28 de fev. de 2014

FAB diz que há compromisso com Suécia para empréstimo de caças

Aviões Gripen C/D supririam carência enquanto aeronaves de nova geração não são entregues

Terra
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O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, disse nesta quinta-feira, no Senado Federal, que há um compromisso entre o Brasil e a Suécia por um empréstimo de 10 a 12 aeronaves para suprir a carência de caças até a chegada dos Gripen NG, que o governo brasileiro decidiu comprar da sueca Saab. Embora não tenha dado o empréstimo como confirmado, Saito diz já ter recebido a oferta para que pilotos brasileiros treinem na “aeronave tampão”, o Gripen C/D.
“Já há um compromisso da Força Aérea e da Defesa sueca em proporcionar esse tipo de apoio”, disse o comandante, em resposta a uma pergunta do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Questionado na saída da reunião sobre o empréstimo, Saito disse que há possibilidade de os caças emprestados chegarem em 2016, mas que o acordo ainda não estava fechado. “Isso está sendo tratado com bastante reserva, mas se isso for possível, (será) no início de 2016. Vamos ver”, afirmou o comandante, que foi ao Senado para audiência pública sobre a compra dos aviões.

Os caças comprados pelo Brasil só devem chegar no fim de 2018 e passarão a integrar a frota entre 2019 e 2020. A aquisição de 36 Gripen NG foi anunciada em 18 de dezembro do ano passado, em um contrato no valor de US$ 4,5 bilhões. A aeronave era finalista do projeto de renovação de caças junto do francês Rafale (Dassault) e do americano  F-18 Super Hornet (Boeing). A empresa sueca foi considerada a que apresentou melhor oferta de transferência de tecnologia e custo mais baixo.

A necessidade do Brasil em obter caças emprestados existe pela aposentadoria dos caças Mirage, no ano passado. Até a possível chegada dos Gripen C/D, uma versão inferior aos 36 adquiridos pelo governo brasileiro, a FAB terá de usar o F-5, uma aeronave de ataque ao solo, para fazer a defesa aérea brasileira. “Naturalmente não seria uma aeronave ideal, mas cumpriremos da melhor maneira possível”, disse Saito.

26 de fev. de 2014

Venezuela sofre onda de saques em Aragua, Táchira e Zulia

Protestos já deixaram 14 mortos, 140 feridos e 45 detidos.
Presidente da associação comercial lamentou violência.

Da France Presse
Manifestantes sobem em conteiner para protestar contra Nicolás Maduro na capital de Tachira, na Venezuela. (Foto: Luis Robayo/AFP)Manifestantes sobem em conteiner para protestar contra Nicolás Maduro na capital de Tachira, na Venezuela. (Foto: Luis Robayo/AFP)
Uma onda de saques abalou na madrugada desta terça-feira (25) algumas cidades dos Estados de Aragua, Táchira e Zulia, no Centro e no Leste da Venezuela, informaram as autoridades locais, após três semanas de protestos que deixaram 14 mortos.
"Durante a noite, grupos armados e violentos atacaram propriedade privada e destruíram algumas lojas", informou o governador do estado de Aragua, Tareck El Aissami.
O Ministério Público confirmou uma morte em Aragua, de uma pessoa que foi baleada, mas não esclareceu se o incidente ocorreu durante protestos ou em um assalto comum.
O presidente da associação empresarial Fedecámaras no Estado de Táchira, Daniel Aguilar, lamentou que apesar da militarização decretada pelo presidente Nicolás Maduro, "nas ruas permanecem pessoas desconhecidas saqueando pontos comerciais e empresas".
No Estado de Zulia, o diretor da polícia de Maracaibo, José Alcalá, informou que 23 pessoas foram detidas por tentativa de saque a oito pontos comerciais.
"Não queriam apenas roubar os artigos, mas também queimar os carros da Polícia de Zulia", destacou Alcalá.
Três semanas de protestos na Venezuela contra o governo Maduro já deixaram 14 mortos, 140 feridos e 45 detidos, em várias regiões do país.
A onda de manifestações teve início em fevereiro, na cidade de San Cristóbal, quando estudantes protestaram contra a insegurança após a tentativa de estupro de uma universitária.
Maduro afirma que os protestos são um "golpe de Estado em desenvolvimento", mas garante que há apenas alguns "focos de violência" no país.

24 de fev. de 2014

Com novo golpe, quadrilha já roubou R$ 100 mil de caixas eletrônicos no RS

Ladrões furtam dinheiro dos caixas eletrônicos com aparelho eletrônico.
Quatro homens já foram presos suspeitos de envolvimento com os casos.

Do G1 RS
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Uma nova modalidade de golpe de roubo a banco vem sendo aplicada no Rio Grande do Sul e intriga a polícia. Os ladrões furtam dinheiro dos caixas eletrônicos com o uso de um aparelho eletrônico e sem chamar a atenção dos clientes, como mostra a reportagem do Teledomingo, da RBS TV (veja no vídeo ao lado).
Só no estado, a polícia calcula que a quadrilha já furtou mais de R$ 100 mil. O bando escolhe caixas eletrônicos bem específicos para serem alvos. De acordo com as investigações, só há registros de furtos onde os terminais são mais antigos. São nestes equipamentos que os bandidos conseguem dar um comando para que o dinheiro seja liberado.
"Eles têm algum tipo de conhecimento do equipamento, e conseguem a liberação dos valores, o que dificulta para a instituição financeira verificar o prejuízo, porque o valor não sai de conta bancária. Na verdade tem que fazer uma contabilidade do dinheiro que existe no equipamento para saber que houve uma retirada sem o respectivo registro em contas bancárias", esclarece o delegado Sandro Meinerz.
Em uma das ações, em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, no dia 2 de fevereiro, fotos mostram um dos bandidos cometendo o crime. Ele furtou uma quantia não revelada pela polícia. Em outro flagrante, em Santa Maria, na Região Central do estado, câmeras de vigilância gravaram toda a ação. O assaltante entrou na agência às 21h16 da noite do dia 6 de fevereiro. Ele cobre as câmeras dos terminais para evitar ser identificado, mas não se intimida com a câmera instalada no teto, que continua gravando.
Sem quebrar nada e usando equipamentos eletrônicos, através de um sistema que a polícia ainda não identificou, o golpista invade o caixa eletrônico. Ele parece acessar uma tela diferente da de um caixa eletrônico convencional. Fingindo estar fazendo um saque, ele não se importa com a chegada de clientes.
Apesar de silenciosa, a operação é demorada: leva mais de duas horas. O criminoso fica no local até o sistema da agência fechar. Como não consegue levar o dinheiro, volta na manhã seguinte. Dessa vez, deixa a agência bancária levando R$ 40 mil.
Quadrilha agiu em pelo menos 10 cidades do estado
Na semana passada, quatro homens foram presos em Ijuí, no Noroeste do estado. Com a quadrilha, os policiais encontraram tablets, mini-teclados, adaptadores de entradas USB, um notebook e R$ 4 mil.  Também foram encontrados comprovantes de depósitos em diversas agências bancárias.
Os policiais acreditam que o dinheiro tenha sido depositado em contas bancárias de outros integrantes do bando. O delegado Sandro Meinerz afirma que vai pedir a prisão preventiva dos suspeitos. “Não se sabe se essa é a única quadrilha que age, mas o que se sabe é que essas quatro pessoas agiam juntas, fizeram esse roteiro todo descrito e estão recolhidas no presídio de Ijuí”, reforça.
O delegado diz que o grupo já agiu em bancos de pelo menos dez cidades gaúchas: São Luiz, Vacaria, Caxias do Sul, Charqueadas, Santa Cruz, Vera Cruz, Santa Maria, Santiago, Vitória das Missões, Santo Ângelo. A polícia acredita que os integrantes tenham vindo de estados como mapa em transparência deles se espalhando São Paulo, Paraná e Ceará, e que furtos tenham ocorrido também nos outros dois estados do Sul do país.
A Polícia Civil ainda investiga para saber como o dinheiro é sacado e emitiu um alerta para as agências bancárias tomarem precauções quanto aos caixas eletrônicos. Em nota, a Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul disse que se trata de uma situação isolada e que trabalha em cooperação com a polícia para a prisão dos bandidos.

