As bolsas de couro mole são os alvos preferidos dos ladrões, pelo fato de serem facilmente rasgadas com um golpe de estilete. Mochilas retangulares saltam aos olhos dos criminosos porque quase sempre indicam que a vítima carrega um laptop. Bolsos de calça traseiros são mais fáceis de acessar e, por isso, muito visados pelos batedores de carteira. Conclusões como essas são o resultado de uma pesquisa realizada com mais de 280 presos que cumprem pena no Estado do Paraná por roubo ou furto. Com base nas respostas dos criminosos, o coronel da Polícia Militar de Guatupê (PR), Roberson Luiz Bondaruk, desenvolveu o projeto Design Contra o Crime, que, em parceria com o Senai do Paraná, criou produtos como roupas e acessórios com dispositivos antifurto. "O objetivo é combater a criminalidade com ideias e não com armas", explica o coronel.
As entrevistas em penitenciárias, feitas entre 2005 e 2007, permitiram ao coronel Bondaruk concluir que os ladrões escolhem suas vítimas analisando a facilidade de acesso ao alvo.
"Nosso principal foco foi estudar a psicologia do criminoso e aprender a pensar como ele para impedir a sua ação", explica Bondaruk, que aplica a máxima do general chinês Sun Tzu, descrita no livro A arte da guerra: para derrotar o inimigo é preciso conhecê-lo. O passo seguinte foi pesquisar os ajustes para tornar os produtos mais seguros. "São pequenos detalhes que, se modificados, provocam grandes efeitos em termos de segurança."
Como alternativa às mochilas de couro mole com bolso na frente, um dos modelos preferidos entre as mulheres, os técnicos desenvolveram uma bolsa com tela de náilon, mais resistente.
Ao invés de bolso dianteiro, a opção foi colocá- lo na parte traseira - um cadeado complementa a segurança. Nas calças e jaquetas, o diferencial está na disposição e no tamanho dos bolsos, profundos e em lugares inusitados, como próximo da barra das calças. "Bolsos são amigos da segurança", afirma Bondaruk. Pioneiro no Brasil, o projeto Design Contra o Crime nasceu como tese de doutorado em Estratégias de Segurança Pública e foi reconhecido internacionalmente neste ano. De malas prontas, o coronel paranaense e os designers do Senai partem no final de maio para Paris, onde recebem o prêmio Hermès de L'Innovation 2009, concedido pelo Instituto Europeu de Inovação e Estratégias Criativas. Na bagagem, ele garante: nenhum objeto para facilitar a vida dos bandidos.
As entrevistas em penitenciárias, feitas entre 2005 e 2007, permitiram ao coronel Bondaruk concluir que os ladrões escolhem suas vítimas analisando a facilidade de acesso ao alvo.
"Nosso principal foco foi estudar a psicologia do criminoso e aprender a pensar como ele para impedir a sua ação", explica Bondaruk, que aplica a máxima do general chinês Sun Tzu, descrita no livro A arte da guerra: para derrotar o inimigo é preciso conhecê-lo. O passo seguinte foi pesquisar os ajustes para tornar os produtos mais seguros. "São pequenos detalhes que, se modificados, provocam grandes efeitos em termos de segurança."
Como alternativa às mochilas de couro mole com bolso na frente, um dos modelos preferidos entre as mulheres, os técnicos desenvolveram uma bolsa com tela de náilon, mais resistente.
Ao invés de bolso dianteiro, a opção foi colocá- lo na parte traseira - um cadeado complementa a segurança. Nas calças e jaquetas, o diferencial está na disposição e no tamanho dos bolsos, profundos e em lugares inusitados, como próximo da barra das calças. "Bolsos são amigos da segurança", afirma Bondaruk. Pioneiro no Brasil, o projeto Design Contra o Crime nasceu como tese de doutorado em Estratégias de Segurança Pública e foi reconhecido internacionalmente neste ano. De malas prontas, o coronel paranaense e os designers do Senai partem no final de maio para Paris, onde recebem o prêmio Hermès de L'Innovation 2009, concedido pelo Instituto Europeu de Inovação e Estratégias Criativas. Na bagagem, ele garante: nenhum objeto para facilitar a vida dos bandidos.
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