Publicitário e sócia tiveram os bens bloqueados durante o escândalo do mensalão por suspeita de envio ilegal de recursos ao exterior
O publicitário Duda Mendonça. Livre das acusações, ele agora quer o desbloqueio dos seus bens
(Alex Silva/AE)
Os advogados de Duda Mendonça e Zilmar Fernandes argumentam, no pedido, que o desbloqueio é uma consequência lógica da absolvição de ambos das acusações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro enviado ao exterior se refere ao pagamento pelos serviços de Duda na campanha de Lula em 2002. O bloqueio havia sido pedido para assegurar a quitação da dívida do publicitário com a Receita Federal, calculada em 30 milhões de reais. A defesa dos réus, entretanto afirma que a dívida é de 7 milhões de reais. Relator do processo, Joaquim Barbosa deferiu o pedido de bloqueio dos bens em 2006.
Em 2008, antes do julgamento, Duda Mendonça tentou reverter a decisão e desbloquear seus bens. Ele argumentava que metade dos 7 milhões de reais devidos já havia sido paga à Receita. O restante, de acordo com ele, estaria em discussão na esfera administrativa.
Além disso, ele argumenta que necessita desbloquear os bens imóveis, pois sua empresa precisava vendê-los para ter uma "sobrevida financeira" e se livrar da falência. Joaquim Barbosa negou o pedido.
(Com Estadão Conteúdo)
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