Deputados brasileiros que se reuniram nesta quinta-feira (1º) com o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, disseram ter ouvido dele críticas a atuação dos Estados Unidos na crise política hondurenha.
“Ele [Zelaya] disse que os Estados Unidos cumpriram um papel importante em não reconhecer o regime golpista [...], mas disse que se [os EUA] adotassem uma política mais efetiva nesta questão, no dia seguinte o governo interino cairia”, disse por telefone, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), um dos integrantes da comissão.Os EUA criticaram o golpe de estado e manifestaram apoio à volta de Zelaya ao poder desde o começo. O país cortou ajudas econômicas a Honduras e patrocinou a fracassada mediação do presidente da Costa Rica, Óscar Arias. Algus países latino-americanos, como Cuba, acusaram Washington de não se empenhar efetivamente na resolução da crise. Quando Zelaya voltou ao país, em 21 de setembro, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que seu retorno poderia ser uma "oportunidade" para o diálogo. Mas, uma semana depois, o embaixador dos EUA na OEA (Organização dos Estados Americanos), Lewis Amselem, qualificou o retorno como "irresponsável e tolo".
'Isolado'
Segundo Valente, Zelaya disse que o governo interino em Honduras está “isolado” e que sua “sustentabilidade é precária” e que as propostas levadas a ele por emissários do presidente interino Roberto Micheletti seriam "inaceitáveis".
“Ele disse que a saída [para a crise política] seria adotar o plano de voltar ao governo para concluir o mandato e para derrotar o golpismo. Isso o satisfaria. Para isso, tem que ter um tempo para que haja democracia, a propaganda livre. Para que tenha acesso ao povo.”
De acordo com Valente, Zelaya negou que estivesse incentivado protestos de seus apoiadores pelas ruas de Tegucigalpa desde a embaixada brasileira, como acusam representantes do governo interino. “Zelaya disse que não prega violência e disse que a violência está sendo pregada pelo regime, com o fechamento das únicas rádios que o ouviam e apoiavam. Hoje ele está impedido de falar ao povo hondurenho.”
Sem resposta
Durante o dia, o grupo de parlamentares, formado ainda pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE),Cláudio Cajado (DEM-BA), Marcondes Gadelha (PMDB-PB), Maurício Rands (PT-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE), reuniram-se com a Mesa Diretora do Congresso hondurenho e com os ministros da Suprema Corte.
Segundo Ivan Valente, tanto ministros quanto parlamentares hondurenhos não conseguiram responder a pergunta dos deputados brasileiros sobre por que não adotaram os processos legais para tentar afastar Zelaya do poder e apoiaram o golpe.
"Ao mesmo tempo", disse o deputado, "tanto o Parlamento como a Suprema Corte, garantiram que não haverá nenhum tipo de violência contra a embaixada brasileira." De acordo com Valente, os parlamentares hondurenhos falaram ainda em ampliar o prazo do ultimato dado ao governo brasileiro sobre o refúgio dado a Zelaya, que permanece na embaixada do Brasil há dez dias.
"Nós colocamos para eles que o Brasil não tem prazo, já que os tratados internacionais garantem a inviolabilidade da embaixada", disse Valente.
“Ele [Zelaya] disse que os Estados Unidos cumpriram um papel importante em não reconhecer o regime golpista [...], mas disse que se [os EUA] adotassem uma política mais efetiva nesta questão, no dia seguinte o governo interino cairia”, disse por telefone, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), um dos integrantes da comissão.Os EUA criticaram o golpe de estado e manifestaram apoio à volta de Zelaya ao poder desde o começo. O país cortou ajudas econômicas a Honduras e patrocinou a fracassada mediação do presidente da Costa Rica, Óscar Arias. Algus países latino-americanos, como Cuba, acusaram Washington de não se empenhar efetivamente na resolução da crise. Quando Zelaya voltou ao país, em 21 de setembro, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que seu retorno poderia ser uma "oportunidade" para o diálogo. Mas, uma semana depois, o embaixador dos EUA na OEA (Organização dos Estados Americanos), Lewis Amselem, qualificou o retorno como "irresponsável e tolo".
'Isolado'
Segundo Valente, Zelaya disse que o governo interino em Honduras está “isolado” e que sua “sustentabilidade é precária” e que as propostas levadas a ele por emissários do presidente interino Roberto Micheletti seriam "inaceitáveis".
“Ele disse que a saída [para a crise política] seria adotar o plano de voltar ao governo para concluir o mandato e para derrotar o golpismo. Isso o satisfaria. Para isso, tem que ter um tempo para que haja democracia, a propaganda livre. Para que tenha acesso ao povo.”
De acordo com Valente, Zelaya negou que estivesse incentivado protestos de seus apoiadores pelas ruas de Tegucigalpa desde a embaixada brasileira, como acusam representantes do governo interino. “Zelaya disse que não prega violência e disse que a violência está sendo pregada pelo regime, com o fechamento das únicas rádios que o ouviam e apoiavam. Hoje ele está impedido de falar ao povo hondurenho.”
Sem resposta
Durante o dia, o grupo de parlamentares, formado ainda pelos deputados Raul Jungmann (PPS-PE),Cláudio Cajado (DEM-BA), Marcondes Gadelha (PMDB-PB), Maurício Rands (PT-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE), reuniram-se com a Mesa Diretora do Congresso hondurenho e com os ministros da Suprema Corte.
Segundo Ivan Valente, tanto ministros quanto parlamentares hondurenhos não conseguiram responder a pergunta dos deputados brasileiros sobre por que não adotaram os processos legais para tentar afastar Zelaya do poder e apoiaram o golpe.
"Ao mesmo tempo", disse o deputado, "tanto o Parlamento como a Suprema Corte, garantiram que não haverá nenhum tipo de violência contra a embaixada brasileira." De acordo com Valente, os parlamentares hondurenhos falaram ainda em ampliar o prazo do ultimato dado ao governo brasileiro sobre o refúgio dado a Zelaya, que permanece na embaixada do Brasil há dez dias.
"Nós colocamos para eles que o Brasil não tem prazo, já que os tratados internacionais garantem a inviolabilidade da embaixada", disse Valente.
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