28 de dez. de 2010

Um século de hipocrisia

Escrito por Rodrigo Constantino 

"É divertidíssima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: que admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte; ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola..." (Roberto Campos)

O arquiteto Oscar Niemeyer completou um século de vida sob grande reverência da mídia. Ele foi tratado como "gênio" e um "orgulho nacional", respeitado no mundo todo. Não vem ao caso julgar suas obras em si, em primeiro lugar porque não sou arquiteto e não seria capaz de fazer uma análise técnica, e em segundo lugar porque isso é irrelevante para o que pretendo aqui tratar.

Entendo perfeitamente que podemos separar as obras do seu autor, e julgá-los independentemente. Alguém pode detestar a pessoa em si, mas respeitar seu trabalho. O problema é que vejo justamente uma grande confusão no caso de Niemeyer e tantos outros "artistas e intelectuais". O que acaba sendo admirado, quando não idolatrado, é a própria pessoa. E, enquanto figura humana, não há nada admirável num sujeito que defendeu o comunismo a vida inteira.

Niemeyer, sejamos bem francos, não passa de um hipócrita. Seus inúmeros trabalhos realizados para governos, principalmente o de JK, lhe renderam uma bela fortuna. O arquiteto mamou e muito nas tetas estatais, tornando-se um homem bem rico. No entanto, ele insiste em pregar, da boca para fora, o regime comunista, a "igualdade" material entre todos. Não consta nas minhas informações que ele tenha doado sua fortuna para os pobres. Enquanto isso, o capitalista "egoísta" Bill Gates já doou vários bilhões à caridade. Além disso, a "igualdade" pregada por Niemeyer é aquela existente em Cuba, cuja ditadura cruel o arquiteto até hoje defende.

Gostaria de entender como alguém que defende Fidel Castro, o maior genocida da América Latina, pode ser uma figura respeitável enquanto ser humano. São coisas completamente contraditórias e impossíveis de se conciliar. Mostre-me alguém que admira Fidel Castro e eu lhe garanto se tratar ou de um perfeito idiota ou de um grande safado. E vamos combinar que a ignorância é cada vez menos possível como desculpa para defender algo tão nefasto como o regime cubano, restando apenas a opção da falta de caráter mesmo. Ainda mais no caso de Niemeyer.

Na prática, Niemeyer é um capitalista, não um comunista. Mas um capitalista da pior espécie: o que usa a retórica socialista para enganar os otários. Sua festa do centenário ocorreu em São Conrado, bairro de luxo no Rio, para 400 convidados. Bem ao lado, vivem os milhares de favelados da Rocinha. Artistas de esquerda são assim mesmo: adoram os pobres, de preferência bem longe.

Outro aclamado artista socialista é Chico Buarque, mais um que admira Cuba bem de longe, de sua mansão. E cobra caro em seus shows, mantendo os pobres bem afastados de seus eventos. A definição de socialista feita por Roberto Campos nos remete diretamente a estes artistas: "No meu dicionário, 'socialista' é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros".

Aquelas pessoas que realmente são admiráveis, como tantos empresários que criam riqueza através de inovações que beneficiam as massas, acabam vítima da inveja esquerdista. O sujeito que ficou rico porque montou um negócio, gerou empregos e criou valor para o mercado, reconhecido através de trocas voluntárias, é tachado de "egoísta", "insensível" ou mesmo "explorador" por aqueles mordidos pela mosca marxista. Mas quando o ricaço é algum hipócrita que prega aos quatro ventos as "maravilhas" do socialismo, vivendo no maior luxo que apenas o capitalismo pode propiciar, então ele é ovacionado por uma legião de perfeitos idiotas, de preferência se boa parte de sua fortuna for fruto de relações simbióticas com o governo. Em resumo, os esquerdistas costumam invejar aquele que deveria ser admirado, e admirar aquele que deveria ser execrado. É muita inversão de valores!

Recentemente, mais três cubanos fugiram da ilha-presídio de Fidel Castro. Eles eram artistas, como o cantor Chico Buarque, por exemplo. Aproveitaram a oportunidade e abandonaram o "paraíso" comunista, que faz até o Brasil parecer um lugar decente. Eu gostaria de aproveitar a ocasião para fazer uma proposta: trocar esses três "fugitivos" que buscam a liberdade por Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Luiz Fernando Verissimo, três adorados artistas brasileiros, defensores do modelo cubano. Claro que não seria uma troca compulsória, pois estas coisas autoritárias eu deixo com os comunistas, que abominam a liberdade individual. A proposta é uma sugestão, na verdade. Acho que esses três comunistas mostrariam ao mundo que colocam suas ações onde estão suas palavras, provando que realmente admiram Cuba. Verissimo recentemente chegou a escrever um artigo defendendo Zapata e Che Guevara. Não seria maravilhoso ele demonstrar a todos como de fato adora o resultado dos ideais dessas pitorescas figuras?

Enfim, Niemeyer completa cem anos de vida. Um centenário defendendo atrocidades, com incrível incapacidade de mudar as crenças diante dos fatos. O que alguém como Niemeyer tem para ser admirado, enquanto pessoa? Os "heróis" dos brasileiros me dão calafrios! Eu só lamento, nessas horas, não acreditar em inferno. Creio que nada seria mais justo para um Niemeyer quando batesse as botas do que ter de viver eternamente num lugar como Cuba, a visão perfeita de um inferno, muito mais que a de Dante. E claro, sem ser amigo do diabo, pois uma coisa é viver em Cuba fazendo parte da nomenklatura de Fidel, com direito a casas luxuosas e Mercedes na garagem, e outra completamente diferente é ser um pobre coitado qualquer lá. Acredito que esse seria um castigo merecido para este defensor de Cuba, que completa um século de hipocrisia sendo idolatrado pelos idiotas.

“Não precisamos de esquerda, nem de direita, precisamos mesmo é de mais honestidade e respeito pelas nossas instituições”

24 de dez. de 2010

FELIZ NATAL!

21 de dez. de 2010

J’ACUSE !!! (Eu acuso !)

(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)

Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann

Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.

20 de dez. de 2010

MEC prepara kit anti-homofobia e provoca reação

Ana Cláudia Barros

Ele nasceu a partir da constatação de que as escolas brasileiras são, em geral, ambientes hostis para adolescentes homossexuais. Foi desenvolvido com a proposta de ajudar a contornar o problema, e recebeu o sugestivo nome de Kit contra a homofobia. A previsão é que sua distribuição ocorra inicialmente em 6 mil escolas públicas a partir do ano que vem. Mesmo sem ter sido lançado pelo Ministério da Educação (MEC), o material didático, contendo cartilha, cartazes, folders e cinco vídeos educativos, já provoca discussões inflamadas.

Terreno democrático por excelência, a internet se transformou em púlpito para os que apoiam e para os que repudiam o kit, que ganhou a pecha de "Kit Gay". O debate está mobilizando redes sociais, blogosfera e até virou tema de abaixo-assinados virtuais - contrários e favoráveis ao material. Catalisou a polêmica a declaração do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) - o mesmo que sugeriu "couro" para corrigir filho "meio gayzinho" -, que, em sessão realizada no Plenário da Câmara, atacou a iniciativa. O parlamentar também fez um apelo aos colegas de Casa para que impedissem a circulação do kit. Veja o link:

http://www.youtube.com/watch?v=ONfPCxKdGT4&feature=player_embedded

O pronunciamento dele se espalhou pela rede e tem embasado o discurso dos que consideram o material "perigoso" por incentivar a homossexualidade entre os estudantes. O que fez Bolsonaro vociferar foram justamente os vídeos educativos, exibidos preliminarmente em seminário na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Um deles conta a história do personagem José Ricardo, um adolescente que gostaria de ser reconhecido como Bianca. "O vídeo fala de um travesti, um homem com identidade feminina, mostrando, inclusive, o sofrimento dele em viver em um lugar onde meninos jogam futebol e, quem não joga, é chamado de mulherzinha", explica Rosilea Wille, coordenadora Geral de Direitos Humanos do MEC, vinculada à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), responsável pelo projeto.

Na opinião dela, a forma negativa como o Kit contra a homofobia está sendo recebido é resultado do desconhecimento em relação ao conteúdo do material e dos rumores, amplamente propagados na web.

- Foi colocado que vamos passar informação sobre diversidade sexual e identidade de gênero para crianças de sete anos. Isso nunca foi a decisão do Ministério. O projeto está sendo pensado para o Ensino Médio. Não é um projeto que vai cair de paraquedas nas escolas. Vai ser vinculado à formação dos professores. Há todo um anteparo, uma sustentação pedagógica.

Presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT) e um dos idealizadores do kit, Toni Reis, também rechaça as acusações de que os vídeos seriam um estímulo à homossexualidade.

