O hábito de tomar chimarrão nas cidades do Sul do país pode agravar o número de casos da nova gripe na região, caso a cuia com a bebida seja compartilhada com alguma pessoa infectada pelo vírus Influenza A (H1N1). A informação é da Secretaria Municipal de Saúde de Itaqui (RS).
De acordo com Eliane Piffero Goulart, secretária municipal de Saúde de Itaqui, a vida do vírus Influenza A (H1N1) tem "durabilidade" diferente de acordo com o meio transmissor. "Por exemplo, ele dura cinco minutos em uma mão contaminada. Em uma superfície lisa, a vida do vírus aumenta para um período de 24 a 48 horas. No caso da saliva, a transmissão é direta. O compartilhamento da cuia de chimarrão se enquadra na transmissão pela saliva."
Gil Marques Filho, prefeito de Itaqui, disse que faz um trabalho de prevenção e de conscientização sobre os riscos de contágio da nova gripe pelas conhecidas rodas de chimarrão, típicas do costume gaúcho. "É muito difícil fazer o gaúcho parar de dividir o chimarrão. Isso está enrraizado na cultura sulista, mas é um alerta que precisa ser feito para a comunidade."
Emergência
A Prefeitura de Itaqui (RS) decretou situação de emergência devido à nova gripe. Segundo decreto publicado no "Diário Oficial" do município, na segunda-feira (29), as aulas estão suspensas nas escolas públicas e privadas por dez dias.
Chimarrão social
Os caminhoneiros argentinos Raul Adrian Bulens, 28 anos, e Perie Medardo, 56 anos, compartilhavam a mesma cuia de chimarrão na tarde desta quinta-feira (2), no estacionamento do Porto de Itaqui. "Se tiver de acontecer, vai acontecer. A gente está preocupado com essa gripe, mas se ficarmos tensos com tudo que não podemos fazer, deixaremos de viver", disse Medardo.
Apesar de desconsiderar o risco de contágio da nova gripe pela cuia do chimarrão, Bulens disse que está assustado com a nova onda de morte por causa da doença registrada na Argentina. "Agora está assustando de verdade. Se o porto fechar, por exemplo, por causa desse problema de saúde, perderemos o emprego também, além de corrermos o risco de contrair a doença."
Falcão Hector, 24 anos, também caminhoneiro argentino, disse que o compartilhamento da cuia é algo social e difícil de mudar, tanto para os argentinos como para os brasileiros. "Não tenho medo de imediato. Não divido a cuia com qualquer pessoa, normalmente fazemos isso com pessoas conhecidas e que sabemos que não estão infectados."
Novos casos pelo país O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira, mais 44 casos de infecção da nova gripe no Brasil. Os novos casos estão em São Paulo (6), Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (9), Minas Gerais (8), Distrito Federal (3), Paraná (2) e Santa Catarina (2). No total de registros, o número de infectados no Brasil chega a 737. Um dos casos contabilizados nesta quarta-feira, no Maranhão, foi excluído nesta quinta-feira. De acordo com o ministério, o caso foi cadastrado como confirmado, mas era um caso descartado. Segundo o Ministério da Saúde, quase todos os pacientes já receberam alta ou estão em processo de recuperação.
De acordo com Eliane Piffero Goulart, secretária municipal de Saúde de Itaqui, a vida do vírus Influenza A (H1N1) tem "durabilidade" diferente de acordo com o meio transmissor. "Por exemplo, ele dura cinco minutos em uma mão contaminada. Em uma superfície lisa, a vida do vírus aumenta para um período de 24 a 48 horas. No caso da saliva, a transmissão é direta. O compartilhamento da cuia de chimarrão se enquadra na transmissão pela saliva."
Gil Marques Filho, prefeito de Itaqui, disse que faz um trabalho de prevenção e de conscientização sobre os riscos de contágio da nova gripe pelas conhecidas rodas de chimarrão, típicas do costume gaúcho. "É muito difícil fazer o gaúcho parar de dividir o chimarrão. Isso está enrraizado na cultura sulista, mas é um alerta que precisa ser feito para a comunidade."
Emergência
A Prefeitura de Itaqui (RS) decretou situação de emergência devido à nova gripe. Segundo decreto publicado no "Diário Oficial" do município, na segunda-feira (29), as aulas estão suspensas nas escolas públicas e privadas por dez dias.
Chimarrão social
Os caminhoneiros argentinos Raul Adrian Bulens, 28 anos, e Perie Medardo, 56 anos, compartilhavam a mesma cuia de chimarrão na tarde desta quinta-feira (2), no estacionamento do Porto de Itaqui. "Se tiver de acontecer, vai acontecer. A gente está preocupado com essa gripe, mas se ficarmos tensos com tudo que não podemos fazer, deixaremos de viver", disse Medardo.
Apesar de desconsiderar o risco de contágio da nova gripe pela cuia do chimarrão, Bulens disse que está assustado com a nova onda de morte por causa da doença registrada na Argentina. "Agora está assustando de verdade. Se o porto fechar, por exemplo, por causa desse problema de saúde, perderemos o emprego também, além de corrermos o risco de contrair a doença."
Falcão Hector, 24 anos, também caminhoneiro argentino, disse que o compartilhamento da cuia é algo social e difícil de mudar, tanto para os argentinos como para os brasileiros. "Não tenho medo de imediato. Não divido a cuia com qualquer pessoa, normalmente fazemos isso com pessoas conhecidas e que sabemos que não estão infectados."
Novos casos pelo país O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira, mais 44 casos de infecção da nova gripe no Brasil. Os novos casos estão em São Paulo (6), Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (9), Minas Gerais (8), Distrito Federal (3), Paraná (2) e Santa Catarina (2). No total de registros, o número de infectados no Brasil chega a 737. Um dos casos contabilizados nesta quarta-feira, no Maranhão, foi excluído nesta quinta-feira. De acordo com o ministério, o caso foi cadastrado como confirmado, mas era um caso descartado. Segundo o Ministério da Saúde, quase todos os pacientes já receberam alta ou estão em processo de recuperação.
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