Orçamento do programa terá R$ 1 bilhão a mais neste
ano eleitoral. Meta da próxima fase é inflada em 500 mil unidades
habitacionais
Agência O Glob0
Determinada a fazer do programa Minha Casa Minha Vida o grande
trunfo da campanha pela reeleição, a presidente Dilma Rousseff acionou
as equipes técnicas do governo para concluir com rapidez estudos que lhe
permitam lançar, o mais depressa possível, a terceira fase do programa,
com uma nova meta: contratar a construção de 3,5 milhões de casas entre
2015 e 2018, contra 2,7 milhões da fase 2, que termina neste ano. Além
disso, a verba prevista no orçamento da União para o Minha Casa em 2014
foi aumentada em cerca de R$ 1 bilhão em relação ao ano passado. Segundo
o Ministério do Planejamento, em 2014 haverá R$ 15,77 bilhões previstos
para o programa.
Quando anunciou a terceira fase do programa, em novembro, o governo estimava construir 3 milhões de casas. Agora, Dilma quer 3,5 milhões. Pesquisas do governo indicam que o Minha Casa tem aprovação da população e grande potencial para render votos.
O potencial político do Minha Casa pode ser medido na própria execução financeira do programa, que não sofre cortes pela área econômica, diferentemente de outros programas que são ajustados ao longo do ano. Em 2013, o Minha Casa recebeu R$ 14,66 bilhões, teve despesas executadas no mesmo valor e pagamentos feitos de R$ 14,02 bilhões.
Mas o núcleo da campanha avalia, com base nas mesmas pesquisas, que a população considera que o programa é considerado uma conquista sem volta. Ou seja, não seria uma grande novidade.
Outro problema para Dilma é que vários conjuntos habitacionais do Minha Casa vêm apresentando problemas – como rachaduras, infiltrações e panes elétricas. E isso pode ser explorado pelos adversários da petista. Por isso, além da pressão para que os estudos técnicos sobre a meta do eventual segundo mandato sejam logo concluídos, a presidente também orientou seus ministros a fazerem correções para evitar os erros mais comuns das etapas anteriores.
Críticas
Para a oposição, aumentar os valores do Minha Casa em ano eleitoral configura oportunismo por parte do Planalto. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirma que o governo está se aproveitando das dificuldades socioeconômicas da população para conseguir mais votos. “Há um grande oportunismo eleitoral em fazer um reforço de R$ 1 bilhão no programa em ano de eleições. O governo usa as fragilidades da população mais pobre para se perpetuar no poder. Mas essa conta será paga um dia pela sociedade, porque está se fabricando uma grande bolha. O grau de inadimplência é altíssimo.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), nega que haja uso eleitoral do programa e disse que o Minha Casa é importante para aquecer a economia e gerar empregos. “Os que são contra ampliar os recursos do Minha Casa Minha Vida para 2014 são os mesmos que votaram contra a criação do programa lá atrás.”
Quando anunciou a terceira fase do programa, em novembro, o governo estimava construir 3 milhões de casas. Agora, Dilma quer 3,5 milhões. Pesquisas do governo indicam que o Minha Casa tem aprovação da população e grande potencial para render votos.
O potencial político do Minha Casa pode ser medido na própria execução financeira do programa, que não sofre cortes pela área econômica, diferentemente de outros programas que são ajustados ao longo do ano. Em 2013, o Minha Casa recebeu R$ 14,66 bilhões, teve despesas executadas no mesmo valor e pagamentos feitos de R$ 14,02 bilhões.
Mas o núcleo da campanha avalia, com base nas mesmas pesquisas, que a população considera que o programa é considerado uma conquista sem volta. Ou seja, não seria uma grande novidade.
Outro problema para Dilma é que vários conjuntos habitacionais do Minha Casa vêm apresentando problemas – como rachaduras, infiltrações e panes elétricas. E isso pode ser explorado pelos adversários da petista. Por isso, além da pressão para que os estudos técnicos sobre a meta do eventual segundo mandato sejam logo concluídos, a presidente também orientou seus ministros a fazerem correções para evitar os erros mais comuns das etapas anteriores.
Críticas
Para a oposição, aumentar os valores do Minha Casa em ano eleitoral configura oportunismo por parte do Planalto. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirma que o governo está se aproveitando das dificuldades socioeconômicas da população para conseguir mais votos. “Há um grande oportunismo eleitoral em fazer um reforço de R$ 1 bilhão no programa em ano de eleições. O governo usa as fragilidades da população mais pobre para se perpetuar no poder. Mas essa conta será paga um dia pela sociedade, porque está se fabricando uma grande bolha. O grau de inadimplência é altíssimo.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), nega que haja uso eleitoral do programa e disse que o Minha Casa é importante para aquecer a economia e gerar empregos. “Os que são contra ampliar os recursos do Minha Casa Minha Vida para 2014 são os mesmos que votaram contra a criação do programa lá atrás.”
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