MT), o deputado Laerte Bessa (PR-DF) e o Partido Novo.

9 de jul. de 2018

Valor de tarifa bancária varia até 260%. Veja onde gastar menos

Levantamento do Procon-SP mostra a diferença entre as taxas cobradas em seis instituições financeiras

Fernando Rocha, do Banco Central: medida envolve Educação Financeira e oferta de novos produtos
O cliente de banco para economizar tem que pesquisar bastante as taxas cobradas pelas instituições e buscar onde pode gastar menos para manter a conta. Pesquisa do Procon-SP aponta que os valores das tarifas variam até 260% de um banco para outro. Neste caso específico, a diferença foi encontrada na operação de câmbio para compra e venda de moeda estrangeira (cheque de viagem e cartão pré-pago). A menor tarifa foi de R$ 25, no Bradesco, e a maior, de R$90, no Safra, de acordo com a pesquisa. Os dados foram coletados nos sites do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Safra e Santander.
De acordo com o Procon-SP, foram comparados os valores de serviços prioritários e pacotes padronizados vigentes em 6 de junho deste ano e os usados em igual período do ano passado.
Na comparação, por banco, entre as tarifas praticadas em 2017 e 2018, a maior variação foi no Bradesco - de 102,53% relativo ao serviço Pagamento de contas usando a função crédito - cartão de crédito básico. Em junho do ano passado, o custo do serviço era R$ 7,90 e este ano, está em R$ 16.
Já quando considerados os pacotes ou cestas de serviços, a maior diferença de valores verificada foi de 32%, entre o banco Safra (R$ 31) e o Banco do Brasil (R$ 40,95).
Todos os clientes com conta bancária têm direito a serviços essenciais gratuitos, segundo norma do Banco Central, a cada mês. Nele estão incluídos mensalmente: dez folhas de cheque, quatro saques, dois extratos dos últimos 30 dias e duas transferências entre contas da própria instituição, sem pagar nenhuma tarifa. "O banco não pode cobrar nada do consumidor", orienta Marcellus Amorim, especialista em Direito do Consumidor.
Se quiser lançar mão de mais serviços, aí sim terá que desembolsar uma graninha extra para contratar um pacote. De acordo com as normas do BC, os bancos são obrigados a oferecer quatro tipos de pacote (1, 2, 3 e 4), cada um com uma quantidade de serviços. E é justamente nestes combos que o consumidor deve avaliar a relação custo-benefício, conforme a movimentação da conta.
Os pacotes variam de acordo com os serviços oferecidos. O pacote 4 tem mais serviços que o 1, e tem tarifa maior. Segundo o Procon-SP, a maior diferença está no pacote 4: a menor tarifa era de R$ 31, no Safra, e a maior, de R$ 41, no Itaú Unibanco. A diferença entre elas é de R$ 10, ou 32,26%.

7 de jul. de 2018

“Dilma está voltando, queridos!”

