Relações entre Paraguai e Venezuela estão estremecidas desde o impeachment de Fernando Lugo, em junho do ano passado
Os presidentes Horacio Cartes, do Paraguai, Nicolás
Maduro, da Venezuela, e Dilma Rousseff reúnem-se durante cúpula da
Unasul em Paramaribo, Suriname
(Roberto Stuckert Filho/Divulgação/Presidência da República)
Uma foto com três mandatários sorridentes foi divulgada depois do
encontro entre os presidentes do Paraguai, Horacio Cartes, e da
Venezuela, Nicolás Maduro,
que teria sido promovida pela presidente Dilma Rousseff, segundo
informou o Palácio do Planalto. O encontro ocorreu durante a cúpula da
Unasul, realizada em Paramaribo, Suriname.
As declarações depois da reunião não trouxeram muitos detalhes sobre o
que foi discutido. Pelo Twitter, Cartes classificou o encontro de
“agradável” e completou: “Anseio por uma América integrada”. Anseio que
foi destacado em seu discurso na cúpula. “Devemos manifestar, com uma
firme vontade política, nosso compromisso de fazer da Unasul um destino
comum, aceitando nosso pluralismo político, reafirmando a igualdade
jurídica de nossos estados, assim como dos princípios e valores do
direito internacional”.
O Paraguai voltou a integrar a União das Nações Sul-americanas depois de ser suspenso devido ao impeachment de Fernando Lugo, em junho do ano passado. O país também foi suspenso do Mercosul,
que aproveitou a ausência paraguaia para promover a adesão da Venezuela
ao bloco – o Paraguai era o único país que não havia aprovado a
entrada.
Em julho, a Venezuela assumiu a presidência temporária do Mercosul,
ao mesmo tempo em que foi anunciada que a suspensão ao Paraguai perderia
o efeito com a posse do novo presidente. No entanto, Cartes rejeitou uma volta,
assinalando que “O mero transcurso de tempo ou decisões políticas
posteriores não restabelecem, por si só, o império do direito”. A posse
de Cartes ocorreu no dia 15 deste mês, sem que o presidente venezuelano fosse convidado para a cerimônia.
Nesta sexta, Maduro disse que decidiu “virar a página” e estreitar as
relações com o Paraguai, segundo a agência de notícias estatal.
“Admiramos e amamos profundamente o Paraguai. Se algum paraguaio se
sentiu afetado por nossa atuação no ano passado, pedimos compreensão.
Viremos a página, pensemos no presente e no futuro”.
Dilma Rousseff, que posou de intermediária da 'reconciliação', disse
que a reunião desta sexta foi “muito positiva, muito construtiva”.
“Dela, tenho certeza, vão sair boas novidades para o conjunto da América
Latina”, ressaltou. Bolívia – Dilma também se reuniu com o presidente Evo Morales
para falar sobre a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina ao
Brasil. Depois do encontro, o novo chanceler brasileiro, Luiz Alberto
Figueiredo, disse que a presidente “demonstrou repúdio ao episódio” e
que o caso não vai alterar as relações entre os dois países.
Antes do encontro, Morales voltou a dizer que a Bolívia “jamais
considerou” o senador um asilado político. “Era um delinquente que tem
que ser julgado pela justiça”. As autoridades bolivianas acusam o
parlamentar opositor de corrupção.
Molina deixou a embaixada brasileira em La Paz
no último fim de semana, em um carro oficial do governo brasileiro. Ele
estava na embaixada havia mais de 450 dias. O senador tentava sair da
Bolívia desde que denunciou o envolvimento de importantes políticos do
país com o narcotráfico.
Documentos secretos
divulgados pelo 'Washington Post' trazem novos detalhes sobre operação
que terminou com a morte do líder da Al Qaeda
Maquete do esconderijo de Osama bin Laden no Paquistão
(Anthony Boone / AFP)
Na caçada a Osama bin Laden,
no Paquistão, os Estados Unidos guiaram-se por uma série de dados
eletrônicos captados por satélites e também por um drone (avião não
tripulado). Além disso, a Agência de Segurança Nacional americana (NSA,
na sigla em inglês) conseguiu acesso a diálogos entre integrantes da
rede Al Qaeda por meio da interceptação de chamadas telefônicas. As
informações foram divulgadas nesta quinta-feira pelo jornal The Washington Post, com base em documentos secretos vazados pelo ex-técnico da CIA e ex-consultor da NSA Edward Snowden
Analistas da agência conseguiram identificar a localização geográfica
de um dos aparelhos telefônicos usados nas comunicações e
relacionaram esta informação ao esconderijo em Abbottabad, no norte do
país, onde o terrorista estava. Os novos detalhes sobre a caçada a Bin
Laden aparecem em arquivos secretos que detalham o planejamento
orçamentário da área de inteligência. No documento, a missão é destacada
como um exemplo singular de cooperação entre as diferentes agências
americanas.
Um braço da NSA conhecido como Grupo de Operações de Acesso Adaptado,
que tem a função de instalar equipamentos de espionagem em redes de
computadores e telefônicas, também foi envolvido no trabalho. De acordo
com os documentos divulgados por Snowden, os ‘implantes’ feitos por esse
grupo permitiram à agência coletar informações de celulares usados por
membros da Al Qaeda. O trabalho de espionagem do grupo foi útil na
captura de quarenta integrantes do Taleban e outros insurgentes no
Paquistão, em abril de 2011, um mês antes da captura de Bin Laden. Satélites e drones – Segundo os dados, satélites
captaram quase 400 imagens em alta resolução do esconderijo em
Abbottabad – informação que foi “crucial para o planejamento da missão e
contribuiu para a decisão de aprovar a operação”.
Além dos satélites, o governo também deslocou secretamente o drone o
RQ-170 para o Paquistão com o objetivo de espionar transmissões
eletrônicas. A CIA ainda recrutou médicos paquistaneses
e outros trabalhadores da área de saúde para obter amostras de sangue
dos moradores de Abbottabad como parte de um programa de vacinação para
identificar familiares de Bin Laden.
A reportagem lembra que os EUA tiveram de recorrer a todas as
ferramentas de seu aparato de vigilância para encontrar o líder da Al
Qaeda que, durante mais de uma década, se esforçou em não deixar rastros
eletrônicos, evitando telefonemas e trocas de e-mails, limitando suas
comunicações a conversas realizadas pessoalmente com um número restrito
de intermediários. Contudo, mesmo com toda a tecnologia utilizada, as agências de
inteligência não conseguiram identificar o alvo com precisão. Quando o
presidente Obama deu a ordem para o grupo de elite SEAL
invadir o local, em maio de 2011, equipes de inteligência avisaram que,
na melhor das hipóteses, a probabilidade de Bin Laden estar na casa
fortificada era de 60%.
Depois da morte do terrorista, no entanto, os EUA mantiveram a
campanha em busca de informações secretas de Bin Laden. As agências
aplicaram 2,5 milhões de dólares em recursos emergenciais em setembro de
2011 para examinar arquivos de computador e outras provas recolhidas no
esconderijo do chefe da Al Qaeda. O dinheiro foi usado, entre outras
coisas, para comprar estações de trabalho e pagar hora extra a peritos,
linguistas e funcionários de triagem envolvidos no projeto.
Ex-presidente participou, com Dirceu e Delúbio, de festa da CUT. Ele disse esperar que o Brasil exporte inteligência 'como os cubanos'.
Roney DomingosDo G1 SP
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
afirmou nesta quinta-feira (29) que considera 'abominável' a
manifestação contra participantes do programa federal Mais Médicos. Ele
deu a declaração em um evento em São Bernardo do Campo para comemoração
dos 30 anos de fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Lula fala em evento da CUT nesta quarta-feira.
(Foto: Roney Domingos/G1)
Lula disse esperar que, com a destinação de recursos da exploração de
petróleo para educação, o Brasil pare de ser apenas exportador de
commodities "e passe a exportar inteligência como os cubanos fizeram
conosco, exportando médicos para atender o povo pobre desse país." Em
seguida, emendou: "Eu acho abominável um grupo de pessoas fazer
protestos contra profissionais de outros países que fizeram um favor
para nós de vir aqui ao Brasil cobrir os lugares que os médicos
brasileiros não querem ir. Eu quero de público dizer que sou totalmente
solidário à [presidente] Dilma e ao [ministro da Saúde, Alexandre ]
Padilha pela coragem que tiveram de trazer os médicos para o Brasil."
