13 de ago. de 2012

Dilma comanda reuniões para ver quanto pode oferecer a grevistas


O grande dilema do Executivo é encaixar qualquer margem de reajuste no orçamento

Do Portal Terra
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A presidente Dilma Rousseff dedicou a manhã desta segunda-feira (13) para encontrar uma solução que atenda a reivindicação de grevistas por aumento e o controle fiscal. Em reunião com a ministra do Planejamento, Miram Belchior, e o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, o grande dilema do Executivo é encaixar qualquer margem de reajuste no orçamento.
"O problema hoje é fazer caber (nas contas do governo). Os reajustes ainda estão em estudo na área econômica", disse um interlocutor próximo à presidente. Além da reunião da manhã, a presidente convocou uma audiência no início desta tarde com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
 
Também hoje, no horário do almoço, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann reúne-se com os ministros da Fazenda e do Planejamento para discutir o orçamento de 2013.
 
Nesta semana, o governo conduz uma rodada de negociações para tentar encerrar a greve que dura mais de dois meses. Se atender a todas as categorias, qualquer percentual de reajuste atenderá a mais de 500 mil pessoas, que compõem o quadro de servidores federais no Brasil.
 
A presidente já deixou claro a sua equipe que sua prioridade é manter o setor produtivo a pleno vapor para assegurar o nível de emprego no País. Para esta semana, por exemplo, está marcada uma reunião com grandes empresários e também o anúncio de concessões para ferrovias e rodovias.
 
O movimento grevista
 
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reivindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.
 
Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.
 
O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.
No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

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