30 de nov. de 2017

Rosinha Garotinho deixa prisão após decisão do TRE

Com um ventilador na mão, a ex-governadora saiu acompanhada de seu advogado e encontrou a filha Clarissa Garotinho na porta da cadeia

Rio - A ex-governadora Rosinha Garotinho deixou a Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte do Rio, na madrugada desta quinta-feira. Com um ventilador na mão, ela saiu acompanhada de seu advogado, Carlos Azeredo, e encontrou a filha Clarissa Garotinho na porta da penitenciária. Ela chegou em seu apartamento, no Flamengo, Zona Sul, por volta de 00h40.
Rosinha Garotinho saiu da cadeia ao lado de seu advogado Reprodução TV Globo
De acordo com a decisão dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), aprovada por unanimidade nesta quarta-feira, Rosinha será monitorada por uma tornozeleira eletrônica e terá que ficar em casa após às 22h. Além disso, a ex-governadora não poderá deixar o Rio. 
TRE negou liberdade para o ex-governador Anthony Garotinho Severino Silva / Agência O Dia
Na mesma decisão, o TRE negou, de forma também unânime, a liberdade para o ex-governador Anthony Garotinho, marido de Rosinha. Eles são acusados de integrar esquema de arrecadação de propina, com direito a braço armado e acordo político com o Partido da República (PR), para garantir eleições da legenda. O grupo JBS teria irrigado a estrutura com contrato fraudulento de R$ 3 milhões.
"Ela trabalha na Rádio Tupi, então tem que ficar no Rio. É uma vitória porque Rosinha e Garotinho são perseguidos", afirmou o advogado do casal, Carlos Azeredo, que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a liberdade de Garotinho. Também pedirá a Corte superior que revogue as medidas restritivas impostas à Rosinha pelo TRE.
Em relação a Garotinho, a desembargadora Cristiane Frota alegou, em seu voto, que "as medidas cautelares diversas da prisão não se mostram suficientes para resguardar a adequada e necessária instrução criminal". Rosinha e Garotinho foram presos, dia 22, pela Polícia Federal na operação batizada de Caixa D'Água.

29 de nov. de 2017

PRF apreende 40 pistolas e mais de 1,5 mil munições de armas na Dutra

Armamento estava escondido dentro do carro de um casal. Suspeitos foram presos na noite desta terça-feira

Rio - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, na noite desta terça-feira, 40 pistolas importadas e mais de 1,5 mil munições para fuzis e outras armas de uso restrito, na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura de Itatiaia, no Sul Fluminense. De acordo com a PRF, o material estava escondido no carro de um casal que viajava com os filhos e seria entregue no Rio.
PRF apreendeu 40 pistolas e 1,5 mil munições de armas Divulgação
Os agentes desconfiaram do motorista em uma blitz perto do pedágio. O homem, de 28 anos, estava acompanhado da mulher, de 29, e de dois filhos. Segundo a polícia, a dupla demonstrou nervosismo durante a abordagem.
A PRF informou que as pistolas, de calibres .40 e 9mm, eram de fabricações turca, austríaca, americana e brasileira. Todas as armas estavam com numeração raspada. Além disso, os agentes encontraram dezenas de carregadores.
A polícia destacou que o suspeito confessou que receberia uma quantia em dinheiro para trazer o armamento de Balneário de Camboriú, em Santa Catarina, para a capital fluminense. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio. A ação faz parte da operação Égide, que reforça o policiamento nas rodovias federais.

28 de nov. de 2017

Caso de mal da vaca louca é detectado no centro-oeste da Espanha

Caso de mal da vaca louca é detectado no centro-oeste da Espanha
Fazenda em Alpalhao, Alentejo, Portugal, no dia 17 de novembro de 2017 - AFP
Um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da vaca louca, foi detectado na Espanha em novembro, na província de Salamanca (centro-oeste), anunciou nesta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
O animal em questão foi abatido, indicou a organização, com sede em Paris, com base em um relatório do Ministério da Agricultura espanhol.
Este é o terceiro caso da doença detectado no país desde janeiro.
Em março, um primeiro caso foi detectado em outra propriedade na mesma região, e em maio foi localizado um segundo caso na Cantabria (norte), de acordo com a base de dados da OIE.
Para o caso confirmado nesta segunda-feira, a amostra foi extraída em 10 de novembro no âmbito de um programa nacional de vigilância, e os exames revelaram uma cepa de EEB “atípica”, explica a OIE.
“Trata-se de um caso de EEB atípica e de EEB clássica, que por consequência não tem nenhuma repercussão no status epidemiológico do país”, indicou uma porta-voz do Ministério da Agricultura espanhol.
Segundo a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), “só o agente infeccioso causante da EEB clássica pode ser transmitido aos humanos”.
A origem da infecção é “desconhecida ou incerta”, segundo o relatório da OIE.
A fazenda, situada no povoado de El Sahugo, tinha 213 animais, entre eles a vaca afetada, nascida em 1999. Os demais bovinos não foram abatidos.
O número de casos de EEB na Europa caiu imediatamente após as farinhas de origem animal serem proibidas, no final de 2001, mas desde então foram detectados alguns caso isolados. Os últimos foram localizados na França, em 2016 e 2011, e na Irlanda, em 2015.
A epidemia de EEB, identificada no final dos anos 1980 no Reino Unido, se propagou a uma grande número de países europeus e em todo o mundo através de farinhas de origem animal destinadas à alimentação do gado e produzidas a partir de animais infectados.

