Forças americanas fazem transporte aéreo de tropas francesas e equipamentos até a capital Bamako
Soldados franceses chegam ao Mali em aviões americanos
(Eric Gaillard / Reuters)
Entenda o caso
- • No início de 2012, militantes treinados na Líbia impulsionam uma grande revolta dos tuaregues no norte do Mali. Em março, o governo sofre um golpe de estado.
- • Grupos salafistas, com apoio da Al Qaeda, aproveitam o vácuo de poder para tomar o norte do país - onde impõem um sistema baseado nas leis islâmicas da 'sharia'.
- • Em janeiro de 2013, rebeldes armados, com ideais bastante heterogêneos, iniciam uma ofensiva em direção ao sul do Mali, e o presidente interino, Dioncounda Traoré, pede socorro à França.
- • Com o aval das Nações Unidas, François Hollande envia tropas francesas e dá início a operações aéreas contra os salafistas, numa declarada guerra contra o terrorismo.
O ministro de Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, saudou o avanço das tropas como "um claro sucesso militar para o governo de Bamako e para as forças francesas que dão apoio às operações". Os soldados franceses que atuam junto das tropas africanas rumam para o norte do Mali, onde os radicais islâmicos da Al Qaeda teriam se refugiado depois dos bombardeios iniciados pela França.
O recente atentado no campo de gás de In Aménas, na Argélia, atribuído ao grupo islâmico Batalhão de Sangue, é considerado uma reação dos rebeldes ao apoio do governo argelino à intervenção francesa no Mali. Mais cedo, um representante de Mokthar Belmokthar, o terrorista que comandou o ataque à usina de gás fez ameaças via imprensa à França, considerando o ataque ao complexo como um "sucesso".
Terror - O Batalhão de Sangue nasceu há pouco tempo a partir da Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI). Segundo o governo argelino, todos os terroristas são subordinados a Belmokthar, que fundou a milícia no fim do ano passado depois de ser expulso da Al Qaeda magrebina, por insubordinação.
Belmokthar é um jihadista veterano conhecido por tomar reféns e contrabandear desde imigrantes ilegais até cigarros. Ele nasceu em 1972 na Argélia e viajou ao Afeganistão em 1991 para combater o governo local. Nesses combates, perdeu um olho, o que lhe rendeu o apelido de “Zarolho”.
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