No evento, o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio
Soares, foram homenageados pelo presidente da CUT, Vagner Freitas. Lula
admitiu que o crescimento do PIB não é o que se espera e disse ter
certeza de que a inflação não vai voltar. O ex-presidente disse aos
sindicalistas ofuscados pelas manifestações de rua de junho que eles não
devem desanimar e sugeriu que eles façam mais reivindicações. PIB
Ao falar sobre o ritmo de crescimento da economia, Lula disse ver um
certo baixo astral nas pessoas. "´É verdade que o PIB (Produto Interno
Bruto) não está crescendo o tanto que a gente queria. Não é nem o pibão,
nem o pibinho, é o PIB, que não vai chegar a tanto, mas também não vai
ser tão vergonhoso quanto o dos países ricos", disse Lula. O
ex-presidente ressaltou que o Brasil continua com o menor nível de
desemprego da história e garantiu que a inflação não voltará. "Esse
país, a presidente pode garantir, vai acontecer, a inflação não volta",
afirmou. Manifestações
Lula abordou as reivindicações por investimentos sociais que se
contrapõem aos gastos com a Copa do Mundo de 2014. "As pessoas querem
padrão Fifa. Nós fizemos estádios, se gastou dinheiro para fazer
estádios. É justo que o preço da entrada possa caber um trabalhador
pobre lá dentro. Não é uma coisa para rico. Porque alguns jogos que nós
vimos aí não tinha nem negro. Eram só louros dos olhos azuis. Eu também
quero padrão Fifa. O povo quer saúde e educação padrão Fifa, eu acho
ótimo. Duro é se esse povo tivesse na miséria de 20 anos atrás que não
tinha força para desejar as coisas que eles estão desejando", afirmou. Bolívia
Lula apontou avanços na América Latina nos últimos 12 anos e citou o
presidente da Bolívia, Evo Morales. "Nós estamos vendo um índio na
Bolívia fazer mais do que os governantes de olhos verdes que governaram a
Bolívia durante muito tempo", disse Lula. O presidente boliviano cobra
do governo brasileiro a 'devolução' do senador oposicionista Roger Pinto
Molina. Homenagem
O presidente da CUT, Vagner Freitas, homenageou o ex-ministro José
Dirceu e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, condenados pelo Supremo
Tribunal Federal no processo do mensalão.
"Cumprimentar especialmente dois companheiros aqui presentes e que
iluminam a militância cutista a continuar de cabeça erguida, lutando
para transformar o Brasil e que não têm medo de fazer política e de sair
na rua de cabeça erguida para dizer: ' nós mudamos o Brasil'. Zé e
Delúbio, orgulho enorme que nós temos de vocês", afirmou.
O ex-presidente agradeceu aos sindicalistas pelo apoio que recebeu no
que afirma ter sido o momento mais difícil de seu governo, quando em
sinal de apoio foi criada o bordão "Lula é meu amigo, mexeu com ele,
mexeu comigo."
"Isso colocou muita gente de orelha em pé e por causa disso eles não
ousaram dar um passo adiante. A história do Brasil é cheia de
sobressaltos. É cheia de momentos em que parece estar tudo tranquilo no
país e aparece meia dúzia de engraçadinhos, resolve dizer que não está
bom e daqui a pouco estão dando golpe. Nós estamos escaldados e a CUT é
na verdade uma das instituições que não só ajudou a construir, mas
continua sendo uma das instituições guardiãs da democracia nesse país."
No Programa do Ratinho,
governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência disse temer a
volta da inflação e pediu mais diálogo à presidente
Felipe Frazão
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, participa do Programa do Ratinho, no SBT
(Gabriela Biló/Futurapress)
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB),
possível candidato à Presidência nas eleições do ano que vem, disse
nesta terça-feira que falta humildade e traquejo político ao governo da
presidente Dilma Rousseff. Campos também afirmou que todos os candidatos
têm chance de vitória nas eleições de 2014.
“Eu tenho muito respeito por Dilma, uma pessoa honrada, mas acho que
às vezes a falta de traquejo político, de diálogo, é percebida pelos
prefeitos e governadores. Acho que o governo precisa dialogar mais, ter
humildade. Governar é um gesto de humildade. É construir consenso”,
disse Campos, que gravou nesta terça-feira participação no Programa do
Ratinho, do SBT.
Na entrevista, o governador também atacou a política econômica do
governo Dilma. “Eu tenho medo da volta da inflação. Temos de ter
cuidado. A inflação é um germe perigoso”, disse. Ele defendeu, no
entanto, os programas federais Minha Casa, Minha Vida e Mais Médicos.
“Tem que chamar médico de onde vier”, disse. Corrida - Campos disse ser difícil apontar alguém
sem chances de vencer atualmente. “Eu acho que todos podem estar dentro.
A eleição não está definida. O quadro econômico e o quadro dos partidos
ainda não estão definidos. Tem muita gente falando em trocar de
partido. Esse movimento [de manifestações nas ruas] vai ter influência
sobre 2014. A eleição está completamente em aberto, está zerada.”
O governador evitou, no entanto, assumir a pré-candidatura e voltou a
dizer que o lançamento de candidato próprio do PSB "será decidido no
ano que vem". Para ele no entanto, é "natural" que militantes divulguem
seu nome, porque o calendário eleitoral começa agora em setembro.
"O partido sabe qual é o tamanho da minha disposição. A confiança da
base partidária eu sei que tenho, agora mais que disposição eu tenho
responsabilidade. Sei a situação que o país vive e que a gente precisa
ter muita responsabilidade com o futuro do país. Tudo o que construímos
nos últimos 30 anos, democracia, estabilidade e um olhar sobre a
desigualdade, não pode ser colocado em risco por ambição de quem quer
que seja."
Encontro ocorre no momento em que deputados e senadores têm pauta carregada de temas polêmicos
Agência Brasil
Acompanhada por 11 ministros, sendo oito mulheres, a presidenta Dilma
Rousseff participou hoje (27) de sessão solene do Congresso Nacional em
homenagem aos sete anos da Lei Maria da Penha. Na solenidade, a
presidenta também recebeu o relatório final da Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher.
Desde que assumiu a Presidência da República, esta foi a quarta vez que
Dilma foi ao Congresso Nacional. A visita ocorre em um momento em que
deputados e senadores têm uma pauta carregada de temas polêmicos e
importantes para votar. Em um plenário lotado de parlamentares da base
governista, representantes de entidades feministas e do Judiciário, a
presença da presidenta foi vista como mais um gesto de aproximação com o
Legislativo.
“A sua visita muito nos honra. Venha mais vezes nos visitar, a
democracia se fortalece”, disse o presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL) também
agradeceu a presença da presidenta no Parlamento e destacou que, apesar
de qualquer diferença política, deputados e senadores já demostraram e,
segundo ele, vão continuar demostrando que o Brasil está acima de
disputas políticas e partidárias. “Sua presença aqui, por vontade e
iniciativa próprias, é a enfática demonstração de respeito ao
Legislativo e devoção à democracia e de pendor pelo diálogo com os
demais poderes da República.”
Renan enfatizou que o Congresso “sabe reconhecer gestos de humildade e
atenção”, por isso, está permanentemente aberto à interação com o
Executivo e o Judiciário por um Brasil mais justo e igualitário.
Ele destacou que serão votados, ainda nesta semana, 13 projetos de lei e
um de resolução do Senado que tratam de temas de interesse da mulher.
Na lista, há sete projetos apresentados como resultado do relatório
final da CPMI que vão a votação em segundo turno hoje.
O principal projeto (PLS 292/2013) define o crime de feminicídio como
uma "forma extrema de violência de gênero que resulta na morte da
mulher". Pela proposta, o crime pode ser configurado em três situações:
quando há relação íntima (de afeto ou parentesco) entre vítima e
agressor, quando há qualquer tipo de violência sexual e quando há
mutilação ou desfiguração da vítima.
Também estão na pauta da semana os projetos de lei 293, que classifica a
violência doméstica de crime de tortura; o 295, que prevê atendimento
especializado no Sistema Único de Saúde (SUS); o 296, que permite às
vítimas receber ajuda temporária da Previdência; o 298, que cria o Fundo
Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres; o 297, que
destina parte dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional à manutenção
de casas de abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica; e a
294, que exige rapidez na análise da prisão preventiva para os
agressores.
Depois de aprovadas pelo plenário do Senado, os projetos seguem para a Câmara dos Deputados.
Faixas e cartazes dão lugar a computador portátil, projetores e geradores nas manifestações
O Dia
Rio
- No lugar de cartazes e faixas, notebooks, projetores e geradores. Em
vez de gritos de ordem, a arte em imagem e texto. Essa foi a forma
encontrada pelo ‘Coletivo Projetação’, grupo criado em julho por amigos
para mostrar quais as pautas dos protestos que tomam conta das ruas do
Rio. As telas são variadas: a fachada da Câmara Municipal, da 9ª DP
(Catete) e até banheiros químicos. São espaços onde a ideia é ‘criar uma
forma de ação política e chamar as pessoas para debater’, como explica
Isabel Levy, uma das participantes do projeto.
Isabel
Levy, 29 anos, Beatriz Gregório, 30, e Marcela Leite, 27, da esq. para a
dir., projetam mensagem na fachada da Câmara dos Vereadores,
sexta-feira
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
O tema e a forma das projeções são
variados. Para falar do sumiço do pedreiro Amarildo de Souza, na
Rocinha, e dos 10 mortos numa operação do Batalhão de Operações
Especiais (Bope) na Maré, foi apresentada uma poesia. Numa brincadeira
com as palavras, projetaram ‘Amar é, A Maré, Amarildo’ num prédio no
Leblon.
Em manifestação na porta da casa do prefeito Eduardo Paes, na Estrada da Gávea Pequena, imagem criticava o recorde de remoções alcançado na sua administração, como O DIA mostrou em maio.
