31 de jul. de 2009

Brasil: Depois dos Submarinos, as Fragatas?

Brasil: Depois dos Submarinos, as Fragatas?
Será em setembro próximo que França e Brasil deverão implementar os acordos assinados em dezembro de 2008, armas em torno de importantes contratos de armamentos.
O principal projeto franco-brasileiro é naval, com a realização de quatro submarinos convencionais e a assistência técnica francesa para ajudar os brasileiros a construírem seu primeiro submarino nuclear de ataque.
Além disso, a DCNS proporcionará sua especialização na concepção e construção de uma nova base e um novo estaleiro (onde serão feitos os submarinos).
O conjunto desses contratos, que será conduzido por uma sociedade comum criada pela DCNS e o grupo brasileiro Odebrecht, representa cerca de 7 bilhões de euros.
Após ver prevalecer a sua oferta na matéria de submarinos, que foi enormemente beneficiada pela parceria estratégica assinada entre os presidentes Sarkozy e Lula, a DCNS espera, na sequência, se posicionar a respeito da renovação da frota da superfície brasileira.
As fragatas mais antigas dessa Marinha começam, efetivamente, a se ressentir a idade. O Brasil possui 6 fragatas de 3.800 toneladas da classe britânica Mk 10 VT, entregues entre 1976 e 1980. Juntam-se a elas três ex-Type 22 da Royal Navy, navios de 4.400 toneladas, comissionadas originalmente entre 1979 e 1982, e transferidas em 1995, 1996 e 1997.
Fragatas FREMM para substituir as mais antigas
Muito rapidamente, o Brasil terá de considerar a substituição dessas unidades, com idades variando de 27 a 33 anos. É nesse mercado que a DCNS oferece a sua Fragata Multi-Missão (FREMM).
Encomendada pela França e Marrocos e, muito provavelmente, pela Grécia, essa fragata polivalente de 6.000 toneladas representa uma das melhores (se não a melhor) relação qualidade/preço do mercado.
Altamente automatizada, o que permite uma redução da sua tripulação, a FREMM é conhecida por ter sido projetada para reduzir os tempos de manutenção e melhorar a acessibilidade ao mar. Com o comprimento de 142 metros, ela pode implementar uma ampla gama de mísseis (Exocet, Scalp Naval, Aster 30, Aster 15, Mica VL…) e torpedos de nova geração MU90, além de equipamentos de detecção e guerra eletrônica no estado da arte.
Para dar uma primeira ideia sobre o que a FREMM terá uma semelhança, os brasileiros têm, esta semana, a ocasião de subir a bordo da fragata de defesa aérea Forbin (Classe Horizon).
Como parte de sua travessia de longa duração, a FDA chegou quarta-feira no Rio de Janeiro, em uma escala que durará até segunda-feira, e é especialmente colocada sob o signo do apoio à exportação.
Nosso Comentário:
Como vemos, os franceses estão excitados com o F-X Naval, sendo que, dessa vez, o “F” é de Fragata, não de Fighter (caça) do eterno FX-2 da FAB.
O mesmo ocorre com os coreanos, com as suas famosas KDX, que são destróieres de 5.200 ton na versão 2, a oferecida ao Brasil. A nova KDX3 tem 7.000 ton e é muito bem equipada. Muitos a consideram a melhor belonave do mundo atual.
O destróier francês Forbin esteve esta semana no Rio para um esforço de demonstração tecnológica ao pessoal da MB. O desfile ainda está só começando.
Roberto Silva
DEFESA BR
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30 de jul. de 2009

O PLANO DE CHAMADA DIVINO EM EXECUÇÃO

ENCONTRO DOS TRINTA ANOS DEPOIS

1978 - 2008

(NA FOTO O CORONEL R/1 CAVALCANTE COM VERAS NO ENCONTRO DE TRINTA ANOS)

O PLANO DE CHAMADA DIVINO EM EXECUÇÃO

No final do ano de 2008, a maioria da plêiade de oficiais da turma Marechal Eurico Gaspar Dutra reuniu-se na Academia Militar para celebrar os trinta anos de formatura. Ocasião em que se deu um reencontro de companheiros de longas jornadas, na maioria dos casos com anos de separação de convívio, alguns deles desde o Aspirantado.

Nesta oportunidade todos relembraram com muita alegria os fatos pitorescos da vida acadêmica, vividos em uma época , agora, já um pouco distante. Muito salutar foi este reencontro que constou de churrasco no CIMAN, solenidade no anfiteatro acadêmico,descerramento de placa alusiva a data,formatura no P3M, almoço e um jantar dançante.

Neste evento tivemos a oportunidade de reencontrar companheiros que fizeram parte da turma, e que, por motivos particulares trilharam outros caminhos. No caso em tela eu cito o do amigo Veras (carinhosamente conhecido por Cabeção),que chegou até o 4º ano no curso de infantaria. Cearense, torcedor fanático do Fortaleza E. Clube. Por ser da terra do humor, este companheiro sempre se destacava nas rodas de amigos, quer seja em lazer, ou nos intervalos das cansativas instruções de banquinho ou de campo, com uma prosa sadia que prendia a atenção de todos, ao mesmo tempo que descontraia o ambiente de pressão natural, que é o de formação do profissional militar.

Decorrente dessa sua maneira simples e irreverente, o amigo Veras angariou amigos, não só do curso de infantaria mas de todos da turma Eurico Dutra. Formava uma dupla perfeita com então Cadete Santos (Marrom) e juntos contribuíram para o fraterno e solidário ambiente da turma. Neste reencontro o filme se repetiu por ocasião do churrasco do CIMAN em dezembro de 2008, todos oficiais da turma presente no evento o cumprimentavam e relembraram com uma boa prosa, os bons tempos vividos na AMAN.

No entanto, a nossa vida tem um roteiro traçado individualmente pelo Grande Arquiteto do Universo, com diferentes historias, mais com um final previsível, ou seja o chamamento Divino para prestação de contas ao Criador. Neste final de semana, no dia 25 de julho foi a vez do amigo e companheiro Veras que trilhou ao nosso lado e contribuiu com pouco de sua sabedoria e experiência no aprimoramento de nossas vidas.

Como componente da Turma Mal Eurico Dutra, tomo a liberdade de em nome de todos ser solidário com toda sua família, neste difícil momento, infelizmente, reservado a todos nos, rogando ao Senhor Deus que tenha misericórdia do amigo e que dê forças aos seus para suportar essa grande perda. Que lhe reserve um bom lugar para o descanso do guerreiro.

Antônio Carlos Veras de Araujo, nascido em 19 de janeiro de 1956; entrou na firma INB ( Instituto Nuclear do Brasil ) em 1979, no cargo de Auxiliar de Informática; formou-se em 1981 em Economia passando ao cargo de Chefe do Departamento de Informática, onde exercia a função até seu falecimento; casado com a Sra Elizabete Sousa Veras de Araujo, deixou 03 filhos; Renata Sabrina de Sousa Araujo, Carlos Abdon Sousa Veras de Araujo e Felipe Sousa Veras de Araujo. Possui 5 netos, um casal de Renata, 1 filho homen de Carlos Abdon e um casal de Felipe. O amigo residia em Resende na Rua dos Ipês, 529 - bairro Alegria CEP 27525-063. A ultima vez que esteve com os amigos e seus familiares aqui no ceará foi em janeiro do corrente ano. Que Deus lhe proteja onde esteja. São os votos do seus companheiros da turma Mal Eurico Dutra que continuam no cumprimento da missão terrena.

JOSE CARLUCIO GOMES DE SOUSA CEL INF R/1 TURMA 1978

Conselho de Ética do Senado já tem 11 acusações contra Sarney

O Conselho de Ética do Senado já reúne 11 acusações contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). São cinco representações por quebra de decoro parlamentar --três apresentadas pelo PSDB e duas pelo PSOL-- e seis denúncias --quatro protocoladas pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e outras duas com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
As denúncias podem ser apresentadas individualmente por parlamentares ou cidadãos e pedem apenas que o conselho investigue. Já a representação pede a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar e só pode ser oficializada por partidos. As denuncias estabelecem punições mais brandas como advertência verbal ou escrita e as representações podem determinar a perda do mandato.A representação mais recente foi protocolada hoje pelo PSOL. O partido defende que o Conselho de Ética da Casa investigue denúncia de que Sarney omitiu da Justiça Eleitoral uma propriedade de R$ 4 milhões, além da acusação de que o parlamentar teria participado do desvio de R$ 500 mil da Fundação José Sarney.
Na outra representação, o PSOL pede para o conselho investigar Sarney pela edição de atos secretos que teriam beneficiado parentes e afilhados políticos para a instituição.
Ontem, Sarney foi denunciado em três representações do PSDB. O partido levou em consideração as quatro denúncias apresentadas por Virgílio.
As ações do PSDB tratam do suposto envolvimento do senador com os atos secretos, da suspeita de que teria interferido a favor de um neto que intermediava operações de crédito consignado para servidores do Senado e de ter usado o cargo a favor da fundação que leva seu nome e mentido sobre a responsabilidade administrativa pela fundação.
No caso das representações, as punições para Sarney vão desde uma simples advertência verbal até a cassação de seu mandato. A pena tem que ser decidida pela maioria dos conselheiros e em seguida referendada pela maioria do plenário.
Denúncias
As duas denúncias contra Sarney foram protocoladas hoje por Virgílio e Cristovam. Os senadores cobram investigações sobre a acusação de que o presidente do Senado estaria envolvido em vendas de terras sem o pagamento de impostos, assim como teria recebido supostas informações privilegiadas da Polícia Federal em inquérito que investigou seu filho, Fernando Sarney.
As outras quatro denúncias de Virgílio pedem para investigar os mesmos assuntos das representações do PSDB: suposto envolvimento do senador com os atos secretos, da suspeita de que teria interferido a favor de um neto que intermediava operações de crédito consignado para servidores do Senado e de ter usado o cargo a favor da fundação que leva seu nome e mentido sobre a responsabilidade administrativa pela fundação.

