Vinte pessoas foram presas em São Paulo e Rondônia nesta quarta-feira (29) por suspeita de participar de um esquema de contrabando de mercadorias, que incluía pagamento de propinas e abertura de empresas de fachada.
Chamada Ártico, a operação foi realizada pela Polícia Federal em São Paulo com o apoio da Receita Federal. Cinco supostos criminosos estão foragidos.
Os policiais estimam em R$ 100 milhões o prejuízo com a sonegação e o não pagamento de multas desde 2006, quando começou a investigação. Os alvos da operação estavam em São Paulo, Rondônia, Espírito Santo e Mato Grosso (nestes dois estados não houve prisão). Entre os presos, há dois auditores fiscais de Rondônia e dois em São Paulo, lojistas e empresários.
De acordo com o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves, da PF, na capital paulista, se os servidores não estivessem envolvidos no esquema, ele não teria sustentação.
“Sem a participação desses funcionários públicos no esquema, ele jamais seria viabilizado”, contou ele, em entrevista na sede da Polícia Federal, na Zona Oeste de São Paulo.
A investigação começou em 2006, em Jales (interior do estado), quando os policiais apuravam o suposto enriquecimento ilícito de um morador da cidade. Ele estaria superfaturando merenda escolar. "É apenas uma peça dessa engrenagem", afirmou o delegado.
Irregularidades
Poch explicou como agiam os quatro servidores presos. “Eles habilitavam empresas de fachada (para importação) ou liberavam mercadoria mediante propina”. Empresários são suspeitos também de alugar empresas de fachada com nome de “laranjas” e fazer as importações, ocultando os verdadeiros importadores, que não pagavam impostos. O suborno para que as mercadorias entrassem sem as taxas poderia variar entre US$ 20 mil e US$ 40 mil e acontecia até mesmo em casos de entrada de produtos sem irregularidades. “Houve caso em que a carga não estava ilegal e foi pedido propina de R$ 1.000 para não criar embaraços (burocracias)”. Os crimes envolvidos são: falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e contrabando.
No entanto, os presos não responderão igualmente por esses delitos. A PF disse suspeitar de que existam policiais civis e até um federal envolvidos no esquema, extorquindo dinheiro também. O delegado Poch não quis detalhar quem são as outras 16 pessoas presas e os cinco foragidos. Revelou apenas que um dos detidos na operação desta quarta seria um grande distribuidor de mercadorias em São Paulo.
Os produtos que estariam entrando ilegalmente no país pelo Porto de Santos viriam da China e do Japão e seriam roupas, bolsas, CDs e DVDs. “Não são produtos piratas”, frisou Alves.
Chamada Ártico, a operação foi realizada pela Polícia Federal em São Paulo com o apoio da Receita Federal. Cinco supostos criminosos estão foragidos.
Os policiais estimam em R$ 100 milhões o prejuízo com a sonegação e o não pagamento de multas desde 2006, quando começou a investigação. Os alvos da operação estavam em São Paulo, Rondônia, Espírito Santo e Mato Grosso (nestes dois estados não houve prisão). Entre os presos, há dois auditores fiscais de Rondônia e dois em São Paulo, lojistas e empresários.
De acordo com o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves, da PF, na capital paulista, se os servidores não estivessem envolvidos no esquema, ele não teria sustentação.
“Sem a participação desses funcionários públicos no esquema, ele jamais seria viabilizado”, contou ele, em entrevista na sede da Polícia Federal, na Zona Oeste de São Paulo.
A investigação começou em 2006, em Jales (interior do estado), quando os policiais apuravam o suposto enriquecimento ilícito de um morador da cidade. Ele estaria superfaturando merenda escolar. "É apenas uma peça dessa engrenagem", afirmou o delegado.
Irregularidades
Poch explicou como agiam os quatro servidores presos. “Eles habilitavam empresas de fachada (para importação) ou liberavam mercadoria mediante propina”. Empresários são suspeitos também de alugar empresas de fachada com nome de “laranjas” e fazer as importações, ocultando os verdadeiros importadores, que não pagavam impostos. O suborno para que as mercadorias entrassem sem as taxas poderia variar entre US$ 20 mil e US$ 40 mil e acontecia até mesmo em casos de entrada de produtos sem irregularidades. “Houve caso em que a carga não estava ilegal e foi pedido propina de R$ 1.000 para não criar embaraços (burocracias)”. Os crimes envolvidos são: falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e contrabando.
No entanto, os presos não responderão igualmente por esses delitos. A PF disse suspeitar de que existam policiais civis e até um federal envolvidos no esquema, extorquindo dinheiro também. O delegado Poch não quis detalhar quem são as outras 16 pessoas presas e os cinco foragidos. Revelou apenas que um dos detidos na operação desta quarta seria um grande distribuidor de mercadorias em São Paulo.
Os produtos que estariam entrando ilegalmente no país pelo Porto de Santos viriam da China e do Japão e seriam roupas, bolsas, CDs e DVDs. “Não são produtos piratas”, frisou Alves.
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