24 de nov. de 2017

Familiares de submarinistas recebem aos prantos notícia da explosão

Familiares de submarinistas recebem aos prantos notícia da explosão
O submarino ARA San Juan atracado em Buenos Aires em 2014 - ARGENTINE NAVY/AFP
“É a primeira vez que venho à base (naval) e acabo de saber que sou viúva”, declarou, aos prantos, Jessica Gopar, esposa de um dos 44 tripulantes do submarino desaparecido em 15 de novembro, após ser informada nesta quinta-feira (23) de uma explosão naquele dia no Atlântico Sul.
Fernando Santilli, eletricista do “ARA San Juan”, “foi meu grande amor, tínhamos sete anos de namoro, seis de casamento e temos um filho, Stefano, que custou muito até que Deus nos enviasse”, declarou em frente à base naval de Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires, onde os familiares receberam a notícia.
O filho do casal tem apenas um ano e acabou de aprender a dizer ‘papai’ durante sua ausência, de acordo com uma carta postada no Facebook de Jessica.
A previsão do tempo em Mar del Plata, como de costume, mudou de repente ao anoitecer. O vento começou a soprar forte e frio do sudeste. O céu azul e límpido da manhã ficou cinza. A base começou a esvaziar. Poucos moradores locais chegavam para rezar. Ninguém colocava mais cartazes de alento. A tristeza dominou tudo.
– “Morreram todos” –
“Todos morreram, foi a primeira coisa que pensei”, disse sobre o momento em que soube da explosão. Tinha em suas mãos um cartão manuscrito com a fotografia de seu filho trazido para deixá-lo na entrada do prédio naval, preenchido com mensagens para a tripulação.
Jessica afirmou que antes da terrível notícia, “deram-me um copo de água e um comprimido para a pressão”.
“Não irá me servir de nada uma placa que diz ‘os heróis de San Juan'”, declarou antes de se afogar novamente em lágrimas.
A Armada anunciou nesta quinta-feira o registro de um ruído violento e repentino compatível com uma explosão no Atlântico, horas depois do último contato do “ARA San Juan” com a base em 15 de novembro.
“Eu me sinto enganada! É impossível que tenham descobrido só agora! São perversos e nos manipularam”, declarou enfurecida Itatí Leguizamón, advogada e esposa de German Suarez, operador de sonar do San Juan, ao sair da base naval de Mar del Plata.
“Não nos disseram que estão mortos, mas afirmaram que o submarino está a 3.000 metros (de profundidade). O que se pode entender?!”, afirmou em meio a uma crise nervosa.
Quase 100 parentes aguardavam esperançosos dentro da base naval de Mar del Plata, cujo perímetro nos últimos dias foi preenchido com mensagens de encorajamento, imagens religiosas e bandeiras argentinas.
Em instalações da base naval, alguns familiares se abraçavam, outros gritavam inconsoláveis sentados no chão.
A Marinha transmitiu a notícia aos parentes na cidade portuária de Mar del Plata minutos antes de divulgá-la em coletiva na capital argentina.
– Inconsolável –
A parente de um tripulante, abatida, aproximou-se dos jornalistas, caiu em lágrimas e saiu. Não conseguiu pronunciar uma palavra.
“Ao ouvir a notícia de que todos explodiram lá dentro, os familiares pularam em cima deles e não deixaram que continuassem a ler o comunicado, as pessoas ficaram muito agressivas”, contou Itatí sobre a experiência dentro da base.
Leguizamón estava casada há dois anos com Germán Suárez.
“Lançaram buscas para saírem bem na fita, porque enviaram uma merda para navegar. Em 2014 o submarino já havia tido problemas porque não conseguiu emergir. Agora não me importa se sabem de tudo porque ele já não está mais”, exclamou a mulher.
“Ele estava preparado para a morte. Sempre se confessava e estava em paz. Ele estava pronto”, concluiu Itatí.
– A pior tragédia –
“Força para as famílias do 44”, escreveu com um fio que tinha entre seus pertences Julián Colihuinca, de 19 anos, sobre uma bandeira de plástico que havia acabado de comprar.
“Sou filho de um mergulhador tático, a tragédia pega de perto. Conheço de rosto muitos dos tripulantes”, disse à AFP enquanto colocava a bandeira na cerca da base naval.
Da entrada pode-se ver o mar e a cerca de 100 metros de distância fica o espaço dos oficiais, onde a espera angustiante das famílias se transformou em um grito desesperado.
“Dani, volte, traga seus companheiros”, escreveram em uma bandeira assinada por várias pessoas, entre elas “mamãe, papai, Isabella, Naty, gêmeos”.
Outro cartaz tinha a assinatura dos trabalhadores de Tandanor, o estaleiro argentino que fez a manutenção do submarino que esteve parado entre 2007 e 2014.
“Nós damos tudo de cada um para que voltem a navegar. Agora é a sua vez de trazê-los de volta”, disseram a San Juan.
A notícia da explosão deixa pouca margem para a possível existência de sobreviventes.
“É uma tragédia que vai ficar na história”, sentenciou Hugo Daniel, de 43 anos, que passava pelo local de bicicleta.
“As máquinas falham, as pessoas que estavam no submarino sabiam a que estavam se expondo”, disse este homem, evocando que “nesta base, durante a ditadura militar, faziam torturas. Era um ‘centro clandestino de detenção'”, recorda uma placa.