29 de jul. de 2009

PF em SP prende 20 pessoas por suposto esquema de contrabando de mercadoria

Vinte pessoas foram presas em São Paulo e Rondônia nesta quarta-feira (29) por suspeita de participar de um esquema de contrabando de mercadorias, que incluía pagamento de propinas e abertura de empresas de fachada.
Chamada Ártico, a operação foi realizada pela Polícia Federal em São Paulo com o apoio da Receita Federal. Cinco supostos criminosos estão foragidos.
Os policiais estimam em R$ 100 milhões o prejuízo com a sonegação e o não pagamento de multas desde 2006, quando começou a investigação. Os alvos da operação estavam em São Paulo, Rondônia, Espírito Santo e Mato Grosso (nestes dois estados não houve prisão). Entre os presos, há dois auditores fiscais de Rondônia e dois em São Paulo, lojistas e empresários.
De acordo com o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves, da PF, na capital paulista, se os servidores não estivessem envolvidos no esquema, ele não teria sustentação.
“Sem a participação desses funcionários públicos no esquema, ele jamais seria viabilizado”, contou ele, em entrevista na sede da Polícia Federal, na Zona Oeste de São Paulo.
A investigação começou em 2006, em Jales (interior do estado), quando os policiais apuravam o suposto enriquecimento ilícito de um morador da cidade. Ele estaria superfaturando merenda escolar. "É apenas uma peça dessa engrenagem", afirmou o delegado.
Irregularidades
Poch explicou como agiam os quatro servidores presos. “Eles habilitavam empresas de fachada (para importação) ou liberavam mercadoria mediante propina”. Empresários são suspeitos também de alugar empresas de fachada com nome de “laranjas” e fazer as importações, ocultando os verdadeiros importadores, que não pagavam impostos. O suborno para que as mercadorias entrassem sem as taxas poderia variar entre US$ 20 mil e US$ 40 mil e acontecia até mesmo em casos de entrada de produtos sem irregularidades. “Houve caso em que a carga não estava ilegal e foi pedido propina de R$ 1.000 para não criar embaraços (burocracias)”. Os crimes envolvidos são: falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e contrabando.
No entanto, os presos não responderão igualmente por esses delitos. A PF disse suspeitar de que existam policiais civis e até um federal envolvidos no esquema, extorquindo dinheiro também. O delegado Poch não quis detalhar quem são as outras 16 pessoas presas e os cinco foragidos. Revelou apenas que um dos detidos na operação desta quarta seria um grande distribuidor de mercadorias em São Paulo.
Os produtos que estariam entrando ilegalmente no país pelo Porto de Santos viriam da China e do Japão e seriam roupas, bolsas, CDs e DVDs. “Não são produtos piratas”, frisou Alves.

28 de jul. de 2009

PAIXÃO - GAZETA DO POVO - CURITIBA-PR

M. AURÉLIO – ZERO HORA – PORTO ALEGRE-RS

Exército deve assumir obras em Cumbica

A Infraero deve assinar ainda nesta semana um acordo para que homens do Exército concluam as obras de ampliação e reforma do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Capitaneados pela Construtora Queiroz Galvão, os trabalhos estão parados desde o ano passado, por causa de divergências entre os valores aplicados no contrato e um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
"Como não foi possível dar continuidade com as empreiteiras, decidimos acionar o Exército", disse o brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva, que preside a Infraero até o fim desta semana. Segundo ele, os termos do acordo já foram tratados, restando apenas alguns detalhes. O presidente da estatal preferiu não fixar um prazo para a conclusão dos trabalhos no pátio remoto de estacionamento de aeronaves e no sistema de pistas, mas adiantou que haverá uma data para a entrega da obra.Katiucha-Uma comitiva do Exército está na Rússia negociando acertos finais da compra de 12 helicópteros de ataque, modelo Mi-35 Hind, considerado uma espécie de fortaleza voadora. Os militares tentam acertar os detalhes do pacote de armas, com interesse principalmente por mísseis antiaéreos de última geração, de fabricação russa ou chinesa. O investimento estimado é de US$ 300 milhões.Militares ajudam em ações de prevenção-Desde ontem, soldados do Exército estão atuando na prevenção da gripe A no posto da PRF em Santana do Livramento. A função deles é informar as pessoas que ingressarão no Uruguai, entregando folhetos.
A partir de hoje, militares deverão ajudar na fronteira com a Argentina. Eles serão deslocados de Santa Rosa para Porto Mauá e Porto Vera Cruz. Posteriomente, as ações ocorrerão também em Tiradentes do Sul. Seis militares ficarão em cada cidade.Exército Brasileiro-Em relação à nota "Uma ordem do Exército" (Radar, 22 de julho), o Centro de Comunicação Social do Exército esclarece: 1- O Exército Brasileiro, por intermédio do Centro de Pagamentos, possui contratos com instituições financeiras credenciadas como entidades consignatárias, que oferecem ao público interno a possibilidade de contratar empréstimos, seguros, previdência e outros. 2- De tal forma, a instituição financeira consignatária é livre para contratar o seguro prestamista (seguro de vida) com qualquer outra instituição financeira do mercado. O Exército não transaciona com essas corretoras nem ao menos as recomenda, pois não fazem parte do negócio jurídico, alvo da consignação.
Centro de Comunicação Social do Exército Por e-mail. Na reta final
Sem alarde, uma missão de quinze brasileiros está desde a semana passada em Paris cuidando de compras bilionárias do governo - ou, mais especificamente, do Ministério da Defesa, comandado por Nelson Jobim. Eles negociam com a França as bases financeiras dos contratos de compra de quatro submarinos (e mais um casco), no valor de 6,7 bilhões de euros (18 bilhões de reais), e de 51 helicópteros, no valor de 1,4 bilhão de euros (3,7 bilhões de reais).
Negócios submarinos
A transação dos submarinos é uma daquelas destinadas a causar muita polêmica: uma empresa alemã ofereceu um negócio semelhante por 670 milhões de euros (1,8 bilhão de reais), 10% do preço dos franceses.
Lula quer
Lula está empenhado em que os dois negócios sejam fechados o mais rápido possível. Tem dito aos mais próximos que modernizar as Forças Armadas é fundamental para que o Brasil consiga um assento no Conselho de Segurança da Onu.

27 de jul. de 2009

Brasil tem 45 mortes por gripe suína


Comandos vão redistribuir tropas

As Forças Armadas preparam uma redistribuição espacial de suas tropas. O Comando da Aeronáutica resolveu abrir, nos próximos anos, sua primeira base permanente na região Norte. Será em Manaus e terá uma frota de caças F-5, modernizados pela Embraer, para dar combate imediato a qualquer ameaça em território amazônico. No comando da Infraero até agosto, o tenente-brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva acaba de concluir uma espécie de "permuta" com a FAB.
Em troca de um terreno para a expansão do aeroporto de Florianópolis, cederá áreas no aeroporto de Manaus para a construção da nova unidade militar. Uma segunda pista de pouso e decolagem, a ser construída em cerca de quatro anos, servirá tanto à aviação comercial quanto os caças, informou Nicácio, que assume no mês que vem o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, um dos principais postos da Aeronáutica. O brigadeiro deverá ser substituído por Murilo Barbosa, chefe de gabinete do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O Exército, no documento "Estratégia Braço Forte", detalha os seus planos de redistribuição. Foram criados dois programas - Amazônia Protegida e Sentinela da Pátria - , que aumentarão o contingente de soldados e oficiais. O primeiro programa visa fortalecer a presença militar terrestre na região e ampliar a vigilância e o monitoramento das fronteiras amazônicas. Serão implementados 28 novos pelotões especiais de fronteira. Eles se somarão aos 21 existentes, que passarão por uma modernização.
O programa Sentinela da Pátria prevê o reforço das estruturas operacional e logística dos comandos militares de área. Inclui basicamente projetos relacionados à transferência, transformação e implantação de unidades. No curto prazo, até 2014, destacam-se os projetos em andamento de implantação da brigada de operações especiais em Goiânia, a transferência da 2ª brigada de infantaria de selva para São Gabriel da Cachoeira (AM) e a reestruturação da força de blindados.
No médio prazo, o programa contempla a transferência da brigada de infantaria Paraquedista para Anápolis (GO) e sua substituição, no Rio, por uma de infantaria leve. Haverá ainda criação de novas unidades de aviação (em Manaus e Campo Grande) e antiaérea (Brasília).
Na Marinha, as mudanças abrangem a criação de uma segunda esquadra e de uma divisão anfíbia no Norte/Nordeste, que também ganharão uma nova base naval. No geral, a Estratégia Nacional de Defesa sugere uma redistribuição territorial que permita o rápido deslocamento das tropas por todo o território brasileiro. A partir dos planos elaborados para cada um dos três comandos, o Ministério da Defesa proporá à Presidência da República um projeto de lei de equipamento e de articulação da Defesa Nacional. (DR