22 de fev. de 2014

A guerrilha de R$ 30 milhões nas redes sociais

Com um investimento milionário, PT, PSDB e PSB planejam mobilizar 90 mil ativistas da internet. Eles podem ser os grandes cabos eleitorais numa eleição em que a guerra digital será decisiva para a vitória nas urnas

Josie Jeronimo (josie@istoe.com.br)
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Embora a internet já tenha sido um campo de batalha importante em 2010, na expectativa dos marqueteiros dos principais partidos, a guerra pelas redes sociais na campanha presidencial deste ano será ainda mais acirrada e poderá ser decisiva para o triunfo eleitoral. Se é verdade que a propaganda na tevê conserva sua importância e mantém-se como destino preferencial dos gastos dos candidatos, no meio político existe também a convicção de que a internet está destinada este ano a se tornar o espaço prioritário para o eleitor resolver dúvidas, confrontar propostas e, numa função ativa que só as redes sociais permitem, combater no corpo a corpo pelo candidato de sua preferência. Hoje, 105 milhões de pessoas têm acesso à internet no Brasil e cada uma delas costuma passar em média duas horas por dia conectada à rede. Na internet, o brasileiro já faz compras, tira diploma universitário e até se casa com ajuda das redes sociais. É muito provável também que a internet seja usada pelo eleitor para definir seu candidato presidencial. A partir dessa percepção, a pré-candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) já começaram a montar seus bunkers digitais.

Num esforço para capturar o voto desses brasileiros, os comitês do PT, PSDB e PSB programam um investimento total de R$ 30 milhões e planejam mobilizar uma massa de 90 mil militantes eletrônicos até outubro. Com uma verba estimada em R$ 12 milhões, o PT inicia nas próximas semanas as oficinas de preparação de 1.200 coordenadores de redes sociais de 18 Estados. Através deles, o partido pretende organizar uma massa de 20 mil internautas bem  conectados, capazes de disparar mensagens que podem alcançar o computador de 20 a até 40 milhões de pessoas em poucos minutos, operação que, bem coordenada, pode alterar os ânimos do eleitorado nas horas difíceis de uma campanha. Em 2010, quando a perspectiva de uma vitória no primeiro turno não se confirmou, criando uma decepção com consequências imprevisíveis entre os eleitores de Dilma, o PT voltou a caminhar através de uma “onda vermelha” organizada em plenárias de militantes que ocuparam boa parte da rede. “A internet representará, em 2014, pelo menos 30% da campanha,” atesta Alberto Cantalice, vice-presidente do partido e coordenador da mobilização digital.   
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Em 2013, a equipe digital de Dilma foi reformulada e na campanha presidencial sua orientação política ficará por conta do jornalista Franklin Martins, ministro da Comunicação Social do governo Lula. Ainda no ano passado, jovens de tênis All Star, jeans e camisa xadrez  começaram a circular pelo Planalto, contratados para animar o Facebook e dar uma nova cara para o Twitter da presidenta. Em menos de um ano, a audiência da página de Dilma saltou de 20 mil curtidas para 220 mil. Entre esse público, 80% não é filiado ao PT nem se considera eleitor fixo do partido, o que é motivo de comemoração, já que ninguém precisa pregar para convertidos. Essa situação, contudo, exige cuidados especiais de forma e conteúdo. Atitudes agressivas podem ser aceitas e até bem-vindas em conversas fechadas. Mas causam constrangimento e mesmo escândalo quando feitas em público, como se viu quando um texto do PT no Facebook, cuja confecção foi atribuída à empresa Pepper Comunicação, classificou o concorrente Eduardo Campos de “tolo” e “playboy mimado”, dizendo ainda que Marina Silva era um “ovo da serpente”, motivada por um “adesismo puro e simples.”
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O PSDB não quer cometer esses erros, mas, como o PT, o partido sabe que nem sempre é fácil segurar o ímpeto da militância quando o que está em jogo é a vitória do candidato do coração – ou daquele que lhe paga. Além de acordar o País para um descontentamento profundo, os protestos de junho de 2013 serviram para o PSDB demonstrar uma força nas redes sociais que era desconhecida pelos adversários. Trabalhando silenciosamente desde 2010, os tucanos fazem um esforço para profissionalizar a equipe digital. Apenas em Minas Gerais, que hoje concentra grande parte dessa militância, o número de ativistas aumentou 840%, explica Nárcio Rodrigues, presidente da Juventude do PSDB. “Tínhamos 600 jovens, agora são 5.040, em níveis diferentes de engajamento. Alguns podem passar o dia todo online.”
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Depois do Carnaval, a equipe de internet da campanha de Aécio será reforçada. O ex-deputado Xico Graziano, diretor do Instituto FHC, montará uma redação com 50 internautas experientes. A estratégia de trabalho seguirá o cardápio clássico de redes sociais da maioria dos partidos: publicar notícias positivas com formato moderno e leve, desconstruir informações negativas e apontar erros dos adversários. Em 2010, o partido gastou cerca de R$ 8 milhões com a campanha virtual. Quatro anos depois, prevê uma despesa próxima dos R$ 12 milhões admitidos pelo PT.

