'Panelaços' contra corrupção, falta de segurança e restrições à compra de dólares foram realizados principalmente em bairros de classe média da capital
'Panelaços' foram realizados em diversos bairros de Buenos Aires
(Enrique Garcia Medina/EFE)
Os argentinos ressuscitaram os "panelaços" na noite desta quinta-feira
em Buenos Aires. Milhares de pessoas se reuniram principalmente em
bairros de classe média da zona norte da capital argentina para
protestar contra a falta de segurança, a corrupção e a política
monetária do governo da presidente Cristina Kirchner, que impôs
recentemente restrições à compra de dólares.Segundo o jornal Clarín, as manifestações começaram por volta as 20 horas em bairros como Belgrano, Recoleta e Palermo, para em seguida se espalharem para outras localidades, como Barracas, San Telmo, Abasto, Caballito e Villa Devoto, áreas menos nobres de Buenos Aires.
Convocados pelas redes sociais, os protestos acabaram se concentrando em pontos tradicionais da cidade, como a Praça de Maio, a avenida Santa Fé e o Obelisco. "Por uma Argentina que todos queremos. Basta de restrições às importações, basta de expropriações, basta de insegurança", afirmava a convocação que circulou durante todo o dia no Facebook e no Twitter.
"Estamos protestando porque estamos cansados da insegurança, de que mintam para nós, de viver em um país em que falta liberdade. De ter um vice-presidente corrupto e que a Justiça não funciona", disse uma moradora que não se identificou ao canal Todo Notícias.
O vice-presidente Amado Boudou está sendo investigado por enriquecimento ilícito e tráfico de influências em favor de uma empresa impressora de notas e documentos oficiais.
Os "panelaços", que foram acompanhados pelo ruído das buzinas dos carros, também reclamaram do aumento de impostos sobre as terras rurais, aprovado nesta quinta-feira na província de Buenos Aires, a de maior produção agrícola e de pecuária do país.
(Com agência France-Presse)
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