26 de jul. de 2009

Daniel Dantas US$ 50 milhões para o PT e outras histórias

EXCLUSIVO Logo no início do governo do Partido dos Trabalhadores, o ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares procurou o banqueiro Daniel Dantas para vender proteção política. Na primeira entrevista exclusiva desde sua prisão na Operação Satiagraha, em julho do ano passado, Dantas revelou à ISTOÉ na tarde da quinta-feira 23 que Delúbio queria que as empresas do grupo Opportunity pagassem US$ 50 milhões da dívida da campanha de 2002 do PT. Homem-bomba para muitos, Dantas é peça central das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso e presença constante nas páginas policiais durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em quase duas décadas, teve seu nome relacionado a muitos dos escândalos ocorridos no Brasil. Foi preso temporariamente em duas ocasiões, está condenado a dez anos de reclusão num caso em que é acusado de subornar delegados da Polícia Federal e, na semana passada, passou a ser réu num processo por evasão de divisas e formação de quadrilha. Além disso, sofreu um golpe direto nas suas duas principais atividades empresariais, quando o juiz Fausto De Sanctis ordenou o confisco de 27 fazendas de gado e também a dissolução de um fundo de investimentos de R$ 954 milhões. Embora a segunda medida já tenha sido suspensa por decisão de uma desembargadora, Dantas se viu diante do que chamou de "algema econômica".
DEMOCRÁTICO Segundo Dantas, Satiagraha não partiu de Lula
Delegados da Polícia Federal e, na semana passada, passou a ser réu num processo por evasão de divisas e formação de quadrilha. Além disso, sofreu um golpe direto nas suas duas principais atividades empresariais, quando o juiz Fausto De Sanctis ordenou o confisco de 27 fazendas de gado e também a dissolução de um fundo de investimentos de R$ 954 milhões. Embora a segunda medida já tenha sido suspensa por decisão de uma desembargadora, Dantas se viu diante do que chamou de "algema econômica".
A entrevista à ISTOÉ foi concedida por meio de videoconferência. Dantas estava na sede do grupo Opportunity no Rio de Janeiro, acompanhado de um de seus sócios, Dorio Ferman, de uma advogada e de uma assessora. A reportagem de ISTOÉ estava no escritório do grupo em São Paulo. O banqueiro se disse vítima de uma conspiração política e revelou suas relações - por ora próximas e muitas vezes conflituosas - com figuras proeminentes do poder, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken e o ex-publicitário Marcos Valério de Souza, além de Delúbio
"Errei ao entrar na privatização sem estar pronto para a agenda política que ela continha"
Exclusivo "Não compramos a proteção"
ISTOÉ - O Delúbio Soares fez essa proposta? Dantas - Ele procurou meu sócio, Carlos Rodenburg, e disse isso. Eu fui ao Citi, porque muita gente achava que éramos intransigentes. Quando perceberam a dimensão da pretensão, me autorizaram a negar, porque feria a lei americana.
ISTOÉ - E qual era a dimensão? Dantas - Eram uns US$ 50 milhões.
ISTOÉ - Isso foi documentado? Dantas - Sim. Num e-mail, eu disse ao Mike Carpenter, executivo do Citi, que rejeitaria a proposta da agência de publicidade
ISTOÉ - Como o sr. se envolveu em tantos escândalos? Daniel Dantas - Os interessados em criar a proeza me vinculam a qualquer escândalo. Por exemplo, o Mensalão. A ala do PT que me coloca como financiador é a que nega sua existência.
ISTOÉ - Mas uma de suas empresas, a Telemig Celular, contratou Marcos Valério. Dantas - Na CPI dos Correios, falava-se em R$ 180 milhões. Comprovamos que tudo era publicidade. Agora, falam de um contrato de R$ 3 milhões.
ISTOÉ - Esses R$ 3 milhões tiveram finalidade política? Dantas - Não. Mas surgiu uma proposta. Se pagássemos a dívida do PT, parava a perseguição.
"Aquele R$ 1 milhão não era nosso. Plantaram lá uma prova falsa"
ISTOÉ - Falava-se de um racha no governo. O exministro José Dirceu seria seu aliado e o ex-ministro Luiz Gushiken, seu inimigo. Foi assim? Dantas -A primeira pessoa que me procurou e pediu que eu entregasse os direitos dos nossos investidores foi o ex-ministro José Dirceu. Numa reunião, ele pediu que eu conversasse com o Cássio Casseb [ex-presidente do Banco do Brasil]. Chamei a atenção de que o Casseb fôra conselheiro da Brasil Telecom indicado pela Telecom Italia e que talvez não tivesse isenção.
ISTOÉ - E como foi a reunião com o Casseb? Dantas - Ele me deu um ultimato, dizendo para entregar o controle. Perguntei se tinha algo em troca, ele disse que não. Fui ao Citibank em Nova York, que mandou para cá o Mike Carpenter. Ele me reportou que diria ao ex-ministro que não toleraria expropriação. Depois, não houve pressão do Dirceu.
ISTOÉ - E pelo lado do Gushiken? Dantas - Eu sentia que ele operava através de outros. Eu percebia que ele mandava nos fundos.
ISTOÉ - Mas o sr. contratou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que é amigo do ex-ministro Dirceu, por R$ 10 milhões. Dantas - Uma das estratégias da empresa foi contratar advogados que eram da confiança do agressor para desfazer o mal-entendido
ISTOÉ - Mas é fácil confundir isso com lobby. O sr. contratou o Roberto Teixeira, amigo do presidente. Dantas - Lobby é tentar obter vantagens. Se a autoridade está lhe perseguindo, não é lobby
ISTOÉ - O sr. está condenado a dez anos de prisão, em função de um suposto suborno. Qual é a sua versão? Dantas - O que se tem é um vídeo editado, em que as vozes não correspondem às imagens. E eu não estava presente naquele encontro.
ISTOÉ - Mas estava ali seu braço direito, Humberto Braz, e depois foi encontrada a quantia de R$ 1 milhão na casa de Hugo Chicaroni. Dantas - O dinheiro que foi apreendido na casa do Chicaroni não era nosso.
ISTOÉ - É razoável imaginar que seus inimigos botariam R$ 1 milhão na casa de alguém apenas com o intuito de lhe incriminar? Dantas - A quantia pode parecer alta para a maioria dos mortais, mas é nada diante do que foi gasto na disputa societária da Brasil Telecom. E tem coisas estranhas em relação ao dinheiro. Ele foi depositado sem que houvesse o registro das notas. Se não tivesse sido depositado, seria possível rastrear a origem.
ISTOÉ - Quem poderia plantar essa prova? Dantas - Fundos de pensão, Citibank, Brasil Telecom, Angra Partners.
ISTOÉ - E por que o juiz Fausto De Sanctis acreditou na qualidade da prova? Dantas - Talvez por imaginar que a polícia teria fé pública. O juiz autorizou a ação controlada que culminou naquela cena em maio de 2008. Um mês antes, recebemos um e-mail de um jornalista italiano chamado Gerson Gennaro, que havia entrevistado Luís Demarco [ex-funcionário do Opportunity e inimigo de Dantas], já nos perguntando sobre uma orquestração. Estavam plantando uma cilada.
ISTOÉ - E por que Humberto foi ao encontro? Dantas - Ele fi cou assustado, porque duas pessoas da Abin, armadas, seguiram seu fi lho. O que todos queríamos era só saber o que estava acontecendo
ISTOÉ - Se havia um grande acordo para a criação da supertele, quem estaria insatisfeito?Dantas - Estávamos saindo da telefonia para fi car livres disso. Neste momento, um advogado da Brasil Telecom nos disse que estava tendo difi culdades em encerrar contratos com outros advogados contratados para promover esse tipo de iniciativa.
ISTOÉ - O sr. desconfi a de que a Brasil Telecom patrocinou a Operação Satiagraha? Dantas - Eu tenho informações nesse sentido. Isso também envolvia outras duas pessoas, o Luís Demarco e o Paulo Marinho [consultor de empresas]. Anos atrás, o Paulo Marinho recomendou aos nossos adversários que partissem para um jogo abaixo da cintura, porque eu não estaria preparado para isso.
ISTOÉ - De fora, supõe-se que todos os lados jogavam abaixo da cintura. Dantas - Nunca tive qualquer relação com a polícia.
ISTOÉ - Mas e a Kroll? Dantas - Se você chamar a Kroll de empresa de espionagem, isso acomoda a versão. Se você considerar a Kroll uma empresa de investigação, não. A Kroll era percebida como uma empresa legítima quando rastreou o dinheiro do PC Farias.Entre as histórias que Dantas decidiu contar, a mais relevante foi sobre a sugestão do ex-tesoureiro petista. Segundo o dono do Opportunity, a proposta de Delúbio foi feita em conversa com Carlos Rodenburg, ex-marido da irmã de Daniel, Verônica Dantas. "Eram mais ou menos US$ 50 milhões", diz o banqueiro. Naquele momento, com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele estava ciente de que não era benquisto pelo governo - os fundos de pensão, de quem era sócio na empresa Brasil Telecom, mostravamse descontentes com a parceria, selada no governo Fernando Henrique Cardoso, e queriam assumir a gestão da empresa, até então a cargo do Opportunity.
De acordo com Dantas, a contrapartida que ele teria, se pagasse a dívida do PT, seria "o fim das hostilidades". Pragmático, o banqueiro baiano não rechaçou de imediato a abordagem. Procurou o Citibank, de quem também era sócio na Brasil Telecom, e levou a proposta adiante. Essa conversa se deu com Mike Carpenter, ex-vice presidente mundial do banco, que disse ser melhor não pagar. "Decidimos não comprar a proteção", diz Dantas. Procurado por ISTOÉ, Delúbio preferiu não comentar o assunto. Considera-o página virada em sua vida. E Dantas, ao ser perguntado sobre os detalhes desse acerto, segundo ele, frustrado, afirma que chegou até a documentar suas conversas com o vice-presidente do Citi. Num e-mail, disse que o negócio com a agência de publicidade não seria assinado - o que significa que o acerto da dívida do PT passaria pelas empresas do publicitário Marcos Valério. "Nunca tive conhecimento disso", diz Marcelo Leonardo, advogado do publicitário. "Os contratos efetivamente feitos com a Brasil Telecom diziam respeito à efetiva prestação de serviço a duas empresas: a Telemig e a Amazônia Celular, para as quais foram feitas diversas campanhas de publicidade", completa.