No PSB, de Eduardo Campos, a guerrilha nas redes sociais também é vista como um bom atalho para a vitória nas urnas nas eleições deste ano. No início do mês, o marqueteiro Diego Brandy, responsável pela campanha de Campos, resolveu submeter seu candidato a uma experiência inédita. Colocou Campos num encontro de duas horas com internautas, numa conversa que gerou 12 milhões de interações replicadas rede afora. Brandy dá sua receita: “Se você chega numa roda de amigos e fala apenas de você, logo todos lhe acharão um chato. As redes são fundamentalmente para o diálogo”.
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Em 2010, a equipe de Marina Silva, vice de Eduardo Campos, conseguiu mobilizar 60 mil militantes digitais a partir de 500 internautas, façanha que, ao lado dos eleitores evangélicos, foi uma das alavancas para seus 20 milhões de votos. Para Eduardo Rombauer, o cérebro digital da campanha de Marina, a guerra por votos na internet tem uma característica principal: “Os partidos não entendem que não adianta tentar controlar o debate. É preciso estar a serviço da demanda dos internautas. Por isso, conseguimos 60 mil replicadores sem precisar pagar.” Os gastos, mesmo assim, não foram pequenos. O PV gastou pouco mais de R$ 5 milhões com a campanha na internet, em 2010. Juntos, Marina e o PSB planejam gastar R$ 8,5 milhões este ano.

Cabe lembrar que a mesma tecnologia capaz de criar tantas possibilidades de um ativismo político saudável também permite ações condenáveis, muitas das quais protagonizadas pela militância virtual de 2010 para cá. A internet abre possibilidades sem fim para abusos e golpes baixos. A partir de um site localizado no exterior, é possível divulgar mentiras e calúnias sem que a parte atingida possa tomar qualquer tipo de providência legal.  Nos bastidores da campanha, o lado obscuro das redes sociais começa a preocupar os principais candidatos, que debatem a possibilidade de estabelecer uma espécie de código de guerra para definir limites e sanções. Mas, por ora, a guerrilha digital dispõe de sinal verde para entrar em ação. Preparem-se as trincheiras.

Colaborou Pedro Marcondes de Moura
fotos: shutterstock; Darlei Marinho/Parceiro/Ag. O Globo; Carlos Cecconello/Folhapress

21 de fev. de 2014

Dilma não pedirá extradição de Pizzolato a presidente italiano, diz governo

Ex-diretor do Banco do Brasil, condenado no processo do mensalão, fugiu para o país europeu

Terra
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Em viagem à Europa, a presidente Dilma Rousseff se encontrará com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, em meio a um impasse entre os dois países sobre a extradição de Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão que aproveitou cidadania italiana para fugir do País. Ele foi preso na cidade de Maranello e as autoridades brasileiras querem que ele seja enviado ao Brasil para cumprir sua pena de 12 anos e 7 meses de prisão.

Segundo o subsecretário-geral político do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, embaixador Carlos Antonio Paranhos, responsável pelas relações com a Europa, Dilma não aproveitará a agenda oficial para pedir a extradição do condenado. "O processo de solicitação de extradição tem suas vias próprias. Temos mecanismos de cooperação judiciária com a Itália e não vejo porque a presidenta deva suscitar essa questão", afirmou.

No momento, a Procuradoria-Geral da República está preparando um pedido formal de extradição junto às autoridades italianas. A solicitação deverá ser entregue amanhã, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No encontro bilateral com o chefe de Estado italiano, Dilma deverá tratar majoritariamente de questões comerciais. A Itália é o oitavo parceiro comercial do Brasil e o volume de comércio entre os dois países é de US$ 11 bilhões.

Visita ao Vaticano

A viagem de Dilma é motivada, sobretudo, pelo consistório de Dom Orani Tempesta, recém-nomeado cardeal pelo papa Francisco. Segundo Paranhos, o gesto da Santa Sé reforça a projeção do Brasil e da América Latina no âmbito da Igreja Católica.

A presidente terá ainda amanhã uma audiência com o papa e deverá tratar de assuntos como inclusão social, combate à pobreza e à discriminação. O embaixador Paranhos não confirmou, no entanto, se a presidente convidará o pontífice para vir ao Brasil durante a Copa do Mundo.

19 de fev. de 2014

Deputados coletam assinaturas para CPI dos black blocs

O objetivo é de investigar aliciamento e financiamento dos integrantes do grupo

Terra
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As lideranças do Solidariedade (SDD) e do PMDB na Câmara dos Deputados começaram a coletar assinaturas nesta terça-feira para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista no Congresso Nacional com objetivo de investigar aliciamento e financiamento dos chamados black blocs, grupos mascarados que atuam em protestos. Sem citar nomes, o líder do SDD, Fernando Francischini (PR), disse que a CPI, se instalada, poderá ajudar a investigar autoridades com foro privilegiado supostamente envolvidas com os grupos infiltrados em protestos.

“A proposta da CPI que vai investigar os black blocs do País é investigar se há aliciamento, financiamento de pessoas que são contratadas para quebrar, destruir e afastar as pessoas de bem das manifestações. Nós estamos em um ano de Copa do Mundo e muita gente tem interesse em afastar a população das ruas do País, evitando a cobrança por mais saúde, mais educação, tarifas mais baixas de transporte coletivo”, disse o deputado.

Em reunião na Câmara, a proposta de CPI recebeu assinaturas favoráveis das lideranças do PR, PP, PSDB, DEM, PPS, PSD, PDT, PSC e PTB. Para instalar a CPI mista, é preciso coletar assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. Segundo Francischini, a proposta por uma comissão mista foi tomada porque não há espaço para fazer uma CPI apenas na Câmara atualmente.

A suspeita sobre financiamento de grupos black blocs foi levantada pelo advogado Jonas Tadeu, que defende o suspeito de lançar o rojão que matou o cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade. Segundo o profissional, jovens recebiam pelo menos R$ 150 para promover quebra-quebra em manifestações. No início das investigações, o nome do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) chegou a ser ligado a manifestantes próximos aos suspeitos por um estagiário do advogado. A declaração foi criticada pelo parlamentar.

“A CPI é uma comissão parlamentar, tem poderes de investigação próprios, de autoridade judicial, pode fazer quebras de sigilo de autoridades com foro privilegiado, pode pedir extratos telefônicos, extratos bancários, acompanhar movimentação de antenas de telefones celulares que podem estar à margem dessas manifestações”, disse Francischini, sobre a necessidade da investigação.

“Se confirmadas essas informações que chegam a cada momento, seria um dos maiores atentados à democracia brasileira. Fomentar, aliciar e financiar vândalos, bandidos travestidos de manifestantes para atacar a imprensa, como fizeram em várias cidades, quebrando veículos da imprensa, incendiando, atacando vocês mesmo como se fosse o mal da sociedade, o jornalismo”, afirmou o parlamentar.

