Barco foi detido no país africano. Governo argentino alegará 'violação dos direitos humanos, de tratados internacionais e crimes financeiros' no CS
A argentina "Fragata Liberdade" foi apreendida no porto de Tema
(Reuters)
Neste domingo, o vice-Ministro das Realções Exteriores de Gana, Chris Kpodo, declarou que não tinha conhecimento de nenhum plano de evacuação. Formanda por 326 pessoas – a maioria argentinos, mas também cidadãos de Uruguai, Chile, Brasil, Paraguai, Equador, África do Sul e Venezuela –, a tripulação da fragata permance na embarcação desde o início da crise diplomática, cujo estopim foi uma decisão de um tribunal do país africano, que determinou a apreensão da fragata a pedido de um grupo de credores das Ilhas Caymán. Eles reivindicam o pagamento de uma dívida de cerca de 370 milhões de dólares pela Argentina.
Há cerca de uma semana, uma delegação argentina icomeçou a negociar com autoridades ganesas a liberação da fragata, apreendida no porto de Tema. O confisco foi uma forma de pressão encontrada por credores do fundo NML Capital, que sofreram um calote milionário quando a Argentina declarou moratória em 2001. O tribunal de Gana que autorizou a ação diz que só liberará o navio quando o governo argentino saldar a dívida.
Renúncia – O episódio causou a renúncia do comandante da Marinha da Argentina, almirante Carlos Alberto Paz. O governo de Cristina Kirchner acatou a demissão de Paz e nomeou o vice-almirante Daniel Alberto Martín, veterano da Guerra das Malvinas, seu substituto.
O governo argentino instalou um inquérito para identificar os responsáveis por permitir que a fragata Libertad, um ícone da Marinha argentina, parasse em Gana – a previsão da viagem era fazer escala na Nigéria, mas os planos foram alterados, o que possibilitou o confisco da embarcação. Suspeita-se inclusive de um complô para constranger o governo argentino.
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