Em síntese
Na terça-feira 21, o juiz Fausto De Sanctis determinou o confisco das 27 fazendas e de 450 mil cabeças de gado do banqueiro Daniel Dantas.
 Na quinta-feira 23, Dantas concedeu à ISTOÉ a primeira entrevista desde que foi preso, há pouco mais de um ano, na Operação Satiagraha.
Revelou suas relações com as principais autoridades do PT e do PSDB.
Disse que recebeu do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pedido para pagar dívida de US$ 50 milhões do partido.
Contou sua experiência na prisão e deu sua versão para a acusação de subornar um delegado com R$ 1 milhão.Segundo Dantas, seus adversários adotaram "um jogo abaixo da cintura" para garantir o controle da Brasil Telecom. Na linha de frente, estariam os então poderosos ministros José Dirceu, interessado em entregar o controle da Brasil Telecom aos fundos de pensão, e Luiz Gushiken, apontado pelo banqueiro como o maestro dos fundos de pensão e também um defensor dos interesses da Telecom Italia. O banqueiro diz que decidiu se cercar de advogados com alguma proximidade com os dirigentes do PT para, em suas palavras, "construir uma ponte". Foi assim que contratou Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado do PT, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, amigo de Dirceu, e Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula. Procurado, Greenhalgh confirmou que Dantas não tinha diálogo com os fundos de pensão e com o PT em geral. "Eu o aconselhei a sair da telefonia e a buscar outros negócios", diz o advogado. "As pessoas me contratam porque advogo em causas relevantes", contestou Kakay. "No governo FHC fui advogado de oito ministros e no governo Lula, por incrível que pareça, de dois", diz. Teixeira disse que foi contratado por Dantas antes da eleição de Lula. "Meu trabalho foi atuar única e exclusivamente junto a tribunais e na interpretação de leis - nunca junto ao governo", afirmou.
Quanto às suas relações no governo FHC, Dantas confirma que jantou com o então presidente Fernando Henrique, no Palácio do Alvorada, e o assunto foi a disputa pelo controle de empresas de telefonia. Mas nega que, no encontro, tenha pedido a cabeça dos presidentes de fundos de pensão estatais que estariam prejudicando seus planos, como foi amplamente divulgado à época.
"Na supertele, eu queria ficar. Foi o Greenhalgh quem me aconselhou a sair disso"
ISTOÉ - Marinho e Demarco foram do Opportunity. Saíram com mágoa? Dantas - Os dois saíram e se encontraram por caminhos separados. Quando a PF entrou na história, sempre um esteve envolvido. E quem se dizia movido por ideologia ou razões afetivas logo surgiu na folha de pagamento de alguém.
ISTOÉ - Seu raciocínio pressupõe que a PF está à venda. Dantas - Pressupõe que nem todos os agentes públicos são corretos. A própria distensão na PF em relação à Satiagraha, que foi feita pela Abin, sugere isso.
ISTOÉ - Seu raciocínio pressupõe que a PF está à venda. Dantas - Pressupõe que nem todos os agentes públicos são corretos. A própria distensão na PF em relação à Satiagraha, que foi feita pela Abin, sugere isso.
ISTOÉ - O sr. achava que poderia enfrentar um governo? Dantas - Nunca pensei que iriam colocar PF, Abin, Exército, Marinha e Aeronáutica contra mim. Não imaginei que fosse ser visto como alguém tão perigoso.
ISTOÉ - Quais foram os seus erros?Dantas - Erro um: participar da privatização sem estar preparado para a agenda política que estava contida nele. Erro dois: confi ar no Citi.
ISTOÉ - Por que não recuou mais cedo? Dantas - Eu recuei duas vezes. Quando a PF fez a Operação Chacal, eu recuei e vendi o controle da Brasil Telecom para a Telecom Italia. Só não sabia que os fundos de pensão tinham uma agenda oculta e estavam alinhados com a Oi. Em 2008, decidimos sair pela segunda vez, vendendo nossa posição para a Oi, porque o plano do governo era a supertele. Na verdade, pensamos até em fi car. Se o plano era criar uma grande empresa nacional, eu disse: "Bom, eu também sou nacional." Mas me disseram que eu não podia fi car e eu saí.
ISTOÉ - Quem lhe deu essa informação? Dantas - O Luiz Eduardo Greenhalgh.
ISTOÉ - Ele lhe trazia uma informação palaciana? Dantas - Bastava ler os jornais. Muito embora dissessem que eu fi nanciava o Mensalão, nunca vi alguém dizer que eu seria o predileto do governo.
ISTOÉ - Greenhalgh tem sido apontado como lobista, não advogado. Por que foi contratado? Dantas - Foi contratado como advogado. E eu fi - quei com a impressão de que a presença dele daria tranquilidade ao governo. Muita gente dizia que sabotávamos a supertele. E o Greenhalgh deu uma ideia que funcionou: abrimos mão da cláusula de confi dencialidade. A partir daí, a operação saiu.
ISTOÉ - Quem sabotava? Dantas - A minha sensação é de que nem os fundos de pensão nem a antiga administração da Brasil Telecom queriam a operação
ISTOÉ - Nesta semana, o juiz Fausto De Sanctis mandou abrir inquérito para investigar a supertele. Esse pode ser o real objetivo da Satiagraha? Dantas - Não sei. O que sei é que não cometemos crime nenhum e que fomos investigados durante sete anos a partir de uma situação esdrúxula. A Satiagraha é fruto da Operação Chacal, que nasceu a partir do que a PF disse ser um CD anônimo. Na Itália, já se sabe que esse CD foi produzido, adulterado e entregue à polícia pela Telecom Italia. A maior mobilização policial do País parte de uma fraude
ISTOÉ - O sr. se coloca como vítima de um Estado arbitrário, mas também é acusado de ter tido um Estado a seu favor, no governo FHC. O sr. seria um símbolo da chamada "privataria"? Dantas - A tentativa de tomada de controle começou no governo FHC. Não tive privilégio.
ISTOÉ - Não houve um encontro reservado no Palácio da Alvorada em que o sr. pediu a cabeça dos dirigentes dos fundos de pensão? Dantas - Não. Algumas pessoas do PSDB tinham uma preocupação com nossos eventuais vínculos com o PFL. E eu também disse que isso não existia.
ISTOÉ - O juiz Fausto determinou a liquidação de um fundo do Opportunity e o sequestro de 27 fazendas. Como o sr. recebe essas decisões? Dantas - É uma algema econômica.
ISTOÉ - De onde veio o dinheiro das fazendas? Dantas - Somos uma empresa de investimentos. Temos recursos nossos e de investidores.
ISTOÉ - Por que o sr. decidiu falar?Dantas - Na Satiagraha, li um pronunciamento estranho do ministro Tarso Genro. Ele disse que eu teria dificuldades em provar inocência. Depois, o Protógenes disse que a Satiagraha era missão presidencial. Se fosse presidencial, eu teria que tomar um caminho. Se não, era outro. Nesta semana, ficou claro que não era o presidente da República.
ISTOÉ - Por quê? Dantas - Primeiro, por conta da decisão de se abrir um inquérito contra a supertele. Se o presidente fosse contra, não precisava da Satiagraha. Bastava não mudar a lei. Além disso, ouvi o discurso do presidente na posse do novo procurador- geral da República [Roberto Gurgel], em que ele critica essa condenação prévia sem direito à Justiça. O presidente Lula, portanto, segue um padrão democrático. Então, o que aconteceu recebe influências de facções do governo.
ISTOÉ - Por quê? Dantas - Primeiro, por conta da decisão de se abrir um inquérito contra a supertele. Se o presidente fosse contra, não precisava da Satiagraha. Bastava não mudar a lei. Além disso, ouvi o discurso do presidente na posse do novo procurador- geral da República [Roberto Gurgel], em que ele critica essa condenação prévia sem direito à Justiça. O presidente Lula, portanto, segue um padrão democrático. Então, o que aconteceu recebe influências de facções do governo.
"O STF deu um benefício aos brasileiros, não a mim, que fui preso e algemado"
ISTOÉ - A principal seria do ex-ministro Luiz Gushiken? Dantas - Talvez haja um maestro. Gushiken é um maestro provável.
ISTOÉ - Como foi sua experiência na cadeia? Dantas - Ela me permitiu descobrir que é impressionante o clube dos que foram presos ilegalmente no Brasil. Não me senti humilhado, apenas perseguido, pois não enxergo legitimidade na ordem que fez isso contra mim.
ISTOÉ - O sr. vive recluso e não pode, por exemplo, sair caminhando no calçadão de Copacabana. Dantas - A tentativa de se criar um clamor popular, a meu ver, não funcionou. O que existe é uma falsa opinião pública, regida por blogueiros profissionais.
ISTOÉ - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, passou a ser chamado de Gilmar Dantas depois de lhe conceder dois habeas-corpus. Dantas - Em relação às decisões do ministro Gilmar Mendes, os beneficiários foram os demais brasileiros. Eu fui algemado, os próximos é que não serão.
ISTOÉ - Mas podia ter ficado mais tempo. Dantas - O STF avaliou que as prisões eram ilegais. E, se eu fui preso ilegalmente, tive um prejuízo.
ISTOÉ - O que o dinheiro representa para o sr.? Dantas - É o instrumento de trabalho, não o fim. O trabalho é pegar um ativo e fazer valer mais.A assessoria de Fernando Henrique informou que o ex-presidente está em viagem sem possibilidade de comunicação e por isso não teria como comentar as declarações do banqueiro.
Na entrevista, Dantas contra-atacou pela primeira vez, contando histórias de operações que não se materializaram, como o pagamento dos R$ 50 milhões ao PT. De fato, pode ser que Daniel Dantas, o homem cuja fortuna é estimada pela Polícia Federal em R$ 5 bilhões, nunca tenha aceitado um acordo nos moldes propostos por Delúbio. Mas, para quem passou quase duas décadas no centro dos maiores negócios feitos na zona de sombra do público com o privado, são as histórias do que ele fez - ou do que suspeitam que ele teria feito -, que lhe renderam a aura de homem-bomba das privatizações brasileiras.

Um garoto de sucesso

Filho do ministro dos Transportes, Gustavo de Morais Pereira construiu um patrimônio de R$ 1,28 milhão em apenas quatro anos.
O Estado do Amazonas é representado na bandeira do Brasil pela estrela Prócion, nome de origem grega que significa "antes do cão" e inspirou Gustavo de Morais Pereira a batizar a agência de publicidade que abriu em 2003, aos 18 anos. Começava ali a trajetória do jovem calouro universitário, filho do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que, em seis anos, se tornou um dos empresários mais ricos do Amazonas. Sua ascensão meteórica, no entanto, não tem sido impulsionada por peças publicitárias de sucesso. Aos 25 anos, o brilhantismo de Pereira está mesmo na capacidade de convencer seus parceiros a aceitar negócios milionários, sobretudo no setor imobiliário. Em 2007, Pereira declarou à Receita Federal um patrimônio de R$ 1,28 milhão, mais que o dobro dos R$ 595 mil declarados por Alfredo Nascimento à Justiça Eleitoral em 2006.
No mapa das constelações, Prócion é um sistema binário, ou seja, por trás da estrela principal há outra menos visível que a acompanha de perto. Assim como no céu do firmamento, o filho do ministro também não está sozinho em suas atividades empresariais. Ele conta com o apoio do advogado Antonio Adalberto Magalhães Martins, amigo da família Nascimento. Os dois fundaram uma agência de propaganda, a G de M Pereira & Cia. Ltda., que nunca chegou a operar. Depois se tornaram sócios numa construtora e numa escola que possui vários terrenos em Manaus, onde agora são erguidos dois empreendimentos de luxo. A empreitada já rendeu a ambos quase R$ 16 milhões.
Em 2006, com apenas R$ 20 mil, Pereira virou sócio da empreiteira Forma Construção Ltda. Dois meses depois, pagou R$ 300 mil pela sociedade no Centro de Estudos Amazônicos. Três anos antes, essa escola foi usada por Magalhães Martins para adquirir quatro terrenos. Duas áreas estão situadas na exclusiva Estrada da Ponta Negra, às margens do Rio Negro. Com calçadão, bares e boates, o local é comparado na região à orla da zona sul carioca. Só esses dois terrenos somam 6.500 metros quadrados, que, segundo corretores, valeria pelo menos R$ 5 milhões. Mas o valor da compra declarado pelo sócio de Pereira foi de irrisórios R$ 300 mil, exatamente o que o filho do ministro pagou ao sócio. O desembolso, de acordo com Pereira, foi feito em três parcelas anuais de R$ 100 mil, a partir de 2005, dois anos antes de a sociedade ser registrada formalmente em cartório.
No mesmo ano em que Pereira virou sócio da Forma, a construtora incorporou um terreno de 50 mil metros quadrados, de propriedade da escola amazônica, onde foi erguido um condomínio de luxo chamado Atlantis.
O complexo arquitetônico tem 86 casas duplex e um shopping center. De acordo com corretores, uma casa ali não custa menos de R$ 400 mil. Em outro terreno do centro de ensino, a empreiteira está construindo o edifício Atlantic Tower, torre comercial de 18 andares, 300 salas e spa. "O prédio mais moderno e inteligente do Norte do País", segundo o folder publicitário do empreendimento. Na declaração de renda de 2007, Pereira informou que obteve R$ 320 mil de "lucros e dividendos" de sua agência de publicidade. O valor é idêntico ao que ele pagou para se tornar sócio de duas empresas para lá de lucrativas.
Numa outra transação, Pereira recebeu R$ 450 mil da transportadora Socorro Carvalho Cia., que embolsou R$ 12 milhões do Fundo da Marinha Mercante, ligado ao gabinete do ministro, de acordo com o Portal da Transparência. A empresa é de Marcílio Carvalho, marido da superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) do Amazonas, Maria Auxiliadora Carvalho. Pereira diz que o dinheiro veio da venda de um apartamento herdado da mãe, Francisca Leonia. Mas certidões negativas dos cartórios de Manaus indicam que o imóvel nunca esteve em nome dele, da superintendente do DNIT ou da transportadora. Claudomiro Carvalho, irmão e sócio de Marcílio, doou R$ 100 mil para a campanha de Nascimento ao Senado, em 2006.
R$ 595 mil é o patrimôniodeclarado do ministro, menos da metade da soma dos bens de seu filho, Gustavo Pereira.
Procurado por ISTOÉ, Pereira informou, por meio da assessoria de imprensa do ministério que não ia comentar os negócios com a Socorro Carvalho Cia. Nascimento também não atendeu ao pedido de entrevista. O assessor de imprensa do ministro, Jefferson Coronel, diz que Pereira é um economista inteligente, estudou arquitetura, fala inglês e tem pós-graduação na Fundação Getulio Vargas - qualificações que, segundo Coronel, dariam ao jovem empresário condições de amealhar seu patrimônio milionário. "Todas as empresas de Pereira atuam exclusivamente no mercado privado. Não há nenhuma interferência do pai", afirma Coronel. Talvez o sucesso empresarial do filho do ministro estivesse mesmo escrito nas estrelas.

Charge - Mangabeira

25 de jul. de 2009

Temperatura chega a -6,3ºC em cidade gaúcha

O frio bate recorde na Região Sul. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura chegou a 6,3ºC negativos neste sábado (24), em Vacaria (RS). Foi o registro mais baixo do ano. Em Porto Alegre, os termômetros marcaram 0ºC.Ainda de acordo com o Inmet, houve geada forte em Santa Catarina (Campos Novos, Lages e São Joaquim) e no Rio Grande do Sul (São Luiz Gonzaga, Cruz Alta, Passo Fundo, Lagoa Vermelha, Bom Jesus, Uruguaiana, Ibirubá, Santa Maria, Caxias do Sul, Cambará do Sul, Santana do Livramento, Campo Bom, Encruzilhada do Sul, Porto Alegre, Teutônia, Bagé, Pelotas e Santa Vitória do Palmar).E o frio causou cenas inusitadas. Em Itaara (RS), a vegetação ficou coberta pelo gelo. Em Caxias do Sul (RS), a água de um chafariz congelou e os carros ficaram cobertos por uma fina camada de gelo.
Em Bom Jesus (RS), que chegou a registrar 5ºC negativos, o artista plástico Luiz Clovis Finger aproveitou as horas "geladas" para trabalhar, esperando a água congelar e dar forma especial a alguns objetos. O chapéu usado por ele ficou coberto de gelo.Na sexta-feira (24), os termômetros marcaram 5,8ºC negativos em cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A queda na temperatura foi provocada por uma massa de ar frio.
Solidariedade
Por causa das baixas temperaturas, o governo do Rio Grande do Sul decidiu reforçar a Campanha do Agasalho. Roupas, cobertores, calçados e alimentos podem ser encaminhados à Central de Doações, no Centro Administrativo do Estado, na Avenida Borges de Medeiros, 1501. Os telefones são (51) 3212-4678 e 3212-2675. Os produtos também podem ser levados ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz e em agências do Banrisul. No fim de semana, há postos de recolhimento em redes de supermercados e farmácias, além das unidades do Corpo de Bombeiros. A Defesa Civil orienta agricultores a tomarem medidas preventivas para reduzir os prejuízos em caso de geada e recomenda atenção aos moradores de rua.

24 de jul. de 2009

Exército atenderá pacientes com sintomas da gripe suína em Praia Grande (SP)

A Prefeitura de Praia Grande, no litoral paulista, divulgou nesta sexta-feira uma série de medidas para enfrentar a gripe suína --como é chamada gripe A (H1N1). Assim como ocorre em Osasco (Grande SP), o Exército também deverá auxiliar no atendimento aos pacientes com casos suspeitos da doença. A partir de segunda-feira (27), aqueles que estiverem com sintomas da gripe serão atendidos primeiramente em uma tenda montada pelo Exército em frente ao pronto-socorro Quietude, que funcionará das 7h às 21h. De acordo com a prefeitura, o Exército se comprometeu a fornecer médicos e enfermeiros para atuarem nos postos de atendimento.
"Estamos alguns passos à frente do vírus. Pode ser que essa situação não chegue, mas imaginem se não temos nada montado e o caos se instaure?", questionou o secretário de Saúde de Praia Grande, Adriano Springmann Bechara.
O Exército deve atuar ainda no pronto-socorro Central, no bairro Boqueirão, onde uma tenda para atendimento dos casos suspeitos da gripe deverá começar a funcionar até a próxima semana, informou a prefeitura.
Outra medida adotada é a criação de um Comitê de Emergência --com representantes da prefeitura, Exército, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros-- que deverá ficar responsável para criar e divulgar ações emergenciais.
Apesar das medidas, Praia Grande não tem nenhum caso da doença confirmado. "Estamos nos antecipando para uma situação de crise, oferecendo segurança à população", disse o secretário.
De acordo com a secretaria, a partir da próxima semana, profissionais da rede municipal de saúde participarão ainda de treinamentos sobre o assunto. Além disso, a prefeitura irá distribuir 40 mil panfletos informativos sobre como se prevenir contra a gripe, 10 mil cartazes para serem colocados em prédios com grande fluxo de pessoas e outras dez faixas de orientação em pontos estratégicos do município.

Campinas tem primeira morte confirmada por nova gripe

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas informou na tarde desta sexta-feira (24) a primeira morte por nova gripe na cidade. A vítima era uma mulher de 37 anos, que havia sido internada com problemas respiratórios graves na segunda-feira (20). A morte ocorreu na quinta (23). De acordo com a secretaria, a paciente não tinha outros problemas de saúde. Ela ficou no Hospital das Clínicas de Campinas e a informação é de que ela não teria viajado para o exterior recentemente.
Com esse óbito confirmado, sobe para 13 o número de pessoas que morreram de nova gripe no estado de São Paulo. Além dessa mulher de Campinas, outras duas vítimas morreram na região: uma mulher de 27 anos que morava em Valinhos e outra de 26 que estava internada em Indaiatuba. As outras mortes foram confirmadas pela Secretaria estadual de Saúde nas seguintes cidades: São Paulo (4), Osasco (3), Botucatu (1), Itapetininga (1) e Diadema (1). Até as 16h45 desta sexta, a Secretaria estadual de Saúde não tinha confirmado a morte da mulher de Campinas.
Osasco
Nesta sexta (24), começou em Osasco, na Grande São Paulo, o atendimento de triagem para casos suspeitos de nova gripe em uma tenda do Exército. Por causa da chuva, o movimento foi fraco durante a manhã. A barraca está montada no Hospital Antônio Giglio. Os cinco profissionais que trabalham na tenda (um médico, um enfermeiro, um técnico em enfermagem e dois agentes de saúde) começaram a receber o público por volta das 9h40. De acordo com Ewandro Ruck, coordenador dos hospitais do município, as outras duas tendas, que funcionarão nos pronto-socorros Conrado Nuvolini e Osmar Mesquita, iniciarão o atendimento na tarde desta sexta-feira. “A função do nosso trabalho é orientação”, disse o médico.