18 de fev. de 2014

Sininho e o delegado no baile dos mascarados

Orlando Zaccone compareceu a evento "humorístico" que premiou atos de vandalismo com o prêmio 'molotov de ouro' e festejou o saque da loja Toulon. Fotografia publicada em blog desmente delegado sobre a data em que ele e a ativista Elisa Quadros se conheceram

Gabriel Castro, de Brasília
Sininho e o delegado
Sininho e o delegado (Reprodução)
O delegado de Polícia Civil Orlando Zaccone, titular da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), mentiu sobre a data em que conheceu a ativista Elisa Quadros, a Sininho. Incluído na lista de doadores para o evento "Mais amor, menos capital", realizado em 23 de dezembro do ano passado, Zaccone confirmou ter contribuído com 200 reais, e explicou que só naquela noite esteve pessoalmente com Elisa. Uma fotografia publicada em um blog, no entanto, mostra os dois lado a lado em 20 de novembro, em outro evento: o “Prêmio dos Protestos de 2013”, promovido pelo humorista-militante conhecido como Rafucko. Nada demais, se não fosse Zaccone uma autoridade policial e se não estivessem os manifestantes, naquela noite, festejando, entre outros eventos, o “Maior Ato de Vandalismo” do ano, premiado com o “Molotov de Ouro”. O ato ‘premiado’ foi a quebra dos manequins da Toulon – na noite de 17 de julho, no bairro do Leblon.
Zaccone tem direito de rir do quiser. Mas a partir do momento em que acha graça do crime de roubo, depredação do patrimônio público e privado e de atos de vandalismo, deixa de ter credenciais necessárias para chefiar policiais que deveriam, na verdade, investigar e prender quem roubou a Toulon. Em tempo: “Pichar a Alerj” e “Queimar ônibus” também estavam indicados ao prêmio.
“Não fico vendo folha de antecedentes criminais das pessoas que conheço. Óbvio que se tiver conhecimento de que a pessoa tem mandado de prisão, teria que cumprir”, respondeu o delegado, por telefone, ao site de VEJA. Como os roubos foram praticados por mascarados e Zaccone não reconheceu os manequins expostos como egressos da loja saqueada, a história ficou no riso – menos para a Toulon, que amargou o prejuízo, assim como outras lojas atacadas por baderneiros que percorreram as ruas do Leblon e de Ipanema.
Questionado sobre a foto durante a premiação, Zaccone explicou que foi convidado por Sininho em outubro, para uma palestra em dezembro. O encontro na noite em que o vandalismo foi premiado foi ao acaso. De acordo com o delegado, ele apenas passou pelo evento na Cinelândia, onde encontrou algumas pessoas, e de lá seguiu para um show de Caetano Veloso e Marisa Monte no Circo Voador, na Lapa.
Zaccone reclama que se sente perseguido. "Me sinto como se estivesse passando por um processo de inquisição pelo fato de ter contato com uma pessoa [Sininho] que não responde a nenhum processo. Estão me cobrando o fato de eu ter conhecido e estado com uma pessoa que sequer sofreu um processo", disse Zaccone. "Eu tenho liberdade de conhecer pessoas que não estejam foragidas, que não estejam condenadas. Mesmo assim, se a pessoa não está presa e não tem mandado de prisão, qual seria o meu crime por tê-la conhecido?", reclamou Zaccone.
Doações – Além do delegado, aparecem na lista de doadores os vereadores do PSOL Renato Cinco e Jefferson Moura – ambos admitiram que seus gabinetes fizeram doações ao evento. O juiz João Damasceno, que figura na planilha, negou ter feito doações. Os doadores alegam, em seu favor, que o dinheiro foi usado apenas para a compra de uma ceia, com rabanadas, para a população carente. E ignoram o fato de o grupo ali acampado é o mesmo que organizou a ocupação do Palácio Pedro Ernesto.
A Polícia Civil abriu investigação, no âmbito da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), para descobrir se dinheiro doado por autoridades foi usado para financiar atos criminosos em manifestações. A unidade também foi designada para, a partir de cópias de documentos colhidos pela 17ª DP (São Cristóvão), investigar o aliciamento de manifestantes para atuar em ações violentas nos protestos.

17 de fev. de 2014

Seis bizarrices que só acontecem na economia argentina

O forte intervencionismo do estado na economia faz com que a população enfrente dificuldades para viajar ao exterior, comprar produtos estrangeiros on-line e comprar dólares; presidente chega a telefonar para consumidores 'reclamões'

Talita Fernandes
Capa da edição de 15 de fevereiro da revista Economist: 'A parábola argentina - o que países podem aprender de um século de declínio'
Capa da edição de 15 de fevereiro da revista Economist: 'A parábola argentina - o que países podem aprender de um século de declínio' (Reprodução)
A situação econômica da Argentina chama atenção por suas características peculiares há algum tempo. O país já passou por diversas moratórias e vive atualmente numa situação de descontrole e instabilidade há muito superada para países próximos, como o Brasil. A inflação ainda é uma das principais dores de cabeça da presidente Cristina Kirchner, que adotou programas de controle de preços para tentar, em vão, segurar a valorização contínua de produtos e serviços. Além disso, o mercado olha com desconfiança as estatísticas do governo: enquanto a inflação oficial de 2013 é de 10,9%, analistas acreditam que os preços subiram a um ritmo de 30% no ano passado.
Os fatores ligados ao câmbio também assustam. Um cidadão argentino precisa pedir autorização ao governo para comprar pacotes de viagens no exterior e moeda estrangeira. Há ainda limitações de compras em sites estrangeiros, sob a penalização de um imposto de 50% sob o valor do produto, quando o limite é ultrapassado. Se os brasileiros reclamam dos preços elevados de eletrônicos no Brasil, comprar um iPhone na Argentina chega a ser duas vezes mais caro que no país, no mínimo.
Tal cenário ganhou destaque extra recentemente: uma forte desvalorização do peso argentino frente ao dólar chamou a atenção dos mercados internacionais e criou uma onda de "pânico" em relação aos emergentes depois que a moeda argentina se desvalorizou 11% em apenas um dia, no mês passado.
A situação econômica dos "hermanos" virou, inclusive, tema da edição desta semana da revista britânica The Economist, cuja capa traz o título A parábola argentina: o que países podem aprender de um século de declínio.

