17 de out. de 2009

HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DA DINAMARCA - José Geraldo Pimentel

Pelo visto os militares não vão muito bem das pernas. Continuam em termos salariais em situação inferior aos integrantes da Polícia Militar de Brasília, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária.
Embora a fonte pagadora seja a mesma, na mesa de negociação chegou-se à conclusão que as Forças Armadas têm um contingente maior do que o efetivo da PM de Brasília, por exemplo, e uma despesa maior iria comprometer o Tesouro Nacional. Continuamos como "dantes no quartel de Abrantes".
Um oficial das FFAA recebe menos do que um graduado da PM de Brasília. Um general abaixo do salário inicial de um recém ingresso nos quadros da carreira diplomática. O reajuste salarial aconteceu de forma parcelada, de modo a calar futuras reivindicações por longos três anos.
Cada parcela de reajuste que sai não cobre os juros do cheque especial do banco. Resultado: estamos sem aumento salarial há bastante tempo. As perdas que já eram grandes se acumularam.
Faço esta ressalva para me convencer que devo dobrar os cuidados quando sair de casa com o carro. Este ano deixei de renovar o seguro e não fiz a revisão na concessionária, porque pagaria dois mil e quatrocentos reais pelo seguro anual e um mil e duzentos reais pela revisão semestral. Deixei passar seis meses e fiz uma troca geral de óleos e filtros, o mesmo que aconteceria no representante da marca, e paguei à vista setecentos e dez reais, mesmo super faturados os produtos. Continuo com o carro a descoberto, sem seguro.
Hoje pego o jornal e vejo uma nota na primeira página: "o presidente Lula recebeu a restituição no 1.º lote". Os filhos dos deuses recebem a restituição do Imposto de Renda, os excluídos têm a restituição confiscada e deverá pôr as mãos no dinheiro só o ano que vem.
E o presidente Lula acha um absurdo as pessoas se queixarem, quando sabem que ao receber a restituição do IR, será com correção. Esquece o presidente que este minguado dinheiro faz parte das contas que deveriam ser pagas, e os credores não irão aguardar o próximo ano para receber as prestações de carnês e dívidas bancárias.
Mas o que desejo mesmo dizer é que estranho um presidente da república receber restituição de IR, quando tem apenas um dependente, a esposa, e recebe alto salário. Eu, por exemplo, que tenho vencimentos muito aquém do presidente da república, e tenho dois dependentes, estou pagando, além do descontado na fonte, e não recebendo restituição de IR. Coube um saldo a pagar ao IR de R$ 1.366,08, que parcelei em oito cotas de R$ 170,76.
Quando digo que "tenho vencimentos muito aquém do presidente da república" estou me referindo ao valor simbólico que recebe um presidente da república, que não paga moradia, que não tem despesas com alimentação, que não gasta com transporte, que não tem problema com fila e marcação de consulta para ser atendido no hospital, e tem esposa que não recebe mesada do marido.
Ela dispõe de cartão corporativo que lhe facilita gastos mensais que disputa com os salários dos parlamentares. Tanto dinheiro nas mãos que pagou o pecúlio dos netos com dinheiro sacado no caixa com o cartão corporativo.
O presidente recebe um valor simbólico em termo de primeiro mandatário da nação, mas conta com uma verba presidencial que banca as despesas de salários, alimentação, transporte, saúde, etc., de um contingente de mais de cinco mil funcionários que o auxiliam nos Palácios da Alvorada e do Planalto e Granja do Torto.
E conservação desses imóveis. Verba que banca ainda as dezenas de viagens internacionais em que o presidente costuma mandar os seus recados para a tribo que deixou no país, mostrando que é o "cara", o indivíduo adorado pela comunidade financeira internacional, por ser um bom pagador.
E de tão convencido, o presidente se acha no direito de intervir na política interna de outros países, querendo garantir no governo um presidente deposto por tentativa de golpe de estado.
A verba presidencial por mais faraônica que seja, desaparece do mapa se comparada com o montante de propinas que caem em contas secretas além mares, provenientes de obras superfaturadas sempre pagas pelas mesmas empreiteiras que realizam estradas, viadutos, irrigações, plantações, e outras tantas benesses que o governo brasileiro banca em países governados por amigos do presidente.
Dinheiro "emprestado" pelo BNDES. E não fica por aí: temos as gratificações pagas pelos credores internacionais que religiosamente vêm recebendo em dia os pagamentos dos juros da dívida externa. (Essa gratificação é praxe na comunidade financeira).
Muita gente desconfia da pontualidade como são realizados os pagamentos da dívida externa, advindo de contingenciamentos das verbas que são destinadas pelo Orçamento da União para investimentos internos no país, mas que nunca alcançam em sua totalidade os fins a que se propõem.
