Anúncio foi feito após a adoção de novas sanções por parte da União Europeia
Do Portal Terra
O líder da República Islâmica, Ali Khamenei, declarou nesta
terça-feira (16) que o Irã persistirá em seu programa nuclear, após o
anúncio de novas sanções feito pela União Europeia, denunciadas como
"irracionais" pelo Ministério das Relações Exteriores.
"Eles (os ocidentais) dizem que as pressões tendem a levar o Irã
para a mesa de negociação, mas nós nunca permitiremos", disse o líder
supremo, o aiatolá Ali Khamenei, citado pela televisão estatal.
"O verdadeiro objetivo desses que apresentam esta fórmula de
propaganda política é levar a nação iraniana a capitular nas
negociações. Mas nós os respondemos: são fracos demais para serem
capazes de forçar o povo iraniano a se ajoelhar diante de vocês",
acrescentou.
"Os líderes europeus ainda vivem no século XIX e em tempos
coloniais (...), mas eles devem saber que a resistência do povo iraniano
ainda vai criar problemas", alertou.
Para o porta-voz da diplomacia iraniana, as sanções unilaterais
contra o Irã adotadas pelo Ocidente sob o pretexto do programa nuclear
"são ilegais, irracionais e desumanas".
"A verdadeira razão destas sanções é a independência iraniana.
Mesmo se a questão nuclear for resolvida, eles (os ocidentais) vão criar
outras questões para pressionar o Irã", afirmou Ramin Mehmanparast,
porta-voz do Ministério iraniano das Relações Exteriores em seu encontro
semanal com a imprensa.
Os ministros europeus estrangeiros, reunidos na segunda-feira em
Luxemburgo, adotaram novas sanções que se somam a outras, entre elas o
embargo às transações de petróleo, que entrou em vigor em julho.
A UE ataca o sistema financeiro com a proibição de qualquer
transação entre os bancos europeus e iranianos, com isenções dadas caso a
caso, a fim de permitir a continuação do comércio legítimo.
A isto se somam sanções contra o Banco Central iraniano, novas
restrições ao transporte de petróleo e a proibição da importação de gás
iraniano.
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