5 de out. de 2012

Preocupada, Dilma cobra explicação sobre apagão em Brasília, mas ligação cai

Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema, Hermes Chipp, disse que telefonema da presidente foi interrompido

Tai Nalon
Presidenta Dilma Rousseff participa de solenidade de outorga do selo de boas práticas a indústrias sucroalcooleiras
Dilma Rousseff: preocupação com as 'perturbações' do sistema (Andre Sousa Borges/Fotoarena)
Preocupada com o apagão na capital federal, a presidente Dilma Rousseff ligou nesta quinta-feira para o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, mas, segundo ele, a ligação caiu. Regiões de Brasília, incluindo a Esplanada dos Ministérios, onde fica grande parte dos órgãos do governo federal, ficaram sem luz no início da tarde.
Com 70% da cidade afetada, a Companhia Energética de Brasília (CEB) admitiu falha em uma subestação, possivelmente ocasionada por uma queimada próxima. Mesmo assim, Chipp relatou ter sido cobrado por Dilma. "Claro que a presidente está preocupada. Ela me ligou, inclusive, para saber [sobre o apagão], mas a ligação caiu", disse ao chegar a reunião no Ministério de Minas e Energia (MME).

Mais cedo, ele já descartara que o apagão que atingiu quatro regiões do país, no dia anterior, teve origem em um problema estrutural. Afirmou que a questão esteve restrita a um transformador de Itaipu, que será consertado em até dois dias. "Não há blecaute ou apagão. É um corte seletivo pré-selecionado de cargas que são religadas rapidamente. O sistema é robusto", disse.
Ainda segundo Chipp, o problema desta quarta começou em um transformador em uma subestação de Foz do Iguaçu (PR), que, conforme disse, recebeu uma "sobretensão", o que gerou um incêndio "de grandes proporções". O incidente levou ao desligamento de outros dois transformadores e, posteriormente, de toda a subestação.
Para o governo, o sistema desarmou "corretamente", sem afetar ramais que abastecem hospitais e transportes. "É como se fosse um esquema de emergência, que evitou um blecaute e uma ocorrência maior, como em 2009", disse Chipp.
Lobão – De qualquer forma, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, optou por realizar nesta tarde uma reunião extraordinária do Conselho de Monitoramento do Sistema Elétrico. Ele lamentou o que chamou de "perturbações" no sistema e disse que o governo está fazendo "o possível" para que casos como esse não se repitam. "Aqui mesmo em Brasília ocorreu hoje, afetou parte da cidade e, inclusive, o Ministério de Minas e Energia. Passamos por esses dissabores, mas tomamos todas as providências que, no âmbito de nossa alçada, devem ser tomadas", disse após o fim do encontro.
(com Agência Estado)

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