Reino Unido, Japão, China e outros países pediram nesta segunda-feira que a OMS (Organização Mundial de Saúde) mude os padrões utilizados para declarar uma pandemia para que o alerta máximo da organização seja decretado não pela velocidade com que o vírus se espalha pelo mundo e sim pela letalidade do vírus. Os governos temem os custos econômicos, políticos e sociais do pânico que pode ser gerado em torno do alerta. O debate chega durante a assembleia anual da OMS, que será dominada neste ano pelo temor da gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1). Na reunião, representantes dos 193 países membros devem discutir se há evidências de um novo foco autônomo da doença no Japão --o primeiro fora da América do Norte--, o que justificaria o alerta pandêmico. O sistema atual da OMS foca em como e com qual velocidade um novo tipo de vírus se espalha pelo planeta, independentemente da gravidade dos casos registrados.
Algumas nações membros da organização querem evitar ao máximo que a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) decrete uma pandemia de gripe suína, medida que poderia ter altos custos em preparativos e medidas paliativas, além de consequências políticas.
O anúncio de pandemia aumentaria significativamente as restrições de comércio e viagem aos países com maior número de casos e pode levar até mesmo ao fechamento de fronteiras e quarentenas forçadas de turistas.
Os governos também temem que o anúncio cause pânico maior do que o necessário, distúrbios sociais e pressão maior sobre os sistemas de saúde, que podem não estar preparados para atender todos.
Sob pressão pública, sacrifício em massa de porcos, como recentemente no Egito, e outras medidas cientificamente injustificadas seriam tomadas para evitar a chegada do vírus em países sem casos registrados.
"Nós precisamos dar a vocês e a suas equipes maior flexibilidade quanto a mudar ou não para o nível seis", disse o ministro de Saúde britânico, Alan Johnson, em referência ao nível mais alto da escala da OMS.
O Japão também pediu mudanças no sistema da OMS, que deve declarar a pandemia se o vírus começar a ser transmitido fora de escolas, hospitais e outras instituições onde o contágio é tipicamente maior.
"É certo que é algo que olharemos com cautela", disse Keiji Fukuda, diretor-adjunto da OMS, sobre a proposta dos países.
Cautela
Até agora, os Estados Unidos, o país com maior número de casos da doença, não fez declarações sobre o tema. A secretária de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Kathleen Sebelius, afirmou querer mais informação sobre a proposta antes de assumir uma posição.
Especialistas de saúde analisam novos casos da doença na Espanha, Reino Unido e principalmente Japão, onde mais de 130 pessoas, a maioria adolescentes, foram infectados pelo vírus A (H1N1) --casos ainda não confirmados pela OMS.
O governo japonês, contudo, já ordenou o fechamento de 2.000 escolas e cancelou eventos públicos. Boa parte dos casos registrados no país foram de contaminação local, infectando pessoas que não viajaram recentemente a outros países.
Segundo a OMS, a transmissão em países fora da América do Norte --considerada epicentro da doença-- [é crucial para mudança do alerta de nível cinco para seis.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que os cientistas trabalham para providenciar o máximo de detalhes sobre a nova gripe.
"O que precisamos agora é, acima de tudo, de informação. Nós precisamos evitar complacência", disse.
Algumas nações membros da organização querem evitar ao máximo que a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) decrete uma pandemia de gripe suína, medida que poderia ter altos custos em preparativos e medidas paliativas, além de consequências políticas.
O anúncio de pandemia aumentaria significativamente as restrições de comércio e viagem aos países com maior número de casos e pode levar até mesmo ao fechamento de fronteiras e quarentenas forçadas de turistas.
Os governos também temem que o anúncio cause pânico maior do que o necessário, distúrbios sociais e pressão maior sobre os sistemas de saúde, que podem não estar preparados para atender todos.
Sob pressão pública, sacrifício em massa de porcos, como recentemente no Egito, e outras medidas cientificamente injustificadas seriam tomadas para evitar a chegada do vírus em países sem casos registrados.
"Nós precisamos dar a vocês e a suas equipes maior flexibilidade quanto a mudar ou não para o nível seis", disse o ministro de Saúde britânico, Alan Johnson, em referência ao nível mais alto da escala da OMS.
O Japão também pediu mudanças no sistema da OMS, que deve declarar a pandemia se o vírus começar a ser transmitido fora de escolas, hospitais e outras instituições onde o contágio é tipicamente maior.
"É certo que é algo que olharemos com cautela", disse Keiji Fukuda, diretor-adjunto da OMS, sobre a proposta dos países.
Cautela
Até agora, os Estados Unidos, o país com maior número de casos da doença, não fez declarações sobre o tema. A secretária de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Kathleen Sebelius, afirmou querer mais informação sobre a proposta antes de assumir uma posição.
Especialistas de saúde analisam novos casos da doença na Espanha, Reino Unido e principalmente Japão, onde mais de 130 pessoas, a maioria adolescentes, foram infectados pelo vírus A (H1N1) --casos ainda não confirmados pela OMS.
O governo japonês, contudo, já ordenou o fechamento de 2.000 escolas e cancelou eventos públicos. Boa parte dos casos registrados no país foram de contaminação local, infectando pessoas que não viajaram recentemente a outros países.
Segundo a OMS, a transmissão em países fora da América do Norte --considerada epicentro da doença-- [é crucial para mudança do alerta de nível cinco para seis.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que os cientistas trabalham para providenciar o máximo de detalhes sobre a nova gripe.
"O que precisamos agora é, acima de tudo, de informação. Nós precisamos evitar complacência", disse.
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