Bicheiro havia sido libertado no último dia 21 após passar 265 dias preso
Jean-Philip Struck
Prisão de Carlinhos Cachoeira nesta sexta (07/12), em Goiânia
(Ricardo Rafael/O Popular/ Futura Press)
De acordo com a sentença expedida pela Justiça, o bicheiro foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha e peculato.
O Ministério Público Federal havia pedido 80 anos de prisão para Cachoeira. Além do bicheiro, outros sete réus investigados na operação Monte Carlo foram condenados. Lenine Araújo de Souza, primo de Cachoeira e apontando pela PF como sendo o braço-direito do bicheiro, foi sentenciado a 24 anos e quatro meses de prisão.
O araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, foi condenado a 19 anos e três meses. Já o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia Wladmir Garcez, apontado pela PF como o braço político de Cachoeira foi condenado a sete anos. José Olímpio Queiroga Neto, apontado pela procuradoria como o responsável pelo controle dos jogos ilegais no entorno do Distrito Federal, foi condenado 23 anos e quatro meses de prisão. Seu irmão, Raimundo, recebeu sentença de 12 anos e oito meses.
O auxiliar Gleyb Ferreira da Cruz foi condenado a 7 anos e 8 meses. Já o contador Geovane Pereira da Silva, que atualmente está foragido, recebeu pena 13 anos e quatro meses. Todos os réus podem recorrer da sentença.
Soltura - Cachoeira havia sido solto no dia 21 de novembro, após passar 265 dias encarcerado. O bicheiro foi o principal alvo da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desmontou uma quadrilha que explorava jogos ilegais. O caso também desencadeou a abertura de uma CPI no Congresso.
Na ocasião, o alvará de libertação foi expedido após a juíza Ana Claudia Barreto, da 5ª Vara Criminal do Distrito Federal, ter confirmado a condenação de Cachoeira a cinco anos de reclusão em regime semiaberto pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. A sentença se refere às atividades do contraventor em esquemas criminosos no Distrito Federal, investigados pela Operação Saint Michel, da Polícia Civil do DF. Segundo a polícia, o bando de Cachoeira tentou fraudar o sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público na capital federal, tentando infiltrar uma empresa sul-coreana na empresa pública de transporte do Distrito Federal e, com isso, obter 50% dos lucros do contrato de bilhetagem.
Monte Carlo – Carlinhos Cachoeira foi o protagonista da Operação Monte Carlo, que revelou que o esquema de contravenção que atuava para corromper empresas e governos estaduais em proveito do esquema criminoso. Os braços da quadrilha envolviam a construtora Delta, empreiteira que detém diversos contratos com o governo federal.
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