23 de jul. de 2009

Exército monta tendas para fazer atendimento da nova gripe em Osasco

O Exército começou nesta quinta-feira (23) a montar tendas na frente de hospitais de Osasco, na Grande São Paulo, para fazer triagem dos pacientes com suspeita da nova gripe. No Hospital Antônio Giglio, no Centro da cidade, já era possível ver a nova instalação durante a manhã. De acordo com a assessoria da prefeitura do município, o atendimento ao público começa nesta sexta-feira (24). Também estão prontas, segundo o governo municipal, as tendas no Pronto-Socorro Conrado Nuvolini e no Pronto-Socorro Osmar Mesquita. Os pacientes com suspeita da nova gripe passarão por uma triagem nesses locais, das 7h às 19h. A prefeitura informou que uma reunião está sendo realizada nesta quinta-feira (23) entre integrantes do governo municipal e Exército para definir como será feito o atendimento

22 de jul. de 2009

Gravação liga Sarney a atos secretos


Em conversa com o filho, ele se compromete a falar com Agaciel e sacramenta nomeação de namorado da neta

Rodrigo Rangel, BRASÍLIA

Uma sequencia de diálogos gravados pela Polícia Federal com autorização judicial, durante a Operação Boi Barrica, revela a prática de nepotismo explícito pela família Sarney no Senado e amarra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao ex-diretor-geral Agaciel Maia na prestação de favores concedidos por meio de atos secretos. Em uma das conversas, o empresário Fernando Sarney, filho do parlamentar, diz à filha, Maria Beatriz Sarney, que mandou Agaciel reservar uma vaga para o namorado dela, Henrique Dias Bernardes.


Ouça a seguir os diálogos que ligam Sarney a atos secretos e a favores de Agaciel:

http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowAudios.action?destaque.idGuidSelect=FEE07FA778574FC68F645EB57CFCB5CC

http://terratv.terra.com.br/Noticias/Brasil/4194-242045/Neta-de-Sarney-pede-emprego-para-namorado-no-Senado.htm

Governo cria diária para viagem de ministros pelo país

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou nesta terça-feira (21) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto criando diárias para as viagens dos ministros pelo país. Até então, os ministros usavam o suprimento de fundos para pagar estadia em hotéis, alimentação e locomoção das viagens dentro do país. O governo estuda a criação de diárias para os ministros desde 2008, mas esbarrava na diferença de custos de hospedagem e alimentação entre as capitais e cidades do interior. As diárias vão variar de acordo com o destino do ministro. A mais baixa será de R$ 458,00 e a mais alta de R$ 581,00, quando os ministros se deslocarem para Manaus e Rio de Janeiro. A criação de diárias para as viagens de ministros foi uma das recomendações da CPI Mista dos Cartões Corporativos, que encerrou seus trabalhos em 2008. Segundo Bernardo, o governo fez uma pesquisa nacional sobre valores de hospedagem e alimentação e chegou a valores diferenciados para todo país. A partir desta quarta-feira (22), quando o decreto será publicado no Diário Oficial, os ministros não poderão mais acessar o dinheiro do suprimento de fundos, seja por cartão corporativo ou de outras formas, para custear viagens pelo país. Nas viagens para fora do país, os ministros já pagavam suas despesas com diárias. "Não tem cabimento usar cartão corporativo para despesa de viagem a não ser que tenha despesas para um evento, digamos, vai alugar um salão para um evento, ou precisa de uma sala para entrevista", explicou Bernardo. "Não terá mais necessidade de fazer despesa de viagem com cartão. Já não era permitido para nenhum servidor o uso de suprimento de fundos, seja com cartão ou conta como antigamente tipo B, já não era mais permitido porque tinha diária, a mesma regra vale agora para os ministros", explicou Hage. O mesmo decreto também reajusta as diárias dos servidores federais. Segundo o ministro, o valor do reajuste varia de acordo com a categoria funcional e levou em conta o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) desde 2003. Segundo o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, o valor mínimo da diária para servidores subirá de R$ 85,00 para R$ 178,00, desde que a viagem não seja para Manaus, Brasília ou Rio de Janeiro. Nessas cidades, onde o custo de hospedagem e alimentação é mais alto, a diária mínima entre os servidores sobe de R$ 106,00 para R$ 224,00. Bernardo disse que o impacto no orçamento do ano que vem com o reajuste das diárias a implantação do expediente para os ministros deve ser de aproximadamente R$ 200 milhões. Nesse ano, o impacto seria pouco inferior a R$ 100 milhões. "Para esse ano, embora saibamos que terá impacto, recomendamos que seja o menor possível, porque não temos previsão de aumento desse orçamento, de limite para eles. Vai ter que adequar, fazer o número de viagens estritamente necessárias e ajustando isso", afirmou Bernardo. Os valores usados pelos ministros em diárias serão divulgados no portal da transparência, assim como o uso das mesmas pelos servidores federais. Hage disse ainda que o decreto também iguala do valor das diárias dos servidores de nível médio e de nível superior. "O nosso pessoal [da CGU] tem esse problema permanentemente. Analistas e técnicos vão para a mesma cidade e recebiam diárias diferentes. Igualamos pelo nível superior", exemplificou o ministro.
Histórico
A ex-ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, deixou o cargo no início do ano passado após ter sido revelado que ela pagou uma conta em um free shop e gastou mais de R$ 110 mil com aluguel de carros no cartão corporativo. Matilde Ribeiro disse que foi induzida ao erro. Para justificar os gastos, ela disse que a secretaria não tem infra-estrutura fora da sede, em Brasília. E que ela havia sido orientada a usar o cartão para despesas com hospedagem alimentação e locação de veículos.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que devolveu “cada centavo” utilizado com o cartão corporativo do governo, também no início do ano passado. Segundo Silva, o valor total foi de R$ 30.870,38, referentes aos gastos em 2007 e 2006, quando assumiu a pasta. Dentro os gastos do ministro, teve destaque a despesa de R$ 8,30 em uma tapiocaria, em junho de 2007.

21 de jul. de 2009

Nova gripe mata mais cinco em São Paulo. Agora são 20 mortes

Vítimas
As mortes por gripe suína foram confirmadas em três Estados: Rio Grande do Sul (11), São Paulo (8) e Rio de Janeiro (1).
Rio Grande do Sul:
Uruguaiana:- gestante de 36 anos - morreu no dia 16 de julho- menina de 5 anos - morreu em 15 de julho- caminhoneiro Dirlei Pereira, 35 - morreu dia 16 de julho
Santa Maria:- serralheiro de 40 anos - morreu dia 17 de julho- homem de 26 anos - morreu dia 13 de julho- homem de 31 anos - morreu no início de julho
Passo Fundo:- comerciante de 42 anos - morreu dia 8 de julho- homem de 31 anos - morreu dia 8 de julho- caminhoneiro Vanderlei Vilal, primeira vítima da doença no país - morreu em 28 de junho
São Borja:- caminhoneiro de 29 anos - morreu dia 6 de julho
Sapucaia do Sul:- menino de 9 anos - morreu dia 5 de julho
São Paulo
Osasco:- rapaz de 21 anos - morreu dia 11 de julho- menina de 11 anos - morreu dia 30 de junho
São Paulo- mulher de 68 anos - morreu dia 12 de julho- mulher, gestante, de 27 anos - morreu dia 14 de julho- homem de 50 anos - morreu dia 13 de julho- mulher de 44 anos - morreu dia 20 de julho
Região de Campinas- mulher de 26 anos - morreu dia 17 de julho
Botucatu:- homem de 28 anos- morreu dia 10 de julho
Rio de Janeiro- mulher de 37 anos - morreu dia 13 de julho.

19 de jul. de 2009

Decisão sigilosa efetivou 82 servidores do Senado sem concurso, diz jornal

Uma decisão guardada até hoje sob sigilo transformou 82 estagiários da gráfica do Senado em servidores públicos federais em 1992, quatro anos depois da promulgação da Constituição, que proíbe, desde 1988, nomeações sem concurso público, segundo reportagem publicada neste domingo (19) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Na época, Agaciel Maia era o diretor-executivo do chamado Centro Gráfico. A manobra ocorreu três anos antes de ele assumir a diretoria-geral, cargo que deixou em março.
Dezessete anos depois, esses funcionários cresceram profissionalmente, muitos viraram chefes, outros foram trabalhar em gabinetes de senadores e alguns até já se aposentaram, segundo a relação de servidores obtida pelo jornal. Alguns aceitaram conversar, sob condição de anonimato, e confirmaram a efetivação em 1992.
Ofício sem número
A reportagem localizou ainda nos arquivos do Senado um ofício (sem número), assinado pelo então presidente e hoje deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) no dia 1º de novembro de 1991, autorizando Agaciel a efetivar esses estagiários a partir de janeiro seguinte.
Benevides diz não se lembrar da medida. Na sexta à tarde, a reportagem procurou Agaciel Maia, mas ele não atendeu aos telefonemas. Um recado foi deixado, mas nenhuma resposta foi dada até o fechamento da edição.
Essa transformação de vaga de estágio em cargo efetivo permaneceu até hoje nas gavetas do Senado. Sua descoberta ocorreu na sexta-feira e causou espanto no primeiro escalão administrativo. A revelação é fruto de investigação interna aberta depois que o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), levantou a suspeita da tribuna no dia 6.
"Há denúncias de nomeações ilegais que teriam sido praticadas pelo então diretor da gráfica", disse o tucano, que apresentou naquele dia um requerimento à Primeira Secretaria, pedindo explicações. A resposta será entregue ao primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), até terça-feira (21) e confirmará que 82 estagiários foram transformados em servidores públicos em janeiro de 1992.