“Criamos o conteúdo com cuidado, após pesquisar
em diversos locais. Também somos uma forma de mídia, para mostrar dados
e fatos que são negligenciados”, afirmou Isabel Levy.
“A projeção é um recurso para quebrar essa
ideia de que não existem pautas definidas nas manifestações”, indica
Marcela Leite, outra integrante. O advogado João Tristão, 74, não
conhecia o trabalho do grupo e elogiou a iniciativa. “Estou muito
impressionado, é uma ótima forma de ação. Falta só explicar as pautas
para o grande público”, concluiu.
“Nossa forma de arte não existiria se
não fosse o momento político que a cidade está passando”, afirmou
Beatriz Gregório, enquanto ajudava na preparação da ação. “Projetar
imagens não é só luz numa tela. É o que projetamos para o futuro da política da cidade”, explicou Marcela. Projeto organiza aulas de professora e juiz no Leblon
Com a ajuda de redes sociais na internet,
como o Facebook, o grupo possui 20 integrantes e conta com vários
colaboradores. Além da presença em protestos, eles têm organizado
atividades para além da projeção de imagens.
Na última semana, usou seu equipamento para
promover uma aula-debate sobre democracia com a professora Juliana
Cesário Alvim, da Uerj, realizada num acampamento montado na Praia do
Leblon, em frente à rua onde mora o governador Sérgio Cabral.
Na ocasião, o juiz João Batista Damasceno se
propôs a dar uma aula sobre como os manifestantes podem se defender de
possíveis abusos policiais.
“Nós nunca tivemos problemas com a PM. Certa
vez, um policial nos pediu que mudássemos o local da nossa projeção, no
Leblon, mas porque, de onde ele estava, não conseguia ver as imagens”,
conta Isabel, contou Marcela Leite.
Localidades dos morros
do Alemão, Nova Brasília e Fazendinha ainda convivem com a circulação
diária de traficantes. Em duas delas, tiroteios seguem causando pânico
Maria Inez Magalhães
Rio - Os seguidos episódios de
violência protagonizados por criminosos no Complexo do Alemão têm
deixado a população local em estado de alerta e amedrontada. E também
serviram para comprovar que, mesmo com a existência de Unidades de
Polícia Pacificadora (UPPs) no conjunto de favelas, traficantes voltaram
a circular impunemente e, de forma velada ou não, ainda ditam regras.
Com ajuda de moradores e da própria polícia, O DIA mapeou as seis áreas
mais críticas na região.
No ataque que matou a soldado Fabiana, em julho de 2012, um dos tiros atingiu vidraça na UPP da Nova Brasília
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
No Morro do Alemão, a Pedra do Sapo é
a principal delas: ali, criminosos continuam vendendo drogas e
afrontando constantemente a política de pacificação. O Areal é outra
localidade dominada pelo tráfico. Segundo policiais, há constantes
tiroteios com traficantes nos dois pontos.
“Os bandidos só tiraram as armas pesadas da
nossa vista, porque o resto está tudo igual. Os olheiros continuam nos
vigiando. A gente nem pode conversar com estranhos”, disse uma mulher,
que pediu para não ser identificada.
“Há muitos furtos aqui”, reclamou um comerciante.
Na Favela Nova Brasília, as regiões
do Chuveirinho e Praça do Samba são as mais críticas, mas, segundo a
polícia, ali os confrontos cessaram e há apenas tráfico. Foi na UPP da
Nova Brasília que, há pouco mais de um ano, a soldado Fabiana Aparecida
de Souza foi morta durante tiroteio.
Ainda no Complexo do Alemão, na Favela da Fazendinha, o tráfico
permanece atuante nas áreas da Casinhas e Zona do Medo. A polícia frisa
que nessas áreas não há mais confrontos.
Foto: Arte: O Dia
No vizinho Complexo da Penha, as
comunidades da Vila Cruzeiro e do Parque Proletário são as áreas que
ainda apresentam problemas, segundo policiais lotados nas UPPs da
região. A Vacaria, um dos acessos à Vila Cruzeiro, é a pior delas,
embora a polícia garanta que ali não haja mais confronto, “apenas”
tráfico.
De acordo com a Secretaria de
Segurança, “o balanço das UPPs é positivo”. “Não é um projeto pronto e
acabado, pois precisa ser constantemente avaliado e ajustado. Cada
comunidade tem uma característica, e a prática tem mostrado que o
planejamento de Inteligência é fundamental para o sucesso de uma UPP’.
Balas perdidas, mortes e luto forçado
Tiroteios durante a noite, casos de balas
perdidas, mortes, além de escolas e lojas fechadas num luto forçado. Com
uma frequência mais habitual do que o morador da região esperava, esse
panorama domina os complexos da Alemão e Penha. Outros casos que
ganharam repercussão nacional foram os quatro ataques a sedes das ONG
AfroReggae, que chegou a fechar as portas nos complexos.
No Parque Proletário, Penha, moradores fizeram
críticas aos PMs lotados na favela: “A gente não pode mais andar
livremente porque é sempre abordado. Mandam a gente até tirar a roupa”,
denunciou um morador.
A PM, em nota oficial, afirmou que traficantes
passaram a adotar códigos. Um deles: para atrair usuários e despistar a
polícia, bandidos usam a aba do boné virada para o lado e oferecem
cigarro com maço na mão a ‘clientes em potencial’.
Sobre investigações do tráfico após a
pacificação, a Polícia Civil informou que, inicialmente, inquérito da
22ª DP (Penha) indiciou 13 pessoas e oito acabaram presas. Outros 14
procedimentos foram instaurados, 13 deles resultando em prisão de um ou
mais bandidos. Instalação de UPP na Maré, um desafio
Os constantes confrontos nos complexos da Penha
e Alemão têm levado a PM a tentar reformular o modelo das Unidades de
Polícia Pacificadora para áreas extensas. O novo projeto contemplaria a
Maré, que está na lista para região a receber uma UPP.
No entanto, as adaptações ao projeto original
estariam encontrando resistência do secretário de Segurança Pública,
José Mariano Beltrame, que não quer mexer na estrutura, aplicada nas já
implantadas 33 unidades. Essa discussão seria um dos motivos de um
atraso do início do processo de pacificação da Maré.
O planejamento da ocupação da Maré começou há
um ano. Tomar o território não será missão fácil. A região é formada por
15 favelas, dominadas por duas facções criminosas e um grupo miliciano.
A área é um dos maiores redutos de venda de drogas e concentra boa
parte das quadrilhas de roubos nas vias expressas do Rio. Deverão ser
instaladas três UPPs, com 1.600 homens. O efetivo é o maior empregado em
favelas e equivale a três batalhões. Para especialista no Alemão e na Penha, só sobrou a PM patrulhando
Especialistas em temas ligados à segurança e
violência são unânimes em afirmar que as UPPs de um modo geral,
principalmente as localizadas em grandes áreas territoriais, têm que
passar a ser tratadas como um modelo integrado de governo, de segurança
pública, e não apenas como um projeto da Polícia Militar.
“No Alemão e na Penha, após o controle
territorial, só sobrou a PM patrulhando. Tem que haver integração com
setores de inteligência de segurança em geral, Corpo de Bombeiros,
Defesa Civil, entre outros, que, unidos, poderão dar pronta resposta em
caso de necessidade e prevenir conflitos. Cadê essas forças? Só a PM não
fará o verão da pacificação”, diz a antropóloga e cientista política
Jacqueline Muniz, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de
Janeiro (Iuperj) da Universidade Cândido Mendes.
Para Paulo Storani, ex-capitão do Batalhão de
Operações Especiais (Bope), consultor e especialista em negociação de
conflitos, o estado não pode recuar no processo de pacificação, mas
concorda com Jacqueline. “Só a PM atuando em áreas que voltaram a ter
confrontos, me preocupa. Assim, a pacificação não produzirá os efeitos
esperados a longo prazo”, alerta. “Falta também mais investigação por
parte da Polícia Civil e prisões dos criminosos que tentam recuperar uma
das regiões mais lucrativas do tráfico no Rio”.
Para o professor Ignácio Cano, do Laboratório
de Análise da Violência da Uerj, a pacificação do Alemão “está no meio
do caminho”. Segundo ele, a maioria dos moradores dos dois complexos
ainda não confia na polícia e por isso continua obedecendo ordens de
traficantes da região. “A população se sente entre a cruz e a espada”.
(Francisco Edson Alves)
Narcoguerrilha pediu
“pausa” em diálogo de paz e presidente Santos não gostou: "Retomaremos
as conversas quando considerarmos apropriado"
Os negociadores das Farc no processo de paz com a Colômbia Ricardo Tellez (esq), Pablo Catatumbo e Ivan Marquez
(Enrique de la Osa/Reuters)
A mais recente tentativa do governo colombiano de se conseguir um acordo de paz
com a narcoguerrilha das Farc ficou mais perto, nesta sexta-feira, de
terminar como as anteriores: em nada. O presidente Juan Manuel Santos
ordenou que a equipe de negociação do governo deixasse Cuba, local das
reuniões, e retornasse imediatamente ao país. A decisão foi tomada
depois de as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia anunciarem que
fariam “uma pausa" nos diálogos.
