29 de jun. de 2009

Província argentina suspende aulas após novas mortes por gripe suína

O governo da Província de Santa Fé, uma das mais populosas da Argentina, suspendeu nesta segunda-feira as aulas em todas as escolas por um período de quinze dias devido ao aumento do número de casos da gripe A (H1N1) --a gripe suína--, que, segundo os dados oficiais, matou 28 pessoas e infectou 1.587 em todo o país. Segundo o jornal "El Clarín", medida semelhante será anunciada nesta tarde para a Província de Buenos Aires.Como no próximo dia 13 de julho têm início as férias de inverno nas escolas e universidades de Santa Fé, os alunos devem ficar sem aulas até o fim do próximo mês.
A medida foi determinada depois do anúncio, no domingo, de que as duas mais recentes mortes em decorrência do vírus da gripe suína na Argentina foram registradas em Santa Fé, Província com cerca de 2,7 milhões de habitantes, a quarta maior da Argentina.
A maior parte dos mortos e infectados são moradores da capital argentina ou de seus subúrbios, que juntos reúnem cerca de 12 milhões de pessoas. Por isso, especialistas e organizações sanitárias pedem que seja declarada uma "emergência nacional" para combater a pandemia.
O jornal "El Clarín" informou, em sua página da internet, que o secretário de Saúde da Província de Buenos Aires, vai assinar nesta tarde para declarar emergência de saúde no maior distrito do país. Ainda se desconhece qual o alcance de aplicação da medida.Muitos dos eleitores que participaram das eleições parlamentares deste domingo foram votar com máscaras, para evitar a doença
Organizações não governamentais de saúde alegam que o número de pessoas infectadas no país "é substancialmente mais elevado" do que informado oficialmente e que os hospitais estão "à beira do colapso".
OMS
O mais recente balanço da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado nesta segunda-feira, informa que 70.893 casos de gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- foram registrados em 116 países e territórios. Em 311 casos, os pacientes morreram.
No último dia 12, a organização anunciou que a gripe suína atingiu o nível de pandemia (epidemia generalizada). O termo tem relação apenas com a ampla distribuição geográfica do vírus, e não com a sua periculosidade.
Os Estados Unidos continuam tendo o maior número de casos --27.717--, e passou a ter também o maior número de mortes causadas pela doença --127.
Considerado o epicentro da doença, o México já registrou 8.279 casos de gripe suína, e 116 mortes. No Canadá, foram confirmados 7.775 casos e 21 mortes.
O Chile é o país da América do Sul mais atingido pela doença. Até agora, foram registrados 5.186 casos e sete mortes. No entanto, a Argentina possui o maior número de mortes --28, e 1.587 casos.
Na última terça-feira (23), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou que sejam adiadas as viagens para esses dois países por causa do risco de contaminação pela gripe suína.
Neste domingo, ele confirmou a morte de uma pessoa em Passo Fundo (RS) devido à doença. É o primeiro caso de morte de uma vítima da doença no Brasil.
Além disso, o ministro afirmou 34 novos casos de gripe suína foram registrados, elevando o total no país para 625.

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