Viajantes da paz

Potencial econômico do turismo é usado para desenvolver e pacificar regiões de conflito.Reduzir conflitos étnicos, preservar culturas e injetar dinheiro em economias empobrecidas por guerras, tudo de uma tacada só. É essa a proposta do turismo pela paz, que começa a ganhar infraestrutura e adeptos. O objetivo não é a busca por adrenalina ou dias de sol à beira-mar, mas dar ao turista a chance de participar da reconstrução de uma região e de ampliar diálogos culturais, enquanto aproveita atrativos turísticos. O Caminho de Abraão, que existe há três anos e retraça os passos do patriarca de Israel, segundo registros judaicos, cristãos e muçulmanos, é um dos exemplos desta modalidade turística.
O trajeto de 1.200 quilômetros atravessa cidades e povoados na Turquia, Síria, Jordânia, Israel e Palestina. Mil pessoas já percorreram o roteiro. "As aldeias ao longo do caminho estão sendo preparadas aos poucos para receber turistas", explica Fernando Latorre, coordenador executivo da ONG Caminho de Abraão no Brasil, que dá apoio logístico aos viajantes. Eles pensam em fechar pacotes com agências a partir de 2010. Um dos idealizadores do projeto é o antropólogo americano William Ury. "Viajantes têm a oportunidade de trocar ideias com pessoas de culturas diferentes, enquanto fazem refeições e tomam chá com essas famílias", afirma Ury, que veio ao Brasil divulgar a rota.Participar de forma mais verdadeira de culturas diferentes está em alta. "Mais e mais os viajantes querem viver experiências autênticas", diz Sergio Foguel, da Fundação Turismo para a Paz e Desenvolvimento Sustentável. Segundo ele, essa indústria pode ajudar a reverter círculos viciosos de guerra e pobreza. Foi o que aconteceu com os Parques da Paz, no sul da África, criados nas fronteiras com o objetivo de gerar desenvolvimento. O primeiro foi o Parque Kgalagadi, implantado em 2000 por um acordo entre os governos de Botsuana e da África do Sul. O modelo foi seguido por outros parques, nos limites da África do Sul com Moçambique e Suazilândia.

18 de jul. de 2009

A superxerife sai atirando

Demitida da Receita Federal, Lina Vieira atribui sua queda a interesses contrariados no governo, no Congresso e nas empresas.Na manhã nublada de uma quarta-feira, segunda semana de maio, a então secretária da Receita Federal, Lina Vieira, percebeu que não completaria um ano num dos cargos mais cobiçados da administração pública.
Embora ela já incomodasse setores do governo com a sua obstinada independência, até então a condução de sua gestão corria sem maiores sobressaltos. Mas parte de sua rotina seria alterada naquele dia, considerado por ela um divisor de águas: os almoços, quase diários, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no gabinete do próprio, localizado no sexto andar, deram lugar a encontros fortuitos, meramente técnicos, ao longo das semanas que se seguiriam. Ela sentiu o baque e chegou a comentar com amigos: "O ministro está estranho comigo."
Coincidência ou não, quatro dias antes vazara para a imprensa que a Receita estava investigando uma manobra contábil da Petrobras, que teria evitado que a empresa pagasse R$ 4,3 bilhões em impostos. Em nota oficial, a Petrobras negou que houvesse irregularidade na operação. Mas a informação motivou o pedido de instalação de uma CPI no Senado, tudo o que o governo não queria.
Na tarde da quinta-feira 9, Lina Vieira teve a confirmação daquilo que pressentira dois meses antes. Depois de uma longa apresentação em que ela passou a limpo os números da arrecadação, Mantega foi taxativo: "Preciso substituí-la", disse, meio sem jeito, enquanto brincava com uma caixa de pastilhas Valda.
Na reunião, antes do anúncio definitivo de sua saída, Lina havia dito a Mantega que a arrecadação tinha caído 7,38% em relação a junho de 2008. Mas que voltaria a crescer em julho e agosto. Primeiro, pela retomada da economia, depois porque havia a expectativa de um pagamento de R$ 500 milhões de uma ação na Justiça referente ao Finsocial, além da expectativa de IPO da Visanet, o que implicaria aumento de Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
Só que as previsões otimistas, naquele momento, já soavam como palavras ao vento. Atônita, logo depois da demissão, Lina correu ao seu gabinete. Disparou telefonemas, avisou os seus maiores aliados - os dez superintendentes regionais da Receita - e reuniu os assessores para montar um documento com os resultados dos 11 meses de sua gestão. Ela temia ficar com a pecha de incompetente. "Eles vão aproveitar a queda da arrecadação, mas todo mundo sabe que o problema é a Petrobras", desabafou um de seus auxiliares.O documento de 63 páginas ficou pronto às 19h30 da terça-feira 14. "A (ministra) Dilma (Rousseff), que é presidente do Conselho da Petrobras, ficou irritada porque esse dinheiro (da Petrobras) iria para o PAC. Uma bobagem. Se ele fosse recolhido em impostos também poderia ir para o PAC, só que demoraria um pouco.
Mas o que iria acontecer se todas as empresas resolvessem fazer o mesmo?", questionou um dos principais assessores de Lina em conversa com ISTOÉ. Apesar do seu perfil sereno, Lina também cuspiu fogo em conversas reservadas. Num momento de rara irritação, chegou a reclamar da ministra Dilma: "Eu não podia perguntar para ela se podia fazer o meu trabalho", desabafou a amigos. Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, Lina, embora mais cautelosa, foi clara: "Não submeteria o meu trabalho a ninguém.A ministro nenhum. Não aceito ingerência política." Oficialmente não houve explicação para a saída da secretária da Receita 11 meses e 15 dias depois de assumir. Nos bastidores, sabe-se que o caso Petrobras foi um fator agravante. Mas fez parte de um processo de desgaste. Inicialmente indicada para ser a eminência parda do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, Lina, pelo seu estilo independente, firme em suas posições, criou asas. "Passamos a fazer o planejamento da arrecadação com foco nos grandes contribuintes.
A fiscalizar com profundidade. Saímos da superfície. Tiramos o foco da fiscalização que estava nas despesas médicas e viramos o foco para a análise das compensações", contou à ISTOÉ. "Assim que verificamos a análise da queda da arrecadação por diversos motivos, baixamos todas as empresas que estavam utilizando essas compensações em diligência." Lina não diz, mas entre elas estavam não só a Petrobras como grandes bancos, estatais e as maiores empresas do País.
Ela também mudou toda a estrutura do órgão. Substituiu sete dos dez superintendentes, criou o processo seletivo interno para delegados e inspetores, na tentativa de evitar nomeações políticas, e iniciou a descentralização das autuações. Com 33 anos de Receita, prestes a se aposentar, Lina fez o que planejava à frente do órgão. Mas garante que trabalhou afinada com Mantega. "Recebi as diretrizes do ministro, de uma nova gestão, de liderança, de descentralização", garante a ex-secretária. "Mas incomodamos os grandes contribuintes."
Quando avisou a Lina que ela seria demitida, Mantega tinha em mente nomear o atual presidente do INSS, Valdir Simão. Mas foi surpreendido por uma rebelião dos superintendentes regionais e de cinco chefes-adjuntos, que ameaçaram deixar o cargo. Nomeou interinamente o secretário-adjunto da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, um dos braços direitos da ex-secretária, e saiu de férias.
O ministro da Fazenda só volta dia 27 de julho, quando espera ter um clima mais tranquilo para fazer a mudança na Receita Federal, que vai exigir muito jogo de cintura, pois os auditores não aceitam nenhum nome ligado aos ex-secretários Everardo Maciel e Jorge Rachid. Uma das maiores apostas é Nelson Machado acumular o cargo.
Apesar da demissão, Lina diz sair satisfeita. Não é por menos. Ela fez o sucessor, mesmo que interinamente, e deixa no comando da Receita seus principais auxiliares. Depois de cumprir quatro meses de quarentena, a ex-xerife pretende se apresentar na quarta região fiscal, onde está lotada, e gozar três meses de licença-prêmio, sair de férias e, depois, se aposentar. "Saio feliz pelo que realizei", garante. Os grandes têm muita força"
ISTOÉ - Por que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não foi comunicado sobre a Petrobras?Lina - Não posso fazer distinção entre o ministro da Fazenda e outros. Não tenho o direito de falar da empresa A, B ou C.
ISTOÉ - Se ele reclamou, foi porque esperava...Lina - Não submeto o meu trabalho a ninguém. A ministro nenhum. Não aceito ingerência política, porque senão você não consegue fazer nada. É um princípio basilar.
ISTOÉ - Parece que o governo recebeu muitas reclamações da sra. Lina - Bem, reclamar, toda empresa tem o direito de reclamar. Nossa carga tributária é muito alta. Mas nunca me furtei a atender ninguém.
ISTOÉ - Deputados dizem que a sra. não os recebia? Lina - Recebia todos. Mas hoje os cargos de delegado e inspetor são assumidos por meritocracia. Isso pode ter incomodado muitos parlamentares porque, com muita educação, que me é própria, eu sempre dizia: "Nós temos aqui na Receita um modelo de preencher os cargos, então as pessoas que os senhores estão indicando podem participar do processo seletivo."
ISTOÉ - A sra. foi criticada por nomear sindicalistas para as superintendências. Lina - As pessoas estavam nos cargos há 13, 14 anos. Nós precisamos dessa oxigenação e 95% dos auditores são sindicalizados. Tivemos um processo transparente, mas incomodamos muito. Não incomodamos só as pessoas que já estavam no poder há muito tempo, mas incomodamos os grandes contribuintes, porque mudamos o foco da arrecadação, tiramos o velhinho da malha fina e colocamos o foco naquele que realmente tem as condições de pagar.
ISTOÉ - A sra. foi demitida por incomodar muito? Lina - Pode ter sido, né? A gente sabe que os grandes têm muita força.
ISTOÉ - Como a sra. classificaria a sua passagem pela Receita Federal?Lina - Um grande desafio. Tiramos a blindagem da Receita e ajudamos os entes federados a avançar na fiscalização. No momento em que Estados e municípios passam a ter informações, que antes estavam trancadas aqui, eles têm a oportunidade de cruzar dados e fazer as cobranças que antes não tinham condições de fazer.