O superávit primário fala mais alto! E as centenas de obras superfaturadas no país, obras que muitas vezes só existem no papel e na folha de pagamento de empreiteiras, bancos, empresas, etc. Sem contar a aposentadoria por acidente no trabalho (perda do dedo mínimo numa guilhotina) e a mesada que recebe por ser anistiado político. O ex-torneiro mecânico foi preso quando fazia baderna na porta de uma fábrica. Recolhido à delegacia dormiu numa dependência especial ao lado do gabinete do Delegado, comendo quentinha comprada no restaurante mais próximo.
Por esta mordomia teve o direito a uma pensão vitalícia superior a dez vezes o valor do salário mínimo, sem desconto de Imposto de Renda, pago pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. O indivíduo que levanta às quatro horas da manhã, pega três conduções para chegar ao trabalho, e regressa a sua casa à meia noite, vive nesta situação durante trinta e cinco anos e na aposentadoria não recebe a terça parte da quantia que o presidente recebe da Comissão de Anistia por passar uns dias descansando numa delegacia policial.
Participar das lutas contra o regime militar foi uma forma de fazer poupança, como citou conhecido humorista. As benesses da Comissão de Anistia têm que acabar. É um assalto aos cofres da União. Não se concebe que traidores, marginais que fizeram cursos de guerrilha no exterior, assaltaram bancos, explodiram bombas, mataram e mutilaram inocentes, seqüestraram pessoas, continuem a receber indenizações milionárias e altas pensões isentas de desconto do IR.
É uma ofensa às pessoas que trabalham e constroem uma nação. E têm ministros de Estado, ex-terroristas, ocupando cargos da relevância de um Ministério da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, que enaltecem os comparsas criminosos, e zombam das FFAA, chamando os militares de torturadores, e exigindo punição para os mesmos.
Pergunta-se porque a oposição não abre uma sindicância para verificar esta sangria nos cofres públicos. Resposta: Antes de ser governo o Partido dos Trabalhares era severo crítico da dívida externa e sua forma de pagamento.
Chegou-se a falar numa auditoria para revelar a verdadeira dívida externa do país. Mas só enquanto se é oposição. A "galinha dos ovos de ouro", põe muitos ovos de ouro! Quando se está no governo vende-se a alma para ganhar-se comissão de obras superfaturadas e de privatizações de estatais. Por preço irrisório privatizou-se a Vale do Rio Doce.
Desde a privatização, em 97, o valor de mercado da Vale passou de US$ 8 bilhões para US$ 125 bilhões. Mas não há reciprocidade. A indústria de construção naval está ultimamente em crise, sem encomendas, e a Vale encomenda à Coréia do Sul navios para o transporte de minérios. Em fevereiro demitiu 4 mil funcionários sem consultar o governo.
Lá fora pode-se gerar empregos, aqui, não! E há quem pergunte: Reclamar, a quem? Ao Bispo? Que não seja o de Barra, na Bahia. O herege quer construir um monumento no local onde o desertor e traidor do Exército capitão Carlos Lamarca foi morto pelas forças militares. Nesta paróquia, outro herege (ou seria o mesmo?) fez greve de fome contra o início da construção da transposição do Rio São Francisco. Queria que as águas do Rio São Francisco fossem destinadas só para os ribeirinhos.
A praga do infeliz pegou; pois a obra não sai do papel. Só muitas promessas e propaganda na imprensa. Apenas o Exército cavou um buraco, que se não der prosseguimento à obra vai se transformar num imenso açude! O presidente visita esta semana a região do Nordeste, com sua "esposa", como é chamada pelos nordestinos a Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Hora de fazer propaganda da candidata do Palácio do Planalto à presidência da república. Acho que esta senhora tem todos os predicados para substituir o presidente Lula.
É assaltante de bancos, guerrilheira, assassina, mentirosa; só tem um senão: é mulher. Via de regra as mulheres têm um comportamento mais recatado. São corretas, mentem com modéstia, e dificilmente cometem crimes de morte, como a preferida do presidente Lula. A escória da representação feminina incorporou-se na senhora Dilma Rousseff.
Quem sabe não é esta a razão de ter sido escolhida para suceder o presidente Lula! “Vamos discutir a conjuntura nacional e como é que fica para todos nós, não uma candidatura propriamente dita, mas a nossa contribuição para fazer com que o projeto do presidente Lula tenha um terceiro mandato”, afirmou Dilma em reunião com a cúpula dos partidos que dão sustentação política ao governo. (Fonte: O Globo, 14/01/2009).
Vou passar a estacionar o carro longe de bancos. Olha que a bandidona está assaltando uma casa bancária e na fuga tenta pegar o meu carro para se livrar da polícia. Sem seguro para cobrir o roubo, termino no prejuízo!
(*) José Geraldo Pimentel é Capitão reformado do Exército Brasileiro
http://ucho.info/ha-algo-de-podre-no-reino-da-dinamarca

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