- O que está sendo dito é totalmente distorcido. Não queremos incentivar a homossexualidade. Ela não precisa de incentivo algum. Queremos incentivar o respeito à cidadania, à não violência, à dignidade humana. Quem está falando isso são pessoas homofóbicas, fundamentalistas religiosos. Estes são os grandes incentivadores da violência e do desrespeito - afirma.

Ela ainda explica o caráter do projeto:
- Os vídeos são extremamente didáticos. Explicam a questão do travesti, do bissexual, da lésbica. São muito bacanas porque vão ajudar o adolescente a entender a situação. Muitas vezes, o preconceito vem da desinformação. Estamos super tranquilos com esse trabalho. Ele não vai ser censurado por pessoas homofóbicas.

A vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Clara Goldman, que teve acesso ao material, também desconstrói a alegação de que o kit exerceria influência na orientação sexual dos adolescentes.

- O argumento esconde um princípio de que essa sexualidade é ruim e tem que ser combatida, evitada. Essa é a base do pensamento homofóbico. O kit não orienta, não estimula, mas problematiza. Coloca no seu devido lugar a discussão que deve ser feita. O objetivo é que as pessoas LGBT possam ser respeitadas e que caibam na nossa sociedade, nos nossos espaços coletivos, o respeito a essa diversidade.

De acordo com ela, o CFP apoia a iniciativa encampada pelo MEC.
- Acho que a ideia de se produzir um material específico, que possa orientar essa discussão, é muito bem-vinda. Nós apoiamos o kit, mas nosso apoio não se restringe a ele. É em relação à luta pela promoção dos direitos dessa população em todas as políticas públicas, não só na educação. Apoiamos como uma possibilidade a mais de que, na formação, essa questão possa ser discutida com mais qualidade, assentada em princípios que sejam realmente de direitos humanos.

Terra Magazine procurou a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas foi informada pela assessoria de comunicação que a entidade ainda não se posicionou sobre a questão.

Bullying

A Coordenadora Geral de Direitos Humanos do MEC conta que o ponto de partida para se pensar na elaboração de um material de combate à homofobia nas escolas foi uma pesquisa realizada em 2008 e publicada no ano seguinte, sobre preconceito, discriminação e bullying.

- Ela foi feita em 501 escolas de diferentes regiões, com quase 20 mil atores. Foi comprovado que o grau de homofobia é altíssimo. Pesquisamos vários aspectos: pessoas com deficiência, a questão de gênero, orientação sexual. Os homossexuais estão entre os mais discriminados. Em cima disso, a Secad entendeu que era preciso desenvolver ações para assegurar o direito à educação de todas as pessoas.

E acrescenta:

- Todo o material trabalha com a ideia de respeito à diversidade sexual, ajuda a entender que a a escola precisa respeitar os direitos humanos dos LGBT. O Ministério da Educação está preocupado exatamente com essa sociedade que vem cada vez mais batendo em homossexuais na rua, dando tiro, como aconteceu no Rio de Janeiro e em São Paulo. Uma sociedade que precisa ser educada para respeitar os direitos humanos.

Toni Reis recorre a um levantamento feito pela Unesco para enfatizar a necessidade de se aplicar o material didático contra homofobia nas instituições de ensino. "A pesquisa mostra que 40% dos adolescentes masculinos não gostariam de ter um gay ou uma lésbica na sala de aula. A evasão escolar entre homossexuais é grande", justifica.

Rosilea frisa que a capacitação dos docentes, para que possam trabalhar com o material, será prioridade. Segundo ela, o kit ainda não foi finalizado e terá que ser submetido ao Comitê de Publicações do MEC, para ser depois impresso e enviado às escolas.

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4851100-EI6594,00-MEC+prepara+kit+antihomofobia+e+provoca+reacao.html

13 de dez. de 2010

A COLUNA DE RAIMUNDO FLORIANO

MÚSICA MILITAR

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Símbolos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica

A Música Militar é um gênero que congrega aficionados do mundo inteiro, os quais interagem na troca de arquivos sonoros e informações, hoje com a utilização dessa grande ferramenta que é a Internet. Esse compartilhamento refere-se também a partituras e arranjos.

No Brasil, existem grandes colecionadores, além de mim, possuidor do maior acervo em CDs: Albérico Andrade, em Natal-RN, Denize Dalla Rosa, em Curitiba-PR, Antônio Gomes Sales, em Caraúbas-RN, Cléber Olímpio, em São Paulo-SP, e outros mais, reunidos em três Comunidades Okutianas: Só Dobrados, Música Militar e Dobrados, Carnaval e Forró, que eu administro, cujo ícone aí vai:

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O Jornal da Besta Fubana, http://www.luizberto.com/ com seus mais de 30 mil acessos diários, tem sido minha grande vitrine, nesse trabalho de divulgação da Música Popular Brasileira. No item Música Militar, aqui concluí, na segunda-feira passada, dia 06.12.10, a postagem de uma pequena amostra de minha coleção, conforme relação abaixo:

01) 350 DOBRADOS INSTRUMENTAIS, apresentando os mais conhecidos e tocados de todos os tempos, bem como seus grandes compositores, brasileiros e internacionais.

02) 106 DOBRADOS 78 RPM, com grande parte das peças gravadas no início dos Anos 1900, a maioria a cargo da Casa Edison, pioneira na América Latina.

03) 65 HINOS E CANÇÕES PATRIÓTICAS, compreendendo os 4 Hinos Oficiais e canções diversas, com as principais partituras disponíveis em minha Comunidade.

04) 28 HINOS ESTADUAIS, sendo 27 correspondentes aos 27 Estados mais o Distrito Federal, e 1 referente à íntegra do Hino de Sergipe, cujas partituras também se encontram em minha Comunidade.

05) 23 EXÓRDIOS, os principais, que anunciam a chegada, a saída ou a presença de uma autoridade, não só em Organização Militar, como também por ocasião de sua aproximação de uma tropa.

06) 290 TOQUES DE CORNETA comuns às três Forças Armadas, 218 deles por mim produzidos com o auxílio de 2 Cabos Corneteiros do BGP.

Com isso, espero ter atingido meu público-alvo e objetivos, ficando à disposição de todos para qualquer informação adicional quanto às partituras, aos áudios e pesquisas, aqui no JBF, ou pelo e-mail raimundofloriano@brturbo.com.br.

Finalizando, quer falar-lhes de uma curiosidade sobre os Toques de Corneta. O mais esperado, o que os soldados aprendem primeiro, é Toque de Rancho - o da comida. E o mais detestado é o Toque de Alvorada, 1ª Parte, que, embora alegre e festivo, os acorda todas as manhãs, quer seja dia útil, santificado, sábado, domingo ou feriado, para as atividades rotineiras da caserna. Pois bem, neste momento em lhes escrevo, esse toque já contabilizou 5.167 acessos. Outro que me causa espécie é o de Alarme Aéreo, com 4.558.


Confiram clicando aqui.

http://www.4shared.com/dir/isC3lDms/DOBRADOS_INSTRUMENTAIS.html
http://www.4shared.com/dir/TUxSzUyM/Toques_de_Corneta.html

10 de dez. de 2010

GERINGONÇAS DO VIETNAM E REFUGOS DA UNIÃO EUROPÉIA

Publicado no “Gazeta do Sul” em 3 de dezembro de 2010

Alguém já parou para pensar neste atraso de vida? As viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP), que nossos filhos e netos estão pilotando e sendo transportados nas unidades da “Brigada Niederauer”, são aqueles mesmos M-113 aqui chegados em 1972, sobras da guerra perdida pelos EUA no sudeste asiático.

Em verdade, estas verdadeiras geringonças, que só estão serpenteando ainda graças ao esforço inaudito de um punhado de profissionais de valor, deveriam estar aposentadas já nos meados dos anos 80 quando a MOTO PEÇAS S/A lançou o protótipo do CHARRUA, um modelo com melhor desempenho das destinações: transporte de pessoal, combate de fuzileiro, anticarro, comando, comunicações e ambulância, atribuídas no Vietnam aos seus predecessores.

O crítico derrotista vai contrapor de imediato que hoje o CHARRUA já estaria ultrapassado. Ele não é capaz de visualizar que na esteira de um projeto, desde que bem sucedido, teriam sido lançados seus homônimos mais avançados nas versões II, III, etc, tudo de molde a prolongar uma revitalização capaz de manter em reais condições de emprego as unidades da Força Terrestre dotadas com este material.

Raciocínio semelhante pode ser feito para os carros de combate da cavalaria da “Divisão Encouraçada”, com o “OSÓRIO” e o “TAMOYO” que bem poderiam estar ocupando o lugar dos “LEOPARD”, os quais, comprados na União Européia, só enriqueceram os cofres alheios, deixando de constituir o sustento de tantos brasileiros, dispensados que foram de seus empregos na ENGESA e na BERNARDINI. Como aspirar uma cadeira cativa no Conselho de Segurança da ONU, tão fragilizados e tão dependentes? Quanta petulância, durma-se com um barulho destes, que grande piadão! Vamos segurar o que quando os todo-poderosos resolverem chutar o balde?