Por mais inacreditável que possa parecer, Dilma Rousseff, a mandatária estabanada nas ações e palavras, deposta por mutretagem nas contas públicas, resolveu testar de novo a paciência dos brasileiros e está retornando à cena política. Na ativa. E o que é mais surpreendente: desponta como candidata ao Senado por Minas Gerais com reais chances de se eleger, na dianteira das pesquisas, celebrada de novo na condição de “mãe dos pobres”. Se brincar tenta até o governo do Estado. Não está fechada ainda a melhor posição. Os petistas a enxergam como um “ás” na manga. Trata-se de uma estranha patologia nacional, esta de não aprender com erros passados e, o que é pior, de insistir neles como a imaginar que no trêfego debruçar sobre experiências desastrosas o País vai acabar por encontrar a boa saída. Ledo engano. Nas últimas décadas, o Brasil exibiu qualidades invulgares como cenário de aprendizes de feiticeiro que deixaram de herança uma bagunça administrativa de alto custo a pagar. Foi assim nos idos de Collor, o primeiro a abrir a fila de “impichados” – depois reconduzido ao Congresso – e voltou a se repetir com Dilma, o célebre poste de Lula, inesquecível no plano das anedotas por suas lições de como estocar vento, de saudação à mandioca, de respeito ao ET de Vaginha e de imprecações linguísticas do tipo “mulheres sapiens”. Seu intuito de ir às urnas constitui, por um variado e amplo leque de motivos, uma aberração. O País que passou o que passou nas mãos dessa senhora – responsável por colocar a economia de joelhos praticando a mais devastadora recessão de todos os tempos, que esteve no comando quando os saqueadores dos cofres públicos fizeram a festa, quebraram a estatal de ouro Petrobras e roubaram a rodo – não poderia cogitar a hipótese de aceitá-la novamente saracoteando no poder. A não ser que tenha vocação para o sofrimento. Sob outro aspecto não menos danoso, do ponto de vista legal, a candidatura fere de forma gritante os preceitos da Constituição que atrela o impeachment à perda dos direitos políticos por oito anos. Está lá, letra por letra, disposto na Carta Magna o crime e respectiva descrição da pena decorrente da cassação. Ocorre que o ministro Ricardo Lewandovski, outro mestre do triunvirato da Segunda Turma do STF, ao lado de Toffoli e Gilmar Mendes, que de uns tempos para cá vem sacudindo o coreto legal com decisões arrepiantes, achou por bem costurar junto com o então presidente do Senado Renan Calheiros, mais uma gambiarra jurídica: a perda do cargo sem inabilitação. Fatiou as votações no parlamento em duas etapas e assim manteve a presidente deposta como apta a participar de futuros escrutínios. Diversos partidos se organizam para tentar impugnar essa possibilidade. Pareceres de magistrados são emitidos negando a condição de elegível para Dilma. Mas tribunais não se mostram muito receptivos a considerar a revisão – embora a dita cuja ex-presidente siga sob o peso de processos, inclusive da CVM, pela compra superfaturada de Pasadena, fio-condutor de toda operação Lava Jato.
Você pode estar se perguntando como é possível isso? Mas o ressurgimento de Dilma na atual circunstância simboliza, na prática, de maneira dramática, o enorme fosso de dificuldades e desânimo que tem tido o eleitor para garimpar e ungir ao comando seus líderes. Pode-se atribuir à índole cordata do povo a predisposição de, mesmo depois de ir às ruas gritar “Fora Dilma!”, assumir logo a seguir um estágio de resiliência absoluta na qual é capaz de perdoar falhas dos vilões de outrora. Ou aduzir outros motivos, tal qual a propensão nata do eleitorado a mover-se quase sempre, cegamente, pelo recall de imagem dos postulantes a cargos públicos e pela enganação marqueteira de informações fabricadas que os programas partidários tratam de veicular. De um jeito ou de outro, a excrescência de uma candidatura Dilma está posta. Cabe a cada um repudiá-la, dizendo não na urna.
FOTO: Ricardo Stuckert.

Carlos José Marques

6 de jul. de 2018

Mergulhador da equipe de resgate morre dentro de caverna inundada na Tailândia

Vítima é um ex-mergulhador da Marinha tailandesa, segundo o canal norte-americano CNN
caverna
Equipes de resgate se revezam para levar suprimentos aos meninos e seu técnico, que foram encontrados desnutridos ( Foto: Reprodução )
Um ex-membro da Marinha tailandesa morreu ao ficar sem oxigênio quando retornava de uma missão para levar provisões aos 12 meninos e seu técnico de futebol presos em uma caverna inundada na Tailândia, informou o vice-governador da província de Chiang Rai, Passakorn Boonyaluck. Trata-se de Samarn Kunan, 38, segundo o jornal britânico "The Guardian'.
 
 
"Após ter entregue uma reserva de oxigênio, ficou sem ar em seu retorno", declarou Boonyaluck.
 
"Perdeu a consciência no caminho de volta, seu companheiro de mergulho tentou ajudá-lo e carregá-lo", revelou o oficial da Marinha Apakorn Yookongkaew. 
 