16 de fev. de 2014

O usado ideal

Para comprar um seminovo é preciso muito mais do que apenas “bater perna” em busca do modelo certo
  João Fortes, especial para a Gazeta do Povo
Comprar um carro seminovo e usado não é uma tarefa fácil. Para fazer um bom negócio, que não dê dor de cabeça depois da compra, o consumidor deve estar atendo a uma série de detalhes que vão além do preço, aparência e equipamentos.
O primeiro detalhe é a credibilidade de quem está vendendo. Se for uma loja, por exemplo, que seja um estabelecimento confiável e que oferece produtos com boa procedência. Buscar indicações ou opiniões de outros clientes é um passo importante para filtrar a procura. “É preciso buscar informações sobre o histórico do lugar. Alguns clientes se encantam pela aparência da loja, mas ele não está comprando um sapato e sim um carro”, diz Gilberto Deggerone, vice-presidente da Associação de Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar).
O lado racional deve prevalecer nas negociações. Não é raro, ao se encantar com um modelo, que o comprador esqueça qualquer outra possibilidade e tente fechar a compra o mais rápido possível para não perder o negócio. O personal car Rafael Bittencourt lembra que o mercado está repleto de opções similares. “Afinal você não está comprando uma Ferrari”, brinca o consultor.
Olho aberto
Na compra do usado ou seminovo, verificar condições da lataria, riscos, indícios de batidas, peças internas quebradas ou em falta é uma regra básica. Mais importante ainda é saber dosar até que ponto as avarias detectadas são um empecilho para optar ou não pelo modelo. “Dependendo do carro, algumas peças são caras ou difíceis de encontrar. É o caso dos modelos que são de uma série especial. Uma dica é verificar o modelo em fóruns e sites que trazem opiniões de outros proprietários”, sugere Bittencourt.
O mesmo vale para a parte mecânica. Não deixe de pesquisar os preços dos itens que são trocados durante manutenções preventivas, como pastilhas de freio, óleo, correia dentada. Para evitar estresse com o recebimento de multas do antigo proprietário, confira toda a documentação.
Prevenção
Para evitar problemas e ilegalidades, o comprador pode solicitar uma perícia veicular do modelo. O serviço é feito por empresas especializadas que descobrem, por exemplo, se o carro já foi roubado ou furtado, se houve alteração no chassi, se já passou por leilão, além de acidentes, mau uso e até mesmo enchentes. “É comum clientes descobrirem que o carro que compraram já foi batido ou roubado. Já tivemos, inclusive, casos de carros zero km que apresentaram reparos de funilaria”, conta Daiane Streleski Demiti, proprietária da franquia em Curitiba da Terceira Visão, empresa especializada em perícias e vistorias veiculares.
O serviço, segundo Daiane, custa R$ 150 para automóveis e R$ 180 para camionetes e dura em torno de meia hora. Se estiver tudo certo, o veículo recebe um selo, demonstrando que passou pela perícia. Também é gerado um laudo que destaca as avaliações feitas e seus resultados.
E para quem não quer perder tempo procurando o carro ideal para comprar e está disposto a gastar um pouco mais, há a possibilidade de contratar os serviços de um consultor, como o de Rafael Bittencourt, que procura e identifica o modelo que cumpre com as exigências e necessidades para o cliente fazer o melhor negócio possível. “A cada semana são cerca de dez a 15 avaliações e de cinco a seis compras. Trabalho para quem não tempo ou conhecimento”, destaca.

15 de fev. de 2014

Especialistas dão dicas de adaptação ao fim do horário de verão

Manter a rotina pelo horário do relógio é principal dica de médicos.
De sábado (15) para domingo (16), relógio deve ser atrasado 1 hora.

Do G1, em São Paulo
O fim do horário de verão pode impactar a rotina, mas não causa problemas para a saúde, segundo médicos ouvidos pelo G1. A principal recomendação dos especialistas é tentar manter os mesmos hábitos e a qualidade do sono. O horário de verão, em vigor em dez estados desde o final de outubro, acaba à 0h deste domingo (16). Os relógios devem ser atrasados em uma hora, ou seja, no minuto seguinte após as 23h59 deste sábado (15), o relógio deve voltar a marcar 23h.
Infográfico fim do horário de verão em 2014 (Foto: G1)
“O final do horário de verão é mais fácil do que o começo. O único problema é que no final do dia vai estar mais escuro e talvez o dia não renda tanto, talvez não dê pra fazer atividade física no final do dia. Mas não tem nenhum impacto na saúde”, afirma Arnaldo Lichtenstein, clínico geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Para o dia em que ocorre a mudança de horário, sua recomendação é que as pessoas aproveitem para dormir mais. “Uma dica legal é aproveitar a hora a mais para dormir bem. Como em todos os dias do ano, o ideal é ter um ambiente de sono escuro, silencioso e arejado”, diz. O clínico geral também recomenda que não se realize atividades estimulantes, como assistir à televisão, ficar no computador ou jogar videogame, até meia hora antes de se deitar.
Nos dias seguintes, a principal mudança será para os que acordam cedo. “Você vai acordar e não vai estar tão escuro. E o corpo agradece”, diz.
Relógios devem ser atrasados em uma hora à
meia-noite deste sábado (15) para domingo (16)
(Foto: Glauco Araújo/G1)
Relógios devem ser atrasados em uma hora à meia-noite deste sábado (19) para domingo (20) (Foto: Glauco Araújo/G1)
Em relação a horários de refeições ou para tomar remédios, ele explica que as pessoas devem seguir o horário do relógio e não precisam fazer contas. “Não precisa se estressar. Se atrasar o remédio, não vai impactar desde que a pessoa continue seu consumo regular a partir daí”, explica.
Para as crianças, segundo o médico, é ainda mais fácil passar pela mudança. “A criança faz o horário dela. A dica é deixar ela dormir ou, se ela pode aguentar mais, deixar seguir o ritmo dela. Não precisa ficar acordando mais cedo ou mais tarde”, afirma.

Para Mauricio Miranda Ventura, geriatra do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, a hora que se “ganha” ao atrasar o relógio talvez possa afetar a rotina dos mais velhos. “Os mais idosos talvez sofram mais porque são mais rígidos com a rotina, têm hábitos regulares e manias. Mas a mudança não tem impacto no organismo”, diz.
Dormir menos seria o problema, segundo ele. “A privação do sono traz consequências para a saúde. Principalmente para pessoas com sono irregular ou com determinados problemas cardíacos, como pressão arterial ou risco de infarto. Mas a questão de ser só uma hora impacta menos na saúde”, diz. “A dica é tentar manter a rotina da melhor maneira possível e próximo do hábito normal”.
Mudança de horário
O horário do verão acabará à meia noite do sábado (15) para o domingo (16). Os relógios devem ser atrasados em uma hora.
Os dez estados afetados são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal. As regiões Norte e Nordeste não participam do horário de verão.

14 de fev. de 2014

Após confronto, Dilma recebe MST e ganha presentes

Nesta quarta-feira, sem-terra arremessaram pedaços de madeira e pedras contra policiais militares e ameaçaram invadir o prédio do Supremo

A presidente Dilma Rousseff e líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) durante encontro com representantes do movimento no Palácio do Planalto, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff e líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) durante encontro com representantes do movimento no Palácio do Planalto, em Brasília (André Dusek/Estadão Conteúdo)
Um dia depois de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) promoverem um tumulto em Brasília, cercando os prédios dos três Poderes e ferindo policiais, a presidente Dilma Rousseff recebeu líderes dos sem-terra na manhã desta segunda-feira, no Palácio do Planalto.
Além da presidente, participaram do encontro o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas. Dilma ganhou uma cesta com produtos produzidos nos assentamentos do MST.

