De pé em um canto da praça da Independência, protegido por um segurança
carrancudo, Anatoly Gritsenko aguarda a chegada da reportagem da Folha.
Mais cedo, durante a madrugada, manifestantes haviam cercado policiais não longe dali, em um dos tantos incidentes recentes em Kiev.
"Há protestos por todo o país. As pessoas estão tomando as administrações regionais para estabelecer uma outra pirâmide de poder."
Ex-ministro da Defesa e candidato à Presidência em 2010, Gritsenko é uma das principais vozes da oposição. Mas, excluído das negociações com o presidente Viktor Yanukovich, ele tornou-se também um dos radicais.
"Não podemos ir para casa, porque todos seriam presos ou encontrados mortos".
"As pessoas precisam trazer suas armas para a praça e proteger os outros. Se as autoridades são incapazes, então há uma obrigação civil de manter a paz nas ruas."
O ex-ministro é exemplo daqueles que já não acreditam nas chances do diálogo com Yanukovich.
"Nós exigimos o retorno das negociações com a União Europeia, a renúncia do governo e a anulação das leis de repressão a protestos", diz Gritsenko.
"Mesmo assim, eu não sei se isso seria aceito por todas as pessoas na praça. As autoridades foram longe demais."
As manifestações na Ucrânia começaram em novembro, após o presidente Yanukovich desistir da aproximação com a União Europeia, fortalecendo os laços com a Rússia. A repressão intensificou a crise.
Ontem, dezenas de manifestantes invadiram prédio onde funciona o Ministério da Justiça, no centro de Kiev. As forças de segurança não opuseram resistência.
ORIENTAÇÃO
O incidente da madrugada é indício do descontrole que toma a cidade.
Horas após a recusa de Yatseniuk, cerca de 2.000 manifestantes acuaram
policiais em um centro de convenções onde eles se reuniam.
Depois de uma longa negociação entre manifestantes e o Ministério do Interior, os agentes foram libertados. Não houve feridos.
Apesar da instabilidade, o ex-ministro Gritsenko diz não temer pela própria segurança na praça da Independência. "As pessoas estão organizadas, dando provas de que são capazes de autogoverno. Aqui é o lugar mais seguro da cidade, já que não há chefes ou subordinados, nem Orçamento ou uma Promotoria."
Descontente com a oposição, hoje principalmente personificada por Yatseniuk e o ex-boxeador Vitali Klitschko, Gritsenko diz que ainda não está pensando em tentar, mais uma vez, ganhar os votos para a Presidência.
"Quando vierem as eleições, vou decidir. Se eu considerar isso agora, as pessoas não vão acreditar em mim."
Mais cedo, durante a madrugada, manifestantes haviam cercado policiais não longe dali, em um dos tantos incidentes recentes em Kiev.
"Há protestos por todo o país. As pessoas estão tomando as administrações regionais para estabelecer uma outra pirâmide de poder."
Ex-ministro da Defesa e candidato à Presidência em 2010, Gritsenko é uma das principais vozes da oposição. Mas, excluído das negociações com o presidente Viktor Yanukovich, ele tornou-se também um dos radicais.
"Não podemos ir para casa, porque todos seriam presos ou encontrados mortos".
"As pessoas precisam trazer suas armas para a praça e proteger os outros. Se as autoridades são incapazes, então há uma obrigação civil de manter a paz nas ruas."
O ex-ministro é exemplo daqueles que já não acreditam nas chances do diálogo com Yanukovich.
"Nós exigimos o retorno das negociações com a União Europeia, a renúncia do governo e a anulação das leis de repressão a protestos", diz Gritsenko.
"Mesmo assim, eu não sei se isso seria aceito por todas as pessoas na praça. As autoridades foram longe demais."
As manifestações na Ucrânia começaram em novembro, após o presidente Yanukovich desistir da aproximação com a União Europeia, fortalecendo os laços com a Rússia. A repressão intensificou a crise.
Ontem, dezenas de manifestantes invadiram prédio onde funciona o Ministério da Justiça, no centro de Kiev. As forças de segurança não opuseram resistência.
ORIENTAÇÃO
Alexey Furman/Efe |
Parentes e amigos participam do velório de Mikhail Zhiznevsky, morto durante protestos contra o governo na Ucrânia |
Depois de uma longa negociação entre manifestantes e o Ministério do Interior, os agentes foram libertados. Não houve feridos.
Apesar da instabilidade, o ex-ministro Gritsenko diz não temer pela própria segurança na praça da Independência. "As pessoas estão organizadas, dando provas de que são capazes de autogoverno. Aqui é o lugar mais seguro da cidade, já que não há chefes ou subordinados, nem Orçamento ou uma Promotoria."
Descontente com a oposição, hoje principalmente personificada por Yatseniuk e o ex-boxeador Vitali Klitschko, Gritsenko diz que ainda não está pensando em tentar, mais uma vez, ganhar os votos para a Presidência.
"Quando vierem as eleições, vou decidir. Se eu considerar isso agora, as pessoas não vão acreditar em mim."
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