Cerca de 150 foguetes foram lançados na madrugada. Trégua temporária é esperada durante período de visita do premiê egípcio, que apoia o Hamas
Bombardeios israelenses duraram toda a noite na Faixa de Gaza (Ahmed Zakot/Reuters)
O ataque a Tel Aviv foi o primeiro a ameaçar a cidade desde a Guerra do Golfo de 1991. Fontes israelenses afirmam que um dos projéteis caiu no mar e o outro atingiu uma área inabitada no subúrbio. Segundo Israel, ao menos 422 foguetes foram lançados de Gaza em direção ao território do país nos últimos dias, desde a última quarta-feira, quando teve início a mais recente onda de tensão entre israelenses e palestinos.
Desde então, foram registradas as mortes de 18 palestinos e três israelenses, além de centenas de feridos de ambos os lados. A expectativa, no entanto, é de um cessar-fogo pelo menos nas próximas horas, em razão da visita do primeiro-ministro egípcio, Hisham Kandil, à Faixa de Gaza.
Kandil chegou na Faixa de Gaza na manhã desta sexta-feira (horário de Brasília), informou a televisão oficial egípcia. O presidente do Egito, o islamita Mohamed Mursi, encarregou-o de viajar a Gaza à frente de uma delegação de alto nível após condenar o que considerou uma "impugnável agressão israelense" aos palestinos.
Apesar de não ser integrante da Irmandade Muçulmana, ele é considerado simpatizante da facção que assumiu o governo do Egito após o período de revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak. Por isso, deve manifestar seu apoio ao Hamas. Israel, mesmo assim, havia declarado que respeitaria a presença de Kandil e faria uma trégua temporária em sua ofensiva enquanto ele permancer em território palestino.
O momento mais dramático da crise atual foi a morte do chefe do braço armado do Hamas, Ahmed Jaabari, atingido por um foguete israelense na última quarta. A ação, com a qual Israel iniciou a operação "Pilar defensivo", foi justificada como uma reação ao crescente número de foguetes lançados de Gaza.
Em meio à escalada de tensão, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, autorizou a convocação de 30.000 reservistas. A convocação ocorre pela primeira vez desde a invasão terrestre de Gaza, ocorrida há quatro anos. Segundo as Forças Armadas de Israel, o país considera lançar uma nova ofensiva terrestre caso necessário.
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