“Neste processo, quem decreta pausas e impõe condições não são as
Farc”, disse o mandatário a jornalistas. "Desta forma, tomei a decisão
de chamar os negociadores para que venham imediatamente para cá avaliar o
alcance deste comunicado. Retomaremos as conversações quando
considerarmos apropriado”. Pouco antes de anunciar sua decisão, o
presidente havia declarado que “a paciência do povo colombiano tem
limite”, mas, em um tom mais brando, havia considerado “legítima” a
decisão das Farc.
As declarações foram uma reação ao anúncio das Farc. A narcoguerrilha
afirmou que iria interromper a negociação de paz para analisar uma
proposta do governo que prevê submeter à consulta popular um eventual
acordo que coloque fim ao conflito armado. O grupo reiterou que o melhor
mecanismo para referendar um eventual acordo é criar uma Assembleia
Constituinte, que seria o caminho “para alcançar um verdadeiro tratado
de paz, justo e vinculante”.
A proposta apresentada pelo presidente ao Legislativo prevê que o
acordo de paz, se chegar a ser assinado, deve passar pelo crivo da
população colombiana em data que coincida com as eleições legislativas
de março ou com as eleições presidenciais de maio do ano que vem. Desta
forma, o governo também está tentando estabelecer um prazo para o fim das negociações – algo que os terroristas queriam evitar.
Há um ano, Santos confirmava que seu governo iniciaria as negociações
com as Farc, que começaram, de fato, em novembro, em Havana, tendo como
fiadores Cuba, Noruega, Venezuela e Chile. Nesta semana, as
conversações tinham entrado na 13ª rodada, tendo como foco a
participação política do grupo terrorista, o segundo dos cinco pontos da
agenda acordada entre as partes.
O governo de Santos iniciou o diálogo dez anos depois do fracasso das
últimas negociações de paz. Belisario Betancour tentou, César Gaviria
também, e mais uma vez, Andrés Pastrana. Nada fez com que as Farc
deixassem de praticar suas atividades criminosas. Entre Pastrana e
Santos, o governo de Álvaro Uribe comandou uma bem-sucedida política de
segurança, com o apoio dos Estados Unidos e sempre tratando as Farc e
outros grupos como organizações criminosas.
No atual processo, os dois lados chegaram a anunciar um acordo sobre o primeiro item da lista, a questão agrária.
Com outros itens complicados ainda a serem discutidos – incluindo o fim
do conflito armado e a questão do narcotráfico – fica difícil esperar
que o governo colombiano consiga desmobilizar completamente a guerrilha.
Até porque, as drogas rendem 3 bilhões de dólares por ano às Farc, que
dificilmente largariam algo tão lucrativo.
Ex-líder do PCC em Chongqing enfrenta maior julgamento em décadas na China
O primeiro dia de julgamento de Bo Xilai já foi encerrado, mas deve continuar na sexta-feira
(Reuters)
O ex-chefe do Partido Comunista da China (PCC) na cidade de Chongqing, Bo Xilai, disse em seu julgamento nesta quinta-feira que é vítima de uma armação em uma das acusações
de corrupção que pesam contra ele. O primeiro dia de julgamento já foi
encerrado, mas deve continuar na sexta-feira. A sentença, no entanto, só
deve ser divulgada em setembro.
Bo Xilai, de 64 anos, é acusado de ter recebido subornos de quase 27
milhões de iuanes (oito mihões de reais), além de cometer corrupção
ativa e abuso de poder. A expectativa é de que ele seja condenado.
No entanto, ele se mostrou desafiador nesta quinta e disse
que admitiu ter recebido subornos contra sua vontade em um
interrogatório. "Com relação à questão de Tang Xiaolin me dar dinheiro
três vezes, eu certa vez admiti isso contra minha vontade durante a
investigação da Comissão Central de Inspeção Disciplinar contra mim",
disse Bo, referindo-se ao principal órgão disciplinar do partido. "Estou
disposto a arcar com as responsabilidades legais, mas na época não
sabia das circunstâncias dessas questões: minha mente estava em branco."
A acusação de abuso de poder contra Bo diz respeito a um caso de assassinato envolvendo sua mulher, Gu Kailai,
que foi condenada pelo assassinato em 2011 do empresário britânico Neil
Heywood, um parceiro de negócios e amigo da família. Bo tentou
acobertar o caso. Ele também desviou cinco milhões de iuanes de um
projeto do governo na cidade de Dalian, onde atuou como prefeito, de
acordo com o tribunal. Audiência - Em tom muito sério, Bo - bem barbeado,
vestindo camisa branca de manga comprida e com o cabelo ainda
aparentemente tingido de preto - se colocou em pé, sem algemas, e se
manteve com as mãos cruzadas à sua frente, sob escolta de dois
policiais, como mostraram imagens da TV estatal.
A imprensa estrangeira não pôde assistir ao julgamento, e as
declarações dele foram transmitidas pelo microblog oficial do tribunal, o
que indica que podem ter sido editadas. Mesmo assim, a transcrição
oferecida pela corte marca um grau de abertura inédito em um julgamento
na China.
Contudo, observadores dizem que ele pode ter feito um acordo com as
autoridades, a fim de demonstrar que estaria recebendo um julgamento
justo, em troca de uma sentença pré-arranjada. "O resultado já foi
decidido. Já há provavelmente um acordo entre Bo e o partido quanto ao
resultado", disse Nicholas Bequelin, pesquisador da ONG de Nova York
Human Rights Watch. Política - Bo pertencia a uma ala mais à esquerda do
partido, que se opõe ao viés capitalista adotado pela liderança chinesa
nas últimas décadas. Sua queda expôs divisões dentro do regime
comunista e na própria sociedade chinesa.
O réu chegou a ser uma estrela em ascendente no Partido Comunista, e
candidato a um cargo no alto escalão. Seu julgamento na cidade de Jinan
(leste) marca o apogeu do maior escândalo político no país desde a
deposição da Camarilha dos Quatro, no final da Revolução Cultural, em
1976.
Caso em que ex-dirigente do
PC chinês é acusado de corrupção e abuso de poder é visto como um
grande teatro político para enquadrar político ambicioso
Após 18 meses sem ser visto em público, Bo Xilai aparece no tribunal para ser julgado
(AFP)
O julgamento do ex-dirigente político chinês Bo Xilai por corrupção e
abuso de poder começou na manhã desta quinta-feira no Tribunal
Intermediário da cidade de Jinan, na China. A corte confirmou o início
da sessão em sua conta no Weibo, similar chinês do Twitter. Um forte
dispositivo de segurança cerca o tribunal e o acesso às ruas próximas ao
edifício foi fechado. Bo é o protagonista do maior escândalo político
em décadas na China, desde o protesto na Praça da Paz Celestial
(Tian'anmen), em 1989. Ele enfrenta as acusações de suborno, desvio de dinheiro e abuso de poder.
Durante sua defesa, o ex-dirigente negou ter recebido suborno do
empresário Tang Xiaolin, como é acusado no processo. Em um novo
comunicado publicado no Weibo, o Tribunal Intermediário de Jinan indicou
que Bo, que já havia confessado o crime antes da acusação, declarou ter
admitido a conduta "sem querer".
"Não é verdade que Tang me deu dinheiro três vezes", como figura na
folha de acusações, assinalou Bo na transcrição divulgada pelo tribunal.
"Admiti sem querer a acusação de aceitar três vezes dinheiro durante o
processo de investigação do Comitê de Disciplina Interna do Partido
Comunista. Disse que queria assumir a responsabilidade legal, mas, na
ocasião, minha mente estava em branco e desconhecia os detalhes",
explicou Bo no texto divulgado.
Em um texto prévio, também divulgado através da conta do tribunal no
Weibo, Bo Xilai afirmou que esperava que "os juízes pudessem realizar o
julgamento de uma maneira razoável e justa, dentro dos procedimentos
legais do país".
A previsão é que a audiência, presidida pelo juiz Wang Xuguang, dure
dois dias, mas o veredicto contra o ex-secretário-geral do Partido
Comunista chinês na cidade de Chongqing, uma das maiores da China, não
será conhecido antes de setembro, segundo o canal estatal CFTV. Foi
permitido o acesso à galeria pública do tribunal a 110 pessoas, entre
elas cinco membros da família de Bo, de acordo com a agência de notícias
chinesa Xinhua.
Até março do ano passado, Bo era visto como forte candidato para
chegar ao Executivo central chinês, mas acabou no banco dos réus como
consequência do escândalo surgido após a morte do empresário britânico Neil Heywood, em novembro de 2011. Teatro – Na opinião de muitos analistas, no
entanto, por trás do processo contra ele está um grande teatro político
no qual os dirigentes comunistas buscam demonstrar como lidam com
integrantes do partido ambiciosos e que julgam poder ascender na
hierarquia estatal com luz própria – Bo se destacou em sua província por
obter grande crescimento econômico com investimento estatal e por
defender ideias políticas inspiradas no líder comunista Mao Tsé-Tung,
como a valorização da "cultura vermelha" baseada na Revolução Cultural e
a perseguição a símbolos do Ocidente.