23 de nov. de 2017

Sumiço de submarino abre crise na Argentina

Presidente do país criticou almirante por ter dito que sinais captados seriam do navio, quando não eram
Buenos Aires. A reunião entre o presidente argentino, Mauricio Macri, o ministro de Defesa, Oscar Aguad, e o comandante da Marinha do país, almirante Marcelo Srur foi tensa. A primeira reclamação foi de Aguad, por ter ficado sabendo do incidente por meio da imprensa, quando se encontrava em viagem. Macri teria reforçado essa queixa.
arte Srur teria respondido que o capitão do submarino havia feito comunicação regular no começo da semana e que, segundo o protocolo, não havia motivo para alarme nas primeiras 48 horas. Quando esse tempo passou, Srur ativou os mecanismos de busca, mas sem antes informar o ministro. Um veterano no cargo, Srur tem sido criticado por Aguad desde antes do incidente.
Macri teria criticado Srur por ter soltado, no sábado (18), para os meios de comunicação, uma informação não confirmada, a de que as tentativas de contato detectadas pela Marinha seriam do submarino -informação que depois foi desmentida.
A mesma crítica foi feita ao modo como o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, vem comunicando imediatamente aos meios a detecção de ruídos e sinalizadores como indicação de que a tripulação está viva -só para, algumas horas depois, descartar a ligação dos sons com o navio.
Mas ontem, a nota de Balbi em vez de falso otimismo trouxe desalento. "Não temos nenhum rastro do submarino". O mais recente indício de que poderiam ter localizado a embarcação, a detecção de três sinalizadores de emergência por parte do navio britânico Protector, acabou em frustração. "Não são do submarino", disse Balbi.
Embarcações equipadas com sonares e um avião do Brasil e outro dos Estados Unidos foram enviados para a área, mas não encontraram nada.
Além disso, os sinais captados pela manhã, que poderiam ajudar a definir um novo perímetro para as buscas, foram investigados e imediatamente descartados. O ponto, a 300 km da costa da cidade de Puerto Madryn, coincidiu com um área indicada pela Marinha dos Estados Unidos, que disse ter localizado com um de seus aviões uma "mancha de calor" a 70 metros de profundidade. Balbi acrescentou que, na hipótese de o submarino estar na superfície, não há que se preocupar com a questão de oxigênio. Porém, "se estiver submerso, entramos numa fase crítica, porque já é o sétimo dia, e a autonomia da embarcação em termos de oxigênio passa a ser um problema"
Especialista brasileiro
Já o capitão de Mar e Guerra da Marinha brasileira José Américo Alexandre Dias disse também ontem que é cedo para dizer que o submarino está prestes a ficar sem oxigênio.
Segundo Dias, há diversos mecanismos que garantem oxigênio ao submarino, inclusive tanques para momentos de emergência. Ele falou em hipóteses, já que não se sabe ainda a condição atual do submarino, bem como o que o fez perder as comunicações com a superfície. Há a suspeita de que houve falha nas baterias utilizadas na propulsão do submarino.
O submarino possui tanques de oxigênio para casos de emergência, como um incêndio a bordo. Há uma tubulação em que a tripulação pode conectar máscaras para respiração. Dias explicou que é possível também reduzir de forma sensível as operações humanas a fim de diminuir o consumo de oxigênio a bordo.
O navio tem diversas formas de se "reabastecer" de oxigênio para a tripulação. A principal delas é captação de ar na própria superfície. Os submarinos do tipo convencional -caso do equipamento argentino desaparecido- recarregam as baterias por meio de um sistema ativado quando ele sobe à superfície.
Geralmente, durante esse processo ocorre a chamada "renovação atmosférica".

22 de nov. de 2017

'Cartel foi montado na Transpetro para vencer licitações'

O ex-gerente José Antônio de Jesus, preso temporariamente, teria participado de caso que envolveria PT e PMDB
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Acusados teriam recebido cerca de R$ 7 mi em propina paga pela empresa NM Engenharia. A subsidiária da Petrobras diz apurar denúncias ( Foto: Denise Mustafa )
Brasília. A Polícia Federal (PF) prendeu ontem temporariamente o ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus, principal alvo da 47ª fase da Lava-Jato, chamada de Operação Sothis. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, o ex-gerente e parentes dele são suspeitos de terem recebido cerca de R$ 7 milhões em propinas pagas pela NM empresa de engenharia, entre setembro de 2009 e março de 2014.
Em entrevista à imprensa, a procuradora Jerusa Burmann disse que foi montado "um cartel de empresas para ganhar licitações dentro da Transpetro" e manutenção de altos cargos.
De acordo com a procuradora, há indícios de que o ex-gerente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, repassava parte da propina para o PT.
Segundo a procuradora, ele tinha ligações com o movimento sindical e com o partido, embora não tivesse vínculo formal. Porém, de acordo com a procuradora, parte dos valores era revertido para o partido paralelamente "de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB. O ex-gerente se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente".
A procuradora não informou quanto do montante investigado foi para o ex-gerente e para o PT e nem quem eram os destinatários na legenda. De acordo com ela, não há indicativo de que o dinheiro tenha abastecido campanhas eleitorais.
A prisão temporária do ex-gerente foi autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro. A operação foi deflagrada na Bahia, em Sergipe, em Santa Catarina e em São Paulo. De acordo com a PF, um dos investigados foi detido no Recife.
Defesas
Em nota, o PT diz que "mais uma vez a Lava-Jato busca os holofotes da mídia para fazer acusações ao PT". Já a Transpetro informou que apura as denúncias de irregularidades. O advogado Fernando José da Costa, que representa a NM Engenharia, informa que parte das informações prestadas pelo MPF é resultado da colaboração premiada celebrada por sócios da empresa".

21 de nov. de 2017

Tenha cuidado com preço maquiado de produtos na Black Friday

Especialistas orientam consumidores para que não caiam em promoções com falsos descontos e em fraudes no evento que acontece na próxima sexta-feira