O Exército, que não se duvide, hoje, só está em condições de cumprir missões de paz, e isto com restrições de toda monta, com nossas regiões militares, batalhões logísticos e parques de manutenção fazendo o possível e o impossível para deixar em condições o material/equipamento necessário para uma mobilização satisfatória dos contingentes destacados no exterior. Acontece que, alçado como a 8ª (alguns já o consideram a 5ª) potencia econômica mundial, as riquezas entesouradas, agora não apenas as da grande região norte mas também as da chamada “amazônia azul”, estão fazendo aflorar ameaças que, antes escamoteadas, atualmente já são parte do cotidiano das tensões internacionais, fazendo-se necessário medidas emergenciais e urgentes, fora do padrão convencional, para reaparelhamento/fortalecimento não só do EB mas também das demais Forças Armadas.

Que o próximo governo não se engane: é preciso muito mais do que os 36 caças e os 5 submarinos que Sarkozy quer negociar conosco. Para dissuadir os que nos ameaçam, ou se investe pesadamente em uma indústria de material bélico compatível com a atual projeção do Brasil no contexto da comunidade internacional ou vamos amargar seriamente humilhações, com perigo, inclusive, de mutilações em nossa integridade territorial e de estreitamento do mar territorial que nos cabe por direito.

Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Coronel de Infantaria e Estado-Maior

8 de dez. de 2010

www.bolsonaro.com.br

7 de dez. de 2010

MInistro Genérico da Defesa critica General Médici. . .

Jobim critica Médici...

Nelson Jobim (Defesa) provocou mal-estar sábado, na Academia Militar das Agulhas Negras, durante a formatura da “Turma General Emílio Garrastazu Médici”, ao criticar indiretamente o patrono – elogiado antes pelo comandante do Exército pela “honradez, dignidade e patriotismo”.

...e o filho se retira

No discurso, que aliás não estava previsto, Jobim deixou claro que não aprovou a escolha do patrono, dizendo que o Exército “deve esquecer o passado”. Os generais nem o aplaudiram. E o convidado Roberto Médici, filho do ex-presidente, desceu do palanque e foi embora.

(Claudio Humberto)

5 de dez. de 2010

2 de dez. de 2010

No Complexo do Alemão, Exército faz obras em terreno na Avenida Itaoca para fixar base

RIO - Com a decisão de que os militares ficarão no Complexo do Alemão durante pelo menos sete meses, o Exército começou a fazer as obras para a construção de um "quartel-general" no terreno onde estão as ruínas de uma fábrica de refrigerantes desativada, na Avenida Itaoca. O local será dividido em vários módulos. Com áreas para lavanderia, banho, sanitários, posto médico, cozinha e manutenção de equipamentos. O mesmo local foi usado pelos militares na época das eleições de 2008. - Mas, naquela época ficamos apenas durante 72 horas. Agora, terá que ser uma base fixa para os homens da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército - explicou o major Fabiano Lima de Carvalho, da Comunicação Social da Brigada. As primeiras obras já estão sendo feitas pelos próprios militares para a instalação de salas de comandos, auditórios e dormitórios. Segundo o major, o Exército também pedirá que a prefeitura ajude nas obras de infraestrutura da área para o acesso de caminhões, blindados e carros. Militares começam a ter as primeiras folgasO efetivo usado para o apoio à invasão do Complexo do Alemão ultrapassou os 1.500 homens. Esse número começou a ser reduzido nesta quarta-feira e agora será dividido por turnos. A unidade tem ainda uma sala de comando, com computadores e mapas do Complexo do Alemão para planejamento. Na parede também estão afixadas as fotos dos principais traficantes. Aos poucos, cada um vai recebendo um X para determinar que já estão presos. Alguns paraquedistas, no entanto, estão no complexo desde a sexta-feira da semana passada. O capitão Vítor de Giuseppe Rodrigues, de 30 anos, teve o seu primeiro dia folga marcado para hoje, quando enfim poderá ver a mulher e os filhos. Com 11 anos de Exército, o capitão acumula no currículo a experiência de ter participado da missão de paz no Haiti. Missão que, segundo ele, se assemelha muito à desempenhada no complexo. - É uma guerra diferente, onde não há um inimigo. A nossa atuação é garantir a lei e a ordem - disse o capitão Giuseppe, orgulho da participação em mais essa missão de paz. Morador do Rio, capitão Giuseppe disse que já conhecia bem a situação do Alemão. Para ele, o sucesso da missão foi graças à união das forças estaduais e federais. - Assim como no Haiti, atuamos na implantação de unidades que são chamadas de 'Ponto Forte', um projeto semelhante às Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) - explicou o capitão.

28 de nov. de 2010

Para não esquecer: 27 de novambro de 1935

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"Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia".
GENERAL WALTER PIRES

27 de nov. de 2010

Polícia prepara local para rendição de traficantes no Alemão

Depois do aviso do comandante-geral da Polícia Militar do Rio para que traficantes do Conjunto de Favelas do Alemão se entregassem, o relações públicas da corporação anunciou no início da tarde deste sábado (27) que já foi montado na comunidade um local para que sejam feitas as rendições.
Segundo o relações públicas, coronel Lima Castro, o local é na Rua Joaquim de Queiroz, esquina com a Rua Itararé, na Zona Norte do Rio. A polícia pede ainda que os criminosos que forem ao local cheguem desarmados ou com as armas acima da cabeça. Já está preparado também um lugar específico para levar os criminosos detidos. O coordenador do AfroReggae, José Júnior, está no local para ajudar no processo.
'Estamos do lado de fora por pouco tempo', diz comandante-O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, disse nesta manhã que a entrada da polícia no Conjunto de Favelas do Alemão pode acontecer a qualquer momento. "Estamos do lado de fora por pouco tempo", afirmou ele durante entrevista coletiva no 22º BPM (Maré).
“Não vamos recuar da decisão de pacificar o Rio. Estamos chegando aos momentos finais para alcançar os traficantes que estão no Alemão”, afirmou Duarte, que fez um apelo para que os traficantes se rendam: "Quem quiser se entregar, faça-o agora".
De acordo com ele, não há hipótese de os criminosos saírem bem sucedidos desta operação. Duarte disse ainda que não acredita ainda em uma união entre facções criminosas da Rocinha e da Vila Cruzeiro e garantiu que está mantendo o cerco para onde os bandidos possam fugir.Polícia encontra máquina de contagem de cédulasAinda nesta sábado, a polícia divulgou o balanço do número de apreensões na Vila Cruzeiro na sexta. De acordo com a assessoria da polícia, foram encontradas 6 metralhadoras, 4 espingardas, 39 tabletes de maconha, 220 papelotes, 111 sacolés e 15 tabletes de cocaína, uma bomba caseira, um colete a prova de balas, um uniforme camuflado, uma máquina de contagem de cédulas e uma bomba caseira.
Desde sexta, cerca de 800 homens do Exército cercam a favela, junto com policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Neste sábado, os agentes intensificaram as blitzes e revistas no local. Além de pedestres, veículos de passeio, táxis e até caminhões de lixo são revistados. Nesta manhã, era possível ouvir alguns tiros no local.
Homens do Exército apreenderam na região uma mochila com mais de 30 mil dólares, segundo o Comando Militar do Leste. Dois homens foram baleados após furarem o cerco policial no entorno da favela . Segundo a polícia, eles estavam envolvidos na queda de um helicóptero da polícia ano passado no Morro dos Macacos, também na Zona Norte da cidade, e seriam chefes do tráfico no local. As informações são da Polícia Militar.

