3 de dez. de 2012

Bombardeio mata 'dezenas' de guerrilheiros das Farc

Número exato de mortos não foi confirmado pelo Exército. Presidente colombiano deu prazo 'de meses' para narcoguerrilha fechar acordo de paz

Guerrilheiros das Farc durante treinamento
Guerrilheiros das Farc durante treinamento (AP)
Um bombardeio militar sobre um acampamento das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) causou a morte de dezenas de guerrilheiros, confirmou o oronel Luis Emilio Cardoso, porta-voz da Brigada 23 do Exército da Colômbia, que atua no departamento (estado) de Nariño.
A imprensa local informou que o saldo foi de pelo menos 20 rebeldes mortos, embora Cardoso tenha explicado que ainda não foi estabelecido o número exato de mortos no bombardeio, que aconteceu na noite do sábado no município de Ricaurte, próximo à fronteira com o Equador.
"Entre os mortos está confirmado que se encontra o líder desta unidade, conhecido como 'Guillermo Pequeño''', acrescentou o porta-voz militar, assinalando que nesta segunda-feira mais informações serão repassadas em uma entrevista coletiva em Tumaco, cidade próxima à área do bombardeio.
Brigadeiro – Por sua vez, o brigadeiro-general do Exército, Jorge Alberto Segura, disse à "Caracol Rádio" que os guerrilheiros mortos no bombardeio seriam "pelo menos 20". Tropas da Terceira Divisão do Exército, com o apoio da Força Aérea, conseguiram dar um golpe contundente nas Farc e teriam morrido 20 guerrilheiros", disse o brigadeiro-general. Segundo Segura, conhecido como "Guillermo Pequeño" estava dentro da narcoguerrilha há 25 anos.
A morte dos guerrilheiros ocorre em pleno diálogo de paz entre o governo da Colômbia e as Farc, que começou formalmente no dia 19 de novembro em Havana e na semana passada terminou a primeira fase com um acordo: a decisão de incluir a sociedade civil no processo de paz.
No mesmo dia que começavam as negociações, a guerrilha anunciou um cessar-fogo unilateral, ao qual não se somaram as forças de segurança do estado colombiano, já que, segundo o presidente Juan Manuel Santos, a perseguição aos rebeldes só terminará quando se tiver fechado um acordo definitivo.
Prazo – Nesta segunda, o presidente da Colômbia advertiu as Farc de que a guerrilha tem menos de um ano para fechar um acordo de paz com o governo. "Esse tem que ser um processo de meses, não de anos. Em outras palavras, isso não deve durar mais tempo do que novembro do próximo ano, no mais tardar", disse Juan Manuel Santos em um evento em Cartagena.
"Mas é importante ser paciente, e não exigir resultados imediatos, porque algumas questões muito complicadas estão sendo discutidas", acrescentou. No entanto, Santos não especificou o que vai acontecer se este prazo não for cumprido.

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