2 de ago. de 2012

Policiais federais planejam greve para a próxima terça-feira


Com paralisação, fronteiras, portos e aeroportos terão os serviços prejudicados

Tatiana Santiago
Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, agentes da Polícia Federal procuram acusados de fraudar o INSS
Greve pode ganhar a adesão de 80% dos agentes da Polícia Federal (Osvaldo Praddo/Agência O Dia)
Cerca de 80% dos funcionários da Polícia Federal de todo o país devem aderir à greve programada para a próxima terça-feira, 7 de agosto, e paralisar as atividades. A decisão foi tomada nesta quarta-feira pelo conselho de representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais. A medida vai atingir aeroportos, portos e fronteiras.
A reivindicação dos 9.000 agentes, escrivães e papiloscopistas é pela restruturação da carreira, pelo aumento salarial e pela saída do atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello. A federação reclama que Daiello privilegia os delegados. Os estados irão definir as ações que serão realizadas através de assembleias regionais marcadas para os dias 2 e 3 de agosto.
“Sabemos que qualquer movimento de greve traz dificuldades à vida das pessoas, mas queremos minimizar esses impactos e ter o apoio da população”, disse Marcos Wink, presidente da Fenapef.
De acordo com Wink, a categoria negocia há dois anos com o governo, por meio do Ministério do Planejamento, a reestruturação de carreiras e a exigência de nível superior. “A portaria que regulamenta a atividade ainda é de nível médio”, explica Wink.
Segundo os servidores, os delegados e peritos da PF recebem entre 13 400 reais e 19 600 reais. Para as demais funções, o salário varia entre 7 000 reais e 11 000 reais. Ao todo, 12.000 servidores compõem o quadro de funcionários em todos o Brasil.
Operação-padrão - Com a início da greve, os principais problemas devem acontecer nos aeroportos. Os agentes planejam implantar a operação-padrão, que consiste na averiguação da documentação e bagagem de todos os passageiros que embarcarem ou desembarcarem no local, o que costuma provocar longas filas e atrasos. Hoje, o procedimento é feito somente por amostragem em alguns voos, já que existem poucos funcionários.

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