26 de nov. de 2010

Forças Armadas ajudarão a buscar criminosos no Rio

A polícia do Rio de Janeiro, com reforço a partir desta sexta-feira também do Exército e da Aeronáutica, está se preparando para uma operação no conjunto de favelas do Alemão, para onde dezenas de criminosos armados fugiram após a ocupação policial da favela Vila Cruzeiro, afirmou uma autoridade da Secretaria de Segurança.
"Vai haver invasão ao Alemão no momento adequado. O foco hoje ainda é a Vila Cruzeiro, mas ir para o Alemão não está descartado. Estamos dependendo de informações do serviço de inteligência", disse a jornalistas o subsecretário de operações da secretaria, Robert Sá.O avanço pelas ruelas da favela Vila Cruzeiro de mais de 500 policiais na quinta-feira, a maioria transportada por veículos militares blindados da Marinha --que nunca haviam sido usados antes nos combates em favelas da cidade-- levou à fuga de dezenas de homens armados para a outra comunidade da Penha, na zona norte da capital fluminense.
De acordo com o subsecretário, o planejamento das autoridades de segurança do Estado prevê a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas duas comunidades, consideradas fortalezas da facção criminosa acusada de comandar uma onda de ataques a veículos e alvos policiais nas ruas da cidade desde domingo.
Apesar do policiamento reforçado, mais cinco veículos, incluindo um ônibus, foram incendiados na madrugada desta sexta, elevando para 96 o número de ataques desde tipo nos últimos dias. Ao menos 30 suspeitos morreram em confrontos com a polícia, além de uma jovem de 14 anos vítima de bala-perdida.
Sá afirmou que a polícia tem informações que ainda há criminosos escondidos dentro de casas de moradores da Vila Cruzeiro, e que as ações desta sexta-feira no local têm como objetivo localiza-los e prendê-los.
"Vila Cruzeiro e Alemão estão no planejamento para UPPs diante dos acontecimentos. Não estava nesse momento no nosso cronograma, mas essas operações são por tempo indeterminado e temos que analisar as oportunidades", disse o sub-secretário, que ainda ironizou a fuga em massa dos criminosos da Vila Cruzeiro para o Alemão.
"As imagens mostram traficantes covardes. Nessa hora eles correm... Eles são covardes, se urinam e fazem mal para os moradores", acrescentou Sá, referindo-se às imagens aéreas de TV que mostraram ao vivo a fuga dos homens armados durante a ação policial.
O subsecretário informou que os 800 homens do Exército cedidos pelo Ministério da Defesa pertencem à brigada de paraquedistas do Rio de Janeiro e vão ocupar os principais acessos às duas comunidades.
A estratégia é que apenas policiais entrem nas favelas, recebendo apoio logístico e de transporte aéreo e terrestre das Forças Armadas. Algumas ruas da Penha serão interditadas pela polícia em consequência das operações, que contam também com homens e equipamentos da Polícia Federal.
As Forças Armadas, que já tinham participado com fuzileiros navais e veículos blindados da Marinha na quinta-feira, vão colaborar também a partir desta sexta com os homens do Exército, dois helicópteros da Aeronáutica e dez blindados de transporte, além de equipamentos.
Policiais entraram na favela por volta das 13h e, por volta das 17h, chegaram ao topo do morro, depois de ocupar os principais pontos da Vila Cruzeiro.
“Depois de quarto horas de intensos combates, o Batalhão de Operações Especiais conseguiu dominar aquela região da Vila Cruzeiro que era o nosso alvo e vai permanecer naquele terreno agora por tempo indeterminado. Eu diria que nós não vamos sair mais”, disse o comandante.
Segundo Duarte, o uso de veículos blindados da Marinha ajudou. "Os equipamentos foram facilitadores desses confrontos. Os equipamentos, os carros blindados que nos apoiaram, os carros da Marinha. Poderiam ser combates muito mais duros, com um prazo muito maior, com um número de feridos muito maior. E esses veículos nos deram uma vantagem muito grande e pretendemos continuar usando esses equipamentos no futuro”, disse.

25 de nov. de 2010

Redesenho do Planalto prevê volta da Casa Militar

No processo de redesenho do Palácio do Planalto, a presidente eleita Dilma Rousseff poderá acabar com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) - órgão com diversas atribuições -, criado no governo Fernando Henrique Cardoso. Em seu lugar, poderá ser recriado o antigo Gabinete Militar ou Casa Militar. A ideia está em discussão porque ela gera um outro problema: redefinir para onde iria a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A Abin não poderia ficar na Casa Militar, pois a intenção é que ela tenha apenas a função de coordenar a segurança e as viagens da nova presidente da República.No dia 17 de dezembro, quando Dilma será diplomada, uma nova equipe de segurança já começará a trabalhar com ela, como um espelho do esquema que atende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comandado pelo general Gonçalves Dias. Para a segurança de Dilma foi designado o general de brigada Marco Antônio Amaro dos Santos, que atualmente comanda a 13.ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Cuiabá. Ele já serviu na Presidência da República e conhece o funcionamento da segurança do Planalto.Ainda não está definido quem comandaria a nova Casa Militar. Há divergências, inclusive, em relação ao posto do general que ficará à sua frente. Alguns interlocutores da presidente eleita defendem que a Casa Militar não pode ser um cargo de general-de-Exército, como é hoje, porque este é o mais alto posto da hierarquia da Força. Há quem defenda até mesmo um rodízio das forças no cargo, que tradicionalmente é ocupado pelo Exército. Desta forma, o chefe da Casa Militar poderia ser um oficial-general três estrelas e até um de duas estrelas, como já aconteceu no tempo dos governos militares. O novo chefe poderia perder o status de ministro que possui hoje, embora este seja mais um delicado assunto para ser tratado - desde o início do governo Lula, os militares têm perdido poder.Para que seja criada esta Casa Militar, o governo terá de encontrar outro lugar para pendurar a Abin, a Secretaria Nacional Antidrogas e a Secretaria de Acompanhamento e Estudos Institucionais, que cuida articulação "do gerenciamento de crises, em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional". Nos EUA, por exemplo, a área de inteligência do governo fica diretamente ligada ao presidente. Mas há uma grande preocupação de que este modelo se repita aqui e o presidente fique sem um anteparo para se proteger de problemas com a sua inteligência.

24 de nov. de 2010

Militares de MS adotam medidas contra cólera no Haiti

A base militar que abriga os três batalhões das forças de paz brasileiras no Haiti adotou medidas para evitar a disseminação do cólera entre os soldados que participam da missão, entre eles militares de Mato Grosso do Sul. Entre as medidas está a desinfecção de botas e dos pneus dos carros que circulam pelas ruas da capital Porto Príncipe. Assim que entram nas instalações dos três batalhões brasileiros, militares e visitantes precisam pisar sobre um tapete azul, encharcado com cloro e álcool. Já os veículos militares são parados no portão de entrada e têm seus pneus desinfetados com a mesma substância. Já o uso de álcool gel para a desinfecção das mãos, o tratamento da água usada pelo batalhão e a importação da comida e da bebida consumidas na base foram adotadas antes do surto da doença. Segundo o coronel José Carlos Avellar, que comanda o Brabatt 2, batalhão que conta com a maioria dos militares de Mato Grosso do Sul, por enquanto as medidas foram suficientes para manter a base militar livre da doença. Nenhum militar brasileiro foi infectado. Os soldados são orientados a não consumir nenhum alimento fora da base. Caso a epidemia se alastre por Porto Príncipe e os militares sejam levados a atender doentes nas ruas, haverá também um protocolo específico para essa situação. Ao todo, 636 militares de Mato Grosso do Sul participam das Forças de Paz no Haiti. Desses, 385 são oriundos das bases do Exército de Campo Grande.

21 de nov. de 2010

Lula ‘sugere’ a Dilma que mantenha Jobim na Defesa

Em conversa com a sucessora Dilma Rousseff, Lula “sugeriu” a manutenção de Nelson Jobim na cadeira de ministro da Defesa. Antes, o presidente sondou o próprio Jobim. Recolheu dele a impressão de que, convidado, topa permanecer.

Entre os argumentos que utilizou para interceder por Jobim, Lula mencionou o projeto de lei que institui a chamada “Comissão Nacional da Verdade”. Foi enviado ao Congresso em maio.

Prevê a constituição de um grupo para perscrutar as "graves violações de direitos humanos praticadas" durante a ditadura. Em tramitação na Câmara, só será apreciado em 2011, sob Dilma. O tema inquieta as Forças Armadas.

Lula enxerga em Jobim credenciais para evitar que o desconforto se converta na primeira crise da gestão de Dilma. Daí a sugestão que dirigiu presidente eleita.

Numa entrevista concedida três dias depois da eleição, Lula dissera, ao lado de Dilma, que não fizera nem faria indicações para o ministério de sua pupila. Afirmara que Dilma montaria uma equipe “com a cara dela”. Acrescentara: "A continuidade é da política, não das pessoas".

Referindo-se a si próprio, Lula emendara: "Rei morto, rei posto". Lorota. Em pelo menos três casos, o “rei (semi) morto” sugeriu nomes à rainha (quase) posta. Pediu por Guido Mantega. Dilma o antendeu. Convidado, Mantega aceitou gostosamente permanecer à frente da pasta da Fazenda.

Aconselhou a concessão de uma uma sobrevida a Henrique Meirelles. Nesse caso, não se sabe, por ora, se será acatado. Dilma conversará com o atual presidente do BC nesta semana. A ideia de mantê-lo no mesmo cargo não parece entusiasmá-la.

Por último, Lula sugeriu a preservação de Jobim, um dos seis representantes do PMDB na Esplanada. Para ele, o posto de titular da Defesa não é simples de preencher. Acha que, no exercício do cargo, Jobim granjeou o respeito dos militares.