Como há tempos o Partido Comunista flexibilizou a economia e adotou
práticas de mercado, deixando questões ideológicas no âmbito interno, o
discurso de Bo Xilai não convinha à China moderna. Além disso, sua
crescente popularidade passou a ser vista como um incômodo na cúpula do
poder.
Ao ter seu nome envolvido em denúncias de suborno – foi acusado de
receber o equivalente a 8 milhões de reais em propina de um dos homens
mais ricos da China, Xu Ming, e do também empresário Tang Xiaolin –, Bo
Xilai caiu em desgraça, perdendo cargos e prestígio até ir parar atrás
das grades. Antes da aparição desta quinta-feira no tribunal, ele não
era visto em público há 18 meses. O caso – Em fevereiro de 2012, o braço direito de
Bo, Wang Lijun, que cumpre 15 anos de prisão por sua participação no
caso, detonou o escândalo ao buscar asilo em um consulado americano e
revelar o envolvimento da esposa de Bo, Gu Kailai, na morte do britânicoNeil
Heywood, ocorrida em 2011 e atribuída até então a um ataque cardíaco
causado pelo consumo excessivo de bebida alcoólica. Após a delação de
Wang, ela foi acusada de encomendar o assassinato de Heywood por ter se
desentendido com ele em negócios nos quais eram parceiros.
A partir daí, eclodiram as acusações pelas quais Bo é julgado agora. O
político, contudo, começou a ser defenestrado antes: foi destituído do
cargo de secretário-geral de Chongqing em março do ano passado e expulso do Partido Comunista em
novembro. Sua mulher, Gu, julgada em agosto do mesmo ano, foi
sentenciada à pena de morte suspensa, punição que na China é
transformada em prisão perpétua após dois anos de bom comportamento.
Rebeldes relatam mais de
600 mortos em bombardeio com gás asfixiante na periferia da capital
Damasco. Na TV, regime do ditador Bashar Assad nega
Oposição síria divulgou imagens dos mortos em suposto ataque do Exército com armas químicas
(AFP)
Grupos de oposição ao governo da Síria,
como o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os Comitês de
Coordenação Local e a Comissão Geral da Revolução Síria, denunciaram
nesta quarta-feira que pelo menos 650 pessoas, entre elas crianças e até
bebês, morreram em um ataque com armas químicas em regiões da periferia
de Damasco. Por causa das restrições impostas pelo governo ao trabalho
de jornalistas na guerra civil da Síria, a informação não pôde ser
confirmada por fontes independentes. Citando informações dos grupos
opositores, a rede britânica BBC informa que foguetes contendo agentes
tóxicos atingiram os subúrbios de Al Guta, próximos à capital, nesta
manhã.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, exigiu
que o governo sírio libere imediatamente o acesso dos investigadores da
ONU à região e afirmou que a Grã-Bretanha vai levar a questão às Nações
Unidas. Se confirmados, os ataques marcam "uma escalada chocante no uso
de armas químicas na Síria", afirmou Hague.
As organizações rebeldes divulgaram vídeos em que diversos corpos
aparecem amontoados, sem sinal aparente de sangue ou ferimentos. As
imagens, porém, não mostram danos materiais em ruas ou prédios. Poucas
horas depois da acusação dos oposicionistas, o regime do ditador Bashar
Assad negou o ataque, em comunicado transmitido pela TV estatal.
Entenda o caso
• Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia,
sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o
governo do ditador Bashar Assad.
• Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças
de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no
país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
• Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas,
Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já
configurava uma guerra civil.
• Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a
Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi
sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.
Sediado em Londres, o Observatório Sírio de Direitos Humanos,
possui uma ampla rede de ativistas no país em conflito e assinalou que o
Exército sírio lançou durante a madrugada um bombardeio com gases
tóxicos asfixiantes nas regiões de Al Guta e Muadamiya al Sham. A
operação, além de deixar centenas de feridos, teria matada ao menos 650
pessoas, segundo a Comissão Geral da Revolução Síria relatou à rede Al
Arabiya.
Os grupos oposicionistas pediram à missão da ONU
que investiga o uso de armas químicas em território sírio que visite os
distritos de Damasco bombardeados – após vários adiamentos, a equipe
internacional de analistas chegou ao país há três dias. A Coalizão
Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança opositora, denunciou que o
regime restringe os movimentos da missão das Nações Unidas. Negativa – Por outro lado, o governo sírio negou o
ataque por meio de comunicado divulgado na televisão estatal. A agência
de notícias oficial síria Sana, citando uma "fonte de informação",
chamou a notícia do bombardeio de "falsa" e "sem fundamento".
Segundo os órgãos do governo, os dados divulgados em canais de
televisão como Al Jazeera, Al Arabiya e Sky News, entre outras
emissoras, não merecem confiança porque essas redes dariam "apoio ao
terrorismo" e, neste caso, o objetivo seria distrair a missão da ONU e
seus trabalhos.
Especialistas costumam sugerir compras fracionadas, mas o cenário atual é de alta até o fim deste ano, pelo menos
Lana Canepa, especial para a Gazeta do Povo, com Folhapress
Em
apenas um mês a cotação do dólar subiu mais de 10 centavos,
estabelecendo novos patamares para a divisa, acima de R$ 2,40. Diante da
alta, quem precisa de moeda americana até o fim do ano para
compromissos no exterior deve comprar a quantia integral o quanto antes,
dizem economistas.
R$ 2,416 foi o valor de fechamento do dólar ontem,
na cotação de venda. O Banco Central realizou três leilões de swap
cambial tradicionais, que equivalem a venda de dólares no mercado
futuro, visando conter a disparada do dólar. À noite, o Banco Central
distribuiu uma nota oficial assinada pelo seu presidente, Alexandre
Tombini, em que afirma que a alta recente incorpora “prêmios
excessivos”. “As cotações oscilam”, diz a nota. “A concentração de posições em uma
única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos
unidirecionais da moeda.” Tombini disse também que está atento ao
processo global de “realinhamento” das moedas. O dólar tem se valorizado
frente às dividas dos demais países devido às incertezas sobre a
retirada dos estímulos à economia pelo Fed, o banco central americano. A
expectativa de alta de juros nos EUA provoca uma saída de recursos de
outros mercados para lá, o que eleva as taxas de câmbio e juros dos
outros países.
De acordo com os especialistas, o momento não é propício para
esperar novas quedas. A recomendação dos especialistas ouvidos é
fracionar a aquisição apenas se a despesa, como um curso ou uma viagem,
estiver programada para um futuro mais distante – algo como 12 meses ou
mais. Antes disso, a perspectiva é de novas altas e de muita
instabilidade para o mercado de câmbio.
Os mais pessimistas apostam que a moeda vai chegar a R$ 2,70 ainda
este ano, e que o fenômeno das últimas semanas é apenas o prenúncio de
uma fase turbulenta. Na origem do problema está o governo americano.
Para sair da crise, o banco central de lá (Federal Reserve, também
conhecido como Fed) injetou dinheiro na economia, por meio da compra de
títulos públicos.
Com a retomada do crescimento, esses estímulos devem ser retirados, o
que poderá trazer uma alta nos juros dos Estados Unidos. A
possibilidade de isso acontecer já vem provocando a migração de recursos
de outros países para o mercado dos EUA. Em consequência, o dólar se
fortalece e a oferta de moeda em países como o Brasil é reduzida.
Resultado: preços mais altos.
Esse cenário não tende a mudar até o fim deste ano, pelo menos.
Portanto, quem precisar da moeda estrangeira deve mesmo antecipar as
compras. “O Banco Central brasileiro, apesar de estar entrando no
mercado, não consegue estancar esse movimento. A menos, é óbvio, que
ocorra um movimento diferente, vai continuar subindo, porque tem mais
gente comprando dólar do que vendendo”, afirma José Kobori, estrategista
da JK Capital, empresa de fusões e aquisições de empresas com sede em
São Paulo.
Outro agravante é a desaceleração da economia brasileira. As baixas
estimativas de crescimento assustam os investidores, que vão embora e
levam os dólares com eles. As declarações do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, também não ajudaram muito. Na semana passada, Mantega afirmou
que o dólar passou para outro patamar, e que ele não sabe aonde a moeda
americana vai chegar.
Mesmo os mais otimistas recomendam pressa àqueles que precisam de
dólares. “Para quem tem dinheiro para comprar agora, é melhor garantir.
Mas não precisa ficar desesperado: da mesma forma que sobe rápido,
também desce”, afirma o consultor financeiro Raphael Cordeiro.
Dispositivos de origem duvidosa potencializam riscos de acidentes, mas mesmo o produto original requer atenção As
recentes notícias sobre choques elétricos e explosões de aparelhos
celulares - envolvendo, coincidentemente, os cultuados iPhones -
enquanto suas baterias estavam sendo recarregadas suscitaram temores
entre os usuários. O caso mais grave resultou na morte de uma usuária
chinesa do smartphone da Apple, que foi eletrocutada ao atender uma
ligação com o aparelho conectado à tomada. Em outro caso, também na
China, um homem ficou em coma, vítima de um choque ao tentar tirar o
carregador de bateria do seu iPhone 4 da tomada. Com a divulgação desses
casos, outras notícias do tipo também ganharam espaço na internet nos
últimos dias, inclusive envolvendo aparelhos de outras marcas (a bateria
de um Galaxy S4 explodiu e acabou destruindo um apartamento em Hong
Kong). Em comum, além de terem ocorrido na China, está o fato de que,
nesses casos, os usuários supostamente recarregavam seus aparelhos com
carregadores "piratas".
