17 de out. de 2012

Líder supremo diz que Irã não vai desistir de programa nuclear

Anúncio foi feito após a adoção de novas sanções por parte da União Europeia

Do Portal Terra
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O líder da República Islâmica, Ali Khamenei, declarou nesta terça-feira (16) que o Irã persistirá em seu programa nuclear, após o anúncio de novas sanções feito pela União Europeia, denunciadas como "irracionais" pelo Ministério das Relações Exteriores.
 
"Eles (os ocidentais) dizem que as pressões tendem a levar o Irã para a mesa de negociação, mas nós nunca permitiremos", disse o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, citado pela televisão estatal.
 
"O verdadeiro objetivo desses que apresentam esta fórmula de propaganda política é levar a nação iraniana a capitular nas negociações. Mas nós os respondemos: são fracos demais para serem capazes de forçar o povo iraniano a se ajoelhar diante de vocês", acrescentou.
"Os líderes europeus ainda vivem no século XIX e em tempos coloniais (...), mas eles devem saber que a resistência do povo iraniano ainda vai criar problemas", alertou.
 
Para o porta-voz da diplomacia iraniana, as sanções unilaterais contra o Irã adotadas pelo Ocidente sob o pretexto do programa nuclear "são ilegais, irracionais e desumanas".
 
"A verdadeira razão destas sanções é a independência iraniana. Mesmo se a questão nuclear for resolvida, eles (os ocidentais) vão criar outras questões para pressionar o Irã", afirmou Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério iraniano das Relações Exteriores em seu encontro semanal com a imprensa.
 
Os ministros europeus estrangeiros, reunidos na segunda-feira em Luxemburgo, adotaram novas sanções que se somam a outras, entre elas o embargo às transações de petróleo, que entrou em vigor em julho.
 
A UE ataca o sistema financeiro com a proibição de qualquer transação entre os bancos europeus e iranianos, com isenções dadas caso a caso, a fim de permitir a continuação do comércio legítimo.
 
A isto se somam sanções contra o Banco Central iraniano, novas restrições ao transporte de petróleo e a proibição da importação de gás iraniano.

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