Nordeste dos Estados Unidos ainda sofre com falta de energia e de gasolina
O presidente
dos Estados Unidos, Barack Obama, visitou nesta quarta-feira (31) às
vítimas da supertempestade Sandy - Jewel Samad/AFP
No distrito de Staten Island, em Nova York, os moradores reclamam que foram esquecidos. Autoridades locais informaram que algumas áreas da cidade só vão recuperar a energia em 11 de novembro. Quase 45% dos americanos de Nova Jersey e 15% dos nova-iorquinos estão sem energia.
A tempestade Sandy devastou os Estados Unidos na noite de terça-feira, deixando um saldo de 90 mortes confirmadas até agora. Além disso, o fenômeno causou um prejuízo de 50 bilhões de dólares para o país.
Abusos - Desde quarta-feira, a falta de combustível provocou a cobrança de preços abusivos em Nova York e Nova Jersey. Para piorar a situação para o consumidor, mais da metade dos postos de combustíveis em Nova York e Nova Jersey foi fechada por causa da queda de energia. Resultado: quem conseguiu oferecer o produto viu filas diante de seu estabelecimento.
"Todo mundo está procurando gasolina e protegendo a sua quando compra. Nós estávamos na fila para garantir uma quantidade extra de gasolina para manter nosso gerador funcionando. Gasolina e geradores são ouro. Eles estão mais populares do que um iPhone no dia do lançamento", disse Joe Saluzzi, co-gerente de uma corretora em Nova Jersey.
Nos táxis em Nova York, que puderam funcionar no esquema coletivo, os taxímetros nem sempre eram ligados, permitindo um acordo livre sobre preços. Os estacionamentos na cidade, que têm preços menores no período da madrugada, abandonaram a regra. E um café e um salgado em uma pequena delicatessen poderiam custar bem mais caros do que o preço normal.
Leis - Em Nova Jersey, cerca de 100 consumidores denunciaram preços abusivos às autoridades locais, segundo a rede NBC. O preço da gasolina subiu entre 20 e 30% em apenas um dia, o que é proibido na cidade, que obedece a uma lei que limita em 10% aumentos de preços durante uma emergência. Violações a essa lei são punidas com multa de 10.000 dólares.
Em Nova York, há relatos de diárias em hotéis em Manhattan que chegaram a subir de 269 para quase 700 dólares. No bairro de Queens, a interrupção do serviço de metrô levou os taxistas a cobrarem 80 dólares a corrida até Manhattan, o dobro da taxa normal. Na cafeteria La Delice Pastry Shop, no leste de Manhattan, o café aumentou de um dólar para três dólares. Na última terça-feira, andar por uma Manhattan às escuras em busca de pilha para lanterna podia levar o consumidor a pagar quinze dólares por um produto que normalmente custa cinco dólares. Em Nova York, a lei sobre o aumento de preço durante emergências é vaga, apenas proíbe vendedores de ‘cobrar preços excessivos sobre mercadorias essenciais durante situações anormais’.
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