Com maioria democrata, Senado já aprovou o projeto em junho. Para a reforma ir adiante na Câmara, controlada por republicanos, é necessário um acordo
(Saul Loeb/AFP)
Essa reforma ficou em um segundo plano na agenda dos legisladores nos últimos meses devido à guerra civil na Síria e à crise orçamentária, mas sua aprovação é um compromisso de campanha de Obama. Nas eleições de 2012, Obama recebeu uma expressiva votação dos eleitores de origens latinas, população que mais cresce nos Estados Unidos. Segundo analistas ouvidos pela ABC News, a mudança demográfica que vem ocorrendo nos EUA é um empecilho para que os republicanos aprovem a reforma, pois eles não têm apelo entre os eleitores latinos.
O Senado americano, controlado pelos democratas, aprovou a proposta para uma reforma da imigração em junho, mas desde então a Câmara, de maioria republicana, não conseguiu um acordo bipartidário e as negociações estão estagnadas. Obama, acompanhado de seu vice-presidente, Joseph Biden, lembrou que os democratas da Câmara já apresentaram sua própria proposta e agora “cabe aos republicanos decidir se a reforma se transforma ou não em realidade”.
O presidente indicou que se os republicanos têm novas ou adicionais ideias para antecipar a reforma, ele está disposto a escutá-las. “Não esperaremos. Não será mais fácil se adiarmos”, ressaltou Obama ao pedir que os problemas do sistema de imigração dos EUA “não sejam escondidos sob o tapete mais uma vez”.
O projeto de reforma aprovado pelo Senado estabelece investimentos milionários para melhorar a segurança fronteiriça, abre uma via à cidadania para 11 milhões de imigrantes ilegais e, segundo ressaltou Obama, faria crescer a economia em US$ 1,4 trilhão durante os próximos 20 anos. “Se há uma razão para não aprovar esta reforma com bom senso, ainda não a escutei”, assegurou o líder.
Obama falou para representantes do setor empresarial, sindicais e de comunidades religiosas que há anos trabalham em favor da reforma. Na semana passada, logo após resolver a disputa orçamentária que paralisou a administração federal durante mais de duas semanas por falta de fundos, Obama pediu ao Congresso que centre sua atenção na reforma.
(Com agência EFE)
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