Rio - Para quem quer aproveitar as ofertas, um dos dias mais esperados é a Black Friday que acontece na próxima sexta-feira. Durante a data diversas lojas, físicas e online, oferecem grandes promoções. No entanto, é preciso ficar atento para no fim das compras, o consumidor não se sentir lesado com a sensação de que pagou mais por menos. Por isso, especialistas alertam os consumidores para não caírem no conto do desconto maquiado.
Para Paulo Simões, do escritório Basile Advogados, um dos principais pontos é prestar atenção aos preços antes do evento promocional. "Em anos anteriores, dias antes da Black Friday, lojas aumentaram o valor dos produtos, o que fez parecer com que o desconto fosse generoso na data, quando, na verdade, correspondiam ao valor real do item. A prática é ilegal e pode gerar reclamações nos Procons e até ações judiciais se o consumidor for lesado", afirma.
Especialistas orientam consumidores para que não caiam em promoções com falsos descontos e em fraudes no evento que acontece na próxima sexta-feira Arte: O Dia
É importante que o comprador esteja ligado nos preços, principalmente nas ofertas anteriores. O ideal é sempre guardar os anúncios de jornais, revistas, encartes e até mesmo tirar fotos das páginas eletrônicas onde as promoções aparecem.
"De posse das ofertas anteriores é possível exigir que as empresas cumpram e vendam o produto, conforme o Código de Proteção e Defesa do Consumidor em seu Artigo 35, exigindo cumprimento forçado da obrigação, aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente e rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos", explica o advogado.
O consumidor também pode se deparar com problemas na compra. "Muitas vezes, finaliza a aquisição e dias depois é informado que não possui mais a mercadoria no estoque. Nesses casos, o cliente pode exigir o cumprimento da publicidade veiculada, com a entrega do produto adquirido, ou optar pela devolução integral do valor pago, além de eventual indenização por perdas e danos", orienta Alan Melo, da Vieira Cruz Advogados.
Dicas para fazer uma compra segura
Para evitar que o consumidor tenha dores de cabeça com o produto ou serviço adquirido na Black Friday, há sites que fazem comparações de preços, o que ajuda a não cair em armadilhas de preços camuflados, como o portal www.blackfriday.com.br. Além disso, a empresa de soluções digitais Proxy Media criou o "Black Friday de Verdade" com a proposta de oferecer descontos reais.
"As marcas assinaram um compromisso para seguir os termos do órgão de defesa do consumidor e oferecer compra vantajosa e segura", explica Francisco Cantão, sócio da Proxy Media.
Certifique-se que a loja possui conexão de segurança nas páginas em que são informados dados pessoais do cliente como nome, endereço, documentos e número do cartão de crédito. Geralmente são iniciadas por https:// e o cadeado está ativado. "Isso demonstra que é um ambiente web seguro para a troca de informações", ressalta a advogada Luciana Cruz.
Ao receber e-mail com promoção, verifique o endereço eletrônico para se certificar se a empresa é conhecida. Se houver erros gramaticais na mensagem ou links duvidosos é sinal para ficar alerta. Caso tenha dúvida, entre no site separadamente - sem ser pelo link enviado.
"Muitas fraudes ocorrem na hora do pagamento. Lojas que apenas aceitam transferência bancária ou boleto tornam-se suspeitas, pois essas modalidades não oferecem uma possibilidade de estorno posterior. Ao usar o cartão de crédito, as administradoras possuem maior poder de ação", afirma Paulo Simões.
Confira as ofertas
- Shopping Bay Market
Na Calçapé, sandália de R$89,90 sairá por R$49,90 e tamanco de R$79,90 por R$49,90. Na Mahallo, vestido de crepe R$69,90 por R$39,90 e vestido longo de R$69,90 por R$49,90.
- Peixe Urbano
Ipad Air com 32GB ou 128GB sairá a partir de R$ 2.499,90 e estadia no resort Thermas de Olímpia em São Paulo com até 7 noites para dois adultos e cortesia para até três crianças de até 12 anos sairá a partir de R$ 129.
- Shopping Jardim Guadalupe
Mochila de R$159,90 custará R$119,90 na Bagaggio.
- West Shopping
Jaqueta feminina de R$ 259,99 por R$ 119,99 na Hering e perfumes Very Irrésistible Rose Givenchy (75ml) e Le Male Popeye Jean Paul Gautier (125ml) de R$ 449 por R$ 219 cada um.
- Américas Shopping
Na Santa Lolla, sandália alta 'Nó Ouro' de R$ 249,90 por R$ 99,90 na Santa Lolla e armação de óculos Mormaii de R$ 400 por R$ 180 na Ótica Golden do Bairro.
- Via Varejo
Nas lojas da Casas Bahia, com o cartão próprio o pagamento pode ser em até 14x sem juros em produtos selecionados e no carnê em até 24x, nessa condição os clientes só começam a pagar em 2018. Para o Ponto Frio, no site e nas lojas físicas o cliente que possuí o cartão da bandeira pode parcelar as compras em até 18x sem juros também para produtos selecionados.
Reportagem da estagiária Marina Cardoso, sob supervisão de Max Leone

20 de nov. de 2017

456 vagas de nível superior para a Marinha

Contratação é temporária, pelo período máximo de oito anos. Remuneração pode chegar a R$ 8.900
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Os profissionais contratados atuarão no cargo de Oficial de 2ª Classe da Reserva da Marinha (RM2) por até oito anos ( Foto: Divulgação )
Estão abertas as inscrições do concurso da Marinha que vai selecionar, entre homens e mulheres de 18 a 45 anos, 456 profissionais de nível superior para o serviço militar voluntário (SMV) de oficiais, com remuneração inicial de aproximadamente R$ 8.900.
As inscrições serão recebidas até 15 de dezembro, por meio do site www.ingressonamarinha.mar.mil.br. O valor da taxa de participação é de R$ 120.
Foram divulgados editais pelos nove Distritos Navais do País. O concurso preencherá vagas em unidades da Marinha nas cidades de Manaus/AM, Natal/RN, Maceió/AL, Fortaleza/CE, Recife/PE, Belém/PA, Macapá/AP, Salvador/BA, Aracaju/SE, Brasília/DF, Ladário/MS, Florianópolis/SC, Rio Grande/RS, Porto Alegre/RS, Barra Bonita/SP, São Paulo/SP, Iperó/SP, Santos/SP, Presidente Epitácio/SP, Guaíra/PR, Foz do Iguaçu/PR, Rio de Janeiro/RJ, Vila Velha/ES; Angra dos Reis/RJ, Nova Friburgo/RJ, São Pedro da Aldeia/RJ; Arraial do Cabo/RJ; Mangaratiba/RJ e Macaé/RJ.
A seleção dos participantes compreenderá as seguintes etapas: prova objetiva com questões de língua portuguesa (25) e conhecimentos militares-navais (25), prevista para 4 de março; verificação de dados biográficos; inspeção de saúde; prova de títulos; verificação de documentos; designação à incorporação; e incorporação.
O SMV poderá atingir duração máxima de oito anos, desde que, neste período, a idade do militar não exceda 45 anos.
Oportunidades
Serão contratados profissionais de diversas áreas, entre elas: Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Administração, Ciências Contábeis, Informática, Ciências Náuticas, Engenharia, Direito, Psicologia, Serviço Social, Com. Social, Oceanografia, Educação Física, Arquitetura, Biblioteconomia, Medicina etc.

