Piloto do senador Romero Jucá, dono de uma empresa de táxi aéreo, é nomeado como assistente parlamentar no Senado. Associação de servidores pede investigação
Josie JeronimoSOB SUSPEITA
Senador Romero Jucá terá de explicar contratação de piloto
A explicação pode estar relacionada a questões políticas. Pilotos de aeroclubes do Estado contaram à ISTOÉ que Veloso trabalha com pequenas aeronaves modelo Cessna. Nas eleições deste ano, ele ajudou a fazer transporte de material de campanha a municípios de difícil acesso. Desde 2006, Jucá passou a usar com frequência os serviços de Veloso no Estado. O piloto conhece como poucos profissionais do ramo os garimpos e as reservas indígenas locais. Procurado pela reportagem, ele não soube explicar por que preferiu se afastar da Setanorte em troca da nomeação no Senado. O piloto-empresário não despacha do escritório do parlamentar em Boa Vista, mas da sede do PMDB municipal. “Eu realmente me afastei das operações da Setanorte antes de assumir este cargo. Foi uma exigência do Senado”, alega.
Elias Castilho, da Associação dos Secretários Parlamentares, afirma que a contratação do piloto deve ser investigada. “Eu entendo que é irregular contratar pessoas que exercem outras atividades. Ter cargo de confiança e ser dono de uma empresa não é compatível”, disse. Castilho também acha curioso alguém deixar o comando de uma empresa lucrativa por um salário de assistente parlamentar. Esse mistério, pelo visto, só Jucá poderá esclarecer.
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