Algo que o credencia para servir de anteparo entre Dilma e os comandantes do Exercito, Marinha e Aeronáutica. Lula elogia a forma como Jobim jogou água fria na fervura da Comissão da Verdade. A encrenca consta do PNDH-3 (3º Plano Nacional de Direitos Humanos).

O plano é uma espécie de carta de intenções. Sugere o envio ao Congresso de 27 projetos de lei. O que trata do resgate da “verdade” foi o primeiro da fila. Antes que o texto ficasse pronto, houve uma reação da farda.

Com o pé atrás, os militares enxergaram no PNDH-3 um viés “unilateral”. Falava em restabelecer a verdade sobre a “repressão política” patrocinada pela ditadura. Abstinha-se de mencionar, porém, os “excessos” cometidos pelos grupos que foram às armas contra os governos militares.

Jobim endossou as queixas, contrapondo-se ao colega Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), responsável pelo plano que abespinhara a tropa. Numa audiência com Lula, Jobim disse que a manutenção do texto inviabilizava sua permanência no ministério.

Em janeiro, o presidente editou um decreto apaziguador. Trocou a expressão “repressão política” por “violações de direitos humanos”. Ficou entendido que a investigação da “verdade” ganhou contornos “bilaterais”. Alcançaria os militares e também a guerrilha.

A despeito disso, o general Maynard Santa Rosa, chefe de Pessoal do Exército, levou à internet uma carta de conteúdo tóxico. Da web, o texto foi às páginas da Folha. O general Santa Rosa chamou a Comissão da Verdade de “comissão da calúnia”.

Mais: escreveu que seria composta por "fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime para alcançar o poder".

Sem titubeios, Jobim encomendou a Lula o escalpo do general. Com elogios ao ministro, o presidente levou a cabeça de Santa Rosa à bandeja, exonerando-o. Embora concordassem com Santa Rosa, os comandantes militares cuidaram para que não houvesse reação à decisão de Jobim.

Na sequência, o ministro zelou para que o projeto enviado à Câmara não fugisse ao “bilateralismo” reclamado por seus comandados. O texto prevê que a Comissão da Verdade poderá requisitar documentos sigilosos. Mas proíbe a divulgação.

Estendeu a apuração das "violações de direitos humanos" ao período de 1946 e 1988. Com isso, evitou-se caracterizar a iniciativa como algo dirigido ao regime de exceção inaugurado em 1964.

A proposta fala em "efetivar o direito à memória e à verdade histórica” não para retaliar, mas para “promover a reconciliação nacional". Uma redação que denota submissão à Lei da Anistia, como querem os militares.

De resto, não há no projeto vestígio da expressão "repressão política", que, para desassossego dos militares, era repisada 12 vezes no PNDH-3. Livre dos dois vocábulos, o projeto assegura que as investigações alcançarão os dois lados –os desatinos cometidos pela ditadura e também os praticados esquerda armada.

Chegou-se a um ponto de equilíbrio que tem na figura de Jobim uma espécie de fiador. E Lula imagina que, mantendo o ministro, Dilma renderá homenagens à moderação, protegendo-se de reações que possam advir do debate aceso que certamente haverá no Congreso.

18 de nov. de 2010

Cólera chegou ao Haiti por meio de um só infectado, acreditam cientistas

A epidemia de cólera que matou pelo menos 1.110 pessoas e deixou milhares de infectados no Haiti é parte de uma pandemia global da doença que já dura 49 anos, e possivelmente chegou ao país por meio de uma única pessoa infectada, disseram cientistas nesta quinta-feira (18).
O clima continua tenso no país por conta da expansão da epidemia, em meio ao caos de infraestrutura causado pelo terremoto de 12 de janeiro. Jovens moradores confrontaram soldados da ONU na capital, Porto Príncipe, nesta quinta.
A epidemia no país pode facilmente piorar, a despeito dos esforços para controlá-la, disseram o Centro de Controle de Doenças dos EUA e a Organização Panamericana de Saúde.Muitos haitianos culpam tropas da ONU por terem trazido a doença para a ilha, que ainda tem 1,5 milhão de desabrigados pelo terremoto. Motins contra os soldados estrangeiros no norte do país acabaram atrapalhando os trabalhos das autoridades sanitárias.
A cepa presente no Haiti é muito semelhante à que circula no sul da Ásia, o que gerou a suspeita de que soldados nepaleses tivessem levado a doença, algo que a ONU nega.
O cólera se espalha quando a bactéria tem contato com a água, geralmente via dejetos humanos.
O Haiti não tinha casos do cólera havia quase um século, mas especialistas alertam que ele tinha condições quase perfeitas para desenvolver a doença: falta de saneamento, pessoas obrigadas a defecar ao ar livre, cidades populosas, chuvas torrenciais e falta do acesso a água tratada.
Testes genéticos feitos com bactérias encontradas em doentes reforçam a tese de que a epidemia no país tem uma única fonte, segundo os cientistas.
Esta pandemia, de acordo com eles, teria começado há 49 anos na ilha de Sulawesi, na Indonésia, e foi a mais longa e mais ampla da história.
'O rumo da epidemia de cólera no Haiti é difícil de prever', concluíram os pesquisadores. 'A população haitiana não tem imunidade pré-existente ao cólera, e as condições ambientais no Haiti são favoráveis à sua contínua difusão.'
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve em 2009 um total de 221.226 casos confirmados de cólera no mundo, com 4.946 mortes, em 45 países. Mas há suspeitas de que o número real seja bem superior.
ConfrontosVárias centenas de jovens haitianos atacaram os capacetes azuis da ONU com pedras e levantaram barricadas no centro de Porto Príncipe, durante uma manifestação motivada pela epidemia.
Os jovens atacaram os soldados da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) que se encontravam atrás de uma caminhonete descoberta.
Os manifestantes, que se reuniram na praça do Campo de Marte, bem perto do Palácio presidencial, gritavam slogans em creole tais como "A Minustah nos trouxe o cólera". Um cartaz em creole também indicava "A Minustah joga excrementos na rua". Os jovens tentavam chegar até a sede da missão da ONU.
Um homem morreu na véspera por disparos, e várias pessoas ficaram feridas depois de choques entre capacetes azuis e manifestantes em Cap-Haitien, norte do país.
República DominicanaA República Dominicana restringiu o controle migratório em sua fronteira com o Haiti em um esforço para evitar a propagação da doença, informaram as autoridades dominicanas nesta quinta-feira.
O governo do presidente Leonel Fernández ordenou que se impeça que os haitianos voltem à República Dominicana após visitar seu país e suspendeu temporariamente a contratação de nova mão-de-obra haitiana, para o qual reforçou a vigilância militar na fronteira de cerca de 400 quilômetros de extensão.
A medida é acompanhada por controles sanitários severos e pela suspensão do ativo comércio informal fronteiriço, adotados logo depois da detecção do primeiro caso de cólera no haitiano Wilmo Lauref, de 32 anos, após uma viagem de férias em outubro a seu país.
Quando ele retornou à República Dominicana, em 12 de novembro, apresentou sintomas da doença e desde então permanece isolado num centro hospitalar da cidade de Higuey, 147 quilômetros a leste de Santo Domingo.GENS 78 O FAM JÁ COBRE TERREMOTOS NA MISSÃO DE PAZ DE NOSSOS MILITARES OU SÓ PODEREMOS IR PARA MISSÕES NO EXTERIOR VERIFICANDO O QUE O NOSSO SEGURO COBRE??????POSSO VISITAR O CHILE,ESTOU NA RESERVA TENHO O FAM NORMAL E O ESPECIAL????????QUANDO VAMOS TER COBERTURA TOTAL?????? VAMOS MUDAR ISTO!!!!!!

16 de nov. de 2010

NÃO, JORNALISTA! A TORTURA NÃO É HERANÇA MALDITA PARA OS ATUAIS COMANDANTES!

AMIGOS,

REPASSANDO PARA CONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E REFLEXÃO

A quem interessar possa!

AUTOR: MÁRCIO MATOS VIANA PEREIRA- CEL REF EB

Alguns jornalistas desfrutam de relativa fama de bons analistas políticos, em razão de serem tidos por progressistas, rótulo dado àqueles que acreditaram, por ingenuidade ou miopia, na utopia da doutrina comunista.

Os militares, vitoriosos da Guerra Revolucionária travada em forma de guerrilhas urbana e rural, se descuidaram em relação à comunicação, essencial para a conquista psicológica da população. Como conseqüência, na mídia, nas universidades, nos sindicatos e entre os formadores de opinião, a verdade dos fatos para a História foi sendo continuamente deturpada, ao longo dos anos, aproveitando o mutismo dos vencedores.