As
condições em que o smartphone deve ter sua bateria recarregada merecem
atenção por parte do usuário, envolvendo itens como a qualidade do
dispositivo de recarga, sua amperagem, conservação de fios, tomada e
conectores
Não há ainda estudos conclusivos de que apenas
carregadores de origem duvidosa trazem riscos ao aparelho e ao usuário -
ou de que, independente do tipo de carregador, seja realmente perigosa a
combinação da radiação emitida pelo aparelho celular (no momento
ligação) com a corrente elétrica que chega até o aparelho (no momento da
recarga). Mas o risco de acidentes a que estão sujeitos os usuários ao
optarem por acessórios de marcas desconhecidas - que não garantem um
controle de qualidade e conformidade com as especificações do smartphone
- foi confirmado pela Apple. A companhia recomendou a utilização
acessórios originais e anunciou um programa de substituição, através do
qual os usuários podem trocar seus carregadores genéricos por um
original, pagando apenas US$ 10.
O Brasil não está incluído no
programa de substituição de carregadores da Apple, mas isso não
significa que os brasileiros estejam imunes a problemas semelhantes,
mesmo utilizando o acessório original. Na semana passada, um usuário
brasileiro de iPhone relatou no site MacMagazine que seu aparelho
"entrou em curto e começou a pegar fogo em cima da cama", ligado à
tomada com carregador original. A suspeita do usuário é de que o iPhone
estava em local que estimulou o superaquecimento do aparelho no momento
da recarga.
Conjunto de fatores
Para
Daniel Meneses, proprietário da loja Dtech em Fortaleza, especializada
na venda e manutenção de smartphones, problemas desse tipo são
decorrentes de um conjunto de fatores. "É um processo de dentro para
fora", diz, indicando que o aparelho deve já ter algum problema interno
para esquentar além do normal e estar predisposto a algum dano sério na
hora da recarga da bateria. Mesmo assim, Meneses recomenda que os
smartphones sejam recarregados em uma superfície sólida que não favoreça
seu aquecimento.
Caso utilize uma capa protetora, este acessório
não trará riscos de superaquecimento se for de marca homologada pela
Apple, que passam por testes de qualidade. "O problema é que na China,
muitos desses produtos originais são falsificados", comenta.
Um
dispositivo também muito usado para carregar a bateria do iPhone são as
dock stations (bases para conexão do aparelho) oferecidas por marcas de
acessórios da Apple. No entanto, seu mal uso, com encaixe e desencaixe
constantes, pode danificar a parte interna da porta de conexão do
smartphone. Este é um problema comum entre os clientes que procuram a
assistência técnica, segundo o proprietário da Dtech. Por isso, para
quem deseja adquirir uma acessório desse tipo com a finalidade de ouvir
música do smartphone, Daniel Meneses recomenda as dock stations que
também tenham o recurso de Bluetooth.
Olho na amperagem Mesmo
se o usuário contar com carregadores de bateria da própria Apple, é
necessário ter atenção. Embora tenham conexões compatíveis, os
acessórios que acompanham aparelhos como iPhone, iPad e iPod têm
diferenças na amperagem. Se um carregador (obviamente de mesma voltagem)
oferece uma amperagem igual ou maior do que a do aparelho, então ele
pode ser usado. Mas o carregador com amperagem menor não é recomendável.
"Não pode carregar iPad com carregador do iPhone", exemplifica Meneses.
O
mesmo cuidado também deve ser tomado em relação a carregadores
veiculares, que não são oferecidos originalmente pela Apple. Os
recomendados são de marcas compatíveis como Griffin, Incase e Belkin.
Utilizar
carregadores de diferentes amperagens, bem como variar a recarga entre
um carregador e a porta USB do computador, pode prejudicar a vida útil
da bateria. Cada PC tem especificações diferentes para suas portas USB,
feitas tanto para o tráfego de dados quanto para transmissão de corrente
elétrica para os periféricos. O iPad, por exemplo, não consegue ser
recarregado pela porta USB do PC, que tem amperagem muito baixa. Em
resumo, diz Meneses, é bom usar sempre o mesmo carregador, testado e
aprovado pelo fabricante. RECOMENDAÇÕES Utilize apenas carregadores originais especificados para o modelo do seu aparelho.
Verifique
se a amperagem do carregador é igual ou superior à exigida pelo seu
smartphone. Se for menor, a bateria do aparelho não vai receber a
recarga corretamente, podendo ter sua vida útil afetada.
Procure
assistência técnica se notar que o dispositivo apresenta
superaquecimento enquanto está no processo de recarga da bateria. Os
casos de explosões, incêndio e choque elétrico acontecem quando já há
algum problema no aparelho que potencializa os riscos.
Evite atender ou fazer ligações telefônicas enquanto o aparelho estiver recarregando na tomada.
O governo vai tentar manter o veto que acabava com a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS Brasília
O Palácio do Planalto deflagrará operação no Congresso na próxima
semana para impedir a derrubada de vetos da presidente Dilma Rousseff
que vão causar impactos bilionários nas contas da União.
Há
a promessa da derrubada do veto ao projeto que redefine os critérios
para a distribuição de recursos federais para estados e municípios.
Dilma vetou trecho que retira os impactos das desonerações concedidas
pelo governo FOTO: AG BRASIL
Com a disposição de líderes
governistas derrubarem os chamados "vetos bombas", alguns incluídos na
pauta pelos próprios aliados, emissários de Dilma admitem flexibilizar
parte das propostas.
Apesar de considerar como elevado o risco de
derrota, o governo vai tentar convencer, por exemplo, sua base a manter
o veto ao projeto que acabava com a multa adicional de 10% sobre o
saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem
justa causa e que consumirá R$ 3 bilhões.
A equipe presidencial
tenta negociar a manutenção do veto em troca da aprovação de projeto que
ponha fim à multa gradualmente, nos próximos quatro anos. A proposta já
foi discutida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com
a equipe econômica como alternativa para evitar derrota completa do
governo no tema, uma vez que os recursos da multa são destinados ao
programa Minha Casa, Minha Vida.
O veto ao fim da multa adicional
do FGTS entrou na lista de itens previstos para a próxima terça-feira
dentro da nova sistemática acertada entre Congresso e o governo.
A
nova regra define que os vetos têm de ser apreciados pelo plenário do
Legislativo 30 dias após leitura. Caso contrário, passa a trancar a
pauta de votação. O governo vai tentar ainda um adiamento da votação dos
vetos na busca de negociar a manutenção dos vetos mais importantes. O
assunto será tratado pela presidente com o senador Renan na segunda.
Ameaça Renan
está disposto a colocar todos os vetos encaminhados ao Congresso desde o
dia 1º de julho, inclusive de temas que desagradam o Planalto. "Por
enquanto, todos estão postos. A cédula está publicada, o modelo de
cédula está pronto", disse. Também há a promessa da derrubada do veto ao
projeto que redefine os critérios para a distribuição de recursos
federais para Estados e municípios. Dilma vetou trecho que retira os
impactos das desonerações concedidas pelo governo federal.
Outro
veto que preocupa o governo é o que impede a licença hereditária para
taxistas, que passariam a ter direito de transferir a concessão do
serviço a parentes em caso de morte. Dilma vetou a proposta pela segunda
vez e irritou os congressistas.
A análise dos vetos preocupa o
Planalto especialmente porque a votação é secreta em cédulas de papel e,
com isso, os governistas perdem poder de pressão sobre aliados. Na
sessão de terça, o Congresso vai analisar 137 dispositivos de 11
projetos.
Risco Caso se repita o apoio
dos parlamentares durante a votação dos projetos, os vetos do FGTS e do
FPE poderão ser derrubados. O fim da multa do FGTS teve o voto favorável
de 62 senadores de 315 deputados. Se os mesmos parlamentares votarem
contra o veto, ele será derrubado.
O líder do PSD, deputado
Eduardo Sciarra (PR), confia que o placar do Plenário vai permitir a
derrubada do veto do fim da multa extra do FGTS. "Há uma disposição
grande na derrubada do veto do fim da multa adicional, a votação na
Câmara foi muito expressiva e entendemos que essa vontade deve ser
novamente manifestada na votação de terça-feira", disse.
Já o
vice-líder do PT deputado Bohn Gass (RS) disse que ainda é muito cedo
para falar em derrota. Ele ressaltou que a multa, embora não seja mais
usada para recompor perdas do FGTS, é aplicada em programas
habitacionais que serão comprometidos. "Quem vai perder (com a queda do
veto) é o povo, o processo de construção de habitação popular que também
privilegia o comércio e a indústria".
Histórico Em
março deste ano, o Congresso derrubou os vetos ao projeto que
redistribuiu os royalties do petróleo entre todos os estados e
municípios. Apesar de a nova lei estar com a aplicação suspensa por
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), foi a disputa pelos royalties
que reabriu a discussão sobre a votação dos vetos pelo Congresso. À
época, estavam acumulados nas gavetas do Congresso, pendentes de
análise, mais de três mil vetos.