As equipes de emergência examinam as opções para resgatar o grupo, preso há 12 dias na caverna, em meio ao risco de aumento do nível da água com a previsão de retorno das chuvas.
 
Os socorristas estão bombeando a água para fora da caverna para baixar seu nível e retirar o grupo sem que as crianças tenham que mergulhar ou que o façam no menor trecho possível. 
 
No momento, um mergulhador experiente leva cinco horas para fazer o percurso entre o grupo e a saída da caverna, e muitos trechos incluem passagens estreitas e sob a água. 
 
"Nossa maior preocupação é a meteorologia. Estamos em uma corrida contra o tempo, agora estamos em uma corrida contra a água", declarou mais cedo Narongsak Osotthakorn, governador de Chiang Rai, que comanda a célula de crise.

4 de jul. de 2018

PM do Rio terá reforço de mais mil soldados, diz Braga Netto

PM do Rio terá reforço de mais mil soldados, diz Braga Netto
O general do Exército Walter Souza Braga Netto, a cargo da segurança do Rio de Janeiro, fala durante coletiva de imprensa no Rio, em 27 de fevereiro de 2018 - AFP
O interventor federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, disse hoje (3) que a Polícia Militar (PM) receberá mais mil soldados. Eles foram aprovados em um concurso público em 2014 e a chegada do reforço depende apenas de trâmites burocráticos. O anúncio foi feito durante a entrega de 265 viaturas para a PM do Rio.
Este segundo lote faz parte de uma compra, feita pelo governo estadual em janeiro deste ano, de 580 viaturas, que custaram R$ 37,6 milhões aos cofres estaduais. Dessas, 530 são radiopatrulhas e 50, veículos descaracterizados.
O governo não divulgou a data, mas informou que o terceiro lote de automóveis “será entregue nos próximos meses”. Ao todo, o estado investiu R$ 61,6 milhões para a compra de 750 veículos. Também foram liberados outros R$ 93 milhões para a recuperação e manutenção da frota da corporação.

3 de jul. de 2018

Justiça abre prazo para Exército explicar licitação que previu compra de caviar

Ação popular questiona compra de mantimentos estimada em R$ 6,5 milhões, que previa, entre outros, a compra de milhares de garrafas de bebidas alcoólicas, latas de caviar e quase duas toneladas de camarão

Por ESTADÃO CONTEÚDO
Exército abriu licitação para compra de milhares de garrafas de bebidas alcoólicas, latas de caviar e quase duas toneladas de camarão
Exército abriu licitação para compra de milhares de garrafas de bebidas alcoólicas, latas de caviar e quase duas toneladas de camarão -
São Paulo - A 13ª Vara Cível Federal de São Paulo aceitou uma ação popular e abriu prazo para que o Exército brasileiro dê explicações sobre uma licitação para a compra de mantimentos estimada em R$ 6,5 milhões, que previa, entre outros, a compra de milhares de garrafas de bebidas alcoólicas, latas de caviar e quase duas toneladas de camarão.
A ação foi movida pelo advogado Everson Piovesan, de São Paulo. Segundo ele, o processo tem caráter "pedagógico". "Pensei que não é comum licitar esse tipo de produto, especialmente produto refinado. Sou advogado e sei que todo cidadão tem o direito de entrar com uma ação popular e resolvi fazê-lo", disse. "É para mostrar que existem mais formas de participar da democracia para além do voto."
A licitação foi revelada no início do mês. Questionado sobre a inclusão de itens "refinados", o Exército teria respondido que eles devem abastecer dois hotéis de trânsito situados no Estado do Rio de Janeiro, utilizados exclusivamente por oficiais e seus familiares. O consumo desses itens é pago pelos próprios hóspedes, acrescentou a corporação.
Sobre a resposta do Exército, Piovesan disse que a questão não é o valor ou se ele vai retornar, mas o fato de que "não é normal o Exército estar vendendo caviar". "Tanto é que o juiz o convocou a prestar esclarecimentos. Não é pertinente à função do órgão", defendeu. O pedido foi concedido no último dia 25 de junho. O Exército tem dez dias para se manifestar.