13 de out. de 2012

Lula diz que urnas vão dar respostas


Para o ex-presidente, a vitória nas urnas vai diluir o resultado do julgamento do mensalão, daí a importância de vencer em São Paulo FOTO: INSTITUTO LULA
Brasília Em reunião com Dilma Rousseff e alguns de seus ministros, o ex-presidente Lula fez seguidas reclamações dos ministros do Supremo Tribunal Federal, acusou a corte de promover um julgamento político e conclamou aliados a dar a "resposta" nas urnas.

O tema foi debatido em encontro anteontem em São Paulo para avaliar o quadro eleitoral. Participaram os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento), além de Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência.

Segundo cálculos petistas, muito mais que críticas ao STF, o movimento mais eficaz para tentar diluir o efeito negativo do julgamento é vencer nas urnas no final do mês.

Por isso o resultado em São Paulo ganha peso ainda maior na avaliação de Lula e Dilma. Lá, o adversário tucano José Serra entrou no segundo turno explorando o escândalo. Reeditou a associação do candidato petista Fernando Haddad com os réus condenados, entre eles o ex-ministro José Dirceu.

Por ora, a orientação é não aumentar o volume das críticas para não contaminar a eleição. A presidente Dilma, aliás, continuará passando longe desse debate para não trazer o escândalo para o colo do governo.

Agenda
Ela terá, porém, uma agenda política mais pesada no segundo turno. Irá a São Paulo, possivelmente mais de uma vez, e a Salvador. Pretende desembarcar em Manaus se a candidata Vanessa Grazziotin (PCdoB) mostrar-se eleitoralmente viável. Ontem, o ministro Gilberto Carvalho disse que "quem for inteligente", não tentará vincular o julgamento do mensalão às eleições

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