Grupo de empresários e e engenheiros inova ao construir residências com plásticos, madeira e blocos encaixáveis
Osny TavaresCimento
e tijolo sempre foram a receita perfeita para uma casa. Porém, um grupo
de empresários e engenheiros espera superar esse conceito. Investindo
em outros materiais, eles criam sistemas de construção inovadores com
plástico, madeira e blocos prensados encaixáveis. As residências,
voltadas para o setor popular, ganham em eficiência e agilidade, podendo
ser construídas em até 15 dias, em alguns casos.
Montadas como um
“Lego gigante”, e economizam recursos por não gerar entulho e precisar
de menos água e energia no processo de construção.
Vantagens
Um dos diferenciais dos métodos construtivos é a facilidade de
montagem. Por ser um produto que sai pronto da fábrica, não precisa de
mão de obra qualificada e pode ser implantada de forma pulverizada. Isso
os torna indicados para habitações rurais e cidades pequenas, onde é
mais difícil encontrar recursos humanos. Também é imune a erros de
projeto e execução, evitando desvios por corrupção, como nos casos em
que construtores usam menos material que o relacionado no projeto
apresentado à Caixa.
São uma resposta potencialmente viável ao desafio do programa
Minha Casa Minha Vida, cuja meta é colocar 3 milhões de residências em
pé até o ano que vem. O governo federal enfrenta uma batalha contínua
para mitigar problemas de qualidade e prazo, deficiências históricas no
setor de habitação popular e que podem comprometer a credibilidade do
programa, lançado em 2009.
No Paraná, o primeiro loteamento com tecnologia modular foi
implantado em Irati, Centro-Sul do estado, em 2012. As 56 unidades foram
construídas com o sistema woodframe, em que as paredes são feitas de
placas duplas de compensado de madeira reflorestada “recheado” com lã de
ferro. Antes, a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) promoveu
reuniões com os futuros moradores para esclarecer dúvidas em relação ao
projeto, que tem garantia de 30 anos.
Para o diretor de Programas e Obras da Cohapar, Orlando Agulham
Júnior, os novos métodos construtivos representam uma resposta à
demanda aquecida. Um cenário que também contribui para que o preço do
produto se torne competitivo e possa vencer concorrência pública. “Não
podemos fazer licitação exclusiva para inovadores, pois seria uma
modalidade dirigida. Então as empresas precisam oferecer as mesmas
condições”, explica. Burocracia
O governo federal agilizou o processo burocrático para que essas
empresas possam continuar seu trabalho e vender suas habitações a
tomadores de crédito em bancos estatais. O lançamento do Sistema
Nacional de Avaliações Técnicas (Sinat), em 2007, possibilitou aos
inovadores driblar etapas desnecessárias. Antes, os projetos de inovação
habitacional precisavam se submeter a um processo de homologação pela
Caixa Econômica Federal que costumava se arrastar por anos, caso
quisessem contar com financiamento público. Como os padrões para
homologação eram os da engenharia civil convencional, havia desacertos
entre a metodologia de análise da Caixa e a proposta das construtoras. Método dispensa água e energia elétrica até estar 80% concluído
Uma das maiores empresas de tecnologia habitacional do Brasil está
instalada em Curitiba. A iHome produz atualmente 520 unidades por mês e
investe em uma nova fábrica, com capacidade para mais 4,4 mil casas.
São, na maioria, modelos populares, vendidos via Minha Casa Minha Vida
ou por financiamento privado.
As paredes são feitas com blocos de tijolo prensado, encaixáveis em
barras verticais fincadas no chão. Com isso, a parede é levantada sem a
necessidade de cimento, e a construção dispensa água e energia elétrica
até estar 80% pronta. “O acabamento da obra é impecável. Construímos sem
gerar transtorno e despendendo menos recursos naturais”, defende André
Veronese, diretor de operações da empresa. O preço da habitação de 35 m²
é R$ 47 mil, e a unidade leva em média 45 dias para ficar pronta.
A MVC, empresa sediada em São José dos Pinhais, Região Metropolitana
de Curitiba (RMC), também investe neste setor. Especializada em
soluções plásticas para automóveis, a companhia viu na habitação uma
forma de conquistar novos mercados usando a matéria-prima com a qual
trabalha há mais de 20 anos. “Quando percebemos, oito anos atrás, que o
nosso segmento estava consolidado, resolvemos levar a tecnologia de
plásticos para a construção civil e investimos R$ 40 milhões no
projeto”, lembra Gilmar Lima, diretor geral da MVC.
A casa construída pela empresa é feita com chapas de plástico,
semelhante ao casco de um barco. Foram implantadas unidades no Rio
Grande do Sul, Pará e Rio de Janeiro, e para países como Venezuela,
Angola e Moçambique. “Imagine a resistência de um barco que passa 50
anos na água”, salienta.
O foco da empresa atualmente é a construção de escolas. “Reduziríamos
o tempo de implantação de dois anos, para seis meses o que é
fundamental para as necessidades do país”.
MPF que anular cláusula dos contratos que tratam de perda dos créditos. Decisão foi unânime no TRF da 1ª região, mas ainda cabe recurso.
Do G1, em São Paulo
As operadoras de telefonia móvel estão proibidas de estabelecer prazo
de validade para créditos pré-pagos, em todo o país, por uma decisão da
5ª Turma do TRF da 1ª Região, segundo nota publicada nesta quinta-feira
(15).
O relator do processo entendeu que o prazo de validade dos créditos
pré-pagos são "um manifesto confisco antecipado" e que esbarram no
Código de Defesa do Consumidor.
A decisão foi unânime, mas ainda cabe recurso. Se descumprida, há multa diária de R$ 50 mil.
As operadoras Vivo, Oi, Amazônia Celular e TIM
têm 30 dias para reativar o serviço de todos os usuários que tiverem
sido interrompidos, e devem devolver a exata quantidade de créditos em
saldo que o cliente tinha à época da suspensão.
Procurado pelo G1, o Sinditelebrasil, que
representante empresas de telefonia, não se pronunciou sobre o assunto
até a última atualização desta reportagem.
A proibição foi dada em relação a um recurso do Ministério Público
Federal (MPF) contra sentença da 5ª Vara Federal do Pará. O MPF entrou
com uma ação civil pública contra a Anatel e as operadoras Vivo, Oi,
Amazônia Celular e TIM, mas a primeira decisão foi a favor das
operadoras, ao afirmar que "a restrição temporal de validade dos
créditos de celulares pré-pagos não apresenta qualquer irregularidade".
O MPF quer anular as cláusulas dos contratos firmados entre os usuários
do serviço e as operadoras que preveem a perda dos créditos adquiridos
após um certo tempo ou que condicionem a continuidade do serviço à
compra de novos créditos.
No recurso, o MPF apontou que a expiração dos créditos são "afronta ao
direito de propriedade e caracterização de enriquecimento ilícito por
parte das operadoras" e considerou que as "cláusulas contratuais são
abusivas", porque desequilibram a relação entre o consumidor e as
operadoras que fornecem os serviços.
O relator do processo na 5ª Turma, desembargador federal Souza
Prudente, entendeu que o prazo de validade dos créditos pré-pagos são
"um manifesto confisco antecipado" e que esbarram no Código de Defesa do
Consumidor. Ele entendeu que se trata de abuso e de discriminação entre
os usuários, já que os com menor poder aquisitivo não teriam tratamento
isonômico em relação aos demais usuários desses serviços públicos de
telefonia. Legislação
Uma resolução da Anatel
(316/2002) estabelece que, esgotado o prazo de validade dos créditos, o
serviço pode ser suspenso parcialmente, tanto com o bloqueio para
chamadas originadas quanto para o recebimento de chamadas a cobrar. Fica
permitido o recebimento de chamadas que não importem em débitos para o
usuário pelo prazo de, no mínimo, 30 dias.
Depois deste prazo, o serviço poderá ser suspenso totalmente, com o
bloqueio para o recebimento de chamadas pelo prazo de, no mínimo, 30
dias. Ao fim deste período, o contrato de prestação do serviço pode ser
rescindido pela prestadora.
Segundo o TRF1, a resolução foi revogada por uma outra (477/2007) que
estabelece que os créditos podem estar sujeitos a prazo de validade e
que a prestadora deve oferecer, no mínimo, os com validade de 90 a 180
dias. Se forem inseridos novos créditos antes do prazo previsto para
rescisão do contrato, os não utilizados e com prazo de validade expirado
serão revalidados pelo mesmo prazo dos novos créditos adquiridos. Julgamento
O desembargador federal Souza Prudente disse que a Anatel não pode nem
deve extrapolar os limites da legislação de regência, como no caso, para
"possibilitar o enriquecimento ilícito das concessionárias de telefonia
móvel".