Nesta quarta, os sem-terra arremessaram pedaços de madeira e pedras contra policiais militares – 22 ficaram feridos – e ameaçaram invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), que teve a sessão suspensa por um alerta da segurança.
Os líderes dos sem-terra entregaram uma carta à presidente reclamando "da necessidade urgente de fazer mudanças nas políticas agrárias" do governo. "O governo foi incapaz de resolver esse grave problema social e político. A média de famílias assentadas por desapropriações foi de apenas 13.000 por ano, a menor média após os governos da ditadura militar. É necessário assentar, imediatamente, todas as famílias acampadas", diz trecho da carta.
O MST, como já mostrou VEJA em diversas reportagens, é comandado por agitadores profissionais que, a pretexto de lutar pela reforma agrária, se valem de uma multidão de desvalidos como massa de manobra para atingir seus objetivos financeiros. Sua arma é o terror contra fazendeiros e também contra os próprios assentados que se recusam a cumprir as ordens dos chefões do movimento e a participar de saques e atos de vandalismo. Com os anos, o movimento passou por um processo de mutação. Foi-se o tempo em que seus militantes tentavam dissimular as ações criminosas do grupo invocando a causa da reforma agrária. Há muito isso não acontece mais. Como uma praga, o MST ataca, destrói, saqueia – e seus alvos, agora, não são mais apenas os chamados latifúndios improdutivos.
(Com Estadão Conteúdo)

12 de fev. de 2014

Novo empréstimo do BNDES viabilizará a conclusão da Arena

O governo do Paraná entrega nesta quarta-feira ao BNDES o pedido que representará a solução financeira para o término da obra
  Leonardo Mendes Júnior
O governo estadual entrega hoje, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o pedido que representará a solução financeira da obra da Arena da Baixada. Um pacote de R$ 250 milhões, que engloba os R$ 65 milhões necessários para concluir o estádio e abastece o caixa do Fundo de Desenvolvimento Estadual (FDE) para atender outros projetos do estado.
A entrega será seguida de uma manifestação pública do governador do estado, Beto Richa, do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e do presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia. O ato – ainda não se sabe se por meio de nota oficial ou em uma coletiva de imprensa – terá o objetivo de mandar um recado duplo à Fifa. O primeiro, de que há o dinheiro necessário para concluir a obra; o caixa atual é suficiente apenas até o carnaval. O segundo, indicar uma união entre os três responsáveis pelo estádio para manter a cidade entre as 12 sedes do Mundial.
R$ 28 milhões
A auditoria feita no já ultrapassado orçamento de R$ 319 milhões entregue pelo Atlético à Fomento Paraná, dia 23/1, detectou um custo de R$ 28 milhões com gerenciamento da obra da Arena. Vetado, esse valor não será incluído no último empréstimo do poder público ao clube. Esse montante deve ser descontado dos R$ 65 milhões pedidos pelo Atlético para bancar o fim da reforma.
Na próxima terça-feira, a entidade anuncia a decisão sobre a permanência de Curitiba entre as sedes da Copa de 2014. Quer ter a segurança de que a Arena estará pronta até o fim de abril, com base nos três pontos do plano emergencial costurado na visita do secretário-geral Jérôme Valcke, em 21 de janeiro. A formação do comitê gestor da obra, envolvendo município, estado e clube, foi imediata. O volume de operários passou de 900, no fim de janeiro, para 1.200, nesta semana. A intensificação desse contingente, programado para chegar a 1,5 mil em março, dependia do último ponto do pacote, o fluxo financeiro da obra, assegurado com o novo aporte do BNDES.
O financiamento começou a ser negociado na sexta-feira, em uma reunião entre o secretário estadual de Planejamento, Cassio Taniguchi, e os presidentes da Fomento Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho, e do banco federal, Luciano Coutinho, em São Paulo. Técnicos dos órgãos estaduais passaram os dois últimos dias ajustando detalhes do pedido, fechado ontem, no fim da tarde.
Pela manhã, Richa, Fruet e Petraglia se reuniram no Palácio Iguaçu para ajustar o discurso político que acompanhará o anúncio do novo crédito, que será efetivamente liberado após o banco federal verificar se o pedido cumpre os requisitos técnicos e legais.
O dinheiro deve sair do Programa Emergencial de Financiamento dos Estados e do Distrito Federal (PEF), linha de crédito do BNDES para viabilização de despesas de capital das unidades da federação. O Paraná tem uma operação de crédito de R$ 157,7 milhões desse programa parada desde janeiro na Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Assim que for liberado, o dinheiro vai do BNDES para a Fomento Paraná. A agência estadual dividirá o montante em três frentes: empréstimo para completar o orçamento da Arena, restituição ao FDE dos R$ 65 milhões emprestados à obra entre dezembro (R$ 26 milhões) e janeiro (R$ 39 milhões) e investimento de R$ 120 milhões em um projeto do estado não relacionado à Copa do Mundo.
Ontem, no Palácio Iguaçu, não foram discutidas as condições do novo crédito da Fomento à Arena. O cálculo foi feito em cima de uma conta de R$ 330 milhões in­­­­formada por Petraglia a Ta­­niguchi na semana passada, o que exigiria um aporte de R$ 65 milhões. No entanto, a auditoria no orçamento de R$ 319 milhões entregue pelo Atlético à agência estadual, dia 23 de janeiro, detectou um custo de R$ 28 milhões com gerenciamento da obra. Este item será cortado.
Para receber o novo finan­­ciamento (o quarto para a obra), o Atlético terá de apresentar garantias. O assunto não foi discutido no encontro do Palácio Iguaçu, mas devem ser oferecidos como caução o contrato de naming rights da Arena, ainda não vendido, e um dos terrenos desapropriados pela prefeitura para a ampliação do estádio.

11 de fev. de 2014

Piloto que aprovou Gripen para Brasil diz que alcance de visão é diferencial

Caça sueco será aeronave de combate da Aeronáutica a partir de 2018.
Coronel voou 10 horas como teste e fez relatório para decisão do governo.

Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo
 Coronel Afonso voou 10 horas no Gripen D em 2009,
na sede da Saad na Suécia (acima), para testar o
avião para o Brasil (Foto: Arquivo pessoal)
Coronel FAB Gripen (Foto: Arquivo Pessoal)
"[O Gripen] É uma nova dimensão. Não é como trocar um carro velho por um novo. É mudar radicalmente, completamente. É como sair de um carro para um avião. É uma nova geração, são novos conceitos, novas táticas, novas possibilidades", diz, em entrevista exclusiva ao G1, o tenente-coronel Carlos Afonso de Araújo, piloto da Aeronáutica que testou e deu aprovação ao caça da empresa sueca Saab que será a nova aeronave de combate do Brasil.
Segundo o oficial, o alcance de visão propiciado por diversos sensores e radares é o diferencial do caça: na cabine, a mais de 30 km do alvo, o piloto consegue ver na tela a aeronave que, por exemplo, deve abater.
"[Com o Gripen] Eu não estarei mais limitado ao meu alcance de visão, mas poderei ver muito mais longe de mim, tendo uma consciência antecipada do que está acontecendo", afirma o tenente-coronel.
Quem é o piloto que testou o Gripen
Nome: Tenente-coronel Carlos Afonso, casado e pai de dois filhos
Idade: 43 anos
Horas de voo: 4 mil
Experiência: É piloto de prova da Aeronáutica, líder de esquadrilha, piloto de caça e já voou em mais de 30 aeronaves, entre elas Xavante, F-16, F-18, A-29, A-1, F-5 e Mirage 2000
Função atual: Comanda o 1° Esquadrão do 14° Grupo de Aviação (1°/14° GAv), conhecido como Esquadrão Pampa, em Canoas (RS), e equipado com caças supersônicos F-5
Anunciado em dezembro de 2013 pela presidente Dilma Rousseff como o vencedor do projeto FX-2, após 15 anos de negociações, o Gripen passará a voar nos céus do Brasil a partir de 2018. Ao todo, serão comprados 36 aviões por US$ 4,5 bilhões (R$ 10,8 bilhões). A decisão ocorreu em virtude da aposentadoria, em 31 de dezembro de 2013, do avião mais potente que o país tinha até então: o Mirage 2000.
O Gripen concorreu com o F-18, da empresa americana Boeing, já usado pelos Estados Unidos nas guerras do Iraque e Afeganistão, e também com o Rafale, da francesa Dassault, experimentado pela França nas intervenções no Mali, na Líbia e na República Centro-Africana. Mesmo com a novidade que trará ao Brasil, o caça sueco leva desvantagem em relação aos ex-concorrentes. Além da reduzida experiência, não tem tecnologias já testadas em combate pelo Rafale e pelo F-18, que contam com uma maior capacidade de carga de armas e combustível e alcançam alvos muito mais distantes.
Info caça sueco Gripen supernova versão - VALE ESTA (Foto: Arte/G1)
Adquirido por países sem tendência bélica, como República Tcheca, Hungria e África do Sul, o Gripen pousa em pistas mais simples e foi construído pela Suécia para que conseguisse fazer ataques a um alvo a até 700 km e retornar à base.

Apesar dos fatores negativos, o modelo sueco foi escolhido pelo governo Dilma por conta de um menor custo de produção e manutenção e da transferência de tecnologia que, segundo o Ministério da Defesa, permitirá que o Brasil conheça e produza seu próprio caça e faça as modificações que quiser no Gripen, colocando nele armamento nacional e aprendendo como se faz o avião.
[Com o Gripen] Eu não estarei mais limitado ao meu alcance
de visão [a bordo do avião], mas poderei ver muito mais longe
de mim, tendo uma consciência antecipada do que está acontecendo"
Carlos Afonso de Araújo,
oficial da FAB que testou caça sueco
Foi o tenente-coronel Afonso que recebeu a missão de verificar a capacidade do modelo e fazer um relatório detalhado, que passou pelas mãos do alto comando da Aeronáutica dos governos de Lula e Dilma. Afonso foi a Linköping, na Suécia, para testar por 10 horas o modelo D – uma versão anterior do NG (new generation), que o Brasil comprará – durante duas semanas, entre abril e maio de 2009. Antes disso, foram mais 6 horas em um simulador. No caso do F-18 e do Rafale, o desempenho foi avaliado por outros pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB).
"Dizem que o Gripen NG é um conceito [porque o avião ainda será produzido]. Eu digo exatamente o contrário: estamos saindo na frente. Ele está na vanguarda de desenvolvimento, não estamos correndo atrás de nada. Ele é a evolução de todas as capacidades", afirma o tenente-coronel, que atualmente comanda em Canoas (RS) o Esquadrão Pampa da FAB, equipado com caças supersônicos F-5.
Você pode perguntar a todos os pilotos de caça o que eles querem: é a sensação de dever cumprido. E isso eu tive com o Gripen"
Carlos Afonso de Araújo,
oficial da FAB
"[O Gripen] É uma arma de guerra, com certeza. É um possibilidade de dissuasão muito grande. E de projeção de poder", avalia Afonso.
Alcance de visão é diferencial
Entre os diferenciais do caça sueco que o oficial da FAB destaca, está a quantidade de informações, radares e sensores disponíveis ao piloto. O avião tem sensores de guerra eletrônica que, além de captar a presença de outros aviões, conseguem também identificá-los.
O Gripen também pode receber, ao mesmo tempo, informações de sensores e radares que estão no chão muito distantes dele, ou até mesmo em outras aeronaves, permitindo que, ao se aproximar do alvo, o piloto já saiba de tudo. Essas tecnologias nunca foram usadas antes no Brasil: nas atuais aeronaves de caça do país, o alcance de visão do piloto nos céus está limitado ao que o radar do avião consegue ver.
Ao decolar de Anápolis (GO) com a missão de abater uma caça de um país vizinho pela fronteira, mesmo ainda bem distante, o piloto pode receber vídeos, imagens de radares e sensores instalados no chão, de aeroportos ou até mesmo de outros aviões civis e militares que estão na área, para saber com antecedência quais armas e qual tática empregará no abate.
Outra tecnologia que chamou a atenção do tenente-coronel Afonso foi um radar com zoom que, mesmo a 10 mil metros de altitude, permite que o piloto veja, por exemplo, uma pessoa caminhando na rua ou um prédio que deva ser atacado, em caso de conflito.
"As empresas falam muito sobre a capacidade de armamento, mas o piloto de caça tem uma concepção diferente. O que  deslumbra você é a eficiência e a eficácia. Não precisa ter muitas armas, mas é necessário precisão", diz o piloto da FAB.

Ao contrário do F-5, que foi comprado na década de 1970 pelo Brasil, como um caça tático, e atinge em média 1,7 vez a velocidade do som (cerca de 2 mil k/h), o Gripen chega a mais de 2.450 km/h (2,2 vezes a velocidade do som). Segundo o tenente-coronel, o modelo sueco consegue atingir até 10 mil metros de altitude mantendo a velocidade alta.
"É um avião que acelera muito rápido e consegue chegar a altas altitudes com alta performance, mantendo a velocidade alta", explica.

'Satisfação'
Segundo o oficial da FAB, o Gripen é "um avião muito fácil de pilotar e de controlar".

"Quando se está no ar, avaliar o que precisa ser feito demanda muita energia. O avião tem um software que percebe o que o piloto está fazendo e fornece as informações necessárias", revela o piloto.

