10 de set. de 2012

Judeus e muçulmanos protestam por direito à circuncisão

Tribunal alemão de Colônia proibiu cirurgia por considerá-la 'lesão física ilegal'

Rabino Yitzhak Ehrenberg dá seu quipá ao líder da comunidade turca na Alemanha, Kenan Kolat, durante protesto contra proibição da circuncisão em Berlim
Rabino Yitzhak Ehrenberg dá seu quipá ao líder da comunidade turca na Alemanha, Kenan Kolat, durante protesto contra proibição da circuncisão em Berlim (Pawel Kopczynski/Reuters)
Centenas de judeus e muçulmanos protestaram juntos em Berlim neste domingo contra uma sentença de um tribunal de Colônia, na Alemanha, que considera a circuncisão de meninos uma 'lesão física ilegal e sancionável' e a proíbe. Alguns estados federados, como Berlim, já aprovaram medidas que a permitem sob estritas condições.
Os manifestantes exigiram garantias legais para poder praticar a circuncisão como parte de seus ritos religiosos. O vice-presidente do Bundestag (parlamento alemão), Wolfgang Thierse, prometeu que os deputados debaterão o tema para aprovar uma lei que permita a circuncisão por razões religiosas.
O parlamento aprovou em julho uma resolução defendendo a legitimidade da circuncisão em menores de idade em respeito à liberdade de religião. A sentença de Colônia, ditada em resposta ao caso de uma criança muçulmana, considerou, ao contrário, que a liberdade individual se sobrepõe à religiosa.
Além da onda de protestos nas comunidades judaica e muçulmana, a sentença ela despertou ampla solidariedade para com essas religiões entre cristãos, assim como no próprio governo alemão.
(Com agência EFE)

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