23 de set. de 2009

Eleições confirmarão democracia em Honduras






"A negociação que temos em Honduras é realizar as eleições em 29 de novembro, escolher um novo presidente e a partir daí entregar a ele o poder em 27 de janeiro como manda a Constituição.Roberto Micheletti, presidente de facto de Honduras




De Roberto Micheletti, presidente de facto de Honduras:

Meu país vive uma situação incomum nesta semana. O ex-presidente Manuel Zelaya retornou sub-repticiamente a Honduras, alegando ainda ser o líder legítimo do país, a despeito do fato de que uma sucessão constitucional teve lugar em 28 de junho.

Em meio a todas as alegações que provavelmente serão feitas, o ex-presidente não mencionará que o povo de Honduras avançou desde aquele dia ou que nossos cidadãos estão se preparando para eleições livres.

A comunidade internacional condenou equivocadamente os eventos de 28 de junho e erradamente rotulou nosso país como não democrático. Devo respeitosamente discordar.

Em 28 de junho, a Suprema Corte emitiu uma ordem de prisão contra Zelaya por suas violações gritantes de nossa Constituição que marcaram o fim de sua presidência. Até hoje, uma maioria avassaladora de hondurenhos apoia as ações que asseguraram o respeito ao regime da lei.

Em meio a toda retórica sobre um golpe militar estão fatos. Em poucas palavras, golpes não deixam civis no controle sobre as Forças Armadas, como é o caso em Honduras hoje. Eles não permitem tampouco o funcionamento independente de instituições democráticas - os tribunais, a procuradoria-geral, o tribunal eleitoral. Eles também não mantêm um respeito pela separação de poderes. Em Honduras os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo estão em funcionamento e chefiados por autoridades civis.

Golpes não permitem liberdade de reunião. Não garantem a liberdade de imprensa, e muito menos o respeito aos direitos humanos. Em Honduras, essas liberdades permanecem intactas e vibrantes. E, em 29 de novembro, nosso país pretende realizar o exercício civil supremo de qualquer democracia: uma eleição presidencial livre.

O vencedor da eleição assumirá a presidência em janeiro. Nesse momento, cessará minha administração de transição.

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