Com popularidade em alta e sem rivais fortes, premiê deverá ser reeleito
Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu
(Sebastian Scheiner/REUTERS)
“Decidi que, para o bem de Israel, é melhor ter eleições o mais rápido possível”, disse, em um comunicado na TV. “Para Israel, é melhor ter uma campanha o mais curta possível, do que uma que duraria, na prática, o ano inteiro, com prejuízos para a economia.”
Na verdade, as suspeitas de que as eleições poderiam ser antecipadas já vinham de algum tempo, dada a alta popularidade do primeiro-ministro. Sem um rival que ofereça uma clara ameaça e com uma oposição fragmentada, Netanyahu deve garantir um novo mandato.
A confirmar a previsão, o premiê poderá enfrentar dificuldades no relacionamento com os Estados Unidos, caso Barack Obama seja reeleito presidente. Os dois políticos discordam sobre qual deve ser a conduta em relação ao programa nuclear do Irã. Obama defende que ainda há tempo para o país esclarecer seu programa nuclear, enquanto Israel, temendo a ameaça nuclear iraniana, diz que o tempo está se esgotando e que é preciso ‘desenhar uma linha vermelha’ que impeça a continuidade do projeto iraniano.
Pesquisas de opinião colocam Netanyahu e seu partido Likud muito à frente dos rivais. A eleição, no entanto, pode alterar a formação de sua coalização governista, que atualmente inclui sua maioria com partidos religiosos e nacionalistas. Nenhum partido controla a maioria das 120 cadeiras do parlamento israelense, o que exige a formação de coalizões.
Orçamento responsável - No pronunciamento, Netanyahu disse ter se reunido com seus parceiros de coalizão, sem chegar a uma concordância sobre o orçamento: “Chegamos à conclusão de que no momento não é possível aprovar um orçamento responsável”.
Ele também listou suas conquistas, dizendo que seu governo melhorou a segurança em um período de conflito na região e desenvolveu a economia, apesar da crise global.
O parlamento reúne-se na próxima semana, quando deverá ser dissolvido formalmente pelo primeiro-ministro.
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