18 de nov. de 2017

Alerj revoga decisão que levou deputados à prisão

Presidente da Casa e outros dois deputados passaram menos de 24h na cadeia; soltura gerou reações no meio político
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Jorge Picciani (PMDB), que preside a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, é acusado de comandar esquema, envolvendo setor de transporte público ( Foto: AFP )
Rio de Janeiro. A decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de mandar soltar os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, tomada em votação no final da tarde desta sexta (17), foi seguida por outra decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, de determinar o bloqueio de seus bens, no valor total de R$ 270,7 milhões. Eles ficaram menos de 24 horas na cadeia.
A casa decidiu pela soltura por 39 votos a 19, e houve uma abstenção. Eles devem retomar suas funções parlamentares já na próxima terça (segunda é feriado). Os três parlamentares teriam recebido propina de empresas do setor de transportes.
A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) vai pedir que o TRF2 volte a se reunir para rever a decisão da Alerj.
O pedido será entregue ao desembargador relator do processo, Abel Gomes, que deverá convocar uma reunião de urgência na semana que vem para discutir o caso. Já o Partido Social Liberal, futuro Livres, vai acionar o Supremo para anular a sessão.
O PSOL pediu a expulsão do deputado Paulo Ramos depois que este votou a favor da libertação dos três peemedebistas, contrariando a orientação da sigla.
'Perplexidade'
Já o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirmou que viu com "perplexidade" a decisão da Alerj. Ao reconhecer que o assunto "fatalmente" será analisado pelo plenário do STF, Marco Aurélio disse que a lei das leis "não é a Constituição do Rio, mas sim a Constituição Federal". A Constituição do Rio de Janeiro prevê que, no caso de flagrante de crime inafiançável, caberá à Assembleia Legislativa deliberar sobre a prisão dos deputados.
Causou surpresa dentro do STF o "uso político" de uma decisão tomada pela Corte em outubro passado, que abriu caminho para o Senado revogar as medidas cautelares impostas pela Primeira Turma do STF ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Naquele julgamento, os ministros decidiram que a imposição de medidas cautelares -diversas da prisão- que dificultem o exercício regular do mandato de parlamentares deverá ser submetida ao aval da Casa Legislativa.
O procurador da República Deltan Dallagnol disse que a decisão da Alerj é "uma amostra do que pode acontecer em Brasília e com a Lava-Jato".
Já o TRF2 determinou a prorrogação da prisão temporária de 4 investigados na Operação Cadeia Velha, incluindo Felipe Picciani, filho de Jorge, por suspeita de lavagem de dinheiro.
Outro filho de Jorge, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), também é alvo de escândalo. O marqueteiro Renato Pereira afirmou, em delação, que em 2016 Leonardo direcionou uma licitação de R$ 55 milhões referente a serviços de publicidade da pasta para sua empresa, Prole Propaganda.

17 de nov. de 2017

Procuradoria pede bloqueio de R$ 24 milhões de Lula e de seu filho

Crédito: AFP PHOTO / Sergio LIMA
A Procuradoria da República, em Brasília, requereu à Justiça Federal o bloqueio de R$ 23,9 milhões do ex-presidente Lula e de um de seus filhos, Luiz Cláudio Lula na Operação Zelotes – processo contra o ex-presidente por suposto tráfico na compra dos caças Gripen. Os procuradores querem confiscar R$ 21,4 milhões do petista e mais R$ 2,5 milhões de Luiz Cláudio. O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, de Brasília, mandou intimar Lula e Luiz Cláudio para se manifestarem sobre o pedido de bloqueio promovido pelo Ministério Público Federal.
Lula, o filho e o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni foram denunciados pelo Ministério Público Federal em dezembro do ano passado. Todos são acusado por ‘negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627’. O Estado revelou em 2015 o esquema de tráfico de influência e compra de Medidas Provisórias atribuído ao ex-presidente na Zelotes.
Os procuradores pedem ainda confisco de valores do casal de lobistas. O juiz Vallisney Oliveira também mandou Mauro Marcondes e Cristina Mautoni se manifestarem sobre o pedido da Procuradoria.
A Procuradoria da República afirma, na acusação, que os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015 quando Lula, já na condição de ex-presidente, ‘integrou um esquema que vendia a promessa de que ele poderia interferir junto ao governo para beneficiar as empresas MMC, grupo Caoa e SAAB, clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia LTDA (M&M)’.
Em troca, afirma a denúncia, Mauro e Cristina, donos da M&M, repassaram a Luis Cláudio pouco mais de R$ 2,5 milhões.
NOTA DE LULA
PEDIDO DE BLOQUEIO DE BENS DE LULA FEITO PELO MPF DEVE SER INDEFERIDO
A respeito do pedido de bloqueio de bens do MPF/DF, a defesa do ex-presidente Lula esclarece que:
“Não tem qualquer base jurídica e materialidade o pedido de bloqueio de bens formulado pelo Ministério Público Federal contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho Luis Claudio Lula da Silva nos autos do Processo nº 0076573-40.2016.4.01.3400, em trâmite perante a 10ª. Vara Federal de Brasília.
O pedido foi apresentado em 27/09/2017, quando já tinham sido ouvidas as testemunhas selecionadas pela acusação (22/06) e parte das testemunhas selecionadas pela defesa (18/07, 1º/08, 10/08; 17/08 e 23/08). Como não poderia deixar de ser, nenhum dos depoimentos coletados ao longo das audiências confirmou as descabidas hipóteses acusatórias descritas na denúncia e por isso sequer foram referidos no requerimento.
Não há no pedido apresentado pelo MPF indicação de provas a respeito das afirmações ali contidas, que partem de certezas delirantes sobre a “influência” de Lula na compra de caças pelo País e na ausência de veto em relação a um dos artigos de uma medida provisória (MP 627/2013).
As testemunhas ouvidas, como os ex-Presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff, os ex-Ministros da Defesa Nelson Jobim e Celso Amorim, o Brigadeiro Juniti Saito, dentre outras, esclareceram (i) que a compra dos caças suecos pelo Brasil em dezembro de 2013 seguiu orientação contida em parecer técnico das Forças Armadas e que (ii) o artigo 100 da Medida Provisória 627/2013 prorrogou incentivos fiscais instituídos durante o governo do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, objetivando o desenvolvimento das regiões norte, nordeste e centro-oeste.
As provas existentes nos autos, portanto, mostram com absoluta segurança que o ex-Presidente Lula e Luis Claudio não tiveram qualquer participação da compra dos caças suecos, tampouco na sanção presidencial do artigo 100 da Medida Provisória 627/2013. Mostram, ainda, que Luis Claudio prestou os serviços de marketing esportivo contratados pela empresa Marcondes e Mautoni e tinha expertise na área, adquirida em trabalhos realizados em algumas das maiores equipes de futebol do País e, ainda, na organização e implementação de um campeonato nacional de futebol americano. Lula jamais recebeu valores da Marcondes e Mautoni ou de terceiros por ela representados.
Essa ação penal integra o rol de ações propostas contra Lula e seus familiares sem qualquer materialidade, com o objetivo de perseguição política.
A Defesa apresentará manifestação no processo demonstrando que o pedido deverá ser indeferido pelo juiz.”
CRISTIANO ZANIN MARTINS
SP, 16/11/17