Brasil cede ao Paraguai em acordo de Itaipu

Brasília - O Brasil vai permitir que o Paraguai venda livremente sua cota de energia de Itaipu no mercado brasileiro, acabando com a obrigação de operar apenas com a Eletrobrás. Mas a mudança seria feita de forma gradual e estaria completa em 2023, quando o tratado entre os dois países será renegociado.
Com a concessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajuda na sobrevivência política do colega Fernando Lugo, acuado pelas revelações de que teve filhos quando era bispo. A avaliação no governo brasileiro é que, sem a compreensão do Brasil, Lugo não termina o mandato.
A nova proposta foi entregue na quinta-feira ao governo paraguaio pela embaixada do Brasil em Assunção. Segundo um dos principais negociadores, o Paraguai conquista a soberania energética, enquanto o Brasil ganha garantia de fornecimento porque os paraguaios não poderão vender energia de Itaipu para outros países.
A medida se somará ao pacote para fomentar o setor produtivo paraguaio que Lula ofereceu duas vezes neste ano, que foi desconsiderado por Lugo. A expectativa é que os presidentes assinem um acordo sobre o tema na próxima sexta-feira, em Assunção, na reunião do Mercosul. Seria o fim a uma disputa que contamina as relações bilaterais e o bloco há 11 meses.

17 de jul. de 2009

Exército vai ajudar a conter a nova gripe no Sul do país

O Exército vai ajudar a controlar o avanço da nova gripe em cidades estratégicas de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O plano de ação é atuar nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em municípios estratégicos dos três estados. Nesta quinta-feira (16), a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou que o estado é porta de entrada da doença no país
Em nota, o Comando de Operações Terrestres, do Exército, diz que, em coordenação com os órgãos de saúde regionais, planejou o emprego de equipes para distribuição de material informativo e preenchimento de formulários de controle de viajantes.A ação, que deve começar na segunda-feira (20), vai monitorar as pessoas que entrarem no Brasil por vias terrestres, nos postos de 31 cidades nos três estados, durante um prazo de 90 dias.
Surto de gripe
O Secretário Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, considera que há um surto da nova gripe no município de Vila Nova do Sul, na região central do estado. As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa na manhã desta sexta-feira (17). De acordo com o diretor do Centro de Vigilância em Saúde (CVS) do estado, Francisco Paz, no mês de julho, 503 pessoas buscaram atendimento médico no município. Destes, 266 casos apresentavam sintomas de gripe. “Foi feita uma análise amostral do material biológico destes pacientes. Dois resultados foram positivos para o vírus A (H1N1) para três amostras analisadas. O que podemos considerar é que houve um surto localizado da gripe neste município”, disse Paz. O diretor do CVS afirmou que o município está atendendo a todos os casos suspeitos adequadamente e orientando a população sobre formas de evitar contaminação.
Demora de atendimento em SP
Quem procurou atendimento com sintomas de gripe no hospital Emílio Ribas, referência em infectologia em São Paulo, passou a madrugada desta sexta-feira esperando.Apesar de hospitais particulares reforçarem o atendimento para a nova gripe, muitos ainda recomendam os pacientes a procurar o Emílio Ribas, que acabou ficando sobrecarregado.
Mortes pelo país Na quinta-feira (16), subiu para 11 o total de óbitos no país. Em um dia, foram confirmados sete casos em três estados – um no Rio, um em São Paulo e outros cinco no Rio Grande do Sul. O secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, informou que a vítima morreu na segunda-feira (13). Ela deu entrada num PAM (posto público de atendimento de saúde) no dia 3 de julho, mas foi liberada. Cinco dias depois, ela foi internada num hospital particular. Seu quadro se agravou evoluindo para uma pneumonia.
Dohamn informou que a mulher adquiriu a doença no país, e não quis dar detalhes sobre a vítima e nem mesmo em quais hospitais ela esteve internada.
Cinco casos no Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, em um dia, foram confirmadas cinco mortes. Na manhã de quinta, a Prefeitura de Uruguaiana comunicou o óbito de um paciente com a mesma doença: um caminhoneiro de 35 anos que estava na Santa Casa da cidade. Ele teria sido contaminado na Argentina. As secretárias de Saúde de Passo Fundo e Santa Maria confirmaram quatro mortes, durante a tarde. Em Passo Fundo, os dois pacientes são um comerciante de 42 anos e um garçom, de 30. Os dois tinham histórico de hipertensão, de acordo com o governo estadual. As mortes ocorreram nos dias 8 e 10 de julho. Em Santa Maria, foram mais dois homens. Um era vigilante, tinha 26 anos e não apresentava problemas de saúde. O secretário de Saúde de Santa Maria, José Haidar Farrett, disse ao G1 que o outro era funcionário de hospital. O estado diz que era um operador de manutenção, de 36 anos, que tinha diabetes, hipertensão e cardiopatia. A prefeitura diz que os exames que confirmaram o diagnóstico, feitos pela Fiocruz, chegaram nesta quinta-feira. Os locais de transmissão da doença, nos quatro últimos casos anunciados, estão sendo investigados.
Também durante a tarde, a Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, informou a cidade registrou mais uma morte em decorrência da gripe A (H1N1): um jovem de 21 anos que fazia cursinho na capital paulista. Ele morreu no sábado (11), com um quadro de pneumonia.
Outros casos
A primeira vítima da doença no Brasil foi um caminhoneiro gaúcho de 29 anos, que faleceu em junho. Na última sexta-feira (10), foi confirmada a morte de uma menina moradora de Osasco, em São Paulo.
A terceira morte foi anunciada na segunda-feira (13): um menino de 9 anos, morador da cidade de Sapucaia do Sul (RS). Ele morreu em 5 de julho, em Porto Alegre, mas o resultado da análise laboratorial que confirma a contaminação só saiu na segunda-feira (13).
Em São Paulo, a segunda morte no estado foi confirmada na terça-feira (14). Trata-se de um homem de 28 anos, que passou a apresentar febre, dor de cabeça, náusea, vômito, tosse e congestão nasal em 1º de julho, no Hospital de Clínicas de Botucatu. Ele procurou o serviço médico no sábado, 4 de julho, quando foi internado. No dia 7, o quadro clínico se agravou e ele morreu três dias depois, na sexta-feira.

16 de jul. de 2009

Transmissão da nova gripe no Brasil é sustentada, afirma Temporão

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta quinta-feira (16) que já há transmissão sustentada da nova gripe no Brasil. De acordo com o ministério, além das pessoas que se infectaram no exterior e as que tiveram contato com elas, há outras sem vínculos com esses grupos que pegaram a doença.
Temporão confirmou também que o número de mortes pela doença no país chega a 11.O primeiro caso confirmado de transmissão sustentada foi a de uma criança que morreu no último dia 30 de junho em São Paulo. Somente nesta quinta-feira, a Secretaria de Saúde de SP confirmou que não havia nenhum vínculo desta pessoa com alguém que veio do exterior. "Pela primeira vez, através de uma análise epidemiológica, tivemos um caso em que não foi possível encontrar vínculo. Embora o estudo epidemiológico não esteja pronto, há evidências de que o vírus esteja circulando no Rio Grande do Sul", disse Temporão.
"Esse era um fenômeno esperado de transmissão, especialmente no vírus influenza," disse o ministro. O Brasil é o oitavo país que confirma a transmissão sustentada.
Apesar da mudança, o ministro da Saúde garantiu que "o momento é um momento de tranquilidade." Mesmo com a transmissão sustentada, não haverá mudança de protocolo do ministério.Na quarta (16), o ministério confirmou 1.175 casos da nova gripe e a transmissão ainda era considerada limitada.
"Não há nenhum motivo para pânico, nenhum motivo para mudar radicalmente o comportamento das pessoas", afirmou. A recomendação para que pessoas não viajem para países com transmissão sustentada continua. O ministro disse que não "há sentido" em recomendar suspensão de viagens para São Paulo, que tem transmissão sustentada confirmada, e para o Rio Grande do Sul, onde há evidências.
Cuidados
A situação do Rio Grande do Sul é a que vem inspirando "mais cuidados" das autoridades, disse Temporão. Uma equipe do ministério está seguindo para o estado e mais mil tratamentos estão sendo enviados para o RS. "Todas as ações que o Brasil tem tomado sao baseadas em recomendações da OMS e em evidencias científicas", disse.
Quem tiver sintomas de gripe, segundo o ministro, deve procurar o posto de saúde ou seu médico de confiança, e não os centros de referência da nova gripe. Temporão também disse que quem tiver sintomas de gripe e apresentar fator de risco para complicações deve obrigatoriamente ter monitoramento e avaliação clínica de seu médico.
As pessoas que tiverem sintomas não devem ficar "tomando chazinho em casa", mas sim procurar um serviço de saúde, disse o ministro. Temporão garantiu que serão tratados "todos, de qualquer idade, com doença respiratória aguda caracterizada por febre elevada, acompanhada de tosse ou dor de garganta e falta de ar ou vários sinais e sintomas descritos no protocolo do Ministério".
Na próxima semana, o ministério recebe 50 mil de 800 mil doses novas do oseltamivir, medicamento utilizado no combate à nova gripe. Segundo o ministro, há estoques suficientes de medicamentos.
Para reforçar a rede de atendimento, o ministério está adquirindo 160 kits compostos por um respirador e um monitor, que serão distribuídos aos centros de referência.
Vacina
Um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta que até o início de setembro devem estar disponíveis as primeiras doses da vacina contra a A(H1N1)
"A vacina é um assunto que está sendo posto para combate a uma eventual segunda onda da gripe", disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do mininstério, Reinaldo Guimarães.
Segundo ele, há dois problemas imediatos: a capacidade de produção dos laboratórios e o "rendimento" do vírus - quanto cada vírus rende de vacina. De acordo com Guimarães, essa não será uma vacina "barata".

Petrobras Blog da CPI

http://petrobrasblogdacpi.blogspot.com/

Militares no poder...

Cresce o grupo que não quer mais ver MILITARES NO PODER, pelas razões abaixo:

Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças:

- Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.

- Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

- Criaram esse maldito Pro-Álcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobrás, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.

- Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

- Tiraram do sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado". Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa. Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

- Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA, JUPIÁ e ITAIPU), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

- Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

- Baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país. Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

- Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

- Tiraram de nós o interesse pela Política, uma vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

- Inventaram os tais de FGTS, PIS e PASEP, só para criar atritos entre empregados e patrões. Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.

- Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:

- Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M

- EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM

Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo. Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguinte, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram. Graças a Deus!

Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos: "Militar no poder nunca mais"