Aqueles que na clandestinidade traíram a pátria; seqüestraram Autoridades; assaltaram bancos; praticaram atentados contra quartéis; roubaram armas e munições; mataram militares e civis inocentes; detonaram explosivos em vias públicas ferindo transeuntes; assassinaram companheiros como justiçamento, e praticaram torturas física e moral, intrínseca nos crimes de seqüestros, foram transformados em heróis.

Os sobreviventes da luta armada, terroristas que em ações ensandecidas destinadas a implantar o comunismo no Brasil, em razão da Lei da Anistia, se deram muito bem, pois, hoje, como figurões do Governo petista, desfrutam de indenizações milionárias concedidas por uma espúria Comissão que, sem a menor noção de decoro e de imparcialidade, impunemente tem praticado extorsão contra o Tesouro Nacional

Enquanto os militares que representavam e defendiam o Estado e a lei foram transformados em vilões e comparados a nazistas, estuprando a História urdiram a versão bisonha de lutarem pela restauração da Democracia, versão felizmente já desmentida, inclusive pelas declarações e entrevistas de alguns ex-participantes de organizações terroristas.

É lamentável, e denotativo de mediocridade e de total falta de imaginação, a freqüência inoportuna e monótona como jornalistas retornam ao assunto tortura, que já não sensibiliza, motiva ou revolta os leitores, face o abuso da repetição nada mais acrescentar ao desgastado tema.

Agora, após a tentativa fracassada, do medíocre Ministro Tarso Genro, de tentar julgar e apenar o crime de tortura, do qual são acusados os militares, olvidando toda uma série de crimes sórdidos e hediondos praticados pelos terroristas. vem o jornalista Elio Gaspari de publicar um Artigo intitulado: " A tortura é a verdadeira herança maldita".

Arvorando-se de intérprete do pensamento dos brasileiros e de conselheiro dos atuais Chefes militares, numa tentativa ridícula de lançar a discórdia e a insídia no meio castrense, escreveu Gaspari: "Os comandantes militares precisam aprender a conviver com os crimes de seus antecessores" . Em outro trecho afirma: "Os comandantes militares carregam na mochila crimes alheios.

(A tortura,assim como o seqüestro, pode ter sido coberta pela anistia, mas crime foi). Não são as vítimas, nem seus parentes que devem calar. São os comandantes que devem se acostumar ao convívio com a história."

Não, jornalista! Felizmente, nem os Comandantes atuais, nem os demais militares pensam assim, estando atentos, pois, hoje, como os seus antecessores faziam, acompanham, analisam e interpretam a conjuntura em todas as expressões do Poder Nacional, tendo um exato conhecimento do momento nacional, bem como dos reais fatos ocorridos no passado, razão de não se deixarem levar ou impressionar por factóides gerados para produzir determinado efeito político, nem por artigos, traduzindo opiniões de analistas que gravitam na mediocridade, sem credibilidade alguma, por faltar-lhes seriedade e imparcialidade nas análises consubstanciadas nos artigos que assinam, sobrando-lhes em facciosidade o que lhes falta em credibilidade, virtude indispensável ao mais bisonho dos jornalistas.

Não, jornalista Gaspari! Os Comandantes sabem que a Revolução de 64 evitou que não apenas o Brasil, mas, todo o Continente da América do Sul sucumbisse à agressão comunista. Sabem que os ex-Comandantes salvaram os brasileiros do infortúnio, desenvolveram o país e tentaram, pelo exemplo, reciclar moralmente a Pátria. Sabem que os cinco militares no exercício da Presidência da República foram honrados e dignos, sendo o patrimônio legado aos familiares inequívocas provas de honestidade, razão de nenhum haver tido o nome atrelado à corrupção. Sabem, também, da não existência de nenhuma instrução, ordem ou documento autorizando, permitindo ou recomendando a tortura como forma ou instrumento de luta revolucionária.

Não, jornalista! Os Comandantes, como os demais brasileiros não estão interessados em fatos ocorridos faz décadas, pois sabem que os militares representavam e defendiam o Estado agredido por fanáticos traidores da Pátria. Sabem que os seus antecessores, companheiros de farda e de ideal, lutaram em defesa da Democracia, da liberdade e da filosofia de vida reinante no mundo ocidental. Sabem que, mesmo exagerando, o somatório do total de mortos dos dois lados, em razão da guerra revolucionária travada, não chegou a 500, número bem menor, se proporcionado à soma das vítimas do crime organizado num trimestre, apenas no eixo Rio- São Paulo. Sabem que a classe militar, faz anos, é vítima de revanchismo e de discriminação, tendo os Ministérios militares sido arbitrariamente prejudicados na operacionalidade, por terem sido submetidos a uma inanição orçamentária sem precedentes.

Não, jornalista! Os Comandantes não estão querendo um furo jornalístico seu, informando, por exemplo, o que a Ministra e ex-terrorista Dilma fez com o dinheiro proveniente do assalto e furto do cofre do falecido Ademar de Barros, pois isso pertence a um passado anterior à Anistia, além do que, sabem faltar-lhe tutano para tanto.

Cooperando com o jornalista, opino que deva se atualizar no tempo, pois fato ligado ao período revolucionário não mais é herança maldita, pois, tudo já é do conhecimento do leitor.

Os leitores estão interessados não é em heranças, mas, em fatos malditos que maculam a imagem do Governo petista, ex- guardião da honra, da decência e da moralidade. O que a Nação almeja saber, é qual foi o exato envolvimento do presidente Lula no escândalo do mensalão. Na era petista denúncias em forma de escândalos são sucessivas. Que tal procurar esclarecer a verdade sobre as acusações de corrupção que teriam enriquecido o filho do presidente Lula?

Não, jornalista! O ontem é passado! O hoje, por ser presente, é o que importa! Herança maldita já é História e apenas serve para reciclar a memória. Fato maldito, ao contrário, é ato doloso de um Governo corrupto, cujo prosseguimento, para ser impedido, requer ação de todos os seguimentos vivos da Nação. Já que os atuais Comandantes não se sentem atingidos, nem prejudicados por nenhuma herança maldita legada pelos antecessores, sugiro que escreva algo de realmente útil, clamando pela apuração dos despudorados fatos malditos, consubstanciados nas vergonhosas maracutáias que estigmatizam e enlameiam o Governo do apedeuta Lula da Silva.-- OBE FAINZILBER "OU FICAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL"

Colaboração - 1148 - MARCIO

11 de nov. de 2010

Nó logístico é entrave à expansão da Amazônia

A mudança geográfica do agronegócio e o desenvolvimento das regiões mais afastadas do Sul do País criaram um nó logístico no Brasil. Sem infraestrutura adequada - quase inexistente -, os Estados da chamada Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia, Maranhão e Tocantins) têm sido obrigados a fazer malabarismo para tirar ou trazer produtos para a região.
Calcula-se que, apenas nesses Estados, os gastos com transporte logístico representem R$ 17 bilhões por ano. Se nada for feito para criar novas rotas de transporte, esse número poderá saltar para R$ 33,5 bilhões na próxima década, conforme trabalho feito pela consultoria Macrologística a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) por meio da Ação Pró-Amazônia, que inclui as federações dos Estados da Amazônia Legal.
De acordo com o estudo, que demandou um ano de trabalho, o setor mais atingido pela precariedade da infraestrutura é o agronegócio de Mato Grosso - maior produtor de grãos do Brasil. Enquanto o mais lógico (e econômico) seria escoar a produção de grãos pelos portos do Norte, uma parte significativa da produção desce para os terminais do Sul e Sudeste do País, percorrendo centenas de quilômetros (km) de estrada.
Cerca de 12% dos grãos produzidos na região de Lucas do Rio Verde, no norte mato-grossense, são exportados via Santos, Paranaguá e Vitória.
O estudo exclui os grãos que são esmagados na região e representam 39% da produção local. Mais tarde, no entanto, depois de passar pelo processo de industrialização, boa parte do farelo e do óleo de soja segue para os portos do Sul e Sudeste rumo ao exterior.
De Lucas do Rio Verde, a produção percorre 2.008 km de caminhão até Santos - rota mais usada pelos produtores locais. Mesmo quem opta pelo transporte ferroviário não escapa das estradas esburacadas. A carga tem de percorrer 547 km de caminhão e depois seguir 1.280 km de trem. Para Vitória, o percurso é ainda mais longo: são 1.424 km de ferrovia e 1.289 km de caminhão.
As alternativas existentes hoje para escoar a produção pelos portos do Norte também não são nem um pouco atrativas. Se decidir usar o Porto de Itacoatiara - caminho preferido na rota norte -, o produtor terá de usar 1.577 km de estrada e 1.100 km de hidrovia.
Apesar disso, trata-se da rota mais econômica: R$ 190 por tonelada até o Porto de Roterdã, na Europa. A mais cara é o transporte de caminhão via Paranaguá, que custa R$ 238.
"Nossa logística é péssima, mas o potencial de crescimento é enorme. Em dez anos o volume de investimentos deve se multiplicar por dez", afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado Santos.
De acordo com Santos, atualmente, os Estados do Norte importam mercadorias do Sul por falta de conexão regional. Na média, as mercadorias demoram 30 dias para chegar na região.