16 de nov. de 2017

Procon divulga ‘lista suja’ de lojas para consumidor evitar na Black Friday

Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil
Black Friday deste ano ocorrerá no dia 24 de novembro (Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil)
A Black Friday, um dos dias mais aguardados pelo varejo nacional, acontecerá na sexta-feira, 24, e o Procon-SP divulgou a “lista suja” com as lojas que devem ser evitadas pelo consumidor. No total, são 518 estabelecimentos. A lista foi atualizada no dia 10 de novembro.
Há reclamações diversas que ficam como alerta aos consumidores: desde fretes muito caros até atraso nas entregas, além de produtos danificados ou que divergem do anunciado. Segundo o Procon-SP, a partir do levantamento, a instituição procura evitar que a população seja lesada e o tão sonhado desconto acabe se transformando em pesadelo.
Todas as lojas da lista foram notificadas sobre os problemas e, mesmo assim, não ofereceram solução aos casos ou não foram encontradas.
Para acessar a lista, consulte este endereço na internet:
http://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php

14 de nov. de 2017

O dossiê de Cabral

O ex-governador do Rio é acusado de preparar dossiês contra juízes e o cerco se fecha com a procuradora-geral pedindo de novo sua transferência para uma cadeia de segurança máxima. O crime de desacato à Justiça, desta vez, ficou evidenciado

JOSE LUCENA/FUTURA PRESS; Walterson Rosa/Framephoto/Folhapress;
O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, não se emenda. Mesmo preso na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte da capital fluminense, ele continua atuando no comando de organização criminosa. Segundo investigações da Polícia Federal, Cabral é suspeito de articular a confecção de dossiês contra seus adversários. A principal vitima desta vez é o juiz federal Marcelo Bretas, que em setembro deste ano o condenou a 45 anos de prisão por corrupção. Cabral vasculha informações que possam desmoralizar o juiz e sua família. E, para isso, estaria se utilizando de policiais para escarafunchar a vida do juiz e da sua esposa, a também juíza Simone Bretas. Em nove meses, o sistema de informações da Polícia Civil do Rio foi acessado dez vezes em busca de ocorrências envolvendo os Bretas. A PF acredita que Cabral esteja montando um dossiê contra o juiz federal. Somente no dia 26 de setembro, seis dias depois de Bretas ter condenado Cabral, foram feitas oito consultas na 22º DP da Penha. Outras consultas foram feitas nas delegacias 105ª e 31ª, sempre por meio de policiais ligados ao grupo de Cabral.
Prova de que o ex-governador quer levantar informações que prejudiquem a imagem do magistrado aconteceu no dia 23 de outubro. Nesse dia, houve uma audiência de Cabral com Bretas, na qual o ex-governador disse que a família do juiz entendia bastante de caixa dois no setor de joias, pois trabalhava com o comércio de bijuterias. Cabral é acusado por Bretas de comprar mais de R$ 6 milhões em joias para sua mulher Adriana Ancelmo com dinheiro sujo da corrupção. O juiz se sentiu ameaçado e passou a suspeitar de que Cabral levantava informações contra ele no submundo das delegacias de polícia no Rio, ainda comandadas por policiais ligados ao esquema do PMDB. O governador Luiz Fernando Pezão era vice de Cabral e o sucedeu no governo do Rio com seu patrimônio eleitoral na época.
Em nova audiência com Bretas na quarta-feira 8, Cabral aproveitou que estava frente a frente com o juiz e se explicou: “Não há nada meu pessoal contra o senhor, dossiê, eu nunca fiz isso com ninguém. Acredite em mim, na minha índole”, disse Cabral, ao que Bretas retrucou para encerrar o assunto: “Eu não teria o que dizer, se é que existe alguma coisa”, disse o juiz. Antes dessa audiência, Bretas ouviu o depoimento do ex-subsecretário de Saúde César Romero. Ele contou que, certa vez, o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtez recebeu um jaleco com uma gravata amarrada no pescoço, insinuando que isso seria uma ameaça de morte. Bretas ironizou: “Ah, mas isso não é ameaça. Ameaça tem que vir por escrito e com firma reconhecida no cartório”, disse o juiz.