"Também não me convencem os argumentos no sentido de que a relação
contratual estabelecida entre a concessionária e os usuários teria
natureza eminentemente privada e, por isso, a fixação de determinado
prazo de validade para os créditos por eles adquiridos não estaria
sujeita à expressa previsão legal”, completou Souza Prudente, pois o
serviço de telefonia é, sem dúvida, serviço público essencial, concedido
a essas concessionárias, para disponibilizá-lo a seus usuários, com
eficiência, qualidade, sem qualquer discriminação, observando-se os
princípios da razoabilidade, proporcionalidade e moralidade.
O ato está marcado para as 15h desta quarta, no Vale do Anhangabaú, região central de São Paulo
Terra
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o Movimento Passe Livre e
mais 19 entidades, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), farão um protesto na
quarta-feira, dia 14 de agosto, contra a suposta formação de cartel em
obras e licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPMT). O ato está marcado para as 15h, no Vale do
Anhangabaú, região central de São Paulo.
A passeata deve seguir pelas ruas do Centro da capital e terminar
na Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Os manifestantes exigem
que o dinheiro do suposto cartel seja devolvido ao Estado para melhoria
do transporte público e redução das passagens. Para isso, eles pretendem
entregar uma série de reivindicações ao secretário dos Transportes
Metropolitanos, Jurandir Fernandes.
Tarifas
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas
grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos
para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos
prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional,
dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de
milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com
um significado ainda não plenamente compreendido.
A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril,
milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para
protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a
mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado.
Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde
sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio
ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em
violentos confrontos com a polícia.
A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a
pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil
viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos
últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes,
mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a
realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de
mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba,
Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama
de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um
movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do
regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é
um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o
movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”,
disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de
críticas.
ubarão menor engoliu a isca, mas acabou virando isca também. Grupo estava tentando recapturar tubarões marcados para pesquisa.
Do G1, em São Paulo
Pesquisadores da Universidade de Delaware (EUA) estavam tentando
recapturar tubarões que tinham sido marcados para pesquisa científica na
costa do estado, quando fisgaram um tubarão enorme com outro menor
dentro de sua boca.
Pesquisadores fisgaram tubarão enorme com outro menor dentro de sua boca (Foto: Reprodução/Facebook/University of Delaware)
Segundo os pesquisadores, o tubarão menor havia engolido a isca que
eles usaram para capturar espécimes maiores, mas ele acabou virando isca
de um predador maior.
A universidade originalmente marcou os tubarões para obter informações sobre os níveis populacionais na costa de Delaware.
Acidente aconteceu na manhã desta segunda-feira (12) próximo à pista. Piloto e copiloto morreram no local. AFA vai investigar causas da queda.
Do G1 São Carlos e Araraquara
Um avião da Academia da Força Aérea (AFA) caiu, na manhã desta segunda-feira (12), próximo à pista em Pirassununga
(SP). O piloto e o copiloto que estavam na aeronave da Esquadrilha da
Fumaça, um Super Tucano A-29, morreram na hora. A Força Aérea Brasileira
(FAB) disse que já iniciou as investigações para apurar os fatores que
causaram a queda.
O acidente ocorreu durante uma missão de treinamento, por volta das 9h.
Segundo a FAB, os dois ocupantes da aeronave, capitão aviador João Igor
Silva Pivovar e capitão aviador Fabricio Carvalho, chegaram a realizar a
ejeção, mas morreram no local.
O A-29 é usado em patrulhamento nas fronteiras do Brasil. O Super
Tucano tem praticamente o dobro do peso do T-27 e quase o dobro de
potência. A velocidade máxima também aumentou de 550 quilômetros por
hora para 590 quilômetros por hora.
No domingo (11), durante a homenagem ao Dia dos Pais na cidade, a Esquadrilha da Fumaça nem chegou a fazer manobras porque os pilotos ainda estão em treinamento com o novo modelo (A-29) que substituiu os antigos Tucanos T-27.
Além da equipe de pilotos, mecânicos e demais membros do Esquadrão de
Demonstração Aérea (EDA) também estão em fase de preparação para a
transição que está prevista para terminar somente no ano que vem.
O último acidente com a Esquadrilha da Fumaça foi em abril de 2010 quando um avião caiu
durante uma exibição em Lages (SC). Na ocasião, o piloto de 33 anos
também morreu. Durante uma manobra, feita em comemoração aos 68 anos do
Aeroclube de Lages, a aeronave T-27 bateu no solo. O avião caiu na beira
da pista do Aeroporto Federal da cidade, bem perto das pessoas e de
residências. Histórico
Em maio a esquadrilha completou 62 anos. A história começou no Rio de
Janeiro. Instrutores de voo da escola de aeronáutica decidiram treinar
acrobacias em grupo nas horas de folga. A primeira exibição para o
público foi em 14 de maio de 1952. Três anos mais tarde, a Esquadrilha
ganhou os próprios aviões.
O modelo escolhido foi o norte-americano T6. A esquadrilha foi
reconhecida como unidade da FAB em 1963. Treze anos depois foi
desativada e só voltou em 1983. Em seguida recebeu o Tucano T-27,
fabricado no país, e em 2002, a troca de cores deixou os tucanos ainda
mais brasileiros.
Foto mostra Super Tucano A-29, do mesmo modelo da aeronave que caiu (Foto: Pedro Santana/EPTV)
Encontro em Bauru reuniu cerca de 500 lideranças do partido no estado. Ex-presidente disse que ministro concluirá Mais Médicos antes de anúncio.
Alan SchneiderDo G1 Bauru e Marília
O ex-presidente Lula brinca Alexandre Padilha e
Rui Falcão (Foto: Alan Schneider/G1)
Em encontro do PT em Bauru nesta sexta-feira (9), o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
"falou como candidato", ao discursar antes, para cerca de 500
lideranças do partido no estado de São Paulo. O evento, nomeado "Grande
Encontro do Interior", encerrou debates ocorridos entre abril e junho em
caravanas que chegaram a 20 cidades paulistas.
O ministro da Saúde é cotado na legenda para concorrer ao governo do
estado no ano que vem. Em sua fala, Lula brincou ao comparar o discurso
dos petistas presentes.
“Veja que engraçado. Eu vi todo o cuidado que o companheiro Edinho
[Silva] teve para dizer que Padilha não é candidato. Vi o Gilberto
Carvalho fazer quase que uma profissão de fé que o Padilha não é
candidato. Mas na hora que ele [Alexandre Padilha] pegou a palavra, ele
falou como candidato”, afirmou Lula.
A expectativa no encontro era o lançamento da candidatura de Padilha,
mas o ministro evitou qualquer comentário sobre sucessão paulista em
2014. Concentrou o discurso em defender o programa Mais Médicos, lançado
em julho, e em exaltar o governo Dilma.
Principal cabo eleitoral e articulador do PT, o ex-presidente disse que
o ministro tem suas prioridades à frente da pasta antes de se projetar a
candidato, em referência ao Mais Médicos.
Terei muito orgulho de poder morrer feliz no dia seguinte às eleições
se a gente puder anunciar de uma só vez, a vitória da presidenta Dilma e
da eleição pela primeira vez do governador do estado de São Paulo"
Lula
“Temos que entender as razões dele e, da presidenta Dilma. Porque ele
apresentou à nação brasileira um programa para recuperar a questão da
saúde neste país. Ele apresentou uma proposta que está no Congresso
Nacional. E ele não pode apresentar uma proposta e sair de fininho e
deixar a coisa não ser aprovada dentro do Congresso. Portanto, ele vai
ter que ficar aprovar essa questão e daí sair para fazer a briga que ele
quiser”, explicou Lula.
Em sua fala, o ministro mostrou interesse em melhorias no estado de São
Paulo. “Queria que fosse convocado todos os ministros para que a gente
possa debater junto com a militância do PT e com a sociedade do Estado
de São Paulo como nós podemos fazer esse nosso estado ser o melhor
estado para se estudar, o melhor estado para se trabalhar, o melhor
estado para se produzir, o melhor estado para se viver no Brasil”,
ressaltou Padilha.
Antes de viajar para São Paulo, Lula deixou claro o otimismo quanto às
eleições para presidente e para o governo de São Paulo e cutucou os
adversários do PSDB. “Para ganhar precisamos de 50% mais um. Tucano não é
bobo não. Ele não tem aquele bico grande à toa. Terei muito orgulho de
poder morrer feliz no dia seguinte às eleições se a gente puder anunciar
de uma só vez, a vitória da presidenta Dilma e da eleição pela primeira
vez do governador do estado de São Paulo”
Lançado pelas mãos de Padilha, o Mais Médicos prevê o atendimento dos
alunos de medicina na rede pública de saúde e a contratação de médicos
estrangeiros em cidades do interior e periferias de grandes cidades
dispensadas por brasileiros. O programa enfrenta resistência de parte da
categoria e, antes mesmo de começar a ser analisado no Congresso, já
sofreu mudanças.
Durante o evento que reuniu mais 500 pessoas. Além do ex-presidente
Lula e do ministro Padilha, estiveram presentes outras lideranças
nacionais do PT, como o deputado estadual e presidente do diretório
nacional do PT, Rui Falcão, do ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, do deputado e
presidente do diretório estadual do partido, Edinho Silva, e do senador
Eduardo Suplicy.
Encontro em Bauru reuniu cerca de 500 lideranças do PT do interior de São Paulo (Foto: Alan Schneider/G1)