Panorama
R$ 17 bi
é o gasto estimado por ano com transporte dos Estados da chamada Amazônia Legal
R$ 14,1 bi
é quanto o País teria de investir em 71 projetos diferentes para melhorar a logística desses Estados
11%
seria a redução desses custos se os investimentos necessários fossem feitos

9 de nov. de 2010

8 de nov. de 2010

Bancos estatais patrocinam evento de juízes em resort

Empresas públicas e privadas patrocinarão nesta semana encontro de juízes federais em luxuoso resort na ilha de Comandatuba, na Bahia, evento organizado pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), informa reportagem de Frederico Vasconcelos, publicada nesta segunda-feira pela Folha .Segundo a reportagem, cada magistrado desembolsará apenas R$ 750. Terá todas as despesas pagas, exceto passagens aéreas, e poderá ocupar, de quarta-feira a sábado, apartamentos de luxo e bangalôs cujas diárias variam de R$ 900 a R$ 4.000.
A diferença deverá ser coberta pela Caixa Econômica Federal (com patrocínio de R$ 280 mil), Banco do Brasil (R$ 100 mil), Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (R$ 60 mil), Souza Cruz, Eletrobras e Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial). Os três últimos não quiseram informar o valor pago pelo patrocínio.
OUTRO LADO
A Ajufe informa que "em todas as oportunidades anteriores adotou o mesmo modelo de encontro, concentrando os seus esforços de organização para proporcionar o debate de temas importantes para o Poder Judiciário e para a sociedade brasileira".
Segundo a diretoria da Associação dos Juízes Federais do Brasil, o encontro é "financiado em grande parte pela própria Ajufe e por seus associados, que arcam com passagens aéreas"."Serão debatidos desde temas corporativos a matérias de grande relevância para a sociedade, como combate à impunidade", diz a entidade.
"Em toda a sua história a Ajufe sempre se pautou pela ética na obtenção de patrocínios", afirmou o presidente, Gabriel Wedy, numa de suas primeiras entrevistas após assumir o cargo, em junho. "É difícil realizar evento sem patrocínio e precisamos dessas ocasiões para trocarmos ideias, mas não podemos nos curvar a patrocinadores e entender isso como troca de favor, o que é inadmissível", disse, na ocasião.
Alísio Vaz, vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes, diz que a entidade apoia o evento há mais de dez anos. Ele diz que "o Sindicom busca aproximação com juízes para dar esclarecimentos a respeito de ações de empresas que contestam na Justiça normas da ANP [Agência Nacional do Petróleo] e desequilibram o mercado".
A Souza Cruz informa que seu patrocínio, "feito em plena conformidade com a lei, tem o objetivo de contribuir com o debate do pensamento jurídico nacional". O Etco informa que "entende como importante apoiar iniciativas que visem a melhoria dos serviços judiciários no país". A Eletrobras afirma que foi procurada pela Ajufe e "ainda está avaliando a concessão de patrocínio". A Caixa e o Banco do Brasil confirmam as contribuições, mas não comentam o apoio.

6 de nov. de 2010

Nota de Falecimento - Revolução Democrática de 31 de Março de 1964.

Curitiba, 5 de novembro de 2010.

Nota de Falecimento Com a entrada no ar, no último dia 3, do novo portal do Exército Brasileiro na Internet, veio a ser definitivamente sepultada a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964. Nos dois únicos locais onde ela podia ser vista naquele site era na sinopse histórica da Força Terrestre e na relação das datas festivas e comemorativas - lá ela já não está mais. É bem verdade que a coitada já de algum tempo vinha dando sinais de que seria "riscada" da História, a fim de não criar arestas com o poder dominante. Segue agora rumo ao esquecimento, onde se juntará à Intentona Comunista de 1935 e à Guerrilha do Araguaia. Afinal, não passam de apenas "factóides" criados pela mente deturpada de chefes militares da época e pelos quais muitos de nossos irmãos de armas - bestas que foram - cumpriram seu juramento à bandeira, dando a vida em defesa da honra, da integridade e das instituições do Estado Brasileiro.

Não queria crer que fosse simples assim apagar episódios da História Militar brasileira, mas o foi. Lembra aquela conhecida figura de uma cobra, em posição circular, abocanhando o próprio rabo, ou seja, comendo-se a si mesma. Quero ver agora como é que se vai fazer com a denominação histórica atribuída `a 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, com sede em Juiz de Fora/MG e que, mediante portaria do Comando da Força - recebe a denominação de "Brigada 31 de Março". Outra coisa chatinha de se lidar vai ser com a série de outras denominações relacionadas com personagens que se destacaram na Revolução, como o Marechal Castello Branco, por exemplo, pois há várias homenagens a ele em repartições do Exército e essas honrarias, não obstante ter-se destacado na Força Expedicionária Brasileira (FEB), ele as obteve por sua oportuna intervenção nas ações de preparação e condução da Revolução que ora se quer esquecer.

E a ponte Presidente Costa e Silva, a Rio - Niterói? Quando formos perguntados por que ela recebe esse nome diremos o quê? Que é uma homenagem a um militar que deu sua vida por uma revolução que não existiu? Corrijam-me os companheiros se eu estiver delirando: Não fomos formados todos pensando que o Brasil tinha salvado-se a si mesmo em 1964? Se a coisa aconteceu assim, quer dizer que fui, por muitos anos, iludido sobre um fato histórico que não aconteceu? Sendo assim, será que posso acionar a União na Justiça por danos morais devido a ter-me proporcionado uma formação equivocada que hoje me torna um "deslocado" da sociedade politicamente correta? Sim. Um "deslocado", pois, a todo ano estarei em algum lugar relembrando as datas de nascimento daquelas senhoras: a Intentona Comunista de 1935, a Revolução Democrática de 1964 e a Guerrilha do Araguaia. Meus sentimentos às pessoas ligadas às falecidas e que em algum momento deram suas vidas por elas.

Jorge Alberto Forrer Garcia - Coronel da ReservaCuritiba/PR

2 de nov. de 2010

Tradições da nossa querida AMAN

PROFESSOR mailto:ramirez.aman@gmail.com] Envio a pesquisa que estou fazendo para publicar um artigo sobre a nossa Academia, que fará 200 anos em 2011...abs Tradições da AMAN
O Marechal José Pessôa Cavalcante de AlbuquerqueNo agitado ano de 1930, José Pessoa comanda o 3o. Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha.Em julho é assassinado João Pessoa, seu irmão, presidente da Paraíba e candidato a vice-presidente da República, com Getúlio Vargas, na chapa da Aliança Liberal. É o estopim da revolução.José Pessoa dela participa. Aproveitando a experiência adquirida na Faculdade de Direito de São Paulo, substituiu a guarnição do 3o. RI por civis que treinara militarmente.Legítimo representante da Revolução de 30, assume nos primeiros dias de 1931 o comando da Escola Militar do Realengo. Em sua primeira ordem do dia, expõe em linhas gerais o projeto de mudança da Escola: "Reuni a necessária documentação para funamentar a remodelação integral por que passará a Escola Militar: West Point, Saint-Cyr, Sandhurst serão os moldes de onde sairão as linhas gerais de vossa formação militar...A formação do oficial brasileiro, em seu primeiro lance na Escola Militar, terá como base a educação física, como meio, a cultura geral científica e, como fim, a mais rigorosa preparação profissional".Jeovah Mota, que foi aluno da Escola Militar do Realengo, destaca que o Marechal tinha grande preocupação com a limpeza do cadete: limpeza no sentido físico, moral e social, Note-se que as condições higiênicas do Realeno eram más, devido à frequente falta de água.Por decreto de 21 de agosto de 1931, é criado o Corpo de Cadetes, restabelecendo a antiga denominação que fora abolida pela República, em 1889.Em 25 de agosto - aniversário de Caxias - é feita a entrega do Estandarte distintivo do Corpo de Cadetes. No estandarte já aparece o Brasão D´Armas, com o perfil estilizado das Agulhas Negras, em fundo dourado.

O uniforme "Azulão", assim como a barretina de 1852 e o cordão com palmatória e borlas, que serviam no Império para distinguir os diferente anos dos alunos, é também resgatado.

Uma cópia fiel reduzida da espada de campanha do Duque de Caxias, símbolo da honra militar, passou a distinguir o cadete.

