18 de jan. de 2013

Sequestradores argelinos pedem libertação de líderes presos nos EUA

Exército diz que 650 pessoas foram libertadas, mas operação prossegue

AFP
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O líder do grupo rebelde islâmico atuante no deserto africano está pedindo a libertação de militantes detidos nos Estados Unidos e o fim da intervenção da França no Mali, informa nesta sexta-feira a agência de notícias da MauritâniaANI.

A declaração ocorre em meio a uma crise de reféns em um campo exploração de gás em In Amenas, localidade argelina situada na região central do país e próximo à fronteira com a Líbia.

Mokhtar Belmokhtar, conhecido como "o Borgne", é um dos líderes históricos da Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (Aqmi). Além do fim da guerra no Mali, onde milícias do norte lutam pela independência contra o governo da capital Bamako, ele sugere a libertação de dois líderes mantidos presos nos EUA através da soltura de reféns americanos. Os dois líderes mencionados por Belmokhtar em um vídeo gravado e citado pela ANI são Omar Abdel-Rahman e Aafia Siddiqui.

Omar Abdel-Rahman (o xeque cego) foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos em 1995 por planejar ataques contra nova-iorquinos e assassinar o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak. Aafia Siddiqui é uma cientista paquistanesa presa nos Estados Unidos por ter tentado atirar em soldados americanos em 2008 no Afeganistão, enquanto era detida por suas presumidas ligações com a Al-Qaeda.

Fontes da segurança do Mali haviam indicado em outubro que Belmokhtar tinha sido expulso pelo chefe da brigada que ele dirigia.

O Exército da Argélia anunciou a libertação de mais de 650 pessoas, incluindo cem estrangeiros, nesta sexta-feira, mas o cerco ao campo de gás continua.

O governo francês confirmou que, reféns e sequestradores morreram durante um ataque do Exército argelino contra um comboio dos insurgentes. O exato número de vítimas, no entanto, ainda é desconhecido.

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