17 de set. de 2012

Incêndio na Favela do Moinho mata uma pessoa

A cidade passa por um período de seca que já dura dois meses. De acordo com os Bombeiros, desde o início do ano a capital teve 68 incêndios em favelas

Incêndio atingiu a favela do Moinho, na região de Campos Elísios, no Centro de São Paulo e foi controlado pelo Corpo de Bombeiros
Incêndio atinge a favela do Moinho, na região de Campos Elísios, no centro de São Paulo (Caio Kenji/Folhapress)
O Corpo de Bombeiros de São Paulo informou há pouco ter encontrado o corpo de uma pessoa quando trabalhava no rescaldo da Favela do Moinho, no centro da capital paulista. A corporação ainda não tem detalhes sobre a vítima, mas informou suspeitar que o fogo começou de forma criminosa, depois de uma briga entre usuários de drogas. 
 
O incêndio atingiu os barracos às 7 horas e foi controlado às 8h15. As chamas consumiram parte da favela e causaram a interdição em algumas das principais vias da capital. O Moinho já tinha sido atingido por um grave incêndio em 22 dezembro de 2011. Este é o sétimo incêndio em favelas da capital paulista nos últimos quarenta dias e o 34º caso apenas no estado de São Paulo.
 
De acordo com os Bombeiros, desde o início do ano a cidade teve 68 incêndios em favelas. São Paulo vive um período de seca. A última chuva significativa na cidade foi registrada pelo o Instituto Nacional de Meteorologia em 18 de julho, ou seja, há dois meses. Vinte viaturas dos bombeiros e cerca de setenta homens da corporação atenderam a ocorrência na Favela do Moinho.
 
A Defesa Civil informou que oitenta casas foram destruídas pelo fogo, deixando 300 pessoas desabrigadas. A Assistência Social da prefeitura já foi acionada. Também acompanham os trabalhos a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), uma equipe da Eletropaulo e a Polícia Militar. 
 
Trânsito - Por causa da intensidade das chamas, que correram por baixo do Viaduto Orlando Murgel, a via está interditada nos dois sentidos. A ponte liga as avenidas Rio Branco e Rudge, na região dos Campos Elísios. A CET recomenda aos motoristas que utilizam a Avenida Rio Branco, sentido centro, a seguir o desvio pelas ruas Norma, Pieruccini Giannotti e Sérgio Tomás. No sentido bairro deverão utilizar a Avenida Duque de Caxias.
 
Duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão paradas em função do incêndio. Os trens da linha 8 tiveram circulação interrompida entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda. Já a linha 7 parou na Estação Barra Funda, onde é possível fazer transferência para o metrô. A assessoria de imprensa do Metrô informa que no horário de pico todos os trens já estão em circulação para atender ao aumento de demanda. O incêndio, segundo eles, não interfere na circulação do Metrô.
 
Já os usuários de ônibus são mais atingidos pelas interdições, são dezessete linhas da SPTrans que tiveram a circulação parada ou alterada, afirma a companhia. Há técnicos da SPTrans na região para orientar sobre o percurso dos coletivos.
 
Histórico - Em dezembro de 2011, a mesma favela teve um grande incêndio, quando 368 barracos foram destruídos e cerca de 1,5 mil moradores ficaram desabrigados. Na época, o plano era transformar a região em parque. Segundo a prefeitura informou na data, três terrenos estavam em análise para receber as famílias que ocupam o Moinho.
 
(Com Agência Estado)

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