Familiares e amigos fazem homenagem aos 242 mortos no incêndio da Boate Kiss, que completa seis meses neste sábado
Familiares das vítimas da Kiss entregam agasalhos para doação
(Lauro Alves/RBS)
Muitos deles também contribuíram com a iniciativa entregando roupas de familiares mortos na tragédia. As peças serão distribuídas a pessoas carentes. As manifestações prosseguem à tarde, com uma caminhada, e no início da noite, com um minuto de aplausos e um culto ecumênico.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Methodus para o Grupo RBS, divulgada neste sábado pelo jornal Zero Hora, mostrou que a percepção popular, independentemente do resultado das investigações e do processo criminal, é de que nem todos os responsáveis serão punidos. Dos 600 entrevistados entre os dias 20 e 22 de julho, 61,9% discordam da afirmação de que todos os responsáveis estão respondendo a processo na Justiça e 57,5% discordam da afirmação de que será feita justiça e os culpados serão condenados.
Questionados sobre quem consideram culpados, 85,2% apontaram os proprietários da boate, 75,5% o corpo de bombeiros, 68% o prefeito Cézar Schirmer (PMDB), 59% a banda Gurizada Fandangueira, 56% os funcionários públicos municipais que emitiram licenças e alvarás, 53% o Ministério Público e 43,8% o governador Tarso Genro (PT).
A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. A investigação concluiu que uma faísca produzida por um show pirotécnico atingiu o revestimento acústico do teto e queimou rapidamente a espuma provocando a fumaça tóxica que asfixiou a maioria das vítimas. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda que fazia o show são réus do processo, acusados pelo Ministério Público de homicídios com dolo eventual.
(com Estadão Conteúdo)
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