O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reafirmou a preferência do Brasil pela compra dos 36 caças franceses Rafale. "A preferência é do presidente Lula, tendo em vista nossa parceria estratégica com a França e a afirmação do presidente Nicolas Sarkozy sobre a transferência irrestrita de tecnologia", afirmou.
Ele manifestou, no entanto, preocupação se a Dassault, empresa fabricante do caça, vai aceitar a condição brasileira para a compra. "A fabricante é privada e as ações do governo francês são preferenciais sem direito a voto. É necessário saber se a proposta da Força Aérea Brasileira, que exige transferência irrestrita de tecnologia, será aprovada", ressaltou Jobim.
A preocupação do ministro causou surpresa. Em setembro, o almirante Edouard Guillaud, chefe do gabinete militar do presidente francês, esteve em Brasília, em companhia do vice-presidente da Dassault, para trazer a garantia de transferência de tecnologia "completa, sem restrição e sem limite".
DISPUTA
A última fase da licitação do projeto chamado de F-X2, com participação direta das empresas que disputam a venda de 36 caças de alta tecnologia para o Brasil, foi encerrada no início deste mês, com a apresentação das propostas finais, todas ampliadas, ao Comando da Aeronáutica. Além da francesa Dassault, participam a norte-americana Boeing, que oferece o F-18, e a sueca Saab, com o Gripen NG.
Todas melhoraram significativamente suas ofertas. A Dassault viu-se obrigada a reduzir seu preço - tanto pelo custo da hora de voo, considerado muito alto pelo governo brasileiro, quanto pela cifra referente ao valor de aquisição. A Saab fez contraponto à concorrente francesa, que anunciou a compra de uma dezena de aviões KC-390, o novo transporte militar projetado pela Embraer.
Já a Boeing reforçou o compromisso de abertura de conhecimento sensível e, pela primeira vez, citou uma preciosidade da engenharia militar americana - a tecnologia de furtividade, que dá ao avião capacidade de evitar a detecção por radares e sensores inimigos.
Aviões devem custar US$ 7,7 bi
O programa militar para a compra do lote de 36 caças terá um custo estimado de US$ 7,7 bilhões. Na semana passada, a Embaixada dos Estados Unidos divulgou nota reiterando a oferta feita ao governo brasileiro para que opte pelo caça da Boeing F-18 Super Hornet. Em Estocolmo, a ministra do Comércio Exterior da Suécia, Ewa Björling, aproveitou a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reforçar o lobby em favor da Saab, fabricante dos caças Gripen NG. Lula estava lá na semana passada para a Cúpula Brasil-União Europeia.
Ele manifestou, no entanto, preocupação se a Dassault, empresa fabricante do caça, vai aceitar a condição brasileira para a compra. "A fabricante é privada e as ações do governo francês são preferenciais sem direito a voto. É necessário saber se a proposta da Força Aérea Brasileira, que exige transferência irrestrita de tecnologia, será aprovada", ressaltou Jobim.
A preocupação do ministro causou surpresa. Em setembro, o almirante Edouard Guillaud, chefe do gabinete militar do presidente francês, esteve em Brasília, em companhia do vice-presidente da Dassault, para trazer a garantia de transferência de tecnologia "completa, sem restrição e sem limite".
DISPUTA
A última fase da licitação do projeto chamado de F-X2, com participação direta das empresas que disputam a venda de 36 caças de alta tecnologia para o Brasil, foi encerrada no início deste mês, com a apresentação das propostas finais, todas ampliadas, ao Comando da Aeronáutica. Além da francesa Dassault, participam a norte-americana Boeing, que oferece o F-18, e a sueca Saab, com o Gripen NG.
Todas melhoraram significativamente suas ofertas. A Dassault viu-se obrigada a reduzir seu preço - tanto pelo custo da hora de voo, considerado muito alto pelo governo brasileiro, quanto pela cifra referente ao valor de aquisição. A Saab fez contraponto à concorrente francesa, que anunciou a compra de uma dezena de aviões KC-390, o novo transporte militar projetado pela Embraer.
Já a Boeing reforçou o compromisso de abertura de conhecimento sensível e, pela primeira vez, citou uma preciosidade da engenharia militar americana - a tecnologia de furtividade, que dá ao avião capacidade de evitar a detecção por radares e sensores inimigos.
Aviões devem custar US$ 7,7 bi
O programa militar para a compra do lote de 36 caças terá um custo estimado de US$ 7,7 bilhões. Na semana passada, a Embaixada dos Estados Unidos divulgou nota reiterando a oferta feita ao governo brasileiro para que opte pelo caça da Boeing F-18 Super Hornet. Em Estocolmo, a ministra do Comércio Exterior da Suécia, Ewa Björling, aproveitou a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reforçar o lobby em favor da Saab, fabricante dos caças Gripen NG. Lula estava lá na semana passada para a Cúpula Brasil-União Europeia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário