Antes mesmo do lançamento oficial, os óculos inteligentes do Google já enfrentam uma concorrência feroz que aposta na popularização da tecnologia de vestir
Lucas BesselO mundo da tecnologia aguarda com ansiedade o início das vendas do Google Glass, os óculos inteligentes criados pela gigante de tecnologia americana. De um lado estão os que acreditam que os “gadgets vestíveis” serão a principal tendência de comunicação e entretenimento de 2014. Do outro, os que acham que o conceito só vai se tornar realmente viável a partir da próxima década – e que apostam, sem meias palavras, no imediato fracasso da empreitada do Google. Seja como for, o Glass chegará ao mercado nos próximos meses (data exata e preço ainda são mantidos em segredo) para enfrentar uma concorrência feroz, que ganhou corpo durante a Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de tecnologia dos Estados Unidos, em Las Vegas, na última semana.
NA TELINHA
O Google Glass nem precisa de lentes para funcionar: as informações
são projetadas em um pequeno visor sobre o olho
“Ainda é uma coisa meio de ciborgue”, admite Francesco Giartosio, presidente da italiana GlassUp, cujos óculos de mesmo nome devem ser lançados comercialmente até julho deste ano. O protótipo 100% funcional – com realidade aumentada, GPS, câmera e sistema de voz – que a empresa mostrou na CES ainda está longe do desenho elegante que a companhia pretende entregar ao consumidor. Esse, aliás, é um dos grandes desafios para os fabricantes: tornar os smart glasses visualmente agradáveis. Por enquanto, todos, sem exceção, causam estranheza quando colocados no rosto.
REALIDADE AUMENTADA
Óculos poderão reconhecer seus amigos na rua e
projetar informações obtidas nas redes sociais
Embora o grande teste mercadológico comece agora, alguns smart glasses já rodam por aí. O blogueiro e autor americano Robert Scoble, especializado em tecnologia, foi um dos primeiros no mundo a comprar, por nada módicos US$ 1.500, o Google Glass, depois de ser especialmente indicado pela empresa. “Adoro o meu Glass, mas estou um pouco frustrado com a velocidade com que o Google tem liberado aplicações e recursos”, avaliou. É em cima dessa demora que os concorrentes esperam conseguir alguma chance de vitória.
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