"Em termos práticos, eu, que não tinha treinamento de reabastecimento em voo [uma mangueira liga dois aviões, passando combustível de um para o outro], consegui fazer isso no Gripen na Suécia. Para você ver como é fácil pilotar o avião", acrescenta Afonso.
"Pessoalmente, foi uma satisfação muito grande voar uma aeronave como essa. É uma responsabilidade grande, porque suas capacidades e o campo de visão são ampliados. Você tem plena superioridade. É supremacia aérea completa", garante.
"Você pode perguntar a todos os pilotos de caça o que eles querem: é a sensação de dever cumprido. E isso eu tive com o Gripen."
Coronel Afonso fez 10 horas de voo no Gripen em 2009 para testar a Aeronave que o Brasil adotará como novo caça (Foto: Arquivo Pessoal)Coronel Afonso no comando do Gripen D em 2009, durante voos de teste na Suécia (Foto: Arquivo pessoal)
 

10 de fev. de 2014

MA vai usar tornozeleira eletrônica para desafogar cadeia de Pedrinhas

Com ajuda federal, gestão Roseana Sarney colocará presos provisórios nas ruas. Projeto de R$ 1 milhão deve ser apresentado na próxima semana

Felipe Frazão
Sistema de vigilância de câmeras do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão
Sistema de vigilância de câmeras do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Maranhão - Felipe Frazão
O governo do Maranhão planeja retirar presos provisórios das cadeias de São Luís e colocá-los nas ruas com tornozeleiras eletrônicas. A medida faz parte do acordo de gerenciamento de crise firmado com o governo federal. O governo maranhense deverá criar um Centro de Monitoração Eletrônica para controlar o deslocamento dos detentos. O custo do projeto é de pelo menos 1 milhão de reais – 900.000 reais bancados pelo Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) e 100.000 reais custeados pelo Estado.
Devem sair dos presídios os presos provisórios – aqueles que ainda não foram julgados e condenados – e os que cumprem medida cautelar ou estão vulneráveis na cadeia. As unidades mais superlotadas de São Luís com presos provisórios são a Casa de Detenção (Cadet) e o Centro de Detenção Provisória (CDP), o “cadeião do diabo”, ambas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ainda não há previsão de quantos presos sairão de Pedrinhas com a medida. Desde 2013, 65 presos foram mortos no Maranhão por métodos como enforcamento, esquartejamento e decapitação.
O Ministério da Justiça divulgou nesta segunda-feira as regras para o financiamento do convênio, cujo projeto tem de ser apresentado até o dia 18 de fevereiro pela Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) do governo Roseana Sarney (PMDB). O diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) afirmou, em portaria, que a alternativa penal ao encarceramento, o chamado monitoramento eletrônico, tem objetivo de “diminuir o alto déficit de vagas no sistema prisional e o elevado índice de presos provisórios”.
O Centro de Monitoração Eletrônica deve ser montado em prédio fornecido pelo governo maranhense, que também ficará obrigado a destinar servidores do Estado para operar o monitoramento. Mas a portaria prevê a terceirização do serviço. A verba do governo federal só poderá ser usada para a contratação da empresa que alugará ao governo Roseana os equipamentos de monitoramento e tornozeleiras. O contrato deve ser firmando ainda em 2014 e terá duração de três anos, prorrogável por no máximo mais um ano.

9 de fev. de 2014

Snowden usou ferramentas básicas para invadir rede da NSA, diz jornal

Programas utilizados pelo ex-técnico são considerados de baixo custo.
Denúncia foi feita pelo jornal norte-americano 'New York Times'.

Da EFE
Foto mostra Snowden se preparando para fazer sua mensagem de Natal para a televisão (Foto: AFP Photo/Channel4)Foto mostra Snowden se preparando para fazer sua mensagem de Natal para a televisão (Foto: AFP Photo/Channel4)
O ex-técnico da CIA Edward Snowden utilizou ferramentas de baixo custo amplamente disponíveis para se infiltrar nas redes da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) e acessar cerca de dois milhões de documentos confidenciais, publicou neste sábado (8) o "New York Times".
Funcionários de inteligência consultados pelo jornal disseram que Snowden, que está asilado em Moscou, utilizou programas de rastreamento on-line ('web crawler') que buscam, indexam e duplicam lugares na web.
"Não achamos que isto tenha sido trabalho de um indivíduo sentado em uma máquina e baixando este material sequencialmente", disse uma fonte da NSA, que assegurou que o processo estava "bastante automatizado".
O "NYT" classifica a revelação de "assombrosa" já que a missão da NSA inclui a proteção dos sistemas informáticos militares e de inteligência mais importantes do país contra possíveis ataques cibernéticos, principalmente à frente de operações mais sofisticadas com epicentro em Pequim ou Moscou.
'Fácil de detectar'
Os pesquisadores concluíram que a atuação de Snowden foi muito pouco sofisticada e deveria de ter sido fácil de detectar.
O jovem analista conseguiu, depois de três anos acumulando documentos, vazar informações confidenciais do Departamento de Estado para o Wikileaks, onde foram empregadas técnicas similares.
Snowden tinha acesso aos documentos da NSA porque trabalhava como contratista tecnológico da agência de inteligência no Havaí, ajudando a tramitar os sistemas informáticos da NSA em um centro que se especializa na China e na Coreia do Norte.
Os rastreadores on-line, conhecidos também como aranhas, se movimentam de forma automática de um site a outro e podem se programar para faezem uma cópia de tudo o que encontrarem no caminho. Aparentemente, Snowden teria estabelecido os parâmetros das buscas, incluídos que temas buscar e quão fundo pesquisar nos links nos documentos e outros dados nas redes internas da NSA.
O "New York Times" lembra que entre os materiais destacados nos documentos vazados por Snowden estão as "wikis" da agência, locais colaborativos nos quais analistas de inteligência e outros compartilham informação.
Funcionários da NSA disseram ao jornal que se Snowden tivesse trabalhado na sede central da agência, próxima à capital americana, teria sido mais fácil detectá-lo porque está equipada com sistemas de monitoração que detectam quando alguém acessa grandes volumes de documentos.
A NSA tem grandes barreiras eletrônicas para deter possíveis agressores externos, mas proteções muito rudimentares contra seus próprios empregados. "Uma vez que está dentro se assume que é parte do sistema, como na maioria das organizações", disse Richard Bejtlich, um analista de segurança digital de Vale do Silício.
Os investigadores ainda não esclareceram se Snowden operava do Havaí por casualidade ou um movimento estratégico do ex-analista. Snowden respondeu, através de um comunicado emitido por um de seus advogados que "é irônico que o governo esteja dando informação confidencial aos jornalistas em uma tentativa de me desacreditar por compartilhar informação confidencial".
"A diferença é que eu fiz para informar ao público sobre as ações do governo e eles o estão fazendo para desinformar o público sobre as minhas", acrescentou.