6 de out. de 2013

Pentágono ordena que funcionários voltem ao trabalho

Maioria dos 400.000 funcionários foram afastados em paralisação do governo

Chuck Hagel, novo secretário de Defesa dos EUA
Chuck Hagel, novo secretário de Defesa dos EUA (Brendan Smialowski/AFP)
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, ordenou que a maior parte dos 400.000 funcionários do Pentágono afastados por causa da paralisação do governo volte ao trabalho, disse uma fonte oficial neste sábado. A decisão foi aprovada na Câmara de Deputados, com 407 votos contra zero.
O Pentágono foi um dos departamentos mais duramente atingidos pelo fechamento parcial do governo desde a última terça-feira. Metade dos 800 000 funcionários federais foram forçados a deixar seus postos dentro do Departamento de Defesa.
Logo após o fechamento do governo entrar em vigor, o presidente Barack Obama assinou uma lei assegurando que 1,4 milhão de militares na ativa ao redor do mundo, incluindo tropas no Afeganistão, continuassem a ganhar seus salários. A lei também permite que o Departamento de Defesa chame de volta os funcionários civis para dar suporte às forças militares em ação.
Guerra entre partidos faz Estados Unidos pararem
A partir de 1º de outubro, os serviços considerados ‘não essenciais’ dos Estados Unidos ficam paralisados até que o Congresso chegue a um acordo sobre o orçamento para o ano fiscal 2013-2014. Nem mesmo a aprovação de um plano emergencial – que teria como objetivo garantir o financiamento do estado até meados de dezembro – conseguiu pôr fim à guerra entre democratas (que são maioria no Senado) e republicanos (que dominam a Câmara). O principal ponto de desentendimento entre ambos é o Obamacare, o plano de reforma da saúde aprovado há três anos e que deveria entrar em vigor em 2013. Enquanto a Câmara tenta excluir os gastos com a nova lei de saúde do país, o Senado se nega a aprovar um novo orçamento sem a inclusão dessas despesas.
CÂMARA
SENADO
Barack Obama
Maioria republicana
São favoráveis à liberação de um orçamento emergencial para financiar o estado até o fim do ano, mas vinculam a aprovação desse plano ao adiamento dos gastos com o Obamacare.
Também são contra outro ponto decisivo para economia americana: a elevação do teto da dívida dos EUA, necessária para que o país honre o pagamento dos juros de sua dívida.
Áreas mais afetadas pelos cortes
Sem dinheiro para sustentar o estado, o governo dispensará por tempo indeterminado cerca de 800.000 funcionários. Saiba quais são os principais órgãos
DEPARTAMENTO
TOTAL
DISPENSADOS
DEFESA
2,2 milhões
400.000
COMÉRCIO
46.420
40.234
ENERGIA
13.814
12.701
TRANSPORTE
55.468
18.481
SAÚDE
78.198
40.512
EDUCAÇÃO
4.225
4.013(Com agências Estadão Conteúdo e Reuters)

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