Protestos já deixaram 14 mortos, 140 feridos e 45 detidos.
Presidente da associação comercial lamentou violência.
Manifestantes
sobem em conteiner para protestar contra Nicolás Maduro na capital de
Tachira, na Venezuela. (Foto: Luis Robayo/AFP)
Uma onda de saques abalou na madrugada desta terça-feira (25) algumas
cidades dos Estados de Aragua, Táchira e Zulia, no Centro e no Leste da Venezuela, informaram as autoridades locais, após três semanas de protestos que deixaram 14 mortos."Durante a noite, grupos armados e violentos atacaram propriedade privada e destruíram algumas lojas", informou o governador do estado de Aragua, Tareck El Aissami.
O Ministério Público confirmou uma morte em Aragua, de uma pessoa que foi baleada, mas não esclareceu se o incidente ocorreu durante protestos ou em um assalto comum.
O presidente da associação empresarial Fedecámaras no Estado de Táchira, Daniel Aguilar, lamentou que apesar da militarização decretada pelo presidente Nicolás Maduro, "nas ruas permanecem pessoas desconhecidas saqueando pontos comerciais e empresas".
No Estado de Zulia, o diretor da polícia de Maracaibo, José Alcalá, informou que 23 pessoas foram detidas por tentativa de saque a oito pontos comerciais.
"Não queriam apenas roubar os artigos, mas também queimar os carros da Polícia de Zulia", destacou Alcalá.
Três semanas de protestos na Venezuela contra o governo Maduro já deixaram 14 mortos, 140 feridos e 45 detidos, em várias regiões do país.
A onda de manifestações teve início em fevereiro, na cidade de San Cristóbal, quando estudantes protestaram contra a insegurança após a tentativa de estupro de uma universitária.
Maduro afirma que os protestos são um "golpe de Estado em desenvolvimento", mas garante que há apenas alguns "focos de violência" no país.
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