Vinte observadores foram detidos por homens armados nas Colinas de Golã
Dois veículos com as letras que identificam as Nações
Unidas aparecem em um vídeo divulgado na internet (cuja autenticidade
não pôde ser verificada) no qual homens armados dizem ter capturado
observadores da ONU na região das Colinas de Golã
(Reprodução/Reuters)
Nas imagens, os homens dizem fazer parte da brigada ‘Mártires de Yarmouk’ e dizem que os observadores não serão liberados até que as forças de Assad deixem os arredores do vilarejo de Jamlah. “Se não saírem em 24 horas, vamos tratá-los como prisioneiros”, diz o homem, que acusa o grupo de colaborar com as forças do governo para tirar os rebeldes da cidade.
O Conselho de Segurança da ONU condenou a ação do grupo e exigiu a libertação imediata dos reféns. “Os membros do Conselho de Segurança condenam fortemente a detenção de um grupo de mais de 20 observadores por integrantes armados da oposição síria”, disse o embaixador da Rússia para a ONU, Vitaly Churkin, que preside o conselho este mês.
Esta é a primeira vez que integrantes da missão de paz da ONU são capturados em meio ao conflito sírio, apesar de a região ser palco de frequentes confrontos armados, artilharia e bombardeios, o que se tornou uma fonte de preocupação para o governo israelense. A nacionalidade dos observadores não foi informada pela ONU, mas a ONG opositora Observatório Sírio de Direitos Humanos, que tem base em Londres, mas conta com informações dos rebeldes disse que a equipe é composta por filipinos.
A informação sobre a captura é divulgada no mesmo dia em que a Grã-Bretanha anuncia que vai aumentar a ajuda às forças opositoras ao governo Bashar Assad e a Liga Árabe dá luz verde para que seus países-membros armem os rebeldes. O órgão regional também convidou a coalizão opositora da Síria a participar de uma reunião da Liga em Doha, no final deste mês, na condição de representante sírio. O país foi suspenso dos encontros em novembro de 2011, em resposta aos protestos contra o governo.
(Com agência Reuters)
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