Tropas americanas não são visíveis no posto militar de Palanquero, joia da coroa do acordo entre Bogotá e Washington.Não se pode circular nem tirar fotos na Base Aérea de Palanquero, em Puerto Salgar, Cundinamarca (Colômbia). O aviso foi feito ao microfone pelo major que pilotava o avião de hélices e fabricação espanhola em que viajaram jornalistas colombianos e a Folha, na manhã da última quinta-feira.
A base de Palanquero é a joia da coroa do acordo de cooperação militar entre Colômbia e EUA, que dará a soldados americanos o acesso a sete bases em território colombiano para combate ao narcotráfico e ao terrorismo. Mas na quinta, numa semana em que a América do Sul polemizava sobre o tema, só havia ali militares colombianos. A reportagem não viu americanos em Palanquero, onde soldados informaram que não havia colegas dos EUA.
Bem diferente do Ministério da Defesa, onde na semana anterior o oficial de ligação Long, tenente-coronel do Exército americano, cumprimentou em bom espanhol o repórter no gabinete do comandante-geral das Forças Militares da Colômbia, general Freddy Padilla. Outros dois oficiais dos EUA estavam no pátio do prédio.
A Folha fez pedidos diários por uma visita técnica a Palanquero desde 21 de agosto ao Ministério da Defesa da Colômbia. Não obteve resposta até quarta, quando foi convidada a acompanhar visita do ministro Gabriel Silva Luján à base naval de Cartagena, no Caribe, 1 das outras 6 onde estarão americanos. No caminho, o avião parou em Palanquero para reabastecer. A reportagem não pôde andar pela base. Já fora de lá, o ministério ofereceu entrevista com oficial da Força Aérea para falar das bases. Na sexta, cancelou.
Palanquero é a sede do Comando Aéreo de Combate 1 da Força Aérea Colombiana, ou "A Casa do Piloto de Caça", como estampa pintura no portão fechado de um hangar. Está em posição estratégica, no centro do país, a 180 km de Bogotá. À primeira vista, não se difere muito de uma base militar brasileira, com instalações simples, mato crescendo no lado da pista e artilharia antiaérea.
Ao final da pista estavam estacionados dois helicópteros. Além da aeronave que levaria os repórteres, havia na pista um pequeno avião e um caça. A base é a unidade de combate mais poderosa da Força Aérea da Colômbia, com 12 aviões Mirage 5, franceses, e 13 Kfir C7, israelenses.
De 2003 até 22 de abril de 2008, Palanquero estava descredenciada pelos EUA, impossibilitada de receber recursos daquele país para ações contra narcotráfico e terrorismo. O fim do veto foi anunciado como um desagravo à "evolução das Forças Armadas na área de direitos humanos e na execução de operações aéreas".
O Congresso dos EUA aprovou investimento de US$ 46 milhões para Palanquero, que será a principal base de operações de militares americanos na região. De lá, os militares apoiarão o combate ao narcotráfico no Pacífico.
Mas vizinhos e a oposição temem que não seja só isso. "Vão fazer obras de US$ 46 milhões para permitir a aterrissagem de três aviões ao mesmo tempo. Vão combater a guerrilha com aviões de guerra?", questionou o senador Jorge Robledo.
Na base de Cartagena, tampouco há americanos por enquanto. Segundo nota do Departamento de Estado dos EUA, "à exceção talvez de pessoal de manutenção, não haverá tropas americanas estacionadas de forma permanente nessa instalação". Padilla afirmou que "as bases de Cartagena e Málaga darão acesso a navios americanos e apoio logístico em operações contra o terrorismo e o narcotráfico".
Segundo o comandante da Guarda Costeira do Caribe, capitão de fragata Grisales, por uma área de 980 km2 de mar, de responsabilidade da Colômbia, passam 50% do tráfico de cocaína saído do país.
A ajuda americana, diz, vai elevar a apreensão de drogas no mar -de 294,5 toneladas no último ano.
A base de Palanquero é a joia da coroa do acordo de cooperação militar entre Colômbia e EUA, que dará a soldados americanos o acesso a sete bases em território colombiano para combate ao narcotráfico e ao terrorismo. Mas na quinta, numa semana em que a América do Sul polemizava sobre o tema, só havia ali militares colombianos. A reportagem não viu americanos em Palanquero, onde soldados informaram que não havia colegas dos EUA.
Bem diferente do Ministério da Defesa, onde na semana anterior o oficial de ligação Long, tenente-coronel do Exército americano, cumprimentou em bom espanhol o repórter no gabinete do comandante-geral das Forças Militares da Colômbia, general Freddy Padilla. Outros dois oficiais dos EUA estavam no pátio do prédio.
A Folha fez pedidos diários por uma visita técnica a Palanquero desde 21 de agosto ao Ministério da Defesa da Colômbia. Não obteve resposta até quarta, quando foi convidada a acompanhar visita do ministro Gabriel Silva Luján à base naval de Cartagena, no Caribe, 1 das outras 6 onde estarão americanos. No caminho, o avião parou em Palanquero para reabastecer. A reportagem não pôde andar pela base. Já fora de lá, o ministério ofereceu entrevista com oficial da Força Aérea para falar das bases. Na sexta, cancelou.
Palanquero é a sede do Comando Aéreo de Combate 1 da Força Aérea Colombiana, ou "A Casa do Piloto de Caça", como estampa pintura no portão fechado de um hangar. Está em posição estratégica, no centro do país, a 180 km de Bogotá. À primeira vista, não se difere muito de uma base militar brasileira, com instalações simples, mato crescendo no lado da pista e artilharia antiaérea.
Ao final da pista estavam estacionados dois helicópteros. Além da aeronave que levaria os repórteres, havia na pista um pequeno avião e um caça. A base é a unidade de combate mais poderosa da Força Aérea da Colômbia, com 12 aviões Mirage 5, franceses, e 13 Kfir C7, israelenses.
De 2003 até 22 de abril de 2008, Palanquero estava descredenciada pelos EUA, impossibilitada de receber recursos daquele país para ações contra narcotráfico e terrorismo. O fim do veto foi anunciado como um desagravo à "evolução das Forças Armadas na área de direitos humanos e na execução de operações aéreas".
O Congresso dos EUA aprovou investimento de US$ 46 milhões para Palanquero, que será a principal base de operações de militares americanos na região. De lá, os militares apoiarão o combate ao narcotráfico no Pacífico.
Mas vizinhos e a oposição temem que não seja só isso. "Vão fazer obras de US$ 46 milhões para permitir a aterrissagem de três aviões ao mesmo tempo. Vão combater a guerrilha com aviões de guerra?", questionou o senador Jorge Robledo.
Na base de Cartagena, tampouco há americanos por enquanto. Segundo nota do Departamento de Estado dos EUA, "à exceção talvez de pessoal de manutenção, não haverá tropas americanas estacionadas de forma permanente nessa instalação". Padilla afirmou que "as bases de Cartagena e Málaga darão acesso a navios americanos e apoio logístico em operações contra o terrorismo e o narcotráfico".
Segundo o comandante da Guarda Costeira do Caribe, capitão de fragata Grisales, por uma área de 980 km2 de mar, de responsabilidade da Colômbia, passam 50% do tráfico de cocaína saído do país.
A ajuda americana, diz, vai elevar a apreensão de drogas no mar -de 294,5 toneladas no último ano.
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