Em sua ordem do dia, destaca o Coronel José Pessoa: "O privilégio do Colégio Militar para o ingresso no Realengo desaparece. Todos os meios sociais podem concorrer ao ingresso, por isso que somente 60% das vagas são reservadas para oriundos do Colégio Militar. De outro modo, a repartição das vagas anuais pelas três fontes reconhecidas idôneas - os Colégios Militares, os institutos secundários de ensino e os corpos de tropa - conduzem, como é natural, à seleção física, moral e intelectual dos candidatos.


Classificação rigorosa por merecimento e média geral cinco de base asseguram a seleção intelectual. Extrato dos assentamentos do candidato permitem o controle moral dos pretendentes. Por fim, o atestado prévio de sanidade e rigorosa inspeção física de entrada afirmam a capacidade física dos concorrentes".

Em 12 de dezembro de 1949, já na nova Escola em Resende, recebe uma homenagem, por ocasião de sua passagem para a reserva. Comovido agradece: "Meu coração de soldado jamais vibrou tão intensamente como hoje. A Academia Militar das Agulhas Negras foi meu sonho supremo, e me sinto feliz ao vê-lo concretizado".









A construção da Academia Militar das Agulhas Negras





Vitoriosa a Revolução de 30, cabe ao governo Getúlio Vargas a decisão de mudar a escola militar do Rio de Janeiro para outro local.

Duas fases distintas apresenta a evolução de tão grandioso empreendimento.

De 1931 a 1934, é a atuação decidida do Coronel José Pessôa Cavalcanti de Albuquerque, então Comandante da Escola Militar do Realengo. Ele é o autor da idéia e seu grande propugnador, Sob sua presidência foi então organizada uma Comissão com vinte oficiais de todas as Armas, para escolher o local, dar parecer e providenciar o projeto e as obras.

Escolha do local

Como presidente da Comissão Executiva para a Construção da Nova Escola Militar, o Cel José Pessoa saiu à procura de local, em fevereiro de 1931. Num domingo, um acidente de automóvel o detém na estrada velha Rio - São Paulo. Aproveita para uma visita ao município de Resende. E é então que se fixa, pela primeira vez, no majestoso maciço de Itatiaia, onde se destacam, soberbas, as Agulhas Negras. Após muitos estudos e visitas a várias outras regiões, a Comissão escolheu a cidade de Resende para sediar a nova Escola Militar. O acidente de automóvel, que fizera com que o Cel José Pessoa viesse a Resende, fora providencial. Nenhum outro local reunia tão boas condições: amplo local para a construção, área para campo de pouso e campo de aviação maior na cidade, terreno variado e suficiente para treinamento e tiro, rio próximo, clima ameno e local quase equidistante das duas grandes cidades e convergência de três dos maiores estados do país. A antiga fazenda do Alambarí, onde funcionava o Horto Florestal do Ministério da Agricultura foi o terreno inicialmente escolhido.Foi então solicitado ao Serviço Geográfico e Histórico do Exército um levantamento aerofotogramétrico dos terrenos da fazenda.


O primoroso trabalho realizado serviu de base para a Comissão Construtora.

No concurso realizado para a execução da obra foi vencedor o arquiteto Raul Penna Firme.

Executado e apresentado à Comissão em 1932, o projeto teve que sofrer ligeiras modificações oriundas da necessária adaptação aos terrenos da fazenda do Castelo, contíguos ao Horto Florestal e julgados possuidores de condições mais vantajosas.

Nessa ocasião foi obtida, por intermédio do então coronel José Pessoa, a cooperação do Estado do Rio de Janeiro, a qual consistiria, conforme desejo do então interventor Comandante Ari Parreiras, na aquisição da fazenda do Castelo e respectiva doação ao Exército, como contribuição do estado fluminense.


É natural que tão vultoso empreendimento provocasse entre seus organizadores, a concepção cuidadosa de planos de financiamento de alta envergadura, cogitando-se até no aproveitamento de alguns milhares de sacas de café, então destinadas à incineração.

Grandes modificações na alta esfera administrativa fizeram ruir por terra todos os planos até então concebidos com tanto entusiasmo e pertinácia. Entra o ano de 1934, e daí em diante paralisaram os trabalhos da referida Comissão, embora jamais tivesse o Cel Pessôa deixado de insistir, por todas as maneiras, principalmente pela imprensa, afim de que fossem retomados os trabalhos e concretizada a idéia lançada por ele em 1931.Em 1933, foi programado o lançamento da pedra fundamental. Essa solenidade foi suspensa na véspera. Na noite de 28 de outubro de 1933, o Cel José Pessoa, sozinho e profundamente emocionado - segundo o relato do arquiteto Dr. Penna Firme - plantou ao lado da sede da Fazenda do Castelo uma lasca de rocha das Agulhas Negras, de cerca de 50 x 60 cm.A mudança de planos deveu-se à idéia de que seria inconveniente a formação do oficial em um local com todos os recursos e requintes, contrastando com a realidade da maioria das cidades. Em 1937, corria a gestão do General Manuel Rabelo como Diretor da Engenharia do Exército. Aí pôde ele imprimir grande impulso às obras militares, Dentre as inúmeras que tomou a peito levar avante sobressai a nova Escola Militar.No dia 2 de setembro de 1937, o General Eurico Gaspar Dutra, Ministro da Guerra, designa uma Comissão para escolher definitivamente o local da nova escola.Em fevereiro de 1938 a Comissão composta pelo Cel Luiz Sá de Affonseca, Ten Cel Abacilio Fulgêncio dos Reis e pelo Cap Amaury Kruel, escolheu os terrenos outrora denominados "Horto florestal" e "Estação da Monta" pertencentes ao Ministério da Agricultura e, em parte, ocupados pelo Ministério da Guerra, que neles havia construído um modesto campo de pouso para seus aviões aturarem na Revolução de 1932, circunvizinhos à cidade de Resende, RJ, para a localização da futura Escola Militar.Em 29 de julho de 1938, com a presença do Presidente Getúlio Vargas, foi lançada a pedra fundamental no local da construção."Estou certo de que cada cadete ao penetrar nos seus humbrais sentir-se-á elevado pela própria imponência e pela própria suntuosidade do edifício monumental onde vai efetuar seus estudos" - foram algumas das palavras proferidas na ocasião pelo Presidente da República.Decidida a escolha de Resende, pelo Decreto - Lei no. 370, de 11 de abril de 1938, foi criada a Comissão Construtora da Nova Escola Militar (CCNEM), em 4 de julho a qual se instalou no Campo das Sementes e Horto Florestal de Resende, ainda em julho desse ano, sob chefia do Ten Cel Waldemiro Pereira da Cunha.Por aviso ministerial no. 201 de 16 de Janeiro de 1940, foi extinta a CCNEM criando-se então a Comissão Especial de Obras de Piquete e Resende, sob a chefia do Gen Bda Luiz Sá de Affonseca.Nessa época foi também desapropriado o terreno onde hoje fica o Aeroporto de Resende, a três quilômetros do centro da cidade.

Curiosidades:1.A construção foi orçada em 600.000 contos de réis;2.Foram fincadas 1054 estacas Franki, que se unidas alcancariam um comprimento de 8.500 metros;3. Pé direito da biblioteca Mal José Pessoa: 9 m;4. Pé direito do refeitório de cadetes: 10 m;5. Pé direito do cinema antigo, atual Anfiteatro Gen Médice (AGM); 18 m;6. efetivo previsto na obra - 12 dormitórios por pavimento x 3 pavimentos x 5 alas = 180 dormitórios (apartamentos), com 8 cadetes cada, comportando um efetivo de 1440 cadetes.7. Por dificuldades financeiras, a AMAN quase foi construída na cidade de Petrópolis, em terreno doado, no qual foram feitos estudos preliminares.8. A idéia da mudança permaneceu "congelada" até 1937.9. O industrial Henrique Lage ofereceu à Academia todo o mármore a ser utilizado na construção. Por esse motivo é considerado o cadete número um e recebeu o primeiro espadim da nova Academia.10. As duas colunas que compõe o Portão Monumental simbolizam as colunas de Hércules, representando o esforço a que estão sujeitos os que se destinam à carreira das Armas.11. Há três portões; um menor à esquerda de quem entra, que só é aberto uma vez por ano, sendo a entrada dos novos cadetes; um maior ao centro, que serve de entrada principal e outro, menor, à direita de quem entra, que só é aberto uma vez por ano, para a saída dos novos aspirantes a oficial, formados nos quatro anos de escola.12. No portão de entrada dos novos cadetes há uma placa de bronze com os nomes dos integrantes da primeira guarnição de guarda, nos dias 11 para 12 de março de 1944.13. O Campo que se descortina logo após a entrada é chamado Campo de Marte, a mesma denominação do Realengo, simbolizando o campo onde os soldados romanos treinavam em homenagem a Marte, o deus da guerra.14. Ladeando a Av do Exército - entrada da Academia - há canhões oriundos da guerra da Tríplice Aliança e da II Guerra Mundial.