Segurança máxima
Em razão das ameaças, Bretas determinou que Cabral deixasse a cadeia de Benfica e fosse transferido para um presídio federal de segurança máxima. A transferência foi impedida pelo ministro do STF, Gilmar Mendes. Agora, diante das suspeitas de que Cabral continua a gozar de privilégios na cadeia no Rio, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também passou a recomendar que Cabral seja transferido com um presídio federal. “A transferência impedirá que ele, mesmo preso, exerça condição de líder de organização criminosa”, disse Dodge em seu parecer. Ela afirma que o “sistema penitenciário do Rio tem tido dificuldade para impedir que Cabral receba informações externas”. Para ela, em uma unidade do sistema prisional federal “o aparato institucional da segurança pública impedirá o recebimento pelo paciente de informações inadequadas e privilégios irregulares”. Cabral teria até mordomo particular na cadeia: o detento Alex receberia R$ 15,00 por dia para fazer faxina na sua cela.
Colaborou: Eliane Lobato

13 de nov. de 2017

Real Madrid pode oferecer cerca de R$ 765 milhões para tirar Neymar do PSG

Craque brasileiro seria peça de reposição para Cristiano Ronaldo

Espanha - Os rumores de uma possível contratação de Neymar para o Real Madrid ganharam força neste domingo. O jornal espanhol 'Marca' afirmou que o clube merengue separou cerca de 200 milhões de euros (cerca de R$ 765 milhões) para tentar contratar o brasileiro já ao final da atual temporada, na metade do ano de 2018.
Real Madrid prepara oferta para ter Neymar Pedro Martins/MoWa Press
Caso não tenha um acerto na janela de transferências no meio do ano que vem, o Real já estaria preparando uma oferta ainda maior para o meio de 2019, período que coincide com o fim do atual contrato do craque português Cristiano Ronaldo. 
Ainda segundo a publicação, o custo total da operação, somando o valor da transação, salário e gastos adicionais seria o equivalente a R$ 1,7 bilhão. Vale lembrar que o PSG, clube onde Neymar estaria insatisfeito, pagou 222 milhões de euros para tirar Neymar do Barcelona.
Não seria a primeira vez que um craque brasileiro jogaria nas duas potências espanholas. Ronaldo defendeu as cores do Barcelona, mas se transferiu para o Real Madrid onde virou ídolo eterno do clube merengue.

10 de nov. de 2017

Colômbia apreende 13,3 toneladas de cocaína


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Após o término da pesagem, a Polícia colombiana confirmou que se trata da maior apreensão da história ( Foto: AFP )
Antioquia. A polícia colombiana atualizou ontem a quantidade de cocaína apreendida no departamento de Antioquia, pertencente ao cartel Clã do Golfo, o maior grupo criminoso do país.
"Finalmente, foram apreendidas 13 toneladas e 398 quilos da droga. Essa foi a contagem final", disse à Radio Caracol o diretor da polícia colombiana, o general Jorge Hernando Nieto.
O anúncio da maior apreensão da droga na história do país foi feito pelo presidente colombiano Juan Manuel Santos.
A quantidade é quase uma tonelada e meia a mais do que havia sido inicialmente informado. O número subiu depois do término da pesagem de tudo que foi encontrado.
Cerca de 400 homens da Direção Antinarcótico da polícia participaram da operação, denominada Lourdes, que incluiu um "ataque aéreo" simultâneo em quatro fazendas dos municípios de Chigorodó e Carepa.
O general Nieto disse que foi "a maior apreensão" de cocaína realizada no país em esconderijos onde era armazenada a droga, que depois era enviada ao exterior através de lanchas rápidas e navios cargueiros. Essa quantidade do entorpecente está avaliada US$ 1,5 bilhão nos EUA e na Europa.
Escondida na terra
A cocaína estava "em caixas escondidas debaixo da terra" e, segundo as investigações, pelo menos dez organizações dos departamentos de Chocó e Antioquia, estavam envolvidas, assim como das regiões de Catatumbo e Los Llanos Orientales. A droga era vigiada por integrantes do Clã do Golfo, comandados pelo traficante "Mordisco".

9 de nov. de 2017

A vez da educação bilíngue

As vantagens do ensino em dois idiomas e o que as escolas estão fazendo para se adequar a essa exigência do mundo contemporâneo

Crédito: Marco Ankosqui
EM INGLÊS Aula no Colégio Internacional EMECE, que adota programa de ensino bilíngue (Crédito: Marco Ankosqui)
Era fim de tarde quando Carolina Bastianello Gozzi, 5 anos, sentou em sua mesinha de desenho e começou a rabiscar em um caderno. O pai passou por perto e perguntou, em inglês, o que ela estava fazendo. A resposta veio na mesma língua e com uma naturalidade surpreendente: “drawing” (desenhando, em português). “Ficamos maravilhados”, comenta a mãe, a advogada Cristina Bastianello, 45 anos.
Desde julho do ano passado, Carolina faz parte de um programa de ensino bilíngue no colégio Mater Dei, de São Paulo, seguindo uma preocupação de Cristina. “Comecei a estudar inglês muito cedo e foi ótimo para minha carreira. Quero também facilitar possibilidades para ela estudar fora “, afirma. Em relação a trabalho e estudos, já é mais do que consenso que dominar um segundo idioma, principalmente inglês, abre diversas portas.
O que estudos recentes mostram é que a educação bilíngue estabelece uma série de benefícios para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, de resolução de problemas à empatia, capacidades tão exigidas em um mundo cada vez mais conectado. “Tem a questão da evolução humana. Quando uma língua propicia se relacionar com pessoas diferentes, gera na criança uma empatia pela diversidade, e isso é o que a globalização mais pede hoje”, afirma Lady Christina Sabadell, diretora-geral do colégio Pueri Domus.
Aulas em outra língua
Um colégio bilíngue não se limita a dar aulas de uma segunda língua. Na verdade, é formatado para oferecer disciplinas normais, como História e Ciências, em outro idioma que não o português. O currículo segue as diretrizes do Ministério da Educação. A indicação das instituições é de que as crianças comecem na educação bilíngue já na alfabetização, e cada escola estabelece quais momentos focará em cada idioma.
No colégio Humboldt, a imersão é parcial. “No jardim 1 e 2, há dois professores em sala, um para cada idioma”, afirma Mariane Bischof, coordenadora da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental do Humboldt. “Entendemos que esse é o melhor método. pois respeita a vida e a cultura da criança.”
Entre educadores e pais, existe uma preocupação sobre o risco de submeter os jovens a um aprendizado precoce, o que poderia confundir seu raciocínio e desenvolvimento cognitivo, mas diversos estudos fizeram esse receio cair por terra mostrando que há uma série de benefícios no contato com outro idioma desde cedo. Talvez o maior empecilho atualmente seja o preço das mensalidades: na maioria das escolas, valores nos anos iniciais ultrapassam R$ 2 mil.
Pais afirmam que o investimento vale a pena. Cristina, mãe de Carolina, do Mater Dei, percebeu a evolução de comportamento da filha na última viagem que a família fez para os Estados Unidos. “Antes ela me pedia para eu ajudar a traduzir o que queria dizer, agora ela encontra crianças americanas e quer brincar”, diz.
A fonoaudióloga Ana Luisa Ornellas Borges de Oliveira, 38 anos, é mãe de Eduardo de Oliveira Silvestre, 6 anos, e se diverte ao falar sobre o desenvolvimento do filho. “Às vezes ele até me corrige”, diz. Eduardo estuda no Colégio Internacional EMECE.
Assim como o Mater Dei, adotou o Global Program, uma iniciativa para introduzir o bilinguismo no cotidiano das salas de aula do período integral. “Seguimos um currículo americano e percebemos que as crianças acumulam mais bagagem cultural”, afirma Caroline de Oliveira Santos, coordenadora do Global Program nos dois colégios.
Pioneiro no Brasil, o Systemic é um programa que já existe há 17 anos e também trabalha com a implementação de ensino bilíngue nas escolas, sendo que qualquer uma pode adotar o sistema. “Acontece normalmente de ter uma aula mais conceitual em português e, na hora dos exercícios práticos, o idioma é o inglês”, diz Rone Costa, gerente de desenvolvimento do Systemic.

