1 de jun. de 2012

Governo de Cristina é alvo de protestos em Buenos Aires

'Panelaços' contra corrupção, falta de segurança e restrições à compra de dólares foram realizados principalmente em bairros de classe média da capital

'Panelaços' foram realizados em diversos bairros de Buenos Aires 'Panelaços' foram realizados em diversos bairros de Buenos Aires (Enrique Garcia Medina/EFE)
Os argentinos ressuscitaram os "panelaços" na noite desta quinta-feira em Buenos Aires. Milhares de pessoas se reuniram principalmente em bairros de classe média da zona norte da capital argentina para protestar contra a falta de segurança, a corrupção e a política monetária do governo da presidente Cristina Kirchner, que impôs recentemente restrições à compra de dólares.
Segundo o jornal Clarín, as manifestações começaram por volta as 20 horas em bairros como Belgrano, Recoleta e Palermo, para em seguida se espalharem para outras localidades, como Barracas, San Telmo, Abasto, Caballito e Villa Devoto, áreas menos nobres de Buenos Aires.
Convocados pelas redes sociais, os protestos acabaram se concentrando em pontos tradicionais da cidade, como a Praça de Maio, a avenida Santa Fé e o Obelisco. "Por uma Argentina que todos queremos. Basta de restrições às importações, basta de expropriações, basta de insegurança", afirmava a convocação que circulou durante todo o dia no Facebook e no Twitter.

"Estamos protestando porque estamos cansados da insegurança, de que mintam para nós, de viver em um país em que falta liberdade. De ter um vice-presidente corrupto e que a Justiça não funciona", disse uma moradora que não se identificou ao canal Todo Notícias.

O vice-presidente Amado Boudou está sendo investigado por enriquecimento ilícito e tráfico de influências em favor de uma empresa impressora de notas e documentos oficiais.

Os "panelaços", que foram acompanhados pelo ruído das buzinas dos carros, também reclamaram do aumento de impostos sobre as terras rurais, aprovado nesta quinta-feira na província de Buenos Aires, a de maior produção agrícola e de pecuária do país.
(Com agência France-Presse)

Nenhum comentário: