Presidente do Senado está fazendo refeições fora, segundo assessoria.
Licitação de R$ 98 mil foi suspensa após indício de superfaturamento.
Os envelopes para a licitação seriam abertos no último dia 2, mas o diretor-geral do Senado, Helder Rebouças, determinou a suspensão do pregão após serem constatadas suspeitas de superfaturamento. O documento prevê a compra, por exemplo, de 100 quilos de filé mignon, com valor estimado em R$ 4.050.
O edital para o fornecimento de alimentos estabelecia a validade do contrato com a empresa fornecedora pelo prazo de 6 meses. Neste período, também poderiam ser comprados outros 25 quilos de camarões vermelhos grandes, com preço estimado em R$ 2.765,75, e 180 quilos de frango congelado, com estimativa de custo de R$ 3.034, 80.
O edital estabelece que o pregão seria “destinada à contratação de empresa especializada para o fornecimento parcelado de gêneros alimentícios e materiais de copa, cozinha, limpeza e higienização, para o Senado Federal, à medida que houver necessidade, durante 6 (seis) meses consecutivos”. Segundo a assessoria de Renan, o contrato seria voltado exclusivamente para a residência oficial.
A previsão é que o próximo edital seja lançado nos próximos 20 dias. Em agosto, Renan Calheiros proibiu a contratação de serviços pela Casa sem processo licitatório. A lei das licitações, 8.666 de 1993, permite compras diretas e contratação de serviços pelas instituições públicas federais sem que haja processo licitatório para os casos em que o valor da aquisição seja de até R$ 8 mil.
A decisão do presidente do Senado foi anunciada após o jornal “O Globo” publicar reportagem informando que o Senado comprou dois guardanapos no valor de R$ 420 cada, mais um freezer de quase R$ 78 mil para equipar restaurante da Casa - um freezer custa cerca de R$1,5 mil. No mesmo dia, a assessoria do Senado confirmou a compra de 24 guardanapos de linho e 3 toalhas de mesa pelo valor de R$2.085,00 sem processo licitatório.A assessoria não confirmou o valor do freezer.
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