Segundo o presidente do STF, o crime continuará a ocorrer enquanto as instituições financeiras não visualizarem a possibilidade de serem punidas
Joaquim Barbosa, como presidente do STF e relator do Mensalão, em 05/12/2012
(Carlos Humberto/SCO/STF )
"De fato, enquanto instituições financeiras não visualizarem a possibilidade de serem punidas por servirem de meio para ocultar valores sob sua responsabilidade, existirá a busca do lucro, visto como combustível sobre o controle leniente que os bancos fazem da abertura de contas e transferências", disse Barbosa ao discursar na abertura de um seminário em Brasília sobre lavagem de dinheiro.
Também presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barbosa afirmou que a ocultação de valores tem de ser veementemente reprimida. Ele disse que há uma diferença grande entre as denúncias oferecidas pelo Ministério Público e as arquivadas pelo Judiciário. "O número de inquéritos arquivados, quando comparado ao número de denúncias aceitas, indica que é necessária apuração para saber se as discrepâncias estão na deficiência da investigação ou no trabalho executado pelo Ministério Público", declarou.
Dados divulgados pelo CNJ sobre o combate à lavagem de dinheiro mostram que no ano passado foram recebidas menos denúncias do que em 2011. Já os arquivamentos de 2012 superaram os do ano anterior. Os tribunais julgaram 61 processos no ano passado. Em 2011, foram 183.
(Com Estadão Conteúdo)
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