Governo contesta informação e argumenta que aumento não depende de ‘decisão unilateral’ da presidente, mas segue o estabelecido em decretos
A presidente Cristina Kirchner exibe edição do jornal 'Clarín' durante pronunciamento
(Reprodução TV)
O governo reagiu à reportagem, divulgando comunicado no qual contesta a informação: “Não é certo que tenha aumentado em 42% o salário da senhora presidente e das demais autoridades entre março e outubro.” O texto não diz, no entanto, de quanto teria sido o aumento no período. O texto afirma ainda o salário da presidente – e também de ministros e secretários – não depende de uma “decisão unilateral”, mas segue o estabelecido em dois decretos, um de 2006 e outros de 2010.
O Clarín ressalta que a informação sobre o aumento tem como base dados de uma agência oficial. E questiona a justificativa de que o aumento segue a “norma vigente”, fruto de um acordo coletivo da administração pública: “Por que então a remuneração dos funcionários estatais aumentou 21% e a de Cristina, o dobro?”
Ao falar sobre o aumento de salário da presidente, o diário ressaltou que, ao contrário do que ocorre em outros países, na Argentina as informações sobre quanto ganham funcionários públicos não está sempre disponível. A única vez que Cristina Kirchner apresentou seu contracheque foi em dezembro de 2009, quando seu salário era de pouco mais de 24.000 pesos argentinos.
Em março passado, depois de um pedido apresentado pelo jornal, a Secretaria Geral da Presidência publicou em seu site oficial o salário recebido pela presidente em janeiro, mostrando que ele havia duplicado em apenas dois anos – chegando a quase 49.000 à época.
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