Regime comunista voltou a ameaçar as bases militares dos Estados Unidos na Ásia – e dessa vez estendeu a advertência para o território continental do país
Ditador Kim Jong-un comanda treinamento militar na Coreia do Norte
(KCNA / AFP)
"A partir de agora, as Forças Armadas colocarão em posição de combate número um todas as unidades de artilharia de longo alcance e mísseis estratégicos em preparação para possíveis ataques contra alvos na área continental dos Estados Unidos, Havaí e Guam, além de outras bases militares americanas e sul-coreanas no Pacífico", relata a nota. As tensões na península coreana vêm crescendo desde a realização do terceiro teste nuclear de Pyongyang, em dezembro, e atingiram o nível máximo com a ampliação das sanções na ONU contra o regime comunista e o início dos exercícios militares anuais entre Washington e Seul no início do mês.
Na semana passada, o regime de Kim Jong-un já havia ameaçado atacar alvos dos EUA na Ásia em resposta ao voo de bombardeiros americanos B-52 na península coreana durante as manobras militares entre Washington e Seul. Horas antes da nova ameaça de Pyongyang, a imprensa oficial do regime comunista noticiou a realização de simulações de defesa no litoral leste do país, supervisionadas pessoalmente pelo jovem ditador Kim Jong-un.
Embora especialistas duvidem que a Coreia do Norte tenha capacidade para atingir a área continental dos Estados Unidos, as bases no Japão e na ilha americana de Guam estão no alcance das armas convencionais de Pyongyang e são, portanto, um alvo realista. Diante do discurso norte-coreano, os EUA afirmaram recentemente que tem totais condições de proteger o seu território e o de seus aliados na Ásia.
Coreia do Sul - Do outro lado, a vizinha Coreia do Sul disse que não detectou nenhuma movimentação incomum no país rival. Apesar disso, o ministro de Defesa Kim Kwan-jin pediu que suas tropas estejam preparadas para revidar qualquer agressão do norte. O mais recente capítulo da escalada bélica na península coreana acontece justamente no dia em que a Coreia do Sul lembra os três anos do naufrágio do navio de guerra Cheonan. Seul acusa Pyogynang de ter afundado a embarcação com um torpedo, mas o regime comunista nega envolvimento no caso.
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