Fundo projeta elevação de 2,3% do PIB nacional em 2014
AEO Brasil deve ter este um dos menores crescimentos entre os países emergentes com previsões divulgadas no relatório de hoje. O México, por exemplo, deve se expandir 3% este ano e 3,5% no próximo. A África do Sul deve crescer 2,8% e 3,3% nos mesmos períodos. Entre os grandes mercados emergentes, só a Rússia deve ter desempenho pior que o Brasil, crescendo 2% este ano e 2,5% no próximo. O país, aliás, foi o que teve o maior corte na projeção para este ano, que era de expansão de 3% no relatório de outubro.
O Brasil deve crescer abaixo da média dos mercados emergentes e da economia mundial. Os emergentes devem se expandir 5,1% este ano, mesma previsão do relatório de outubro. Em 2015, o crescimento deve ficar em 5,4%, pouco acima dos 5,3% previstos anteriormente. Já a economia global deve avançar 3,7% e 3,9% este ano e no próximo.
O Fundo divulgou hoje um relatório em Washington atualizando as estimativas feitas durante sua reunião anual na capital americana em outubro, quando apresentou o documento "Perspectiva Econômica Global". As projeções anuais para a economia brasileira vêm sendo rebaixadas a cada novo relatório do FMI desde meados de 2012, por conta de fatores como os gargalos na infraestrutura.
No documento de hoje, o Fundo alerta que países emergentes com contas externas mais fragilizadas e fraquezas internas, como é o caso do Brasil, estão "particularmente expostos" ao risco de fugas de capital em meio à mudança da política monetária dos Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que começaram este mês. A recomendação do Fundo é de que os governos deixem as moedas desvalorizarem e fiquem atentos para gerenciar uma piora da fuga de recursos.
Crescente volatilidade no mercado financeiro e nos fluxos internacionais de capital está entre os principais riscos que os mercados emergentes terão que enfrentar este ano, destaca o relatório do FMI. "A combinação de mudanças nas carteiras dos agentes e fraquezas domésticas pode resultar em fugas mais acentuadas de capital e ajustes nas taxas de câmbio", alerta o documento.
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