POR Marco Aurelio Reis
Rio -
A defasagem dos soldos das Forças Armadas em relação ao custo de vida
do Rio chegou ao extremo de militares de outros estados, sobretudo do
Nordeste, recorrem ao Judiciário para reverter transferências para cá. O
grupo que evita vir é espantando pela falta de vagas
em vilas militares, pelos elevados preços dos aluguéis e pelo bilhete
único (que retira do contracheque a verba do auxílio-transporte,
atrapalhando manobras financeiras tão comuns em tempos de soldos
baixos).Vem de praças da Marinha a reação mais forte contra as transferências. Quem está com ação na Justiça Federal tem alegado imperativo familiar para não vir. Com isso, evocam dispositivo constitucional de proteção à família contra o ordenamento interno dos quartéis.
Tem pesado ainda provas anexadas pelos praças indicando que oficiais, mesmo com seis anos na mesma localidade, não são transferidos quando não solicitam.
“Tem praça sendo transferido faltando poucos dias para entrar no prazo legal de permanência (dois anos antes de completar o tempo de serviço para ir para reserva”, conta à Coluna militar que está na Justiça contra transferência para o Rio em 2013.
RESPOSTA OFICIAL
Procurada, a Marinha informou “não proceder a alegada diferenciação entre movimentações de oficiais e praças”. Explicou que as transferências se dão por “interesse do serviço”.
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