Por que vale a pena
Confira alguns benefícios que as escolas bilíngues trazem aos jovens
Desenvolvimento de competências diferentes, resultado do exercício diário de pensar em duas ou mais línguas
Eficácia na resolução de problemas, no controle da atenção e na execução de tarefas não-verbais
Desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como a empatia, por entender que existem diferentes maneiras de se expressar diante de uma mesma situação
Maior desenvoltura durante uma conversa, ou seja, maior capacidade de se fazer entender
Facilidade em aprender e se adaptar a idiomas diferentes e maior noção sobre padrões linguísticos
A longo prazo, funciona como uma espécie de proteção cerebral: problemas relacionados à demência e ao Alzheimer demoram mais para aparecer entre bilíngues

7 de nov. de 2017

Atirador de igreja no Texas foi integrante da Força Aérea dos Estados Unidos

Devin Patrick Kelley, de 26 anos, morreu durante perseguição policial, após ataque a igreja
Devin Kelley mantinha várias fotos de armas de fogo em sua conta no Facebook ( Foto: Reprodução / Independent )
A Polícia do Texas identificou o autor dos disparos na 1ª Igreja Batista de Sutherland Springs,  a 45 quilômetros de San Antonio, no Texas - é Devin Patrick Kelley, 26 anos, um jovem branco que já fez parte da Força Aérea americana. Foi o terceiro tiroteio em uma igreja em três anos.
Kelley morreu durante uma perseguição policial, após ter entrado na igreja na manhã desse domingo (5) e disparado contra as pessoas que estavam reunidas para uma celebração dominical. Ao menos 26 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas.
As vítimas, segundo o governador do estado, Greg Abbott, tinham entre 5 e 72 anos. Entre os mortos estão Annabelle Pomeroy, filha de 14 anos do pastor Frank Pomeroy.
Crime de ódio
Na noite de ontem, fiéis fizeram uma vigília na igreja. O FBI informou que o crime está sendo tratado como de ódio. A polícia local ainda não confirmou se Kelley foi morto durante a perseguição policial ou se ele teria se matado durante a tentativa de fuga.
Devin Kelley teve a conta pessoal retirada do ar pelo facebook, mas segundo a imprensa local ele tinha várias fotos de armas de fogo e era possível perceber que era um aficcionado por armas. A imprensa também ouviu testemunhas que disseram que ele era um ex-fiel da igreja onde executou o massacre.
De acordo com a polícia local, o carro usado por Kelley tinha munição e outras armas de fogo. Ao entrar na igreja, conforme testemunhas, ele usava uma roupa com colete à prova de balas.
Controle de armas
O presidente Donald Trump voltou a ser criticado por defensores de maior controle de armas no país, porque nas declarações que fez após o tiroteio não mencionou a necessidade de mudanças legislativas.
A Coalizão pelo Fim da Violência das Armas (livre tradução para The Coalition to Stop Gun Violence), uma organização não governamental (ONG) que luta por reformas na legislação americana, divulgou comunicado sobre o  tiroteio com o título "Nós fizemos isso".
No texto, a organização que luta pelo desarmamento e para vencer a forte cultura das armas no país lembra do ataque em Las Vegas, que deixou 58 mortos e centenas de feridos. "Passamos pela pior tiroteio em massa da história americana moderna há pouco mais de um mês. Os políticos ofereceram seus pensamentos e orações peloTwitter", diz o texto.
A ONG chamou o discurso de Trump de inadequado e frisou: "Dezenas de pessoas morreram no Texas hoje. Este ciclo exclusivamente americano deve parar. Os americanos são mortos em suas casas de oração e todos os seus funcionários vão oferecer é a oração. Temos que fazer mais".
Repercussão
Em junho de 2015, o supremacista branco Dylann Roff matou nove pessoas negras que estavam em uma reunião na histórica igreja Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul. Roof, hoje com 23 anos, foi condenado em janeiro deste ano à pena de morte. Ele cometeu o crime com uma arma que havia ganhado recentemente de presente de aniversário.
Pouco depois, o ex-presidente Barack Obama disse que uma de suas maiores frustrações em oito anos de governo era não ter conseguido levar ao Congresso uma legislação pelo controle de armas.
Mas, muito mais que durante sua gestão, os republicanos atualmente são maioria no Congresso com Donald Trump. A Associação Nacional do Rifle (NRA, a sigla em inglês) congrega os fabricantes de arma e mantém poderosa influência no Congresso norte-americano.
Ontem no Twitter, Obama escreveu: "Que Deus também nos conceda todos a sabedoria para perguntar quais os passos concretos que podemos tomar para reduzir a violência e o armamento".
Até este começo de mês, foram registradas no ano mais de 461 mortes em tiroteios no país em pelo menos 307 incidentes.